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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Cine Dica: Conteúdo programático do curso: Iniciação a arte cinematográfica


O curso de iniciação a arte cinematográfica é um curso teórico de análise fílmica que possibilita ver filmes de uma forma mais completa para além do que usamos cotidianamente. Se objetiva a cinéfilos, a pessoas que escrevem sobre filmes, a quem tem interesse em fazer cinema e ainda a estudantes de artes que desejam complementar sua formação com conhecimentos sobre a sétima arte ou, simplesmente a quem queira saber mais sobre cinema

O cinema mudo
Abordagem histórica do cinema, desde seu início (1895) até o último filme mudo (1928) através de trechos de filmes da época. Com o objetivo de conectar a evolução tecnológica aos aspectos econômicos e de mentalidade de uma época.

O cinema sonoro
Os primeiros filmes sonoros e a impactação dessa tecnologia sobre a indústria cinematográfica, o público e a produção cultural do cinema. Analisar os filmes sonoros da época de seu surgimento com os soundround system de hoje.

O cinema digital
Comparar o cinema artesanal com o cinema digital, perceber a importância da tecnologia para fazer do imaginário algo mais real e diferenciar o filme que tem a necessidade de um aparato de CGI daquele que é puramente comercial.

Cinema como arte: criatividade, tecnologia e negócios
A complexidade da arte cinematográfica, uma mistura de artes cênicas, plásticas, música, roteiro, fotografia e ciência (semiótica). O reconhecimento do uso da criatividade de roteiristas e cineastas na forma de contar uma história em imagens. O uso da tecnologia a favor de filmes que exigem esse instrumento e a indústria cinematográfica no mundo, hoje.

Roteiro: princípios e construções narrativas
As diferenças entre contar uma história na literatura e contar uma história com imagens, a importância da objetividade na transmissão da ideia. Verificar tipos de abordagens diferentes no roteiro a partir de trechos de filmes que tragam essas nuances.

Direção de arte: Mis-em-scène (análise cenográfica)
A importância do cenário como complemento do roteiro. Apresentação de trechos de filmes que desenvolvem essa técnica. 

Fotografia
Os códigos da fotografia que complementam o entendimento do filme na área da emoção e o transforma em uma obra de arte à parte. Apresentação de filmes que trazem esse traço de forma evidente. Análise de filmes nesse estilo.

Montagem/edição
Analisar montagens de filmes e a forma com a qual elas auxiliam na transmissão da mensagem a que se propõem. Analisar trechos de filmes premiados na categoria e fazer a comparação entre as diferenças entre literatura e cinema.

O Som no cinema
Apresentação de trilhas sonoras de filmes que os identificam somente pela música. Analisar o impacto da trilha sonora nas emoções do espectador. Discernir o viés de abordagem do diretor em relação ao filme através da trilha sonora.

Direção: estilos e assinaturas
Verificar diretores que se apresentam a partir de uma determinada forma de filmagem e do contar histórias imagéticas. Suas características e suas marcas nos filmes que dirigem através de usos de signos em comum ao longo de suas obras.

Gêneros cinematográficos
Conhecer a história dos gêneros cinematográficos, defini-los e analisa-los. E, ainda, aqueles que ultrapassam as fronteiras de suas definições reinventando-se.

A importância do cinema para as sociedades
Entender a importância do cinema como artefato cultural para o desenvolvimento do senso crítico, do fomento ao pensamento e à reflexão. Verificar o quanto o cinema teve um crescimento importante ao longo de sua história, de artigo de feira para iletrados a objeto de pesquisa científica nos laboratórios de ciências humanas. Entender o cinema como produto humano de registro de existência e, como objeto de estudos de indícios de mentalidades e de marcos de momentos históricos.  Atestar a importância do cinema para a evolução da história do pensamento.

BIBLIOGRAFIA
BAZIN, André. O que é o cinema? São Paulo: Cosac Naify, 2014.
BENJAMIM, Walter. A obra de arte na época da reprodutibilidade técnica. Porto Alegre, RS: Zouk, 2012.
___________________ Obras escolhidas Vol 1: Magia e técnica, arte e política – ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
BORDWELL, David; Thompson, Kristin. A arte do cinema – uma introdução. São Paulo: EDUSP, 2013
COUSINS, Mark. História do cinema: dos clássicos mudos ao
KEMP, Philip. Tudo sobre cinema. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.
METZ, Christian. A significação no cinema. São Paulo: Perspectiva, 2010.
RANCIÈRE. Jacques. A Fábula Cinematográfica. Campinas, São Paulo: Papirus, 2013.
__________________ As distâncias do Cinema. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012
XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

Sonia Rocha, Mestre em Educação e Cinema (UERJ); crítica cinematográfica e editora do site Cinema & Movimento. Já escreveu para Almanaque Virtual e Instituto Guardiães de Gaya Cultural; associada do Ateliê Um no núcleo de Fotografia e Cinema; educadora, pós graduada em História (UFF), foi professora de Educação básica por 23 anos. Mais informações: https://www.cinemaemovimento.com/

Cine Dica: Cinema na Segunda guerra Mundial

        INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PRIMEIRO "CURSO DE FÉRIAS" DE 2019


A Segunda Guerra Mundial foi um evento global extraordinário. A repercussão do seu desenvolvimento e do seu desfecho afeta profundamente o mundo até hoje. Contudo, a representação cinematográfica da Segunda Guerra não é equilibrada e precisa ser vista com cautela.

O curso Os Filmes Vão à Luta: O Cinema na Segunda Guerra Mundial, ministrado por Luís Mário Fontoura, propõe um olhar diferenciado sobre a cinematografia dos beligerantes. A ideia é apresentar os principais filmes realizados pelos países envolvidos, contextualizando-os com a realidade histórica e a experiência única de cada um deles. Afinal, para cada nação, a experiência da guerra foi única, assim como o seu olhar cinematográfico sobre ela.

"OS FILMES VÃO À LUTA:
O CINEMA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL"

de Luis Mário Fontoura

DATAS
12 e 13 / janeiro / 2019 (sábado e domingo)
 

HORÁRIO
14h às 17h
 

LOCAL

Cinemateca Capitólio Petrobras
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


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INFORMAÇÕES
www.cinemacineum.blogspot.com/

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: Nasce uma Estrela

Sinopse: A jovem cantora Ally ascende ao estrelato enquanto seu parceiro Jackson Maine, um renomado artista de longa carreira, cai no esquecimento por problemas com o álcool. 

Este filme Nasce uma Estrela não veio para ser mais uma nova versão do conto. Ela também é uma crítica sobre a máquina que transforma talento genuíno em marketing e do orgulho frágil que tornam os aplausos de uma plateia de uma forma viciante. Ao mesmo tempo, é um filme que vai agradar o grande público, um filme embasado em suas origens mas transcendente em sua execução.  E quem diria que a estreia de  Bradley Cooper (Sniper Americano) como diretor se sairia tão bem.
O filme já é a quarta versão do material que já rendeu outros três filmes de mesmo nome. As de 1937, com Janet Gaynor, e de 1954, com Judy Garland que, há quem diga (não via as versões anteriores), continuam sendo as melhores e já de 1976, com Barbra Streisand, há quem diga, continua sendo a pior delas. Mesmo eu sendo leigo com relação as adaptações anteriores, acredito que essa nova versão acrescente, não só uma crítica acida na elaboração de celebridades instantâneas de hoje, como também possuir um brilho próprio e graças as  presenças de Lady Gaga e Bradley Cooper.
De fato, Gaga não tem do que ter medo, já que ela nada mais faz do que ser ela mesma na tela. Claro que ainda está longe dela nos convencer como atriz, pois aqui ela não consegue acertar nas expressões faciais, mas no geral ela faz tudo certo, sem exageros para mais ou para menos. Nas cenas no palco, por exemplo, aí ela de fato cresce, mas isso já era mais do que esperado, já que é o território de sucesso dela como um todo.
Mas a grande atuação do filme fica por conta mesmo de  Bradley Cooper. Ele sabe que Gaga é um material e tanto a ser destacado, então não poupa cenas com a diva e nunca quer aparecer mais que ela. Porém, ele reserva as grandes cenas dramáticas para com ele próprio, e nos momentos mais intensos comprova porque vem sendo apontado pelos críticos como uma das melhores atuações do ano de 2018.
Quando ambos se encontram em cena se comprova que os interpretes tiveram boa química do começo ao fim da produção. Na realidade é aquele caso em que um grande interprete colabora para que o seu colega consiga uma boa atuação em cena. Se Lady Gaga se destaca na atuação, muito se deve também ao seu companheiro, gerando momentos de pura emoção e principalmente em sua reta final.
Vencedor do Globo de Ouro de melhor canção original, Nasce uma Estrela é uma versão modernizada desse famoso conto vindo do show business e que irá colecionar uma nova geração de fãs de todas as idades. 


Cine Dica: Yara, Rasga Coração, Tinta Bruta e Asako I & II (8 a 16 de janeiro)

DRAMA DE DIRETOR IRAQUIANO EM CARTAZ
RASGA CORAÇÃO E TINTA BRUTA EM EXIBIÇÃO
PRÉ-ESTREIA DE ASAKO I & II
Tinta Bruta 

A programação de estreias da Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta quatro destaques na primeira semana de exibição de 2019. Yara, novo filme do realizador iraquiano Abbas Fahdel, exibido na competição principal do Festival de Locarno do último ano, entra em cartaz na quinta-feira, 10 de janeiro. Duas obras políticas realizados no Rio Grande do Sul, Rasga Coração, de Jorge Furtado, e Tinta Bruta, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, ganham sessões também a partir do dia 10 de janeiro. No domingo, 13 de janeiro, às 20h, acontece uma sessão de pré-estreia de Asako I & II, de Ryusuke Hamaguchi, um dos grandes destaques do cinema japonês contemporâneo, concorrente à Palma de Ouro em Cannes em 2018. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos. Integrante do projeto Sessão Vitrine Petrobras, o filme Tinta Bruta tem valor promocional: R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

FILMES

YARA
Líbano/Iraque/França, 2018, DCP, 101 minutos
Direção: Abbas Fahdel
Distribuição: Zeta Filmes
A jovem Yara mora com a avó em uma fazenda em um vale isolado, ao norte do Líbano. A maioria dos antigos habitantes da vila já se mudou ou faleceu. Um dia, Yara conhece Elias, um jovem caminhante, meio perdido, que passa pela fazenda. Entre dias lindos e quentes, cuidando das cabras, alimentando as galinhas, lavando roupa, tomando sol, Yara descobre um amor de verão.

RASGA CORAÇÃO
Brasil, 2018, 115 minutos, DCP
Direção: Jorge Furtado
Distribuição: Sony
Custódio Manhães é um funcionário público de meia idade que continua pensando como o militante político que foi na juventude, quando era conhecido como 'Manguari Pistolão'. Mas é confrontado por seu filho Luca, que o acusa de conservador. Sem dinheiro para fechar o mês, e sofrendo as dores de uma artrite crônica, Custódio passa em revista seu passado, e se vê repetindo as mesmas atitudes de seu pai.

TINTA BRUTA
Brasil, 2018, 118 minutos, DCP
Direção: Filipe Matzembacher e Márcio Reolon
Distribuição: Vitrine Filmes
Enquanto responde a um processo criminal, Pedro é forçado a lidar com a mudança da irmã para o outro lado do país. Sozinho no escuro do seu quarto, ele dança coberto de tinta neon, enquanto milhares de estranhos o assistem pela webcam.

ASAKO I & II
Japão/França, 2018, DCP, 117 minutos
Direção: Ryusuke Hamaguchi
Distribuição: Zeta Filmes
Asako e Baku vivem um romance intenso e avassalador, porém, certo dia, o temperamental Baku desaparece. Dois anos mais tarde, depois de se mudar de Osaka para Tóquio, Asako encontra o duplo perfeito de Baku. Ryusuke Hamaguchi, que já havia atraído atenção em 2015, com um filme de mais de cinco horas intitulado Happy Hour, retorna com esta obra, baseada em um livro da escritora Tomoka Shibasaki, para traçar a trajetória de um amor, ou, para ser exato, dois amores, encontrados, perdidos, deslocados e recuperados.

GRADE DE HORÁRIOS
8 a 16 de janeiro de 2019

8 de janeiro (terça)
14h- O Sol por Testemunha
16h - Crônica de Anna Magdalena Bach
18h - Harakiri
20h30 - Tempos Modernos

9 de janeiro (quarta)
14h - Paixão dos Fortes
16h - Madre Joana dos Anjos
18h - A Roda da Fortuna
20h - The Rocky Horror Picture Show

10 de janeiro (quinta)
14h - Tempos Modernos
16h - O Terror das Mulheres 
18h - Tinta Bruta
20h – Yara (estreia)

11 de janeiro (sexta)
14h - The Rocky Horror Picture Show
16h - Yara
18h -  Rasga Coração
20h - Projeto Raros (Duvidha, de Mani Kaul)

12 de janeiro (sábado)
14h - Crônica de Anna Magdalena Bach
16h - A Roda da Fortuna
18h - Tinta Bruta
20h – Yara (estreia)

13 de janeiro (domingo)
14h - Celine e Julie Vão de Barco
18h - Rasga Coração
20h - Asako I & II (pré-estreia)

15 de janeiro (terça)
14h - Rasga Coração
16h – Yara (estreia)
19h - Sessão ACCIRS: O Desprezo + debate

16 de janeiro (quarta)
14h - Harakiri
16h30 – Yara (estreia)
19h30 - Temporada + debate

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Cine Curiosidade: Vencedores do Globo de Ouro de 2019.

Bohemian Rhapsody

Já se foi o tempo que o Globo de Ouro deixou de ser um termômetro para os eventuais indicados para o Oscar. Porém, não deixa de ser curioso a lista de vencedores desse ano, onde os votantes pensaram em agradar mais o público do que a crítica. Só assim para explicar a vitória de Bohemian Rhapsody na categoria de Melhor Drama, pois embora tenha ótimos méritos, além de eu tê-lo considerado um dos dez melhores filmes do ano passado,Infiltrado na Klan, por exemplo, era muito superior ao escancarar uma corajosa crítica contra a extrema direita de Donald Trump e que merecia sim o prêmio principal.
Em contrapartida Roma, superprodução da Netflix e comandada por Alfonso Cuarón (Gravidade), levou merecidamente os prêmios de melhor filme estrangeiro e melhor diretor. Fico na torcida para que esse belo filme se destaque nas próximas premiações e chegue com força no próximo Oscar.        

Veja abaixo a lista completa dos vencedores: 

Melhor filme – Drama 
Bohemian Rhapsody 


Melhor atriz de filme – Drama 
Glenn Close – The Wife 
  
Melhor ator de filme – Drama 
Rami Malek – Bohemian Rhapsody 

  
Melhor Filme – Musical ou Comédia 
Green Book: O Guia 
  
Melhor atriz em filme – Musical ou Comédia 
Olivia Colman – A Favorita 
  
Melhor ator em filme – Musical ou Comédia 
Christian Bale – Vice 
  
Melhor diretor de filmes 
Alfonso Cuarón – Roma 

  
Melhor roteiro para filme 
Peter Farrelly, Nick Vallelonga e Brian Currie – Green Book: O Guia 
  
Melhor atriz coadjuvante em filmes 
Regina King – Se a Rua Beale Falasse 
  
Melhor ator coadjuvante em filmes 
Mahershala Ali – Green Book: O Guia 
  
Melhor música para filmes 
Shallow – Nasce Uma Estrela 
  
Melhor trilha original para filmes 
Justin Hurwitz – O Primeiro Homem 
  
Melhor animação 
Homem-Aranha no Aranhaverso 
  
Melhor filme em língua estrangeira 
Roma (México)
   
Melhor série – Drama 
The Americans 
  
Melhor atriz em série – Drama 
Sandra Oh – Killing Eve 
  
Melhor ator em série – Drama 
Richard Madden – Bodyguard 
  
Melhor série – Musical ou Comédia 
O Método Kominsky 
  
Melhor atriz em série – Musical ou Comédia 
Rachel Brosnahan – The Marvelous Mrs. Maisel 
  
Melhor ator em série – Musical ou Comédia 
Michael Douglas – O Método Kominsky 
  
Melhor série limitada ou filme para TV 
The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story 
  
Melhor atriz em série limitada ou filme para TV 
Patricia Arquette – Escape at Dannemora 
  
Melhor ator em série limitada ou filme para TV 
Darren Criss – The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story 
  
Melhor atriz coadjuvante em série, série limitada ou filme para TV 
Patricia Clarkson – Sharp Objects 
  
Melhor ator coadjuvante em série, série limitada ou filme para TV 
Ben Whishaw – A Very English Scandal 
  
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