Sinopse: Num mundo
devastado onde as regras da realidade são ditadas por magia e loucura, um
policial vingativo persegue um assassino serial possuído por um demônio numa
batalha contra o mal absoluto.
A tentativa de se fazer outros gêneros
de filmes no Brasil é sempre bem vinda, mesmo que o resultado final da aquela
sensação de que poderia ter sido melhor. Ao assistir Porto dos Mortos, o
cinéfilo mais atento irá notar um grande número de referencias de outros
filmes, desde ao gênero western spaghetti, Mad Max e a todo filme de
zumbi que é lançado hoje em dia. Mas quem espera uma turbinada de zumbis na
tela, pode acabar um pouco se decepcionando, pois a trama se entrega para outros
rumos e com isso os comedores de carne ficam um pouco pelo caminho na historia.
Talvez a intenção do
cineasta Davi de Oliveira Pinheiro era jamais se prender a um único tema, mas
sim criar uma trama em que pudesse reunir todos os ingredientes que sempre
curtiu nos filmes de terror ao longo dos anos. Claro que nem todos irão comprar
essa brincadeira, mas visto com a mente aberta, há de se aceitar numa boa e sem
compromisso de se levar a sério. Mas é uma pena que tenhamos que engolir certos
personagens que surgem na historia que não tem muito que acrescentar e sendo
que um deles lembra por demais um dos personagens dos filmes de George A.
Romero. Quem se sai melhor é o Policial (Rafael Tombini), que possui
todas aquelas típicas características de anti-herói solitário, de poucos amigos
e com um passado nebuloso (um pouco explicado num curioso flash back). Visualmente,
o filme se limita em exibir a capital gaucha assolada pelo apocalipse, sendo
que a trama poderia ter sido feita em qualquer outro lugar que o resultado
seria então o mesmo, contudo, existem alguns pontos conhecidos pelo publico que
surge na tela.
Embora tenha uma bela
fotografia do inicio ao fim, Porto Dos Mortos talvez sirva mais como exemplo de
como podemos ir mais longe dentro do gênero fantástico aqui no Brasil. Se a
primeira vista para alguns o filme ficou devendo, quem sabe os próximos que
terem a idéia de fazer um filme de terror possam ir ainda mais longe. Afinal de
contas, não se pode viver apenas de Zé do Caixão.
Em Cartaz: Sala de cinema
P.F. Gastal (Usina do Gasômetro).
Avenida Presidente João Goulart, 551 - Marcílio Dias Porto Alegre. Confiram os horários das sessões na pagina da sala clicando aqui.
Avenida Presidente João Goulart, 551 - Marcílio Dias Porto Alegre. Confiram os horários das sessões na pagina da sala clicando aqui.
Um comentário:
Acho interessante a tentativa de se fazer um cinema diferente no Brasil,mesmo que não se obtenha um resultado satisfatório.
Tentar é melhor do que produzir mesmices,não entendo como um país com profissionais gabaritados faz o mesmo do mesmo sempre,sem apostar em novas temáticas...uma pena.
Abraço!
Bruno
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