Sinopse: Quando a tripulação
da Enterprise é chamada de volta para casa eles descobrem que uma força
incontrolável de terror dentro da própria organização destruiu a frota e tudo o
que ela significava deixando nosso mundo em estado de crise. Com questões
pessoais a resolver Capitão Kirk lidera uma caçada ao homem que representa uma
arma de destruição em massa localizado em uma zona de guerra. Enquanto nossos
heróis se veem em um épico e mortal jogo de estratégia o amor será desafiado
amizades serão desfeitas e sacrifícios serão feitos pela única família de Kirk:
sua tripulação.
Um dos maiores charmes de
Star Trek, tanto da série clássica, como também dos filmes que foram lançados
nos anos 80, é que eles nunca se prendiam em um verdadeiro show de efeitos
visuais, mas sim numa boa historia que fazia a gente se entreter e ter boas
doses de reflexão. Não que a nova versão comandada por J.J. Abrams se entregue
por completo em um turbilhão de efeitos especiais, mas às vezes parece que o
cineasta está preocupado caso o cinéfilo estiver se entediando na poltrona e é
ai então que a ação corre solta. Bom exemplo é abertura, em que mais parece um
ato final emocional onde tudo parece estar perdido para nossos heróis, para
somente então todos se encontrarem sãos e salvos na nave.
Mas é interessante observar
que Abrams parece querer fazer um filme para os dois públicos: para aqueles que
querem curtir um show de luzes do começo ao fim, e para aqueles que procuram uma
trama, que não só remete aos melhores momentos de toda a franquia, como também é
uma carta de boas vindas para aqueles que nunca pisaram nesse universo.
Portanto é de se tirar o chapéu para o cineasta, quando ele usar artifícios,
formulas e idéias já vistas nos filmes anteriores e tornar tudo novo, mas ao
mesmo tempo extremamente familiar para os velhos fãs. Esses últimos, por
exemplo, irão se deleitar com as referencias aos montes que esse filme tem, com
relação Á Ira de Khan, que até hoje é disparado o melhor filme de todo o cine serie
e era questão de tempo, para que o cineasta retornasse aquela trama e trouxesse
certos personagens que marcaram uma geração.
Certo, não precisa ser gênio
para adivinhar o obvio: Khan, o grande vilão de toda saga de Star Trek realmente
voltou nesta nova versão e interpretado com intensidade por Benedict
Cumberbatch, onde ele consegue passar uma irá infinita no que fala e no que
transmite em seus olhos, mas que ao mesmo tempo consegue passar um autocontrole
e que nos faz até mesmo compreender suas ações terroristas, mesmo elas sendo
tão erradas. Sendo assim, o que temos é uma trama que brinca com os destinos de
todos os personagens, pois em outra realidade eles já haviam se confrontado e novamente
(mesmo numa versão alternativa) eles se chocam para se digladiarem novamente. Tanto
Kirk como Spock se colocam em linha de fogo, testando as suas próprias condutas,
lealdade e seus próprios destinos. Kirk por exemplo tem a chance de se redimir
com o seu passado (o teste kobayashi maru diz algo?) e faz com o que seu
destino e de Spock mudem, mas que ao mesmo tempo soa extremamente familiar para
os velhos fãs.
Com um ato final
cheio de ação, efeitos visuais e momentos imprevisíveis, Além da escuridão -
Star Trek pode até desagradar aqueles que não estão procurando um verdadeiro
show de luzes, mas não irá desapontar aqueles que buscam o calor humano dos
personagens e que existe do começo ao fim da trama. Pois quando se é feito com
amor, sempre se tem um bom gosto e Abrams não quer mudar esse tempero.
2 comentários:
Boa história é fundamental........amei a versão clássica e gostei do primeiro filme da nova visão.
O segundo estou curioso.
abs
Vá e assista sem medo.
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