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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 6 de março de 2012

Cine Especial: O Cinema de Quentin Tarantino: Parte 4

Nos dias 17 e 18 de março, estarei participando do curso “O Cinema de Quentin Tarantino”, realizado no Cinebancários, criado pelo CENA UM e ministrado pelo cineasta e diretor de teatro Mauro Baptista Vedia. E enquanto o evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esse grande diretor criativo, que foi a melhor coisa que surgiu nos anos 90!

Kill Bill - Volume 1
A VINGAÇA NUNCA FOI TÃO POP!

Sinopse: A Noiva (Uma Thurman) é uma perigosa assassina, que trabalha em um grupo liderado por Bill (David Carradine) e que é composto principalmente por mulheres. Ela está prestes a se casar com Bill, mas no dia de seu casamento seu noivo e companheiras de trabalho se voltam contra ela, quase a matando. Ela fica 5 anos em coma, até despertar com um único desejo: vingança.
Anos atrás, eu havia adquirido com um colega meu de serviço, um livro intitulado CINEMA - UM ZAPPING DE LUMIÈRE A TARANTINO, escrito pelo jornalista e critico de cinema Luís Carlos Merten. Nele, ele fazia um panorama desde os primodios do cinema, até Quentin Tarantino, onde ele deu grande destaque e de como o cineasta injetou sangue novo no cinema dos anos 90. Só que então, Merten relança o mesmo livro (em 2002), só que de uma forma diferente, com mais conteudo e (pasmen) detonando Tarantino, por sua falta de ideias novas em não lançar um novo filme. Talves, Merten estivesse chateado com o cineasta, pelo fato que, de 1997 a 2002, Tarantino não lançava mais nenhum outro filme, mas quem disse que ele era obrigado a lançar filmes um atrás do outro?
O mestre Stanley Kubrick, por exemplo, levava anos para filmar um proximo filme, e isso se devia, pelo fato do cineasta não conseguir adquirir sempre uma boa historia, que realmente valesse a pena para ser lançada nas telas. Merten deveria ter sido mais paciente, pois um ano depois dele ter lançado essa segunda impressão do seu livro, eis que Tarantino surge com um dos seus projetos mais ambiciosos, que carregava consigo durante anos. Kill Bill nasceu com a ideia basica sobre a “vingaça” e suas consequencias, mas elas, viriam depois, já que no primeiro filme da noiva vingativa (Uma Thurman, novamente espetacular) não haveria tempo para reflexões e sim ação total e um verdadeiro banho de sangue. Tarantino nos da poucas explicações do que está acontecendo na tela, e tudo que sabemos, é que se trata de uma ex assassina, que no dia de seu casamento, é pega em uma emboscada dentro da igreja, onde ela é brutalmente espancada pelos seus ex colegas e leva um tiro na cabeça do seu ex namorado e chefe (David Carradine não aparecendo o rosto), e para piorar, ela estava grávida. Claro, que ela sobrevive e parte para a vingança, onde ela caça um por um os seus algozes. Neste trajeto, Tarantino novamente injeta sua forma de filmar, como havia sido visto em seus outros filmes, mas em termos de diálogos aos montes, eles ficam um pouco de lado neste primeiro capitulo, dando mais espaço a narração off da protagonista, que em muitos momentos, conta um pouco sobre aqueles que ela vai caçar, em especial, O-ren (Lucy Liu). Ao contar a historia da origem da personagem de Liu, Tarantino entra em um território até então inédito de se contar uma historia em seus filmes, sendo que esse seguimento, foi todo criado em animação japonesa, orquestrada pelos mesmos criadores do clássico Fantasma do Futuro. Em mais de cinco minutos, somos bombardeados por inúmeras cenas violentas, onde o sangue jorra aos montes, embalado por uma trilha, que nos lembra a trilogia de Sergio Leone. Ou seja, uma verdadeira mistura rara, mas que fascina.
Mas essa animação não ficaria apenas nisso, em ao lembrar o universo oriental, sendo que todo o resto da trama (pelo menos neste primeiro filme) se voltaria para o mundo do sol nascente como um todo. Tanto que Tarantino convida uma lenda do cinema japonês Sonny Chiba num papel crucial. Além de o cineasta vestir a sua protagonista, numa roupa amarela que lembra diretamente o lendário Bruce Lee em seu ultimo filme (O Jogo da Morte). Com essa roupa e a espada na mão, Tarantino joga a protagonista na famosa seqüência da "casa de chá", onde o cineasta brinca a torto e a direito com a sua câmera (fazendo uma verdadeira panorâmica dentro do ambiente), embalado com uma trilha sonora agitadíssima e (novamente) contagiante. Após a apresentação do local, acontece um dos maiores massacres do cinema recente, onde a Noiva mata os 88 loucos (todos vestidos de Kato, personagem clássico de Bruce Lee), de O-ren. Nesta seqüência tudo acontece, desde  cabeça rolando, sangue jorrando, câmera rápida, câmera lenta, fotografia em preto e branco e lutas as escuras. Por um momento, nos perguntamos... Tarantino surtou? Longe disso, sendo que as próprias cenas que ele cria, nos dizem para não levarmos nada a sério, pois tudo ali é saído de um universo, onde tudo acontece de uma forma animalesca, tosca e divertida. Pois mesmo em um mar de sangue em volta, chegamos a nos balançar ao agito das cenas, com a trilha sonora maneira ao fundo.
Após esse ato final, algumas perguntas ficam no ar, alvos ainda estão vivos e Tarantino nos bombardeia com uma assustadora revelação, que poderá (ou não) mudar os planos da noiva assassina, no finalzinho do filme. Tudo isso, foi para fazer o publico esperar com ansiedade por mais um delírio visual no volume dois. Porém, nem tudo é o que se parecia!
Curiosidade: Quentin Tarantino deu o roteiro de Kill Bill e sua protagonista a Uma Thurman como presente pelo seu aniversário de 30 anos, em 2000.


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