Sinopse:
Verônica (Hermila Guedes) tem 24 anos e acaba de terminar o curso regular de
Medicina. Mora com o pai, José Maria, muito mais velho que ela. A mãe morreu
quando ela era ainda pequena. A casa é cheia de discos de vinil antigos. No
momento, Verônica não tem mais tempo para discos, para cantar músicas ou mesmo
para noitadas com as amigas, pois trabalha em um ambulatório de Psiquiatria de
um hospital público. Em uma dessas noites de volta para casa, Verônica, já
cansada de tanto ouvir problemas alheios, decide usar o gravador, fiel
companheiro das provas da faculdade, para narrar, em forma conto de fadas, os
próprios problemas. E começa: Era uma vez eu, uma jovem, brasileira...
Por mais que a gente se esforce
em ser alguém na vida, às vezes sentimos uma sensação de angustia, na qual tem
a terrível sensação de que nos não nos encaixamos no mundo e não encontramos
nenhum sentido em prosseguir. No mais novo filme do diretor Marcelo Gomes
(Cinema Aspirinas e Urubus) temos a representação dessas sensações através da
personagem Verônica (Hemila Guedes), que
embora tenha se tornado médica de um hospital publico, ela se sente infeliz no
que faz, mesmo se esforçando ao máximo para ajudar pessoas com diversos tipos
de problemas, seja físicos ou psicológicos. Ao mesmo tempo, cuida de um pai
enfermo e das idas e vindas de um possível futuro marido (João Miguel).
Por mais que tente administrar
o seu dia a dia com tudo isso, sentimos a todo o momento que Verônica quer mais
é jogar tudo para o ar, sendo que a cena de abertura (onírica e com muita nudez)
e dos últimos minutos de projeção representa os seus desejos interiores que a
qualquer momento podem explodir. Gomes passa ao máximo para o espectador essa
sensação que a protagonista sente a todo o momento, pois sua câmera jamais a
perde de vista, causando então uma sensação de apreensão em nos, sobre qual será
as atitudes dela....virtuosas ou libertárias?
Um filme sobre cada um de
nos em algum momento na vida, em que procuramos uma razão de prosseguirmos em
linhas retas e sem perdermos as esperanças.
2 comentários:
Gosto muito deste tipo de drama interior em filmes,uma ânsia de se encontrar, de saber quem somos.Adorei a dica,vou procurar ver! bjo
Aproveite então Deise e não irá se arrepender.
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