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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Cine Especial: Cine Debate – ‘O Homem do Jazz’

Sinopse: Bayou é um homem humilde que se apaixona por Leanne, uma moça de família rica. O casal tenta viver seu amor, mas os pais da moça são contrários ao romance e ameaçam o jovem. Os anos passam, mas nenhum dos dois consegue esquecer o que sentem.

Ao longo do tempo sempre nos deparamos com histórias românticas, mas cuja a maioria delas são proibidas e terminam de maneira trágica. Talvez não seja a primeira, mas "Romeu e Julieta", obra máxima de William Shakespeare", é a mais conhecida. Já produções que falam sobre o racismo desenfreado norte americano também existem em diversos exemplos atualmente, principalmente em tempos em que a diversidade é a palavra de ordem enquanto o racismo, merecidamente, é algo que soa como um verdadeiro crime. Pois bem, da união desses dois temas é que temos "O Homem do Jazz" (2022), filme lançado no ano passado pela Netflix.

O longa-metragem, dirigido pelo ator Tyler Perry, sendo quase sempre visto em comédias, acompanha o romance proibido entre Bayou e Leanne (vividos pelos novatos Joshua Boone e Solea Pfeiffer), que são separados pela mãe dela em nome de um casamento arranjado com um branco rico. Mas ele nunca consegue esquecê-la e a trama abrange 40 anos de segredos e mentiras. A trama, da qual se passa durante os anos quarenta, carrega um drama que comove e com um conteúdo pesado que rodeia os EUA até os dias de hoje. Logicamente, estamos falando dos anos quarenta, época em que o racismo era forte na terra que se dizia livre para todos os povos, mas que tratava o povo negro como algo a ser extinto.

Usando o romance proibido como ator principal da trama, Tyler Perry aborda o racismo de maneira nua e crua, com proporções trágicas e que não deve em nada se formos comparar com relação a outras tragédias Shakespearianas. Em alguns pontos o roteiro é pesado, reflexivo e cuja as camadas a serem descascadas representam a dura luta pela sobrevivência perante a ignorância branca. Infelizmente o filme se alonga por demais em alguns momentos e exigindo um pouco a paciência do cinéfilo.

Embora aparentem serem novatos na área da atuação, Joshua Boone e Solea Pfeiffer, que interpretam o casal protagonista, com o auxílio requintado de Amirah Vann, mãe do jovem negro, seguram bem os seus desempenhos, tornando o drama mais receptível e conseguindo atenção daqueles que estão assistindo. Além disso, é preciso reconhecer a super produção como ela é, sendo que a fotografia e edição de arte são o grande ponto positivo da parte técnica do filme e cuja a sua reconstituição de época revela o seu grande charme. Diante dessas observações, o término do filme acaba expondo a bandeira dos Estados Confederados, usada pelos estados do sul do país durante a Guerra Civil norte-americano e símbolo de grupos racistas da extrema-direita.

Diante disso, "Homem do Jazz" é uma trágica história de amor vinda do passado, mas cujo os obstáculos e o racismo do homem branco perduram até hoje e que precisa ser combatido de frente.  


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