Nos dias 24 e 25 de
novembro, estarei participando do curso Neorrealismo Italiano, criado pelo Cena
Um e ministrado pelo jornalista
Franthiesco Ballerini. Enquanto os dois dias não chegam, estarei por aqui
escrevendo sobre os principais filmes, desse movimento que é considerado um dos
mais importantes da historia do cinema mundial.
A Estrada da Vida
Sinopse: Gelsomina é
vendida por sua mãe para Zampanò. Ambos não têm nada em comum: o jeito ingênuo
e humilde da jovem é o oposto da rudeza de Zampanò, um artista mambembe. A
chegada de um equilibrista que admira especialmente Gelsomina trará
acontecimentos inesperados.
Pode não ser a obra
prima máxima de Fellini, mas é um dos meus filmes preferidos do cineasta. Embora
não tenha uma beleza deslumbrante como outras atrizes da época, a atuação de
Giulietta Masina (que era casada com o diretor na vida real) que interpreta
Gelsomina, uma jovem que é vendida por sua mãe para trabalhar junto a Zampano
(Anthony Quinn, brilhante), homem forte e insensível, em um circo itinerante, é
realmente espetacular e rende momentos tocantes.
Quinn por sua vez
cria um desempenho digno de nota e que se destaca até mesmo ao lado de seus
outros personagens memoráveis como Zorba: O Grego. Quando o seu personagem
Zampano encontra um velho rival, o artista Louco (Richard Basehart), sua fúria
chega ao ponto máximo.
Embora "A estrada da
vida", ainda ecoe o cinema neorrealista, Fellini deixa um pouco para trás essas
indicações familiares, para uma fábula singela sobre o amor e a crueldade que
vem de dentro de todos nos, criando assim desempenhos inesquecíveis. Com esse
filme, o diretor conquistou o coração do público e dos críticos em todo o
mundo. Foi vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1956.
Nenhum comentário:
Postar um comentário