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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Cine Especial: Fantaspoa 2015: Curtas e longa metragem internacional

 Curtas metragens (Internacionais)

  

Time Trap (Austrália)



Sinopse: Depois de perder o controle de sua nave, um astronauta pousa numa Terra pós-apocalíptica. Ele deve interagir com a história do planeta para encontrar seu caminho para casa.

Uma inteligente mistura de Wall-E com qualquer filme de viagem no tempo que se preze. A grande originalidade dessa pequena obra esta no fato da maneira de como protagonista visita cada ponto do passado de um planeta terra moribundo. Efeitos especiais criativos, o que tornam essa obra muito mais charmosa.     

 

Dinner for Few (EUA/Grécia)



Sinopse: Durante o jantar, o sistema funciona como uma máquina: alimenta poucos que comem tudo, enquanto outros muitos sobrevivem com o pouco que lhes resta.

Animação originalíssima, crítica e perturbadora. Aqui o sistema é representado por porcos comendo compulsivamente (onde cada um tem uma profissão importante), enquanto o trabalhador que os alimenta e os gatos esfomeados que se encontram no chão, nada mais são do que a classe média que alimenta a classe dominante e que ao mesmo tempo espera por uma sobra dos alimentos vindo deles. O final é chocante, sangrento e que sintetiza um futuro sombrio de nós mesmos presos, ao consumismo e controlados pelos poderosos.

     



 Nightsatan and the Loops of Doom (Finlândia)



Sinopse: No deserto da Finlândia no mundo pós-apocalíptico de 2034, um trio de guerreiros com sintetizadores conduz rituais musicais para manter o que restou de sua sanidade mental.


Um curta que resgata o lado brega e nostálgico dos anos 80, mas que ao mesmo tempo não dá uma resposta clara sobre que quer transmitir para nós. Cabe cada um interpretar de uma forma quando se assiste.

 

Luna (EUA)



Sinopse: Em um deserto que sangra com o sol poente, um vilão aparece...

Por momento compreendemos que estamos presenciamos uma família sendo chacinada por um psicopata, mas gradualmente descobrimos que a história é outra. Numa verdadeira mistura de gêneros, o curta metragem é engenhoso pega ratão, o que faz da obra muito mais interessante.    


 
Peine de Mort (França)



Sinopse: Quanto ela chega em sua casa, é atacada por dois homens. As memórias de uma jovem passeiam por sua mente. E ela escolhe o caminho da vingança.


Violento suspense, cuja trama se apresenta de forma não cronológica e com isso montamos os momentos de cada cena apresentada, para sim então termos uma exatidão dos fatos que realmente ocorrerão. O final é trágico e leva em consideração que vingança não é tudo para aqueles que buscam ela. 


I`m a Sharpener (França)



Sinopse: Harris Tindall trabalha apontando lápis. Diariamente, ajusta os lápis dos clientes de acordo com suas personalidades e sentimentos.


Curta francês que, resgata um pouco do lado romântico do período Nouvelle Vague, principalmente me fez relembrar dos melhores filmes François Truffau. O protagonista acredita que, através da maneira que os seus clientes se apresentam a ele, poderá apontar dá melhor forma possível os seus lápis. Porém, no momento que ele se apaixona por uma de suas clientes, percebesse que, não só não consegue desvendar os reais sentimentos dela, como também desconhece o que realmente irá acontecer com ele mesmo.          





Omega (Alemanha)



Sinopse: O fim da evolução está num mundo dominado por formações de lixo bizarras, poeira e pedras. Do que restou, uma forma de existência rapidamente surge.

Ficção criativa que, relembra os bons e velhos tempos das animações stop motion e que visualmente se inspira nos melhores contos de  H. P. Lovecraft.



Longas Metragens: 

Dead Snow 2: Red Vs. Dead



Sinopse:Martin não está tendo as melhores férias de sua vida. Ele acidentalmente assassinou sua namorada com um machado, cortou seu próprio braço com uma serra elétrica e seus amigos foram devorados por um batalhão de zumbis nazistas. Nesta manhã, ele acordou no hospital com um braço nazista super poderoso que tenta matar todos à sua volta, inclusive ele. Possuído pela ira, Martin decide dar o troco ao coronel Herzog montando seu próprio exército de mortos-vivos assassinos.

Embora eu não tenha visto o filme original, a trama tranquilamente pode ser compreendida, principalmente por possuir um prólogo que resume o que aconteceu anteriormente. Na realidade o filme é simplesmente uma brincadeira, aonde se encontra diversas referencias a outros filmes de horror, desde Morte do Demônio e a Volta dos Mortos Vivos. Carregado de humor negro e piadas nerds que somente os entendedores entenderão. Dead Snow 2: Red Vs. Dead não é para se levar a sério em nenhum momento, pois se fizer isso, perderá a graça de se ver já nos primeiros minutos.  
Leia mais sobre a programação completa festival clicando aqui.

    

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Cine Curiosidade: Universal Pictures divulga primeiro teaser de ‘Steve Jobs’, com Michael Fassbender

COM DIREÇÃO DE DANNY BOYLE, DE ‘QUEM QUE SER UM MILIONÁRIO?’
E ‘127 HORAS’, LONGA AINDA NÃO TEM ESTREIA PREVISTA NO BRASIL
A Universal Pictures acaba de divulgar - durante os comerciais do último episódio da série MAD MEN nos Estados Unidos - o primeiro teaser do longa “Steve Jobs” que conta com Michael Fassbender como protagonista. O teaser, já com legendas em português

Os primeiros 60 segundos de imagens do filme apresentam o elenco principal da produção, composto por Michael Fassbender, Kate Winslet, Seth Rogen e Jeff Daniels, e destacam o drama por trás de uma das figuras mais influentes do último século, o fundador e ex-presidente da Apple, Steve Jobs.        
Ainda sem previsão de estreia no Brasil, o drama é dirigido pelo premiado Danny Boyle, de “Quem Quer Ser um Milionário?” e “127 horas” e se concentra nos bastidores de três lançamentos icônicos da Apple terminando em 1998, quando o iMac chega ao mercado. Produzido por Mark Gordon, Guymon Casady, Scott Rudin e o vencedor do Oscar, Christian Colson, o longa nos leva para uma viagem na era da revolução digital e apresenta um retrato íntimo de Jobs. O roteiro de Aaron Sorkin é uma adaptação do best-seller de Walter Isaacson.      

sexta-feira, 15 de maio de 2015

CINE ESPECIAL: TRILOGIA MAD MAX



Após 30 anos, George Miller retorna ao universo que ele criou em Mad Max: Estrada da Fúria. As criticas especializadas já adiantam que o filme é um dos melhores em termos de ação do ano e talvez dos últimos anos. Mas o filme é inadequado para menores de 18 anos, dizem que é cru, violento e não poupará os olhos e a mente do espectador. Será que essa geração nova, acostumada em efeitos visuais e pouco sangue nos filmes de ação e aventura, estará preparada para encarar o inferno no deserto de Mad Max?
Somente nesse final de semana isso será respondido. Porém, enquanto a resposta do público nas bilheterias não vêm, relembramos a trilogia clássica que dá de 10 a 0 contra qualquer filme de Velozes e Furiosos que se preze. 

 Mad Max (1979)


Sinopse: Num futuro próximo, o combustível que alimenta os motores dos carros é também motivo para crimes perpretados por violentas gangues. Max é um jovem policial e junto com seus companheiros patrulha as estradas a fim de impedir a ação daqueles que insistem em perturbar a paz. A morte de um membro pelas mãos de Max dá início a uma série de crimes cruéis cometidos contra sua família e o melhor amigo. Assim, Max só tem uma escolha: vingança.

A história se passa em um futuro punk pós-apocalíptico que vai pouco a pouco se instalando ao longo da trilogia. É interessante ver (e acredito ser essa a grande sacada de George Miller) como a civilização vai gradualmente retornando àquele estado selvagem e primitivo para depois começar a se reconstruir. No primeiro filme somos apresentados à Max e o mundo ainda não está totalmente destruído, embora ele se resuma a uma estrada. Max é uma espécie de força da lei, um policial. A diferença, contudo, entre policiais e bandidos nesse filme é muito tênue e começa logo pela vestimenta: ambos se vestem muito parecidos. No papel que lhe consagrou, Mel Gibson interpreta um cara razoavelmente normal, cuja família é assassinada friamente por uma gangue de motoqueiros. E como toda boa história de vingança, ele vai atrás dos caras. Ainda há vestígios da civilização como a conhecemos hoje, mas o Estado é quase invisível. Esse primeiro filme foi feito com apenas 400.000 dólares e arrecadou 100 milhões de bilheteria pelo mundo, tornando-se até 1998 o filme mais rentável da história.


Mad Max 2 - A Caçada Continua


Sinopse: No futuro o bem mais precioso é a gasolina, em virtude de uma guerra que acabou com os campos petrolíferos do Oriente Médio. Tendo combustível pode-se fugir da morte ou se dirigir a algum lugar para matar alguém. Neste contexto, Max (Mel Gibson) resolve ajudar uma comunidade a defender sua refinaria contra uma gangue de motoqueiros.



O segundo é o que tem a história mais interessante de todos. Aqui o Apocalipse já se instalou quase que completamente. Ainda há resquícios de estradas e concreto, mas a maior parte do filme é areia e desolação. O resto do mundo é meramente conhecido como wasteland (terra devastada). O bem mais importante aqui é a gasolina. Pessoas matam e fazem atrocidades para consegui-la.
O Estado aqui já desapareceu completamente. Não há mais Estado não há mais leis. Não há mocinhos e bandidos, há apenas e tão somente sobreviventes, que farão de tudo para continuar sobrevivendo. Max está no meio disso. Um homem sem vida, sem destino, sem ambições, apenas sobrevivendo, ou como ele mesmo diz: “escapando da morte”. 
Atenção para a sequência final, onde o grupo de Max foge na estrada com o tanque de gasolina e a gangue corre atrás deles. Embora já tenham sido feitos 7 filmes de Velozes e Furiosos, nenhum deles supera a adrenalina, fúria e emoção dessa sequência que, para mim, esta entre as melhores cenas de ação de todos os tempos. Um detalhe: só eu quem achou uma das personagens desse filme (a “enfermeira” loira) igual à Xuxa?


Mad Max Além da Cúpula do Trovão


Sinopse: Após a destruição da civilização surge Bartertown, uma cidade no deserto com regras primitivas e mortais que tem uma governante (Tina Turner) que deseja consolidar seu poder a qualquer preço. Até que lá chega Max (Mel Gibson), que é forçado a participar de uma luta e, por ter se recusado a matar seu oponente, acaba sendo banido no deserto. Até que um grupo de jovens selvagens o salvam e passam a considerá-lo um messias que os levará até uma nova terra.


Mad Max 3, wasteland virou Wasteland. O mundo resume-se a um amontoado de areia. A Terra, como a conhecemos, tornou-se literalmente uma lenda. É considerado o pior dos três filmes, mas eu discordo. Ele está no mesmo nível do segundo. Em meio às suas escapadas da morte, Max, com um estilo totalmente Highlander, encontra uma nova tentativa de civilização: Bargertown (Cidade-feira). E aqui nós somos apresentados a um dos personagens mais bizarros da história do Cinema: Master-Blaster, o “anão-gigante” que domina o submundo de Bargertown. Gasolina já não existe mais. O combustível do momento agora é metano, extraído do excremento de porcos, muito mais civilizados que os próprios humanos do filme. Aqui a humanidade tenta reconstruir o Estado. Bargertown é uma tentativa disso: uma pequena civilização com suas próprias leis. Se você tem algum problema com alguém,  desafie essa pessoa a ir para o Thunderdome (Cúpula do Trovão). Lá dois homens entram, apenas um sai (“two men enter, one man leaves”). Por sinal, a luta entre Max e Blaster no Thunderdome é um dos melhores momentos da série.
Curiosamente, além de ter atuado como uma das protagonistas da trama, Tina Turner cantou a música tema do longa  (We Don´t Need Another Hero) que, não somente fez sucesso na época, como também é sempre lembrada dentro da trilogia como um todo. 


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