NÃO HOUVE UM CINEASTA “PÓS TARANTINO”!
Encerrou-se ontem o curso sobre o cinema de Quentin Tarantino, onde o cineasta Mauro Baptista Vedia, demonstrou total paixão e conhecimento sobre o diretor. No primeiro dia, ele contou um pouco sobre as origens do diretor, seu gosto, como cresceu profissionalmente e provando, que Quentin Tarantino, talvez seja o único cineasta atual que é gente como agente. Ou seja, um cara que cresceu vendo inúmeros filmes e que acabou se formando dessa maneira, sem precisar ser rico necessariamente, bastando apenas ter paixão pela sétima arte e uma boa idéia na cabeça. Seus primeiros roteiros em que ele vendeu (Amor a queima Roupa e Assassinos Por Natureza) foi o seu primeiro passo do que estaria por vir.
Com pouco do dinheiro ganho (e ganhando uma ajudinha de Harvey Keitel), assim nasceu o seu primeiro filme que foi Cães de Aluguel, sendo que o resto, todo mundo já conhece a historia.
Como de costume, foram exibidos alguns trechos de seus filmes, e o primeiro (para minha surpresa) foi justamente o ultimo filme do diretor, Bastardos Inglórios (favorito do Mauro), sendo que a cena escolhida foi justamente o prólogo, onde há uma verdadeira mistura de gêneros, tanto nas imagens, como na trilha, e apresentando um dos personagens mais fascinantes que o diretor criou que foi o caçador de judeus Hans Landa, interpretado brilhantemente pelo austríaco (achei que era australiano) Christoph Walltz. Entre o primeiro e o segundo dia, Mauro deu enorme destaque a Kill Bill, principalmente Volume 2, onde apresentou aquela cena, que talvez seja uma das melhores cenas do cinema da década passada, o prólogo do segundo filme, filmado em preto e branco e reservando momentos inesquecíveis, com elementos do gênero faroeste como Três homens e um conflito e Rastros Do Ódio que formaram aquela seqüência fulminante.
No final do curso, Mauro queria saber se agente tinha alguma pergunta para que ela fosse respondida por ele. No meu caso, lancei uma que cobriu os últimos minutos da aula, que se houve um diretor “pós Tarantino”, ou seja, um que revolucionasse a linguagem cinematográfica como ele revolucionou. Em sua resposta, Mauro deu entender que surgiu somente, imitadores de Tarantino, e não um “pós Tarantino” com qualidades superiores, embora ele tenha citado alguns que merecem respeito como David Fischer, mas não colocou mão no fogo para Paul Tomas Anderson, Darren Aronofsky, e tão pouco, para Robert Rodriguez, que na opinião dele, foi um diretor que teve somente sorte, mas jamais um grande talento. Ao termino do curso, Mauro e Jorge (organizador do curso) exibiram o trailer do ultimo filme, ainda não lançado de Tarantino, que é Jango. Mas sinceramente, é um trailer ainda inacabado, sendo que até quando anunciam os astros do elenco, são cenas de outros filmes. Contudo, o que se sabe, é um filme em que o diretor presta homenagem ao cinema faroeste (mais precisamente o universo de Sergio Leone) terminando assim, o seu namoro que ele tem com esse gênero há anos.
Existira um novo Tarantino um dia? Tanto para Mauro Baptista Vedia, como para mim, por enquanto não faz falta nenhuma, pois não se mexe em time que está ganhando!
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