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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sábado, 1 de junho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Holy Motors


Sinopse: Monsieur Oscar (Denis Lavant) é um homem sombrio que viaja de uma vida para a outra. Ele alterna-se entre ser um assassino, um pedinte, um industrial, um monstro e um pai de família. Ele parece ser um ator representando, mas onde estão as câmeras? Oscar vaga acompanhado por Céline, que dirige o enorme carro que o transporta pelos arredores de Paris. Como um assassino que se move de morte em morte, ele persegue a beleza e o motor da vida, as mulheres e os fantasmas da sua memória.

A pessoa acostumada com o cinema convencional, não irá entender coisa nenhuma vista no filme Holy Motors, mas se eu fosse resumir para esse publico leigo, digo que o filme em si é uma verdadeira homenagem ao próprio cinema. Dirigido por  Leos Carax (Sangue Ruim), acompanhamos o dia a dia do protagonista (interpretado pelo ator fetiche do diretor, Denis Lavant), que vive diversos personagens, sendo que quando é ele mesmo, está sempre se preparando dentro de uma limusine para o próximo personagem que irá interpretar. O que da a entender, é que o filme se passa num futuro, em que o cinema cada vez mais procurou novas formas de atrair o publico, ao ponto dos atores e atrizes interpretarem diversos personagens 24 horas direto, sendo que as câmeras nem sequer são vista de tão bem escondidas.
Sendo assim, da à sensação que estamos assistindo diversos curtas, onde uma trama pode ser bem linear, outra completamente sem sentido e que espectador terá que tirar suas próprias conclusões com relação ao que viu. Um dos meus momentos preferidos é quando o protagonista entra numa sala especial, para interpretar um personagem digital: aqui é mostrada a típica técnica de captura em movimento, onde ele está interpretado um alienígena guerreiro, que por sua vez começa há fazer sexo com uma alienígena. Neste momento assistimos tanto a simulação de sexo com os atores, como também o resultado dos personagens digitais se acasalando, numa seqüência muito engenhosa.       
Como eu disse acima, é um filme que presta homenagem ao cinema em si, sendo que vemos tanto momentos em que representa o cinema atual (como a já citada técnica em captura em movimento), como o inicio do cinema mudo. No começo da projeção, por exemplo, surge uma cena de um filme mudo, onde o protagonista surge pela primeira vez presenciando isso numa tela de cinema, mas isso logo depois de abrir uma parede com uma chave saída de seu dedo. Bizarro? Na realidade o filme lembra até mesmo alguns dos melhores momentos de filmes como Brazil: O filme, e o final lança mais perguntas do que respostas para o espectador, mas isso faz que somente aumente  ainda mais a originalidade dessa bela homenagem que o cineasta faz ao cinema. Não é a toa que toda a trama se passa em Paris, já que a sétima arte nasceu  lá.

 Nunca é demais retornar as origens de uma incrível arte como essa.  

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2 comentários:

renatocinema disse...

Cara.....me apaixonei pela viagem do filme.


Fujo do convencional.
valeu pela dica diferente.

abs

Marcelo Castro Moraes disse...

Atualmente ele está em DVD e em mostras especiais como uma que teve hoje em Porto Alegre.