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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de julho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: Teobaldo Morto, Romeu Exilado



Sinopse:O músico João (Alexandre Cioletti) é expulso de casa pela esposa, que está grávida. Ele então se isola num casebre no interior do Espírito Santo para refletir questões internas para então voltar ao lar para ser um bom pai para o filho.
 
Teobaldo Morto, Romeu Exilado, é um exemplo do cinema brasileiro que une magia e realismo poucas vezes visto em nosso cinema, pois traz um pouco de arte, mas alinhado com temas políticos contemporâneos. Com um teor adulto, o filme adiciona elementos de fantasia surrealista, do qual se casa com a proposta principal da obra. A trama se centra nos personagens amigos João (Alexandre Cioletti) e Max (Rômulo Braga) e adicionando temas pertinentes, mas que, por vezes, perturba a mente de uma pessoa comum.
Os diálogos cara a cara entre os protagonistas João e Max destrincham sentimentos e um teor dramático bastante familiar para as pessoas que assistem, mesmo quando o roteirista insere elementos que, por vezes, lembra um sonho ou então um pesadelo. Entre amor e amizades entre pais e filhos, há uma mitologia inserida entre eles, mais precisamente algo que soe familiar com que a gente ouve dos nossos avôs do interior, mas visto tanto no visual, que o longa oferece então uma experiência que vai contra as nossas perspectivas. O filme acaba mesclando inúmeros elementos, que vai do drama, suspense e uma realidade um pouco abstrata.
No decorrer do trajeto, o cineasta Rodrigo de Oliveira (As Horas Vulgares) filma bastante planos sequências que formam esse cenário, alinhado com uma ótima fotografia, com uma luz poucas vezes vistas no cinema brasileiro e focando os campos verdes de uma forma muito bela. O cineasta nos coloca como uma espécie de observador de uma trama, cujo silêncio se torna muito recorrente ao longo da projeção e fazendo dela um artifício para causar apreensão para aqueles que assistem.
O longa é recheado também de momentos discursivo, onde os personagens largam as amarras de um lugar comum e abraçam para um diálogo cheio de filosofia, do qual obriga o cinéfilo a pensar sobre o que eles falam. Do princípio ao fim, os personagens são dramáticos, para não dizer trágicos, dando a impressão que saíram de uma peça shakespeariana: a sequência em que mostra ambos se digladiando verbalmente e fisicamente sintetiza bem isso.
Embora a trama seja compreensiva em alguns momentos, sua forma incomum de ser apresentada a nós, por vezes, pode confundir a pessoa desavisada, já que a história vem e volta ao presente e passado sem avisar. Em Teobaldo morto, Romeu exilado fala-se de paternidade, da falta familiar e fraterna, exílio da ditadura militar, certa paranoia do imigrante, aquele que não se reconhece mais na terra da qual se criou. No ato final da trama, do nada, surge um centauro e um arqueiro, ambos da mitologia grega, mas em plena terra do Espírito Santo. 
A partir disso tudo é possível, com o direito da relação de João e Max adentrar num novo patamar que nem mesmo talvez pudessem ter calculado. Teobaldo Morto, Romeu Exilado é um filme que levanta mais perguntas do que respostas e criando uma experiência extrassensorial do qual nem todos estão preparados a encará-la.  




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Cine Dica: Rock no Cinema


Apresentação

O Rock’n’Roll mudou para sempre a indústria global da música e atingiu em cheio a poderosa indústria do cinema, se consolidando como um dos principais pilares da lucrativa cultura popAs relações entre cinema e música, que se fortificaram com o surgimento do Rock nos anos 1950. Ao renovar o comportamento jovem, criando um novo público consumidor na maior nação capitalista do mundo, o Rock acabou atraindo a atenção de estúdios e produtores de cinema, se tornando tema de centenas de filmes de diferentes gêneros cinematográficos.


O curso Rock'n Cine: A História do Rock’n’Roll no Cinema vai acompanhar a história do gênero musical de 1950 até 2016, observando seus contextos culturais, sociais e econômicos a partir de filmes ficcionais, documentários, biopics e concert movies lançados neste período. Mais do que sequenciar estilos e vertentes roqueiras, durante dois encontros pensaremos sobre como o cinema se refere ao rock, aos seus astros, momentos e movimentos mais importantes. Resultado de cinco meses de pesquisa, o curso é totalmente ilustrado com textos, fotos e muitos trechos de filmes.


Objetivos

O curso Rock'n Cine: A História do Rock’n’Roll no Cinema, ministrado por Danilo Fantinel, vai refazer história do Rock observando-o como fenômeno cultural, social e econômico a partir de filmes lançados desde 1950. O objetivo da atividade é analisar as visões cinematográficas sobre o Rock acompanhando seu nascimento e seu amadurecimento sonoro, bem como sua ramificação conceitual até seu atual momento de pluralidade estética.


Conteúdo programático

Aula 1

Anos 1950
As raízes do Rock.
Os filmes observam o nascimento do novo gênero musical.
Os primeiros rock and rollers.
A invenção da ideia de “American teenager”.
O surgimento da cultura jovem.

Anos 1960
O cinema acompanha o mundo dividido pela Guerra Fria.
A revolução contracultural e as novas vertentes do rock.
Rock experimental nas telonas.
Os festivais de música ganham espaço.


Aula 2

Anos 1970
O cinema registra a evolução estética e mercadológica do Rock.
Nova visão sobre o artista: criador e profissional com apuro técnico.
Corporate Rock: a música como negócio.
Novos artistas, estilos e vertentes: O pluralismo estético em reação à estética hippie.

Anos 1980
O cinema vê a consolidação do rock clássico: rock britânico, heavy metal, hard rock e o rock de arena.
Fortalecimento do pós-punk, do dark/gótico e do alternative rock.
As explosões dançantes: Synth pop e a música eletrônica.
MTV, cinema e home video: a música é visual.


Anos 1990
Heavy Metal Ambition ganha espaço.
O Gótico, o Rock industrial, o Funk metal e o Rap metal começam a se movimentar.
Grunge e Hardcore: a sobrevida ao punk.
indie rock e o brit rock assumem posição.

Anos 2000
O cinema testemunha a fragmentação estética.
As novas tecnologias.
A queda das barreiras musicais entre os artistas.
College rock, o brit pop e o grunge dividem espaço com novas bandas independentes.


Ministrante: Danilo Fantinel

Mestre em Comunicação e Informação (UFRGS) e jornalista. Professor de Cinema e Fotografia no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Estuda as relações entre o imaginário antropológico e a Sétima Arte. Cobre shows nacionais e internacionais há 15 anos, tendo atuado em festivais de música no Brasil e exterior. Colaborador da revista Veja, Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Publica críticas no portal Papo de Cinema.


Curso
ROCK'N CINE: A História do Rock'n'Roll no Cinema
de Danilo Fantinel

Datas: 30 e 31 / Julho (sábado e domingo)

Horário: 15h às 18h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 90,00
(Valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 10 inscrições por depósito bancário)
Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714


Realização

Patrocínio
Nerdz

Apoio

terça-feira, 5 de julho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: PROCURANDO DORY



Sinopse: Procurando Dory se passa cerca de um ano após Procurando Nemo, e traz de volta alguns favoritos: Marlin (voz de Albert Brooks), Nemo, a turma do aquário, entre outros. Ambientado na costa da Califórnia, a história também dá as boas-vindas a vários novos personagens, incluindo alguns que vão provar ser parte importante da vida de Dory (voz de Ellen DeGenereses).


Sempre quando via e revia Procurando Nemo eu sempre enxergava Dory como uma espécie de anjo da guarda para Marlin, pois sem ela, ele jamais teria chegado ao seu destino e indo de encontro ao seu filho Nemo. Passado mais de uma década, Procurando Nemo virou um clássico instantâneo e fazendo com que todo fã desejasse um dia revisitar aquele mundo mágico do fundo do oceano. Eis que então surge Procurando Dory, um filme que coloca a peixinha azul como protagonista e colocando uma luz em seu passado até então misterioso. Já nos primeiros minutos do filme conhecemos Dory quando era pequenininha, sendo muito bem cuidada pelos seus pais, já que desde cedo ela sofre de perda de memória recente. Mesmo tentando se esforçar para não esquecer, Dory acaba se perdendo dos seus pais e cresce procurando eles, mesmo quando se dá conta que não sabe mais exatamente o que está procurando. Os flashbacks dos primeiros minutos da trama terminam exatamente quando Dory conheceu Marlin, quando esse último estava correndo atrás do barco que estava levando Nemo e é ai que a trama começa e voltando para o presente.
Dirigido pelos cineastas Andrew Stanton e Angus MacLane, o filme não é somente direcionado para o público jovem, mas também para aquelas crianças que cresceram curtindo e amando aventura anterior. Porém, como é de costume nas produções Pixar, o filme possui uma forte carga de mensagens bem adultas, das quais, talvez, algumas crianças não venham a entender, mas deixará os adultos emocionados. Não tem como não se emocionar a cada momento em que Dory vai conseguindo se lembrar dos seus pais e fazendo com que ela vá à procura deles custe o que custar.
Acompanhado de seus amigos Marlin e Nemo, a cruzada de Dory a leva para um parque aquático, onde algumas pistas localizadas no local fazem com que sua memória dispare inúmeras imagens que ela havia esquecido. É surpreendente como pequenas coisas fazem com que a memória da protagonista funcione e fazendo com que ela mergulhe num passado cheio de amor, mas do qual também sentiu a perda ainda muito cedo. No parque aquático, Dory acaba descobrindo que tem uma amiga baleia com problemas de cegueira e é a partir dela que descobrimos como ela sabia se comunicar com outras baleias. Essa e outras descobertas são reveladas ao longo da aventura e destrinchando alguns segredos até então desconhecidos da personagem.
É destes segredos que descobrimos também porque uma personagem, com um problema tão grande como perda de memória, consegue ter uma alta estima tão grande e superando obstáculos que parecem impossíveis de serem superados. Ela acaba então se tornado uma contra parte do novo personagem que surge em cena que é Hank, uma lula que sempre deseja fugir de tudo e a todos e seu único desejo é fugir para um lugar isolado. É claro que desse encontro de dois mundos irá fazer com que ambos aprendam um pouco um do outro e gerando inúmeros momentos de boas reflexões soltando na tela.
Embora com inúmeras cenas de ação de encher os olhos, são na realidade as cenas dramáticas que fazem com que os nossos olhos se encham de lágrimas. Dory tinha todos os motivos que levasse ela a desistir de tudo, mas é graças aos ensinamentos dos seus pais, do qual ela guardou no mais fundo de sua alma é o que fez dela ser o que é e continuar a nadar e nunca desistir. As cenas em que ela busca lembranças das mais simples coisas, como pequenas conchas (peça chave), e que fará com que ela siga uma linha de raciocínio, são emocionantes e uma lição de vida para toda pessoa que acha que qualquer problema lhe torna então incapaz de seguir adiante.
Com uma bela homenagem ao filme A Origem nos minutos finais do ato final da trama, Procurando Dory termina com a nossa protagonista partindo para o mar infinito, fazendo com que a gente deseje que ela não vá muito longe para não se perder, mas ao mesmo tempo a gente tem a absoluta certeza que ela achará o caminho de volta, pois ela mesma sempre nos ensinou a continuar a nadar para então achar a solução.  



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Cine Dica: Estreia exclusiva de Ralé na Sala P. F. Gastal

SALA P. F. GASTAL ESTREIA NOVO FILME DE HELENA IGNEZ
A partir de terça-feira, 5 de julho, entra em cartaz na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o filme Ralé (2015, 73 minutos), dirigido por Helena Ignez e protagonizado por Ney Matogrosso, Simone Spoladore, Djin Sganzerla e José Celso Martinez Correa. Exibição em blu-ray. Ingresso: R$ 8,00.

RALÉ

Um filme dentro de um filme. Jovens diretores, adolescentes prodígios, estão filmando A exibicionista em uma fazenda numa região paradisíaca. Barão, personagem de Ney Matogrosso, vive nessa fazenda, onde irá celebrar seu casamento com o dançarino Marcelo. O filme investiga poeticamente a alma brasileira, colocando a Amazônia como epicentro do mundo, refletindo a respeito de questões existenciais, legitimando o direito à liberdade e à individualidade sexual. Filme filosófico e musical, livremente inspirado na peça teatral Ralé, de Maxim Gorki.​
Com mais de 50 anos de produção nos vários campos das artes cênicas e cinematográficas, estrelou filmes do Cinema Novo e, em 1968, deu início a sua parceria criativa com Rogério Sganzerla. Como diretora, assinou A miss e o dinossauro (2005), Luz nas trevas – A volta do Bandido da Luz Vermelha (2010), Feio, eu? (2013) e Poder dos afetos (2013), entre outros. Foi homenageada no Festival de Friburgo, na Suíça, e no Festival de Kerala, na Índia.​
RALÉ - HELENA IGNEZ Ficção/Cor / Digital 73' Brasil - 2015 Direção e roteiro HELENA IGNEZ Empresa Produtora MERCÚRIO PRODUÇÕES Produção/ HELENA IGNEZ, MICHELE MATALON Fotografia/ TONI NOGUEIRA Montagem/ SERGIO GAGLIARDI Música/ GUILHERME VAZ, CRIS SCABELLO (BIXIGA 70), DÉCIO 7 (BIXIGA 70), DAN NAKAGAWA, HELENA IGNEZ Elenco/: NEY MATOGROSSO, SIMONE SPOLADORE, DJIN SGANZERLA, DAN NAKAGAWA, JOSÉ CELSO MARTINEZ Contato/: MERCÚRIO PRODUÇÕES/ Distribuição: PANDORA FILMES


GRADE DE HORÁRIOS
5 a 10 de julho de 2016

5 de julho (terça)
15h – Superfly
17h – Ambição em Alta Voltagem
19h30 – Ralé

6 de julho (quarta)
15h – Sweet Sweetback Baadasssss Song
17h – Creed - Nascido Para Lutar
19h30 – Ralé

7 de julho (quinta)
15h – Rififi no Harlem
17h – Selma: Uma Luta Pela Igualdade
19h30 – Ralé

8 de julho (sexta)
15h – Sweet Sweetback Baadasssss Song
17h – New Jack City - A Gang Brutal
19h30 – Ralé

9 de julho (sábado)
10h30 - Academia das Musas (Especial Ida Lupino)
15h – Shaft
17h – Faça a Coisa Certa
19h30 – Ralé

10 de julho (domingo)
15h – Superfly
17h – Straight Outta Compton A História do N.W.A.
19h30 – Ralé
  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133