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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: O Que Os Homens Falam



"ESTAMOS BEM ARRANJADOS" 


Sinopse: Oito homens de 40 e poucos anos sofrem de crise de identidade masculina. Todos têm uma confusão emocional em comum e seus comportamentos formam um mosaico de emoções que muitos homens não revelam. J está deprimido e torna-se a vítima perfeita da psicanálise. Perdeu tudo e agora vive com a mãe e o gato. S tenta reconquistar sua mulher. G tenta entender com a ajuda de drogas porque sua mulher o está traindo. Um retrato cômico e impiedoso dos homens de hoje.

 

Ao longo de “O Que Os Homens Falam”, conhecemos os oito protagonistas masculinos. No principio, assistimos um encontro de um jornalista fracassado (Eduard Fernández) com um velho amigo (Leonardo Sbaraglia) que está passando por uma séria terapia. Em seguida, acompanhamos um pai (Javier Cámara) que ao levar o filho para o lar da sua ex mulher, tenta de uma maneira fracassada se reconciliar com ela. Após isso, vemos duas caras conhecidas (Ricardo Darín e Luis Tosar) que se vêem em um parque e um deles (rendendo o momento mais engraçado do filme) descobre que o outro (Tosar) faz muito mais parte de sua vida pessoal do que se possa imaginar. Emendando isso, temos o homem mais moço (Eduardo Noriega), que mesmo casado, tenta pular a cerca com uma colega do serviço. Finalizando, numa das sequências em que mais se adentra ao lado psicológico dos personagens, assistimos dois amigos (Jordi Mollà e Alberto San Juan) que estão indo para uma festa e meio que sem querer, acabam indo um com a esposa do outro e com isso descobrem certos esqueletos dentro do armário um do outro que não tinham como imaginar.
Ao falar de cada uma das tramas do filme, repararam que os protagonistas masculinos não têm nome? Mas reparem bem: ele não tem nome mesmo, sendo que as mulheres cada uma apresentada  possui. Isso nos leva aos fatos mais do que explícitos pincelados na trama. Em primeiro lugar, percebemos que todos os homens da historia estão passando por um momento de crise pessoal (ou de identidade) e nada melhor do que a perda do seu próprio nome para representar o seu estado atual cujo futuro é mais do que indefinido. Por sua vez, as mulheres, embora não estando livres de problemas habituais, se mostram mais maduras, espertas e ao mesmo tempo saturadas com os homens que as rodeia.
Os diálogos de cada trama no filme são muito bem construídos e na maioria das vezes extremamente divertidos. Embora cada trama tenha um tempo limitado, são surpreendentes como elas são bem construídas, ao ponto de compreendemos o problema de cada um deles. Curiosamente nenhuma trama apresentada na tela é resolvida, pois todas elas passam em um único dia. Isso faz com que fique em aberto sobre o destino de cada um dos personagens e fazendo com que a gente levante inúmeras possibilidades sobre o futuro de cada um deles.
O cineasta Cesc Gay foi engenhoso também ao não tratar nenhum de seus personagens como uma espécie estereotipada se comparado aos homens do mundo real. Por mais absurda que seja alguns momentos, os problemas de cada um deles é facilmente visto do lado de cá da tela, sendo que encontramos na rua um desempregado, um que mora com a mãe ou cara que sofre com a traição vinda da mulher. Embora alguns ali tenham atitudes um tanto que incorretas, por vezes sentimos mais pena do que raiva deles e fazendo até mesmo desejar que as situações de cada um melhorem.
Porém, nem tudo é perfeito nesta obra espanhola. O grande problema esta no fato de haver certa indefinição no gênero (às vezes comédia, às vezes drama) e a meu ver, por ter sido vendido pelos meios de comunicação como uma comédia até mesmo pastelão, o publico há de achar estranha a trama por alguns momentos. Talvez essa indefinição do gênero seja proposital, ao representar a própria insegurança dos personagens.
 Contudo, quando a gente acha que isso gerará algo mais imprevisível, o filme termina de um modo simples demais, mesmo entrelaçando todas as tramas em uma só nos momentos finais da obra. Sinceramente senti a falta de um aprofundamento maior em uma das tramas, principalmente aquela estrelada por Ricardo Darín, sendo que este, quando era para surgir novamente no ato final, isso infelizmente acaba não acontecendo.
De qualquer forma, O Que Os Homens Falam é um bom filme que retrata o homem contemporâneo perante as mudanças que surgem a cada dia que passa. No final das contas, é sábio dizer que talvez essa nova geração masculina não esteja realmente pronta perante o poder absoluto do feminismo atual. Como um dos personagens diz nos segundos finais trama, “estamos bem arranjados”.

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Cine Dica: SAM PECKINPAH: O REBELDE IMPLACÁVEL

CURSO



APRESENTAÇÃO

Um dos mais controversos e revolucionários autores do cinema americano, Sam Peckinpah trilhou um caminho de aventura e destruição. Dono de um temperamento forte, aliado a uma visão ousada da sociedade, ele chocou e maravilhou público e crítica. Em sua carreira relativamente curta, viveu uma guerra pessoal interminável contra estúdios, produtores e a moral vigente.


Comparado com frequência a Ernest Hemingway, Peckinpah foi o cronista de uma era agonizante, redefinindo as tradições do Western com muito chumbo e sangue. Porém, debaixo da aparente truculência, havia um artista sensível e nostálgico.

Realizou clássicos absolutos como Meu Ódio Será sua Herança (The Wild Bunch - 1969),Pat Garrett e Billy The Kid(Pat Garrett and Billy the Kid - 1973) e Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia (Bring Me the Head of Alfredo Garcia - 1974), tornando-se um cineasta influente e cultuado até os dias de hoje.


OBJETIVO

O curso SAM PECKINPAH: O REBELDE IMPLACÁVEL, ministrado por César Almeida, tem como objetivo analisar a obra deste grande mestre de filme a filme, além de mergulhar nas histórias reais e lendárias de sua atribulada vida pessoal, combustível para os conflitos que exibiu nas telas.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

AULA 1


- A juventude real e imaginária de Sam Peckinpah em um Velho Oeste agonizante (1925-1954)
- O trabalho na TV (1954-1962)
O Homem que Eu Devia Odiar (The Deadly Companions - 1961)
Pistoleiros do Entardecer (Ride the High Country - 1962)
Juramento de Vingança (Major Dundee - 1965)
- O desencanto com Hollywood e a volta à TV
Meu Ódio Será sua Herança (The Wild Bunch - 1969)
A Morte Não Manda Recado (The Ballad of Cable Hogue - 1970)
- O bando selvagem: Warren Oates, Ben Johnson e outros amigos inseparáveis.

AULA 2

Sob o Domínio do Medo(Straw Dogs - 1971)
Dez Segundos de Perigo (Junior Bonner - 1972)
Os Implacáveis (The Getaway - 1972)
Pat Garrett e Billy The Kid (Pat Garrett and Billy the Kid - 1973)
Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia (Bring Me the Head of Alfredo Garcia - 1974)
Elite de Assassinos (The Killer Elite - 1975)
A Cruz de Ferro (Cross of Iron - 1977)
Comboio(Convoy - 1978)
O Casal Osterman (The Osterman Weekend - 1983)


Ministrante: CÉSAR ALMEIDA
Escritor e editor. Publica artigos sobre cinema regularmente desde 2008. Lançou, em 2010, o livro "Cemitério Perdido dos Filmes B", que compila 120 resenhas de sua autoria. Em 2012, organizou "Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation" com textos próprios e de outros 11 críticos de cinema. Escreve ficção, com o pseudônimo Cesar Alcázar, e atua como editor e tradutor. Já ministrou o curso "Mestres & Dragões: A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema" pela Cena UM.


Curso
SAM PECKINPAH: O REBELDE IMPLACÁVEL
de César Almeida

DATAS: 18 e 19 de Setembro de 2014 (quinta e sexta-feira)

HORÁRIO: 19h30 às 22h
LOCAL: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Rua dos Andradas, 1223 - Centro - Porto Alegre - RS)


INFORMAÇÕES
cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9320-2714

INSCRIÇÕES

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cine Especial (Sessão Aurora): O COMBOIO DO MEDO (1977)



Perdido em meio a brigas judiciais há mais de trinta e cinco anos, obra William Friedkin é redescoberta por uma nova geração de cinéfilos.

Sinopse: Em uma selva latina, um grupo de voluntários trabalha em uma companhia de petróleo. No entanto, uma torre de perfuração é incendiada, ameaçando incinerar toda a região. A solução é mandar um grupo de homens para o local com um carregamento de explosivos para conter o fogo. Liderados por Jackie Scanlon (Roy Scheider), o grupo terá de transportar os explosivos por mais de 200 milhas, em território selvagem, utilizando dois caminhões velhos.



Na ultima sessão Aurora (22/08/2014) da Usina do Gasômetro, eu já sabia que iria encarar mais um filme desafiador do cineasta William Friedkin, mas jamais imaginei que fosse tão assim perturbador e que fizesse com que os meus nervos ficassem a flor da pele. Com grande reconhecimento no cinema hollywoodiano durante os anos 70 (devido ao O Exorcista e Operação França) Friedkin exigiu aos estúdios Universal e Paramount o financiamento (no total de 10 milhões de dólares) para a refilmagem do cultuado filme francês de 1955 Le Convoi de la peur (O Salário do Medo) de Henri-Georges Clouzot; e o resultado final do trabalho do diretor americano faz com que qualquer cinéfilo que saia da sala do cinema, fique com o filme em sua mente por pelo menos uma semana. Um filme cru, perturbador, bruto, violento, critico (atenção na cena da igreja com a noiva de olho roxo) e que não poupa os nossos olhos.
Mais do que uma refilmagem, o filme é na realidade uma reimaginação da obra original, o que livra então de qualquer comparação (diferente do horror que foi Psicose de Gus Van Sant). A historia narra um grupo de quatro criminosos, cada um com crimes distintos, fugitivos em seus países de origem, contratados por uma companhia petrolífera para uma missão suicida: carregar seis caixas de nitroglicerina altamente instável, através de uma trilha cheia de desafios criados pela natureza, em uma selva tropical em dois caminhões para uma estação de extração de óleo sabotada.
O filme não parte para ação de imediato e com isso ele nos apresenta dois atos: o primeiro é na apresentação de cada um dos personagens (entre eles o conhecido Roy Scheider de Tubarão) de uma forma gradual, sem muitas palavras (lembrando o prólogo do Exorcista) e fazendo com a gente nos obrigue a prestar uma maior atenção aos eventos que ocorrem na tela. Já a segunda parte é na missão suicida. É neste momento que o filme nos coloca lado a lado com os personagens, gerando fortes momentos de suspense, como a passagem dos caminhões em uma frágil ponte de cordas, que desde já, é um dos momentos mais angustiantes do filme e que gera uma tensão em nós jamais vista.
A narrativa se passa em um país indefinido, que é produtor de petróleo da América latina. Neste aspecto Friedkin não faz concessões, sendo que o local é mostrado com a máxima dureza possível, corrupção, miséria, sujeira e morte fazem parte do ambiente daquele país e tornam o clima do filme pesadíssimo, realista e muito disso se deve graças aos closes e tomadas fortes do diretor nos rostos castigados dos habitantes locais. Seguindo bem a tendência da década de setenta, a obra termina com um final pessimista e inconclusivo, como o próprio Friedkin fez em seus outros filmes.
Infelizmente a obra foi um verdadeiro fracasso comercial nos EUA, angustiando o diretor pela dificuldade, dedicação que teve com as filmagens (ele dedica a obra a Clouzot) e pelo esforço que ele exigiu de todos os envolvidos na produção. Alguns apontam o motivo do fracasso pelo fato do filme ter estreado exatamente um mês depois do estouro que foi do primeiro “Guerra nas Estrelas”. Independente disso, o filme somente seguia a tendência de um cinema mais autoral e cru que o cinema americano dos anos 70 vivia e dizer que o publico daquele tempo já estava mais do que cansado dessa época de ouro do cinema americano é um tanto que precipitado.
A meu ver, talvez o filme estivesse até mesmo um pouco à frente do seu tempo. Colocando-me como espectador do final dos anos 70, me arrisco a dizer que o filme possui passagens que devem ter desconcertado o cinéfilo: o genial primeiro ato da trama e a explosão na companhia de petróleo que acabou gerando inúmeras mortes macabras com certeza foram momentos que atingiram um publico desprevenido.
Revisto atualmente por uma nova geração de cinéfilos, O Comboio do Medo é um filme que merece ser visto e revisto por todos e fazer nos lembrar, de um período em que o cinema americano desafiava a mente e os nervos do cinéfilo muito mais do que hoje em dia. 


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Cine Dica: Sessão Plataforma exibe revelação do cinema independente americano

REVELAÇÃO DO CINEMA INDEPENDENTE DOS EUA 
NA SESSÃO PLATAFORMA

Nesta terça-feira, 26 de agosto, às 20h30, a Sessão Plataforma exibe na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o filme Quando Eu era Sombrio, de Matthew Porterfield, destaque dos festivais de Sundance e Berlim em 2013.
Na história, Taryn foge e procura refúgio com seus tios Kim e Bill em Baltimore. Porém, quando chega à casa deles, Taryn encontra um cenário delicado: Kim e Bill buscam uma maneira de terminar seu casamento sem prejudicar a filha Abby, recém-chegada do primeiro ano na faculdade. Pessoas em diferentes fases da vida lidando com a mesma questão: quando deixar o outro partir. 
O elenco conta com o cantor Ned Oldham (irmão de Will Oldham, Bonnie Prince Billy) e o nome do filme surgiu inspirado na música "Jim Cain" do Bill Callahan. Além disso, o filme é permeado por ótimas e memoráveis canções.
A distância entre QUANDO EU ERA SOMBRIO e os filmes que se “parecem demais com a vida” é que (...) QUANDO EU ERA SOMBRIO deixa de parecer e alcança a potência do ser, de quando o cinema simplesmente é como a vida. Fábio Andrade, Revista Cinética.


SERVIÇO:
Sessão Plataforma #11 - Terça feira, 26 de agosto, 20h30
* Quando Eu Era Sombrio (I Used to be Darker), dir: Matthew Porterfield, 90min, EUA, 2013.
 
 Principais exibições anteriores:
- Sundance International Film Festival 2013
- Berlin International Film Festival 2013
- BAFICI 2013 (Prêmio de Melhor Diretor)
- IndieLisboa 2013
- CPH:PIX 2013

Sessão Plataforma.
Realização: Tokyo Filmes, Livre Associação, Coordenação de Cinema e Video da Secretaria de Cultura de Porto Alegre.
Apoio: Cervejaria Seasons 
Ingresso: R$ 3,00
Projeção: Bluray - legendas em português.
Reprise única - Sábado, 30 de agosto, 19h.
Sessão Plataforma é uma sessão de cinema, realizada mensalmente desde agosto de 2013 na cidade de Porto Alegre (RS), que exibe filmes recentes, de qualquer nacionalidade, duração e bitola, sem distribuição no Brasil.
 
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133 / 8135 / 8137



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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Cine Especial (HQ): OLDBOY



Sinopse: Após dez anos preso sem qualquer razão em um cubículo, um homem é solto e começa a investigar a identidade do responsável pelo seu misterioso calvário.

Quando Quentin Tarantino (Cães de Aluguel) apresentou ao mundo Oldboy no festival de Cannes em 2003, nem ele talvez imaginasse como isso influenciaria o mundo do cinema posteriormente. A obra dirigida pelo cineasta Park Chan-wook fez com que as distribuidoras de todo mundo começassem a olhar com mais atenção aos filmes dos vizinhos do Japão e fez com que inúmeros ótimos filmes de lá fossem descobertos. Mais de uma década depois, Oldboy é considerado para muitos uma grande obra prima, em que muitos veem e reveem o filme para fazer inúmeras analises e levantar novas teorias.
O que até a pouco tempo ninguém sabia, é que o filme é baseado num manga japonês com o mesmo nome. Criado por Garon Tsuchiya (roteiro) e Nobuaki Minegishi (arte), a historia é basicamente a mesma, mas eu lendo até agora, percebo que o filme condensou inúmeras subtramas e focando apenas o essencial. O interessante é ler e ter a sensação de estarmos diante de uma historia completamente diferente, mesmo a gente percebendo que todos os pontos da narrativa até agora estejam se encaminhando para o tão polêmico ato final visto no filme e que pegou todo mundo desprevenido.
Contudo, não me surpreenderia se aquele final visto no filme não esteja realmente no manga e, portanto é preciso ler a HQ sem muitas expectativas quanto a isso e esperar por um desfecho completamente diferente. O manga em si lembra muito as novelas policiais de antigamente e até mesmo o gênero noir, onde a arte de Minegishi, embora simples, sintetize muito bem esse gênero com suas luzes e sombras em destaque. Falando em simplicidade, os diálogos dos personagens e a narração do protagonista (que aqui se chama Goto) são deveras simplórios, se casando muito bem com a arte, mas não quer dizer que facilite a mente do leitor que lê a historia.
A trama começa a se tornar gradualmente um verdadeiro quebra cabeças, principalmente quando entra em cena uma professora (ausente na adaptação) que tem interligação com o passado de Goto e com o grande vilão da trama que o prendeu durante dez anos em um quarto. Mas assim como no filme, talvez o protagonista esteja indo para o caminho errado em busca das respostas. A questão não é achar o motivo de o vilão tê-lo prendido, mas sim porque tê-lo soltado. Ou melhor: porque soltar Goto depois de tantos anos preso?
A resposta(s) será relevada nas ultimas duas edições publicadas pela editora Nova Sampa, que se em parte está de parabéns por ter trazido esse ótimo manga para o nosso país, por outro lado peca em não publicar nenhuma menção ao filme que revelou o cinema Coreano ao mundo. Quem sabe nas duas ultimas edições eles corrigem esse erro grotesco.  



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