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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Cine Dicas: Estreias do final de semana (02/08/18)



 Mamma Mia! Lá Vamos nós de novo



Sinopse: Ao descobrir que está grávida, Sophie busca inspiração para a maternidade lembrando do passado da mãe. Nos anos 70 a jovem Donna viveu muitas aventuras com seu grupo musical Donna & The Dynamos, parceria com as amigas Tanya e Rosie. Porém, mais do que isso, ela se apaixonou e viveu relacionamentos intensos com três homens bem diferentes: Harry, Sam e Bill.



Ana e Vitória

Sinopse: Ana e Vitória se encontram em uma festa que marca o início da dupla. As duas precisam aprender a lidar com os fãs e a fama.



Hilda Hilst Pede Contato


Sinopse: Documentário sobre a escritora, poeta e dramaturga Hilda Hilst, considerada uma das mais importantes vozes da língua portuguesa do século 20. Com arquivos pessoais, depoimentos, encontros e intervenções, o filme revela sua memória e presença na Casa do Sol, chácara onde vivia em Campinas.



O Nome da Morte


Sinopse: Júlio Santana é um pai de família, homem caridoso e um orgulho para os seus pais. No entanto, ele esconde outra identidade sob a fachada exemplar: ele é um assassino profissional responsável por 492 mortes.



A Outra História do Mundo


Sinopse:Em um vilarejo uruguaio em plena ditatura, Milo (Roberto Suárez) e Esnal (César Troncoso) são dois amigos inconformados e criativos que resolvem se rebelar contra as regras rígidas instauradas pelo novo coronel local sequestrando seu bem mais precioso: uma coleção de anões de jardim. A ação não é executada com perfeição e Milo acaba capturado pelos militares, o que leva sua família à derrocada e Esnal a se tornar recluso. Reanimado pelas filhas do amigo, no entanto, ele deixa a solidão de seu quartinho com um plano mirabolante.

Querido Embaixador


Sinopse: Luiz Martins de Souza Dantas (Norival Rizzo) era o embaixador do Brasil na Itália até 1922, quando é transferido para Paris. Cercado de belas moças, o homem vive num cotidiano de luxo em reuniões que incluíam pessoas da política e da cultura do país. Nesse contexto, começa a Segunda Guerra Mundial e o embaixador passa a viver numa realidade intensa com tomada de decisões que realmente podem colocar a vida de brasileiros em risco.


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Cine Dica: Zama, Rei e Projeto Raros Sci-Fi (2 a 8 de agosto)



FILMES DE LUCRECIA MARTEL E NILLES ATALLAH EM CARTAZ
PROJETO RAROS APRESENTE PÉROLA DA FICÇÃO-CIENTÍFICA DOS ANOS 1950
ZAMA

Em diálogo livre com o ciclo 1970: Os enigmas da ficção-científica, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta a partir de quinta-feira, 2 de agosto, dois títulos que revisitam de maneira extraordinária o passado colonial do continente sul-americano, provocando conexões incômodas com o presente: o chileno Rei, de Niles Atallah, e o argentino Zama, de Lucrecia Martel. O Desmonte do Monte, documentário de Sinai Sganzerla, segue em exibição até o dia 8 de agosto. O valor do ingresso para os filmes em cartaz é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
Na sexta-feira, 03 de agosto, às 20h05, o Projeto Raros exibe Mulheres-Gato da Lua, de Arthur Hilton, emblemática ficção-científica dos anos 1950. Após a sessão, será realizado um debate com o pesquisador Marcelo Severo. Com projeção digital e legenda em português, a sessão tem entrada franca.

FILMES EM CARTAZ

ZAMA
Cor/DCP/115'
Argentina / Brasil / Espanha / Portugal / México - 2017
Direção: Lucrecia Martel
Distribuição: Vitrine Filmes
​Zama, um oficial da Coroa Espanhola nascido na América do Sul, aguarda uma carta do Rei que deverá autorizá-lo a se transferir da cidade em que vive estagnado para um lugar melhor. Sua situação é delicada: ele deve se certificar de que nada ofusque sua realocação e se vê forçado a aceitar submissamente todas as tarefas que lhe são confiadas por consecutivos governadores que vêm e vão enquanto, ele fica para trás. Os anos passam e a carta do Rei nunca chega. Quando Zama percebe que tudo está perdido, se junta a um grupo de soldados que saem a perseguir um perigoso bandido.

REI
(Rey)
Cor/DCP/91'
Chile/2017
Direção: Niles Atallah
Distribuição: Descoloniza Filmes
Orélie-Antoine de Tounens foi um advogado e explorador francês do século XIX que se dedicou a conquistar a Patagônia. Suas aventuras são exploradas de forma imaginativa e em alto estilo pelo chileno-americano Niles Atallah. O rei se depara com seres flutuantes e inimigos vestindo máscaras enormes enquanto ele percorre espaços fotografados por filme celuloide. Este filme, frequentemente alucinatório, mostra a história rompendo e brotando um caminho para a transcendência.

PROJETO RAROS APRESENTA CLÁSSICO SCI-FI DOS ANOS 1950

MULHERES-GATO DA LUA
(Cat-Women of the Moon)
EUA, 1953, 64 minutos
Direção: Arthur Hilton
Exibição digital com legendas em português

Astronautas da terra viajam para o lado escuro da lua, em uma expedição científica, e encontram um civilização antiga de mulheres. São bem recebidos com comidas e bebidas mas, o que não sabem é que as mulheres-gato querem se apoderar de seu foguete.
Lançado originalmente em 3D, o filme é um dos poucos realizados para o cinema por Arthur Hilton, mais conhecido como montador de Assassinos, de Robert Siodmak e O Segredo da Porta Fechada de Fritz Lang, entre centenas de outros filmes.
A sessão faz parte de uma dupla homenagem às avessas do Projeto Raros ao cinquentenário de 2001 – Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, destacando filmes de ficção-científica que resgatam ou destacam o lado mais divertido e inconsequente do gênero. Após a sessão, há um debate com o pesquisador Marcelo Severo.

GRADE DE HORÁRIOS
2 a 8 de agosto de 2018

2 de agosto (quinta-feira)
14h30 – O Desmonte do Monte
16h – Zama
18h – Matadouro 5
20h – No Mundo de 2020

3 de agosto (sexta-feira)
14h30 – O Desmonte do Monte
16h – Rei
18h – Capricórnio Um
20h05 – Projeto Raros (Mulheres-Gato da Lua, de Arthur Hilton)

4 de agosto (sábado)
14h30 – O Desmonte do Monte
16h – Zama
18h – THX 1138
19h30 – 2001 – Uma Odisseia no Espaço

5 de agosto (domingo)
14h30 – O Desmonte do Monte
16h – Rei
18h – O Planeta dos Macacos
20h – De Volta ao Planeta dos Macacos

7 de agosto (terça-feira)
14h30 – O Desmonte do Monte
16h – Zama
18h – Fase IV: Destruição
19h30 – O Enigma de Andrômeda

8 de agosto (quarta-feira)
14h30 – O Desmonte do Monte
16h – Rei
18h – Colossus 1980
20h – Geração Proteus

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Alguma Coisa Assim



Sinopse: Enquanto buscam diversão, os jovens Caio (André Antunes) e Mari (Caroline Abras), vagam pela noite de São Paulo. Nesse contexto, entre o som e os silêncios, os dois vão se conhecendo ainda mais e ao longo de uma década se reencontram em três momentos muito importantes de suas vidas.


Não é de hoje que o cinema nos apresenta o amadurecimento de personagens perante os dilemas que a vida lhe apresenta. Em Boyhood, por exemplo, o cineasta Richard Linklater foi perfeccionista ao extremo, ao registrar o envelhecimento (além dos próprios atores) e amadurecimento dos seus respectivos personagens centrais numa trama em que todos facilmente se identificam. Embora não possua a mesma ambição do que foi vista naquele filme, o filme brasileiro Alguma Coisa Assim explora sobre os dilemas que a vida nos dá, além de tocar o dedo na ferida em assuntos em que ninguém quer debater.
O longa metragem dá continuidade aos eventos vistos no curta metragem Alguma Coisa Assim de 2006, do diretor Esmir Filho, que acompanhava dois jovens amigos descobrindo a noite de São Paulo, enquanto um deles, o garoto, explorava sua sexualidade. Agora, uma década depois, o cineasta retorna à história contando com codireção de Mariana Bastos. Alguma Coisa Assim (2017) aproveita boa parte das cenas do curta citado, mas insere outros dois períodos na vida dos amigos. Assim, acompanhamos três momentos importantes na vida de Caio (André Antunes) e Mari (Caroline Abras). 
Os primeiros minutos de projeção já nos prendem atenção, pois além de uma fotografia de cores vibrantes, das quais sintetizam tempos mais dourados, a dupla central já nos conquista pela simpatia e pelo ar de ambiguidade em que ambos os personagens escondem um do outro. Logo se percebe que há sentimentos guardados, não correspondidos e já fazendo a gente se antecipar quando todo esse conflito emocional transbordar de dentro para fora do copo. Os cineastas, aliás, conseguem obter um bom perfeccionismo das cenas filmadas que são muito bem alinhadas com o incrível desempenho da dupla central da trama.
Por testemunharmos três fases distintas de suas vidas, percebesse o amadurecimento no olhar de ambos, dos quais não escondem cicatrizes, sendo não só do tempo, como também de sentimentos que nunca foram liberados. O filme também é sobre a busca do indivíduo que procura a sua real identidade num mundo contemporâneo de hoje, do qual sempre vive mudando e fazendo com que a gente sempre se questione sobre qual é o próximo passo. Esse turbilhão de pensamentos e sentimentos são todos muito bem desenvolvidos graças à boa interpretação da dupla central em cena.
Tanto André Antunes como Caroline Abras são a alma do filme, sendo que essa última nos surpreende por uma interpretação minuciosa, ao apresentar uma personagem de múltiplas camadas e das quais sofre ao tentar esconder uma confusão interna perante o mundo do qual vive. Já Antunes constrói para o seu personagem alguém que se mantém em posicionamento seguro sobre quem ele acha que realmente é, mas cuja essa imagem se desconstrói no momento em que sempre revê a sua melhor amiga. O ato final reserva momentos de tensão, onde ambos os personagens deixam o copo de cada um transbordar, onde não possuem mais nenhum esconderijo para que possam se esconder sobre seus reais sentimentos e tendo que enfrentar os problemas que germinam e dos quais não podem ser ignorados.
Embora curto, Uma Coisa Assim é um retrato sobre o mundo sempre em metamorfose, onde tempos mais dourados se torna meras lembranças e fazendo com que a gente abrace os ventos da mudança. 



Onde assistir: Cinebancários. Rua General Câmara, nº 424. Centro de Porto Alegre. Horário: 15h e 19h. 



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