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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 25 de março de 2015

Cine Especial: Ficção Científica dos Anos 50: Parte 2



Para mim será agora que 2015 começa, pois em início de abril, eu estarei retornando para as atividades do Cena Um (agora Cine Um). Nos dias 06, 07,08 e 09 de abril participarei do curso de cinema Ficção Científica dos anos 50, que será ministrado pelo Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os melhores filmes que melhor sintetizaram o temor e a paranoia da civilização nos anos 50.
 
O Dia em que a Terra Parou

Sinopse: Um disco voador pousa em Washington, capital dos Estados Unidos. Seu único ocupante é Klaatu (Michael Rennie), um ser humanóide que pede paz aos terráqueos. Confundido com uma criatura perigosa, Klaatu é atingido por um soldado. O ataque desperta a fúria de Gort (Lock Martin), um robô que acompanha Klaatu e tem por missão protegê-lo, o que resulta na destruição do capitólio. Klaatu ordena que Gort cesse o ataque, aceitando ser levado a um hospital para conhecer melhor o estilo de vida dos humanos.
 
O Dia em Que a Terra Parou teve um bom nível de popularidade dentre o público na época (1951). Afinal o diretor desta obra é ninguém menos que Robert Wise, o mesmo dos musicais premiados Amor, Sublime Amor e A Noviça Rebelde. Ainda assim, muitos consideram este pequeno filme de aproximadamente US$ 1 milhão o melhor e mais importante do diretor até hoje. O mais impressionante é que os efeitos especiais ainda resistem ao tempo, isso porque o filme não era lotado deles como os filmes de hoje tem em costume. O efeito mais notável mesmo é o vôo da espaçonave de Klaatu no principio do filme – um efeito que não poderia ficar muito melhor nos dias atuais, devido à sua simplicidade e funcional. 
A história também é simples e direta, mas de tamanha importância que dura hoje. Era um lembrete direto para as pessoas e principalmente para os governos de todo o mundo que viam-se ameaçados sob a sombra de uma devastadora e até provável guerra nuclear. O alienígena Klaatu viajou, juntamente do robô Gort, pôr 200 milhões de milhas para chegar à Terra e mandar uma mensagem a todos os seus representantes: se continuarem constituindo uma ameaça a outros planetas (com a criação de foguetes essa ameaça existiria em breve), todo o planeta deve ser exterminado! Porém, assim que chega à Terra – mais precisamente em Washington – as pessoas não parecem querer ouvi-lo, e fazem de sua presença uma grande ameaça. Acuado, Klaatu (de aparência igual à dos terráqueos) vai conviver pôr um tempo com uma típica família de classe média, para decidir se vale a pena ou não tentar realmente salvar nosso planeta da destruição iminente.




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Cine Curiosidade: sobre a abertura da CINEMATECA CAPITÓLIO neste sexta

Por Gustavo Spolidoro:

​Então, finalmente, na próxima sexta acontece a (re)abertura do Capitólio, agora como uma Cinemateca. No evento das 19:30 serão exibidos os filmes INÍCIO DO FIM, que dirigi em 2005 nas ruínas do prédio e VENTO NORTE, clássico restaurado dirigido por Salomão Scliar. 
Muito mais do que uma sala de exibição, a Cinemateca é um espaço para a conservação, catalogação e pesquisa sobre o cinema feito não só no RS, mas no Brasil. Está lá, por exemplo, o acervo do Cine Esquema Novo, com grande parte do que se produziu de audiovisual no país entre 2001 e 2015 e que poderá ser acessado pelos interessados e pesquisadores. 
Além do ACERVO e da SALA DE CINEMA o local conta com biblioteca, sala para cursos, espaço para pesquisa, sala de exposições e cafeteria (mais detalhes no release oficial abaixo).

Sobre o curta INÍCIO DO FIM 
SINOPSE: “Um homem desiste.” 
 
EMPRESA PRODUTORA: CLUBE SILÊNCIO
DIRETOR: GUSTAVO SPOLIDORO
ROTEIRISTA: GUSTAVO SPOLIDORO
PRODUTOR EXECUTIVO: CAMILA GROCH e JAQUELINE BELTRAME
ELENCO: NILSSON ASP
DIRETOR DE FOTOGRAFIA: MAURO PINHEIRO JR, abc
DIRETOR DE ARTE: LUIZ ROQUE                                               
MONTAGEM: MILTON DO PRADO
DESENHISTA DE SOM: CRISTIANO SCHERER
MÚSICA: MARCELO FRUET
 
FINANCIAMENTO: 9º Prêmio IECINE de CURTAS-METRAGENS / Governo do RS
LOCAÇÕES: Cinemateca Capitólio; Faculdade de Medicina da UFRGS; Sítio da Família Consul Neglia
DATAS DE FILMAGENS: dias 22 e 23 de janeiro de 2005

PRÊMIOS
(16 prêmios) Melhor Curta Brasileiro – Jameson Short Film Awards/ European Coordination of Film Festivals, no 16º Fest. Intl. de Curtas de São Paulo/2005; Melhor Diretor no 10º CINE-PE; Melhor Filme de Ficção e Menção Honrosa para o ator Nilsson Asp no 12º Vitória Cine Vídeo; Melhor Filme no Curta-SE 6; Melhor Curta em 35mm, Diretor, Ator (Nilsson Asp) e Direção de Arte (Luiz Roque), na Mostra Gaúcha do  33º Festival de Gramado; Melhor Direção no 1° Festival de Atibaia; Melhor Curta, Direção, Foto e Montagem no Prêmio José Lewgoy de Cinema Gaúcho/2006; Melhor Direção e Menção Honrosa para Desenho de Som no 5º Santa Maria Vídeo e Cinema. 
FESTIVAIS
participou de mais de 40 festivais no exterior, com destaque para: Sundance/2006; 35º Festival de Rotterdam; Havana; Dresden; Drama; Toulouse; Québec (3 Amériques); Signes de Nuit (Paris); Cinema Jove (Valencia);


CINEMATECA CAPITÓLIO ABRE
SUAS PORTAS AO PÚBLICO 

Após um longo processo de restauro, que se estendeu por mais de uma década, a Cinemateca Capitólio finalmente abre suas portas ao público no dia 27 de março de 2015. A cerimônia oficial de inauguração está marcada para as 10h30. Já a partir das 19h do mesmo dia, as portas estarão abertas ao público em geral, que na ocasião poderá visitar o prédio e assistir à sessão inaugural, um programa formado pelo curta Início do Fim, de Gustavo Spolidoro (filmado nas ruínas do prédio), e pelo longa Vento Norte, de Salomão Scliar (primeiro longametragem de ficção sonoro realizado no Rio Grande do Sul). Esta sessão inaugural conta com o apoio do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, que está cedendo a cópia de Vento Norte para este evento de abertura. Ao longo do fim de semana, nos dias 28 e 29 de março, as portas também estarão abertas ao público, com uma programação em homenagem aos críticos que editaram nos anos 1960 a importante revista Filme 66, consolidando a geração moderna da crítica cinematográfica do Rio Grande do Sul. Entre sábado e domingo, haverá exibições gratuitas de três grandes clássicos do cinema, A Doce Vida, de Federico Fellini, O Leopardo, de Luchino Visconti, e Alphaville, de Jean-Luc Godard, além de um debate sobre a paixão cinéfila com Enéas de Souza, Hélio Nascimento e Hiron Goidanich, o Goida, mediado por Fatimarlei Lunardelli, autora do livro A Crítica de Cinema em Porto Alegre na Década de 60.   
A conclusão das obras da Cinemateca Capitólio representa um momento histórico na vida cultural de Porto Alegre. Iniciado em 2004, o longo e complexo processo de restauração do Cine-Theatro Capitólio, uma das mais luxuosas salas de cinema da cidade, além de recuperar a vocação original do espaço como sala de exibição, também teve o objetivo de transformar o prédio em um local destinado à preservação da memória audiovisual do Rio Grande do Sul. O projeto de restauração e de ocupação do espaço foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.  
Com esta inauguração, a capital gaúcha passa a ser uma das poucas cidades brasileiras a contar com um grande cinema de rua, preservado em toda a sua imponência e riqueza arquitetônica, possibilitando às novas gerações o contato com um autêntico memorial da era de ouro da exibição cinematográfica. Um período marcado pelos gigantescos e suntuosos “palácios do cinema”, normalmente localizados na região central das grandes cidades, cujas sessões atraíam uma multidão de espectadores.
Muito mais do que uma simples sala de exibição, a Cinemateca Capitólio será um espaço cultural único, por ser exclusivamente dedicado ao setor audiovisual, contando com uma sala de cinema stadium com 164 lugares, biblioteca, sala multimídia, cafeteria, salas de pesquisa, espaço para exposições e uma área inteira dedicada à preservação de filmes, roteiros, fotos, livros, cartazes e outros itens relacionados à memória do cinema e do audiovisual. Além disso, a Cinemateca Capitólio passa a ser a sede oficial do Programa de Alfabetização Audiovisual, projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e financiamento do Ministério da Educação. Além de desenvolver seus projetos habituais, o Programa de Alfabetização Audiovisual passa a responder pela ação educativa da Cinemateca Capitólio.

A gestão da Cinemateca Capitólio deve ser compartilhada entre a Prefeitura de Porto Alegre e a FUNDACINE RS, parceiras no projeto desde o seu início, mantendo uma ação de convergência entre o poder público, as entidades setoriais e a iniciativa privada, potencializando o ingresso de novas fontes de fomento e ações culturais em regime de cooperação. 
HISTÓRICO
 
Na década de 1990, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e o Governo do Estado iniciaram uma ampla política de revitalização da área central, focada na recuperação de praças e passeios públicos, incluindo também a implantação de equipamentos culturais, como forma de resgatar a vida artística do centro da capital. Neste contexto, em 1994, a Prefeitura adquiriu o prédio do antigo Cine-Theatro Capitólio, construído em 1928, visando a sua futura restauração. Por sua relevância arquitetônica e cultural, o prédio foi declarado Patrimônio Histórico do Município de Porto Alegre (em 1995) e do Estado do Rio Grande do Sul (em 2007).
 A ideia da criação da Cinemateca Capitólio nasceu em 2001, a partir de uma mobilização inicial da comunidade cinematográfica, representada pela APTC-RS. Em 2003, o projeto toma corpo, através de uma parceria firmada entre a Prefeitura de Porto Alegre, a Fundação Cinema RS - FUNDACINE, e a Associação dos Amigos do Cinema Capitólio - AAMICA, com o objetivo de restaurar o antigo Cine-Theatro Capitólio, transformando-o numa cinemateca, com as funções de preservar, armazenar e difundir a memória do cinema e do audiovisual do Rio Grande do Sul. Ainda em 2003, a FUNDACINE RS, através de convênio firmado com a Prefeitura de Porto Alegre, começou a captar os recursos necessários para a obra, cujo orçamento inicial era da ordem de R$ 6.500.000,00.
 O patrocínio da PETROBRAS, através da Lei Rouanet, no valor de R$ 4.082.887,35, viabilizou a primeira fase de restauro do prédio, realizada entre 2004 e 2006. Foi uma grande e complexa obra, dividida em duas etapas, compreendendo toda a reforma dos interiores e fachadas do prédio e a sua preparação para receber as instalações e equipamentos de uma cinemateca.
 Nos anos seguintes, a FUNDACINE RS continuou trabalhando na busca de recursos para a conclusão do projeto. Em 2010, a Cinemateca Capitólio recebeu o patrocínio do BNDES, com recursos de R$ 1.110.265,00 destinados aos sistemas elétricos e de climatização, aquisição de mobiliário e outros equipamentos.
 Ao longo de cinco anos sem ocupação, entretanto, foi constatado que o prédio da Cinemateca Capitólio necessitava de reparos e adaptações para o seu funcionamento adequado. Assim, em 2011, a Prefeitura de Porto Alegre firmou um convênio com o Ministério da Cultura, assegurando o valor de R$ 1.000.000,00 para a conclusão do projeto (com aporte de R$ 800.000,00 do MinC e contrapartida a de R$ 200.000,00 da Prefeitura).
 Iniciada em outubro de 2012, esta terceira e última etapa da restauração incluiu a execução das obras civis de reparos e adaptações do prédio, a compra e a aquisição de equipamentos específicos de projeção e som, equipamentos de informática e telefonia, entre outros itens necessários para a efetiva conclusão do projeto.

A obra civil de restauro foi entregue no dia 4 de abril de 2014, marcando oficialmente a conclusão do longo processo de recuperação e implantação do prédio da Cinemateca Capitólio e a sua reintegração ao espaço urbano de Porto Alegre. Paralelamente, foram iniciados os processos para aquisições de equipamentos de projeção e som, da área de acervo e de todo o mobiliário. Também entraram em finalização o projeto de climatização do espaço e as adaptações relacionadas ao projeto de prevenção contra incêndio.
 Um processo que finalmente se conclui em março de 2015, com a abertura do prédio ao público.


PRINCIPAIS ESPAÇOS DA CINEMATECA CAPITÓLIO

Sala de Cinema
A sala de exibição da Cinemateca Capitólio mantém as características originais do espaço, preservando o amplo pé direito do antigo Cine Theatro Capitólio e a arquitetura da tela, tendo contudo sua plateia adaptada para o formato stadium. A sala, com capacidade para 164 espectadores (além de um espaço reservado a quatro cadeirantes), terá sessões de cinema permanentes, de terças a domingos. Equipada com dois projetores 35mm, a sala de cinema terá programação de terça a domingo, com três sessões diárias.

Acervo
O acervo da Cinemateca Capitólio está organizado em salas distribuídas em quatro pavimentos, projetadas especialmente para a função de guardar materiais relacionados à memória audiovisual do Rio Grande do Sul. Localizada atrás da tela da sala principal de exibição da Cinemateca Capitólio, a área do acervo da Cinemateca Capitólio reúne filmes realizados em distintas bitolas (35mm, 16mm, 8mm, VHS, DVD, HD), cartazes, roteiros, fotografias, recortes de jornais e demais documentos relacionados à produção cinematográfica em nosso Estado.

Sala Multimídia

Espaço destinado à realização de oficinas, cursos, palestras e exibições de filmes, equipado com um projetor digital de alta definição e capacidade para 40 pessoas.

Salas de Pesquisa
Duas salas destinadas à consulta individual de pesquisadores interessados em assistir a filmes guardados no acervo da Cinemateca Capitólio. Equipadas com aparelhos de DVD e monitores de televisão, as salas são de uso gratuito, sendo disponibilizadas mediante agendamento prévio através do telefone 3289-7463.

Biblioteca
Biblioteca especializada em cinema, reunindo livros, catálogos e revistas, com o objetivo de atender pesquisadores da área e demais interessados pelo tema.

            Sala de Exposições
            Espaço destinado a exposições e projeções de videoarte, localizado no andar térreo do prédio.

            Cafeteria
            Localizada no segundo andar do prédio, a cafeteria é um espaço de convivência destinado a atender aos frequentadores da Cinemateca Capitólio, servindo cafés, bebidas e uma diferente carta de doces, salgados e lanches em geral.
 
Cinemateca Capitólio
Rua Demétrio Ribeiro, 1085

Telefones:
3289-7458 (Administração)
3289-7453 (Bilheteria)
3289-7463 (Centro de Documentação e Memória/Biblioteca)
3289-7450 (Portaria)
3289-7460 (Programa de Alfabetização Audiovisual)

terça-feira, 24 de março de 2015

Cine Especial: Ficção Científica dos Anos 50: Parte 1


Para mim será agora que 2015 começa, pois em início de abril, eu estarei retornando para as atividades do Cena Um (agora Cine Um). Nos dias 06, 07,08 e 09 de abril participarei do curso de cinema Ficção Científica dos anos 50, que será ministrado pelo Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os melhores filmes que melhor sintetizaram o temor e a paranoia da civilização nos anos 50.



 GODZILLA (1954)


MESMO COM MAIS DE 60 ANOS, GODZILLA DE 1954 CONTINUA SENDO UMA OBRA PRIMA DO CINEMA JAPONÊS.

  
Sinopse: Um gigantesco réptil mutante surge em virtude de testes nucleares. A monstruosa criatura cria um rastro de destruição no seu caminho até Tóquio, que corre o risco de ser totalmente destruída se o dinossauro não for detido.


O clássico do cinema japonês criado por Ishirô Honda merece ser redescoberto por essa nova geração cinéfila. Quando eu conheci Godzilla, foi somente quando eu vi as suas continuações que reprisava alguns anos atrás no SBT, mas eu não tinha nenhum contato com o primeiro filme e nem ao menos interesse em ir atrás. Talvez isso se deva de eu ter me acostumado a continuações tão medíocres e uma versão americana de 1998 mais medíocre ainda e com isso, esperava algo parecido no primeiro filme, que foi um grande engano da minha parte. Redescobrindo o clássico de 1954, percebemos como a ideia da criação da criatura foi de um momento mais que propicio, que infelizmente acabou sendo que banalizada nas continuações. Na época que a produção foi lançada, á recém se fazia dez anos que o Japão sofreu um golpe duro pelas costas, que foi a bomba de Hiroshima e ao mesmo tempo o mundo vivia com medo com relação às bombas atômicas.
O monstro em si, é uma metáfora desse medo em que os japoneses estavam vivendo, como também representava a força da natureza incontrolável e que nada pode ser feita contra ela. Algo parecido no que se vê até hoje, para quem mora no Japão, depois de desastres como terremotos e tsunamis. Em contrapartida, a trama representa muito bem a força e a união do povo japonês perante as dificuldades, em cenas em que mostra a dor, mas a perseverança e coragem desse povo. Não é a toa que o filme fez um tremendo sucesso de publico e critica, gerou varias continuações (tendo sido criado uma versão americana dois anos depois) e ter gerado a mania de monstros de seriados japoneses.
Do elenco, destaque para o veterano Takashi Shimura, figura bastante conhecida nos clássicos filmes de Akira Kurosawa (Viver). Embora o filme tenha envelhecido em alguns aspectos, deve-se notar que é uma produção muito bem cuidada e bem pensada, tanto na fotografia, como em efeitos especiais que se tinha há oferecer na época, mas é na trilha sonora em que a parte técnica realmente se destaca. Criada pelo compositor Akira Ifukube, a trilha possui seis temas, sendo que, “Main Title’’ é a melodia que personificaria a lembrança do Godzilla ao público em geral. Basta ouvir os primeiros acordes do tema inicial, que associação ao mostro é imediata, sendo que ela voltaria em todas as continuações do personagem. 
Revendo esse clássico, não é a toa que até hoje Godzilla é considerado o rei dos monstros e que serviu de fonte para a criação de outros filmes (como o medo pós "11 de setembro" usado como metáfora no filme Cloverfield).


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