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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Cine Especial: Cine Debate – ‘O Homem do Jazz’

Sinopse: Bayou é um homem humilde que se apaixona por Leanne, uma moça de família rica. O casal tenta viver seu amor, mas os pais da moça são contrários ao romance e ameaçam o jovem. Os anos passam, mas nenhum dos dois consegue esquecer o que sentem.

Ao longo do tempo sempre nos deparamos com histórias românticas, mas cuja a maioria delas são proibidas e terminam de maneira trágica. Talvez não seja a primeira, mas "Romeu e Julieta", obra máxima de William Shakespeare", é a mais conhecida. Já produções que falam sobre o racismo desenfreado norte americano também existem em diversos exemplos atualmente, principalmente em tempos em que a diversidade é a palavra de ordem enquanto o racismo, merecidamente, é algo que soa como um verdadeiro crime. Pois bem, da união desses dois temas é que temos "O Homem do Jazz" (2022), filme lançado no ano passado pela Netflix.

O longa-metragem, dirigido pelo ator Tyler Perry, sendo quase sempre visto em comédias, acompanha o romance proibido entre Bayou e Leanne (vividos pelos novatos Joshua Boone e Solea Pfeiffer), que são separados pela mãe dela em nome de um casamento arranjado com um branco rico. Mas ele nunca consegue esquecê-la e a trama abrange 40 anos de segredos e mentiras. A trama, da qual se passa durante os anos quarenta, carrega um drama que comove e com um conteúdo pesado que rodeia os EUA até os dias de hoje. Logicamente, estamos falando dos anos quarenta, época em que o racismo era forte na terra que se dizia livre para todos os povos, mas que tratava o povo negro como algo a ser extinto.

Usando o romance proibido como ator principal da trama, Tyler Perry aborda o racismo de maneira nua e crua, com proporções trágicas e que não deve em nada se formos comparar com relação a outras tragédias Shakespearianas. Em alguns pontos o roteiro é pesado, reflexivo e cuja as camadas a serem descascadas representam a dura luta pela sobrevivência perante a ignorância branca. Infelizmente o filme se alonga por demais em alguns momentos e exigindo um pouco a paciência do cinéfilo.

Embora aparentem serem novatos na área da atuação, Joshua Boone e Solea Pfeiffer, que interpretam o casal protagonista, com o auxílio requintado de Amirah Vann, mãe do jovem negro, seguram bem os seus desempenhos, tornando o drama mais receptível e conseguindo atenção daqueles que estão assistindo. Além disso, é preciso reconhecer a super produção como ela é, sendo que a fotografia e edição de arte são o grande ponto positivo da parte técnica do filme e cuja a sua reconstituição de época revela o seu grande charme. Diante dessas observações, o término do filme acaba expondo a bandeira dos Estados Confederados, usada pelos estados do sul do país durante a Guerra Civil norte-americano e símbolo de grupos racistas da extrema-direita.

Diante disso, "Homem do Jazz" é uma trágica história de amor vinda do passado, mas cujo os obstáculos e o racismo do homem branco perduram até hoje e que precisa ser combatido de frente.  


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sábado, 11 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Pearl'

Sinopse: Presa na fazenda isolada de sua família, Pearl deve cuidar de seu pai doente sob a vigilância amarga e autoritária de sua mãe devota. Desejando uma vida glamourosa como viu nos filmes, as ambições, tentações e repressões de Pearl colidem. 

Ti West vem chamando atenção com os seus filmes de orçamento limitado, porém, com grande conteúdo em que presta homenagem ao cinema de horror  "Slasher". O seu último filme, "X" (2022) foi sem sombra de dúvida uma homenagem a esse subgênero e que lança perante aos nossos olhos a assustadora idosa assassina chamada Pearl, que queria a todo custo assassinar os jovens que queriam rodar um filme pornô e ao mesmo tempo obter os seus prazeres carnais que tanto foram retidos em tempos mais conservadores. Mas eis que o diretor lança uma luz sobre o seu passado e aí que chegamos a “Pearl" (2022), filme que não somente retrata a origem da personagem como também é um verdadeiro estudo sobre a construção do lado sombrio de uma mente humana.

O ano é 1918, e a jovem Pearl, novamente interpretada por Mia Goth, está obcecada em se tornar famosa. Presa na fazenda isolada de sua família, Pearl se vê obrigada a cuidar de seu pai doente, e viver sob a vigilância constante de sua amarga e autoritária mãe devota (Tandi Wright). Desejando uma vida glamourosa como ela vê nos filmes, Pearl encontra suas ambições, tentações e repressões entrando em conflito. Nesta história da origem da icônica vilã de “X”, quando o sonho de ser finalmente uma estrela é negado a ela, ela começa a assassinar, até alcançar o que deseja.

Filmado em segredo pelos realizadores, o filme é uma parábola sombria da era de ouro do cinema, onde a obra é apresentada da maneira como os longas eram vistos naqueles tempos, desde as suas letras garrafais, como também uma fotografia que nos lembra os primeiros anos do technicolor, além de uma trilha sonora que nos passa a sensação de positividade em uma época cheia de promessas.  Tudo isso remete ao clássico "O Magico de Oz" (1939), onde vemos a menina Dorothy (Judy Garland) cantando uma música da qual ela deseja um lugar melhor do que aquele na fazenda do qual ela morava. Pearl deseja sair da sua fazenda para realizar os seus sonhos dourados em querer ser atriz e dançarina no mundo do cinema, porém, diferente do furacão mágico que levou Dorothy do seu mundo, aqui não há fantasia para que os seus desejos sejam realizados.

A protagonista vive uma vida de isolamento na fazenda, onde é acompanhada pela sua mãe rígida e conservadora, além de ter que cuidar de um pai que se encontra enfermo. Enquanto isso, o seu futuro marido se encontra em combate durante a 1ª Guerra Mundial, além do fato da sociedade estar sendo assombrada pela pandemia da gripe Espanhola. Qualquer semelhança com a pandemia atual do Covid não é mera coincidência, já que ambas as épocas são uma síntese do medo em que a sociedade estava sentido naquele momento, mas ao mesmo tempo sendo alimentados pelos sonhos e promessas do sistema norte americano, mas dos quais não eram para todos.

Pearl é uma sonhadora, da qual deseja alcançar os seus objetivos, mas quanto mais eles não são alcançados mais logo ela se sente frustrada e logo descontando a sua dor contra animais e, posteriormente, nas pessoas próximas. A construção desse lado sombrio de sua pessoa é gradual, como se no fundo ainda sentimentos que há ainda ali uma pessoa boa e da qual irá dar a volta por cima. Porém, o seu mundo real é implacável e do qual irá faze-la perder a razão ao longo do percurso.

Se por um lado "x" era um filme mais sangrento para dizer o mínimo, aqui a situação é inversa, pois a violência acontece, porém, de forma isolada e de pura explosão vinda da própria protagonista. Até lá, o verdadeiro horror se concentra no olhar de desespero de Pearl, como se ela desejasse que alguém a puxasse para fora de sua realidade, mas sendo recusada partir do momento em que ela apresenta a sua instabilidade. Tudo isso poderia acontecer de uma forma superficial, mas logo percebemos que tudo vai mais além e isso se deve atuação assombrosa de Mia Goth. 

Se alguém tinha dúvidas sobre o talento dessa jovem atriz, mesmo quando a mesma havia dado vida a idosa Pearl e Maxine no filme anterior, logo essa incerteza é eliminada a partir do momento em que olhar de sua personagem cheio de cicatrizes emocionais se sobressaem e se revelando alguém instável contra si mesma e contra aqueles em volta dela. Não há como não se emocionar, por exemplo, no extenso monólogo sem corte do qual ela revela a sua verdadeira história, sua dor, para logo em seguida ser ignorada pela sua cunhada, pois a mesma teme pela sua própria vida. Uma cena digna para o Oscar, mas sendo ignorada pelos membros da academia e se tornando uma grande injustiça.

"Pearl" é uma espécie de "Crepúsculo dos Deuses" do século 21, pois é uma obra que nos dá medo, desperta em nós diversas reflexões profundas e possuindo um dos minutos finais mais perturbadores da última década. 

   


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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (10/02/2023)

 TRIÂNGULO DA TRISTEZA

Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, em TRIÂNGULO DA TRISTEZA, de Ruben Östlund ("The Square - A Arte da Discórdia"), a hierarquia social é subitamente virada de cabeça para baixo. O casal de modelos Carl (Harris Dickinson) e Yaya (Charlbi Dean) é convidado para um cruzeiro de luxo com uma lista de passageiros super-ricos e um capitão peculiar, alcoólatra e marxista, interpretado por Woody Harrelson. O que a princípio parecia uma viagem perfeita termina catastroficamente, deixando os sobreviventes presos em uma ilha deserta e lutando pela sobrevivência em uma sátira onde os papéis e as classes sociais são invertidos.



TILL – A BUSCA POR JUSTIÇA

Biografia de Emmett Till, um adolescente negro, que foi brutalmente assassinado aos 14 anos no Mississipi, em 1955. A dona da uma loja de conveniências da região alegou ter sido ofendida pelo menino que, após a declaração, foi covardemente linchado por um grupo de homens. O fato de que os assassinos foram absolvidos, causou uma comoção nacional e impulsionou movimentos contra a violência à pessoas negras no país. 



DESAPEGA

Após sete anos controlada de seu vício em compras, Rita (Gloria Pires) assume a liderança de um grupo de apoio a compradores compulsivos para ajudar outras pessoas a darem a volta por cima. Começando um novo romance com Otávio (Marcos Pasquim) e toda trabalhada no equilíbrio, parece que nada pode apagar o seu brilho. 



O MENINO E O TIGRE

O filme O MENINO E O TIGRE mostra a jornada do órfão Balmani (Sunny Pawar) e do filhote de tigre Mukti pelas montanhas do Himalaia. Balmani resgata Mukti de caçadores cruéis e, juntos, eles partem em uma aventura para encontrar um lar seguro para o tigre. Balmani e Mukti enfrentarão ameaças dos caçadores que estão determinados a recapturar o filhote, e terão que sobreviver a desafios enquanto desenvolvem um forte vínculo de confiança e afeto.



SINFONIA DE UM HOMEM COMUM

O diplomata José Mauricio Bustani, primeiro diretor geral da OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas) tentou impedir a destruição do Iraque e, por pressão dos americanos, foi demitido. Hoje, decorridos 19 anos, situações semelhantes se repetem nos bastidores das organizações multilaterais.


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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO 9 A 15 DE FEVEREIRO DE 2023 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES


SALA PAULO AMORIM

A sala está fechada para manutenção e reformas.


SALA EDUARDO HIRTZ


HOLY SPIDER Assista o trailer aqui.

(Dinamarca/Alemanha/Suécia/França, 2022, 115min). Direção de Ali Abbasi, com Mehdi Bajestani, Zar Amir Ebrahimi, Arash Ashtiani. O2 Play, 16 anos. Drama policial.

Sinopse: Uma jornalista investiga o submundo da cidade sagrada iraniana Mashad, em busca de um serial killer de prostitutas. Conhecido como Spider Killer, o assassino é um fanático religioso que acredita estar em uma missão espiritual de limpar as ruas da corrupção e imoralidade. Baseado em uma sequência de crimes que aterrorizou o Irã no início dos anos 2000 e que resultou na morte de 16 mulheres, o longa-metragem conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes 2022 para Zar Amir Ebrahimi. Também foi o indicado pela Dinamarca na disputa pelo Oscar de filme internacional.

Sessões:  15h


AFTERSUN Assista o trailer aqui.

(Reino Unido/EUA, 2022, 100min). Direção de Charlotte Wells, com Frankie Corio e Paul Mescal. O2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Quando tinha 11 anos, Sophie passou alguns dias de férias com o pai, numa praia ensolarada e cheia de descobertas. Vinte anos depois, ela encontra um vídeo daquele verão e tenta se reconciliar com suas lembranças e com aquele homem que até hoje não conhece plenamente. Paul Mescal é um dos cinco indicados ao Oscar de melhor ator.

Sessões:  17h10min


ESTREIA:


AS HISTÓRIAS DE MEU PAI Assista o trailer aqui.

(Profession du Père - França, 2021, 105min). Direção de Jean-Pierre Améris, com Benoît Poelvoorde, Audrey Dana, Jules Lefebvres. Pandora Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Émile, de 11 anos, adora ouvir as histórias do pai. Homem múltiplo, André consegue ser campeão de judô, paraquedista, jogador de futebol, espião e até conselheiro do presidente francês Charles de Gaulle. Quando André acha que foi traído pelo presidente, pede ajuda ao garoto para matá-lo – ao mesmo tempo em que torna suas façanhas cada vez mais perigosas. O filme é uma adaptação do romance "Profession du Père", do escritor Sorj Chalandon.

Sessões:  19h15min


SALA NORBERTO LUBISCO


MARTE UM Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O longa foi o indicado pelo Brasil para concorrer a uma vaga na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional.

Sessões: 14h30min


GAROTO DOS CÉUS Assista o trailer aqui.

(Boys from Heaven – Suécia/França/ Finlândia/Dinamarca, 2022, 120min). Direção de Tarik Saleh, com Tawfeek Barhom, Fares Fares, Mohammad Bakri. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Adam é filho de um pescador de uma pequena província que consegue uma bolsa de estudos para a conceituada Universidade Al-Azhar, no Cairo. A morte do Grande Imã, principal líder religioso do lugar, transforma completamente a vida do estudante. Adam só pensava em ajudar sua família, mas acaba envolvido em uma teia de intrigas entre os religiosos egípcios e a elite política. O filme foi o indicado pela Suécia para a disputa ao Oscar internacional. 

Sessões:  16h45min


CORSAGE Assista o trailer aqui.

(Áustria/França/Alemanha, 2022, 113min). Direção de Marie Kreutzer, com Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield. Imovision, 16 anos. Drama biográfico.

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.

Sessões: 19h (não haverá sessão na quinta-feira, dia 9)


O MAESTRO DA AREIA

(Brasil, 15min) – documentário de Ivan Therra, realizado com recursos da lei Aldir Blanc. O filme integra o projeto Cinema Musical Gaúcho, que apresenta filmes sobre a música do RS.

Sinopse: Das mãos do velho Mestre Pescador, morador da praia de Cidreira, nasciam instrumentos musicais. Ele atravessava as dunas até Capororóca e lá buscava a melhor madeira. Depois de prontos, ele entregava os instrumentos para as crianças e as ensinava a tocar.

Sessão: Quinta (dia 9), às 19h30min. Entrada franca.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Garotos dos Céus'

 Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 11/02/2023, sábado, às 10:15 da manhã

"Garoto dos Céus" (Boys from Heaven)

Suécia/ França/ Finlândia/ Dinamarca, 2022, 120 min, 14 anos

Direção: Tarik Saleh

Elenco: Tawfeek Barhom, Fares Fares, Mohammad Bakri

Sinopse: Adam é filho de um pescador de uma pequena província que consegue uma bolsa de estudos para a conceituada Universidade Al-Azhar, no Cairo. A morte do Grande Imã, principal líder religioso do lugar, transforma completamente a vida do estudante. Adam só pensava em ajudar sua família, mas acaba envolvido em uma teia de intrigas entre os religiosos egípcios e a elite política. O filme foi o indicado pela Suécia para a disputa ao Oscar internacional.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 09 A 15 DE FEVEREIRO

Regra 34


 ESTREIA:

PERLIMPS

Brasil/ Animação/ 2022/75min.

Direção: Alê Abreu

Sinopse: Em uma floresta mágica, Claé e Bruô são de reinos animais rivais, um do Sol e um da Lua. Mas, quando a floresta é ameaçada por máquinas mortíferas, os dois são enviados para achar os Perlimps, que podem ajudar a deter a força maligna que poderá destruir o local. De reinos diferentes e personalidades muito opostas, Claé e Bruô terão que se entender para prosseguir em suas missões, descobrindo que não é apenas a floresta que os une.

Elenco: Giulia Benite, Stenio Garcia, Lorenzo Tarantelli


EM CARTAZ:

REGRA 34

Brasil/Drama/2022/100 min.

Direção: Julia Murat

Sinopse: Simone é uma jovem defensora pública que defende mulheres em casos de abuso. No entanto, seus próprios interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo.

Elenco: Sol Miranda, Lucas Andrade, Lorena Comparato, Isabela Mariotto 


ANDANÇA -OS ENCONTROS E AS MEMÓRIAS DE BETH CARVALHO

Direção: Pedro Bronz

Brasil/ Documentário/2022/115min.

Sinopse: Beth Carvalho, a “Madrinha do Samba”, foi uma das maiores sambistas do Brasil, ajudou a revelar grandes nomes e a revitalizar o gênero musical. Seus outros talentos e sua sensível capacidade de percepção da realidade que a cercava fez com que ela própria documentasse os ilustres encontros ao longo dos 53 anos de palcos e pagode. As imagens do documentário são parte desse vasto acervo nas mais diferentes mídias: super-8, vh-s, mini-dv, k7 e fotos. O filme se debruça sobre esse material de Beth Carvalho para traçar um recorte único, íntimo da carreira e da vida dessa singular figura da cultura nacional.


HORÁRIOS DE 09 A 15 DE FEVEREIRO DE 2023 (Não há sessões nas segundas-feiras):

15h: PERLIMPS

17h: REGRA 34

19h: ANDANÇA -OS ENCONTROS E AS MEMÓRIAS DE BETH CARVALHO


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Batem à Porta'

Sinopse: Durante as férias em uma cabana remota, uma jovem e seus pais são feitos reféns por quatro estranhos armados que exigem que a família faça uma escolha impensável para evitar o apocalipse.  

M. Night Shyamalan gosta de explorar a questão da fé através dos seus filmes, sendo que o mesmo coloca os seus respectivos protagonistas diante de algo inexplicável e testando com relação ao que eles realmente acreditam. Em "O Sexto Sentido" (1999), por exemplo, acompanhamos o trabalho de um psiquiatra (Bruce Willis) que começa acreditar que um menino (Haley Joel Osment) vê pessoas mortas, enquanto em "Corpo Fechado" (2000) um colecionador de HQ (Samuel L Jackson) tenta de todas as formas fazer com que um segurança (também Willis) acredite que ele tenha super poderes. Em "Batem à Porta" (2023) o cineasta coloca os personagens em uma situação limite, para que os mesmos voltem a ter fé na humanidade e para que assim possam salvar ela dá extinção certa.

Eric (Ben Aldrige) e Andrew (Jonathan Groff) estão de férias com sua filha Wen (Kristen Cui) em uma cabana isolada no campo. Enquanto brincava na floresta, o pequeno Wen conhece o educado Leonard (Dave Bautista). A tranquilidade da família então chega a um fim abrupto quando ele, acompanhado por três outros estranhos armados (Rupert Grint, Nikki Amuka-Bird e Abby Quinn), conseguem entrar à força na cabana e faz a família como refém. Os invasores contam a seus reféns sobre uma visão misteriosa e os forçam a tomar uma decisão inimaginável, um sacrifício para evitar o apocalipse iminente.

Como sempre, M. Night Shyamalan surpreende em uma direção que nos chama atenção desde o primeiro minuto de filme. Para começar reparem no enquadramento em que ele faz nos dois primeiros personagens que são apresentados dentro da trama, como se ele nos dissesse que eles têm algo a esconder e cujo os seus olhares tem muito a contar. Curiosamente, há uma ligeira sensação que o realizador quer nos passar com relação ao formato do seu filme, sendo que ele nos lembra aqueles típicas obras de suspense dos anos noventa. Portanto, não se surpreenda com apresentação do antigo logotipo da Universal, pois a intenção realmente é essa.

O filme também nos passa uma verdadeira sensação claustrofóbica, já que boa parte da história se passa dentro da cabana e fazendo com que a cada minuto se torne angustiante na medida em que o grupo liderado pelo personagem de Dave Bautista começa a revelar as suas reais intenções com relação ao casal principal e sua filha. Logicamente, assim como o personagem de Ben Aldridge, nós acreditamos em um primeiro momento que aqueles personagens que saíram do nada seriam lunáticos religiosos e que estariam ali para fazer um sacrifício que eles acreditam que seja divino. Porém, na medida em que a trama avança, a dúvida aumenta, principalmente com relação aos desastres globais que começam acontecer logo em seguida.

Curiosamente, a trama principal é intercalada com cenas sobre o passado do casal central e da qual envolve preconceitos vindos da homofobia assim como também a relação ao papel da fé na vida de ao menos um deles.  M. Night Shyamalan procura revelar o posicionamento dos dois com relação a humanidade, sendo que um consegue ainda ver esperança, enquanto o outro não vê salvação para uma humanidade que simplesmente não aceita as diferenças dos seus semelhantes. A dúvida de ambos gera um verdadeiro contraste do quarteto invasor, sendo que eles creem no que viram e que não medirão esforços em seguir esse caminho.

Dos quatro realmente quem se destaca é Dave Bautista, que consegue criar um personagem convicto com relação ao que acredita, mas não escondendo uma dor extremamente profunda. conhecido pelos filmes "Os Guardiões da Galáxia", Baustista tem chamado atenção ao interpretar personagens que vão além de uma mera figura de filme de ação e nos surpreendendo nas suas últimas escolhas e sendo que aqui não é diferente. Do começo ao fim, ele domina a cena com força, elegância e certa complexidade com relação a crença de seu personagem.

M. Night Shyamalan, por sua vez, não tem a intenção de reinventar a roda neste filme, mas sim somente em nos apresentar uma trama fantástica que fala sobre a humanidade e da qual não podemos desistir dela mesmo quando a mesma deu todos os exemplos do mundo para não darmos bola para ela. É aí que uma parcela do público poderá torcer o nariz com relação a proposta, principalmente por aqueles que são descrentes de qualquer crença. Ao mesmo terá aqueles conservadores que não irão admitir um casal LGBT ser responsável pelo destino da humanidade, mesmo sendo um filme rodado de uma forma para ser visto por todos os setores. Assim como "Sinais" (2002), parece que Shyamalan nos passa a ideia que a desistência nunca pode ser a opção, mas sim seguirmos em frente no que a gente acredita, mesmo quando tudo nos força em querermos mudar de ideia.

"Batem à Porta" é um filme M. Night Shyamalan, ou seja, uma obra que irá dividir a opinião do público e com certeza gerará debates acalorados e ao extremo. 


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