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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Cine Dica: Sala P. F. Gastal recebe 9º Festival Internacional de Cinema do RS


SALA P. F. GASTAL RECEBE 9º FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO RS
Entre os dias 6 e 11 de junho, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) recebe a programação do 9º Festival Internacional de Cinema do RS, exibindo uma seleção especial de filmes contemporâneos, retrospectiva do cineasta alemão Christian Petzold e uma obra-prima de Chris Marker. A iniciativa é da produtora Panda Filmes, que organiza a mostra de cinema desde 2004, antes conhecida como Festival de Verão do RS de Cinema Internacional, quando a realização do evento ficava restrita à estação de verão.

Na seleção de filmes contemporâneos, estão A Imagem que Falta, do cambojano Rithy Panh, que concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro neste ano, Vic + Flo Viram um Urso, longa de ficção do diretor canadense Denis Côté, vencedor do prêmio da crítica no Festival de Berlim de 2013. Walesa, novo filme político do veterano Andrzej Wajda, Uma Família em Tóquio, homenagem de Yoji Yamada ao clássico Era uma Vez em Tóquio, de Yasujiro Ozu, e o mexicano Heli, de Amat Escalante, premiado em Cannes em 2013.


O Fundo do Ar é Vermelho

Um dos homenageados do 9º Festival Internacional de Cinema do RS, Chris Marker ganha uma retrospectiva de seus filmes. Na Sala P. F. Gastal será exibido o fabuloso documentário O Fundo do Ar é Vermelho, reflexão sobre as esperanças e as decepções suscitadas pelos movimentos revolucionários de 1968 ao redor do mundo, e do modo como as imagens se relacionam com elas.


Christian Petzold

Christian Petzold é um dos principais diretores alemães da atualidade. As obras do cineasta são marcadas pela narrativa seca e pela atmosfera realista, de forte conteúdo social e político. O passado político alemão, o que inclui o nazismo e o regime ditatorial exercido na Alemanha Oriental após a Segunda Guerra Mundial até a reunificação do país são temas recorrentes que podem ser vistos nos principais filmes do cineasta alemão Christian Petzold, marcados pela narrativa seca e pela atmosfera realista, de forte conteúdo social e político.

Christian Petzold é um dos principais diretores alemães da atualidade. Em 2000, seu primeiro filme teatral, A Segurança Interna (2000), sobre um casal de terroristas de esquerda, cria uma forte impressão e ganha seus primeiros prêmios como diretor – o German Film Award e o Hessischer Award de Melhor Filme. Em 2012, conseguiu fazer mais dois filmes para TV e cinco para o cinema, entre as quais Yella (2007), o retrato sensível de uma jovem mulher que tenta fugir das garras do marido violento e possessivo e Barbara (2012), que foi premiado com o Urso de Ouro. Os filmes de Petzold são um mistura de crônica por tratar de fatos do cotidiano misturados com fatos trágicos, dando mais elementos para que o espectador mergulhe na atmosfera cotidiana da República Democrática Alemã. 

GRADE DE PROGRAMAÇÃO
06 a 11 de junho de 2014


O Fundo do Ar é Vermelho
Documentário, França, 1977
180’
Diretor: Chris Marker

As esperanças e as decepções suscitadas pelos movimentos revolucionários de 68 no mundo inteiro, que mostram as manifestações populares, os movimentos da política e os rumos incertos da História e da sociedade. Exibição em DVD.

Vic+Flo Viram um Urso
Canadá Crime, Drama 2013
95min
Diretor: Denis Côté

Sinopse: Victoria acaba de deixar a prisão, tem 61 anos e quer começar uma vida nova. Vai morar em uma cabana desativada no meio da floresta canadense. Mas o passado volta para assombrar. Exibição em blu-ray.

Walesa
Polônia Biografia, Drama 2013
127min
Diretor: Andrzej Wajda

Sinopse: 1970, Polônia. O filme retrata a vida e a luta do ganhador do Prêmio Nobel da Paz e fundador do Movimento Solidário Polônes, Lech Walesa. Exibição em blu-ray.

Estação Liberdade
Brasil, Japão Drama 2013
88min
Diretor: Caíto Ortiz

Sinopse: Mario Kubo é um homem calado. Por uma sucessão de acasos, Mario desce do último trem da noite na Estação Liberdade, o bairro oriental de São Paulo. Sozinho, ele começa uma jornada noite adentro em busca de algo que ele ainda não sabe o que é. Exibição em blu-ray.

Heli
Alemanha, França, Holanda, México Drama 2013
105min
Diretor: Amat Escalante

Sinopse: Estela tem 12 anos e está perdidamente apaixonada por Beto, um jovem cadete da polícia. Para fugir com ela e se casar, ele desvia alguns pacotes de droga para juntar dinheiro. Exibição em blu-ray.

A Imagem que Falta
Camboja, França Documentário 2013
92min
Diretor: Rithy Panh

Elenco:

Sinopse: O filme busca recriar os anos de terror em que o Camboja foi governado pelo regime do Khmer Vermelho, responsável por um genocídio que vitimou cerca de dois milhões de pessoas na década de 70. Exibição em blu-ray.

Uma Família em Tóquio
Japão Drama 2013
146min
Diretor: Yoji Yamada

Sinopse: Casal idoso que mora em um vilarejo no Japão decide tomar um trem e visitar os filhos adultos em Tóquio. Chegando lá, descobrem que os filhos levam vidas muito ocupadas e não têm tempo para os pais. Até que uma morte trágica reunirá todos. Exibição em blu-ray.


MOSTRA CHRISTIAN PETZOLD

Barbara
Drama, Alemanha, 2012, 105’

Uma cirurgiã pediátrica deseja viver em Berlim Oriental. Enquanto seu amante, Jörg, prepara a sua fuga, ela começa a receber grande atenção do chefe do hospital, André.


DREILEBEN: Algo melhor do que a morte
Drama, Alemanha, 2011, 88’

Uma complicada história de amor entre Johannes e Ana. A cidade de Dreileben é o cenário para o romance juvenil e para a fuga de um criminoso sexual do hospital onde Johannes trabalha.

Fantasmas
Drama, Alemanha, 2005, 85’
Os caminhos de três mulheres se cruzam em Berlim. Um filme sobre insegurança, solidão, perda e desejo.

Jerichow
Drama, Alemanha, 2008, 93’

De volta do Afeganistão, Thomas consegue um novo emprego. Ao passo em que conquista a confiança do chefe, pode pôr tudo a perder quando se aproxima da mulher dele, Laura.

Yella
Drama/Suspense, Alemanha, 2007, 89’

Divorciada e sem perspectiva de evolução na carreira, Yella muda de cidade. Conhece Philipp, tornando-se sua assistente. Quando parece progredir, o passado volta a atormentá-la.


GRADE DE HORÁRIOS
06 a 11 de junho de 2014
06 de junho (sexta)

17:00 – A Imagem que Falta, de Rithy Panh

07 de junho (sábado)

14:00 – O Fundo do Ar é Vermelho, de Chris Marker
17:00 – Estação Liberdade, de Caíto Ortiz
19:00 – Uma Família em Tóquio, de Yoji Yamada

08 de junho (domingo)

15:00 – Walesa, de Andrzej Wajda
17:00 – Vic + Flo Viram um Urso, de Denis Côté
19:00 – Heli, de Amat Escalante

10 de junho (terça)

15:00 – Jerichow, de Christian Petzold
17:00 – Fantasmas, de Christian Petzold

11 de junho (quarta)

15:00 – Dreileben: Algo Melhor do que a Morte, de Christian Petzold
17:00 – Yella, de Christian Petzold
19:00 – Barbara, de Christian Petzold


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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: No limite do amanhã




Sinopse: A Terra foi tomada por uma raça alienígena e Bill Cage um soldado inexperiente que é enviado sem treinamento ou equipamento morre em combate, mas leva um dos invasores com ele. Inexplicavelmente Cage acaba preso no tempo condenado a reviver esta data repetidamente. A cada morte Cage se torna mais forte e adquire mais conhecimento uma oportunidade de descobrir a chave para a aniquilação dos invasores e salvação da Terra. Cage também contará com o apoio da guerreira Rita Vrataski.

É curioso observar que filmes que prestam homenagens aos jogos de vídeo games (como Detona Ralf) se saem muito melhores do que quando é lançado um filme que é baseado num jogo em si. Talvez o segredo do sucesso seja em não tentar readaptar a trama do jogo no filme, mas sim manter as mesmas regras que funcionam na atividade, como morrer (game over) e retornar desde o inicio e começar tudo de novo. Embora não seja baseado num vídeo game (mas sim em um manga de sucesso) No limite do amanhã é um verdadeiro jogo de vídeo game, onde vemos o protagonista indo, morrendo e voltando desde  o principio até chegar ao final de sua missão.
Quando o inexperiente soldado Cage (Tom Cruise) é morto em combate por um alienígena, sendo que o sangue desses ultimo acaba se misturando com o do protagonista e fazendo que ele ganhe o dom de sempre retornar ao inicio do dia quando chegou a base contra a sua vontade. Neste momento, o cinéfilo mais atento irá perceber similaridade com o já clássico Feitiço do Tempo, mas diferente do filme estrelado por Bill Murray, aqui não há tempo para sutilezas. Cage irá sempre retornar ao mesmo dia, passar por uma terrível guerra na praia, para depois conseguir chegar até o cérebro alienígena que controla os outros e acabar com ele.
Embora violento em alguns momentos, o filme se beneficia mais pelos momentos cômicos, principalmente no inicio onde vemos Cage ainda inexperiente e tentando driblar as normas do seu superior (Bill Paxton) para poder avançar (ou fugir) da sua missão. O filme sobe num degrau maior, no momento que Cage pede ajuda a guerreira Rita Vrataski (Emily Blunt), que antes possuía o mesmo dom do protagonista, mas havia perdido numa transfusão de sangue. Uma vez acreditando em Cage, Rita começa a treiná-lo, mas sempre matando ele para retornar e aprimorar melhor o seu corpo em combate, gerando momentos verdadeiramente cômicos.
A pareceria de Tom Cruise e Emily Blunt é o grande trunfo do filme, pois durante boa parte dele, Rita é a grande heroína da trama, enquanto o personagem de Cruise vive se atrapalhando e sempre morrendo nas mãos dela ou em campo. Gradualmente, depois de muitas idas e voltas, Cage se torna mais experiente e mais próximo a Rita, mesmo que para ela o tempo seja diferente e mais curto. Na medida em que o filme avança e eles conseguindo driblar inúmeros obstáculos, os protagonistas se encaminham para o seu destino final e embalado com a ação vertiginosa.
Esse ultimo detalhe talvez seja o maior ponto fraco do filme, já que a trama despenca para muito corre e corre, efeitos visuais muito em abundância e se esquecendo um pouco da essência principal da trama. Talvez se fosse dirigido por alguém que soubesse dosar os momentos de ação no momento certo, o resultado seria um pouquinho melhor. Embora tenha dirigido o primeiro filme da trilogia Bourne, Doug Liman (Sr e Sra. Smith) ainda não encontrou o tom certo nas cenas de ação, principalmente num filme ficção em que o publico exige um maior aprofundamento.
Felizmente o final da trama nos brinda com inúmeras perguntas que ficam no ar e dando-lhe um charme merecido por um filme que poderia ir ainda muito mais longe.           




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Cine Dica: Últimos dias para ver Os Dias com Ele na Sala P. F. Gastal


ÚLTIMOS DIAS PARA VER OS DIAS COM ELE NA SALA P. F. GASTAL




O premiado documentário Os Dias com Ele, de Maria Clara Escobar, fica em cartaz na Sala P. F. Gastal até o dia 5 de junho, sempre na sessão das 17h. A partir de sexta-feira, 6 de junho, o cinema da Usina do Gasômetro (3º andar) recebe a programação do 9º Festival Internacional de Cinema. Em breve divulgaremos a lista de filmes e os horários.


Em Os Dias com Ele, grande vencedor da Mostra de Tiradentes de 2013, a jovem cineasta mergulha no passado quase desconhecido de seu pai, Carlos Henrique Escobar. As descobertas e frustrações de acessar a memória de um homem e de uma parte da história que são raramente expostos. Ele, um intelectual brasileiro, preso e torturado durante a ditadura militar não fala sobre isso desde aquele tempo. Ela, uma filha em busca de sua identidade.




OS DIAS COM ELE
(2014, Brasil, 107 minutos)


direção (fotografia e som): maria clara escobar

produção executiva: paula pripas

edição: julia murat e juliana rojas

edição de som e mixagem: ricardo cutz

fotógrafo para correção de cor: bruno risas

pesquisa história: remier lion

pesquisa filmes domésticos: lila foster

produtores associados: aeroplano filmes, ricardo leite, klaxon cultura audiovisual


GRADE DE HORÁRIOS
3 a 5 de junho de 2014
3 de junho (terça)

17:00 – Os Dias com Ele

4 de junho (quarta)

17:00 – Os Dias com Ele

5 de junho (quinta)


17:00 – Os Dias com Ele


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terça-feira, 3 de junho de 2014

Cine Especial: QUADRINHOS NO CINEMA: UMA HISTÓRIA QUADRO A QUADRO: Parte 4

Nos dias 10 e 11 de Junho, eu estarei participando do curso Quadrinhos no cinema: Uma História quadro a quadro, criado pelo Cena Um e ministrado pelo autor da "Enciclopédia dos Quadrinhos" (Editora L&PM) André Kleinert. Enquanto o curso não chega, por aqui estarei fazendo uma retrospectiva das melhores adaptações das HQ para o cinema e sobre o que mudou para aqueles que curtem essas duas artes de contar historias.


   (1998) BLADE: O CAÇADOR DE VAMPIROS 


 HERÓI DE TERCEIRO ESCALÃO DA MARVEL DEU UMA SEGUNDA CHANCE PARA AS ADAPTAÇÕES DAS HQ PARA O CINEMA

Sinopse: Seu nome é Blade (Wesley Snipes, de U.S. Marshals - Os Federais). Um guerreiro que possui a força sobre-humana e os instintos demoníacos de um vampiro. Porem é capaz de andar à luz do dia como um ser humano normal. Seu passado esconde a verdade sobre sua origem. Ele é o mais temido e perigoso caçador de vampiros de todos os tempos. 


 Nem X-men, nem Homem Aranha, mas sim foi Blade: quando em 1997 Batman e Robin fracassou nas bilheterias por ter sido criado de maneira tão miserável, parecia que as adaptações de HQ para o cinema iriam para o limbo de vez, mas coube a um diretor desconhecido (Stephen Norrington) provar que essa teoria estava errada, pois se fosse feito de maneira séria e coerente, poderia sim as adaptações ser boas e de grande sucesso. Eis então que Blade, um semi desconhecido das HQ da Marvel se lançou ao estrelato com um filme que mistura ação e terror de uma maneira nunca antes vista e fez de Wesley Snipes o astro dos filmes de ação da vez. Com isso, a Marvel usou todos os meios para que seus outros personagens da casa de idéias fossem para o cinema mas isso é outra historia.


(2000) X-MEN: O FILME


Sinopse: Sob a orientação do professor Charles Xavier, seres humanos que sofreram mutações genéticas aprendem a direcionar seus poderes especiais para o bem da humanidade, tendo de lidar com o traiçoeiro Magneto que prepara um plano sinistro, por acreditar que humanos e mutantes não devam coexistir.



Mesmo com baixo orçamento e com cronograma apertado, Brian Singer fez na época um filme que, não só soube respeitar a mentalidade dos fãs das HQ, como também soube atrair pessoas que nunca na vida leram uma HQ antes na vida. A grande sacada do roteiro foi tratar o assunto com pé no chão (algo que Richard Donner fez muito bem em Superman em 1978), ser levado mais para o lado da ficção científica e ao mesmo tempo em que toca em assuntos espinhosos como o preconceito.
Apesar de um elenco semi desconhecido, cada um ficou muito bem encaixado em seus respectivos personagens, como no caso da dupla de veteranos Patrick Stewart e Ian McKellen, respectivos Charles Xavier e Magneto, amigos de longa data, mas que se tornaram inimigos devido suas idéias diferentes quanto ao futuro da raça mutante. As cenas em que ambos contracenam estão entre as melhores do filme.
Contudo, o grande astro da trama fica mesmo nas costas de Hugh Jackman que parece que nasceu para ser o tão popular Wolverine: de um completo desconhecido na época, o ator virou astro da noite para o dia. Isso devido ao fato de, não interpretar somente um personagem tão querido pelo publico, mas porque também soube tirar o melhor proveito de cada momento que esta em cena, principalmente das cenas de ação em que participa.
Visto hoje, o filme é uma espécie de prólogo do que estaria por vir.



(2000) CORPO FECHADO
sinopse: Um espantoso desastre de trem choca os Estados Unidos. Todos os passageiros morrem, com exceção de David Dunne (Bruce Willis), que sai completamente ileso do acidente, para espanto dos médicos e de si mesmo. Buscando explicações sobre o ocorrido, ele encontra Elijah Price (Samuel L. Jackson), um estranho que apresenta uma explicação bizarra para o fato.

Depois de todo o sucesso obtido, pelo Sexto Sentido, boa parte do publico esperava algo tão bom quanto seu filme anterior, contudo M. Night Shyamalan quis provar que não era um diretor que queria ficar preso a um único gênero (suspense) então ele partiu para um outro gênero cujo qual ainda não estava com as raízes firmes naquele tempo, as adaptações para o cinema dos Super Heróis de historias em quadrinhos.
A idéia era bacana, mostrar tanto a origem do herói como do vilão e mostrá-los de uma forma mais humana, nunca antes vista naquele tempo, já que, apesar do sucesso dos x-men naquele ano (2000) com uma temática mais adulta, o publico ainda tinha na cabeça bobagens infantis como Batman e Robin e com isso o publico não entendeu nada. Era um suspense? Não! Era uma adaptação de uma HQ? Também não. Era um filme que prestava uma bela homenagem a essa arte que pouco tempo depois iria dominar o mercado de cinema com inúmeras adaptações de altos e baixos, mas que mostraria que, dava sim, levar adaptações de HQ a sério como foi no caso de Cavaleiro das Trevas e Watchmen.
Mas o publico não estava pronto para esse filme naquele ano, não comprou bem a ideia, esperava um suspense parecido com o Sexto Sentido, e o pior, a distribuidora vendeu o filme de uma forma errada, parecendo que fosse suspense e o que não era e com isso o filme fez apenas um relativo sucesso. Contudo, o filme acabou ganhando reconhecimento em vídeo e DVD e atualmente é um verdadeiro Cult e muitos insistem em uma continuação que um dia pode acontecer.
Mesmo sendo historias completamente diferentes, todo o modo de direção de Shyamalan que foi vista no Sexto Sentido estava lá, desde truques de câmera a inúmeras pistas que revelaria o segredo do final do filme. Sim, há também neste um final inesperado, que apesar de não ser superior com relação ao final do Sexto Sentido, também não faz feio. Por fim, não posso deixar de mencionar as ótimas performances de Bruce Willis e Samuel L. Jackson que interpretam duas pessoas completamente diferentes uma da outra mas que são dois lados da mesma moeda.


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Cine Dica: Em Cartaz: MALÉVOLA





Sinopse: Malévola é a história não contada da vilã mais icônica da Disney do clássico de 1959 A Bela Adormecida. O filme revela os eventos que endureceram o coração de Malévola e a levaram a amaldiçoar a bebê Aurora.

Na época em que o clássico da Disney A Bela Adormecida foi lançado (1959), o bem e o mal eram bem definidos e sem se preocupar do porque eles serem assim. Hoje vivemos em tempos diferentes em que é necessário saber o que leva as pessoas a serem más, pois sempre existe a esperança de uma segunda chance, mesmo que nula. Malévola nada mais é do que uma releitura do clássico, onde mostra o que aconteceria se a grande vilã do conto tivesse um grande motivo para ter ido para o lado sombrio e quem sabe uma segunda chance de volta para luz.
Dos mesmos produtores de filmes como Alice No País das Maravilhas e OZ, acompanhamos Malévola (Angelina Jolie) desde pequena e cuidando do seu mundo mágico de fadas. Infelizmente ela acabou sendo traída pelo próprio homem que um dia amou, sendo que esse ultimo se tornou um rei tirano Stefan (Sharlto Copley) e cortando as asas da protagonista. Com enorme ódio no coração, Malévola roga uma praga para que a primogênita do rei, Aurora (Elle Fanning) caia num sono eterno, quando espetar o dedo em uma agulha ao fazer quinze anos.
Até ai todos conhecem a historia, mas a partir do momento em que Aurora é levada para floresta, para ser cuidada pelas três fadas madrinhas (interpretadas pelas atrizes (Juno Temple, Imelda Staunto e Lesley Manville), Malévola começa a vigiar a criança de longe. É nesse ponto que, percebemos que a sua aproximação com a criança lhe faz se lembrar da fada boa que ela foi um dia. Esse retorno de Malévola para a luz aumenta mais ainda graças a sua pareceria com corvo Diaval que se torna um homem (Sam Riley) e que observa também a criança de longe.
Em outras circunstâncias, vendo um vilão(a) se tornando uma pessoa boa que foi algum dia, poderia em outras mãos se tornar uma historia um tanto que forçada. Porém, o grande trunfo da produção está em um nome: Angelina Jolie. Dona de uma presença magnética toda vez que surge em cena, Angelina carrega todo o filme nas costas e nos faz convencer que a sua Malévola realmente comece a sentir amor por Aurora. Amor esse que será verdadeiro e não vindo de um príncipe encantando (Brenton Thwaites) no qual Aurora conheceu em somente um dia.
Assim como Frozen, a imagem clássica do príncipe encantando com relação ao amor verdadeiro é modificada. Sendo que, o que funcionou no passado em décadas anteriores, com certeza não funcionaria para as meninas atuais, que cada vez menos são bobas e mais maduras com relação ao amor. Ou seja, Disney está observando e vendo o que o publico realmente quer ver na tela.
Com toda essa coragem em recontar um conto tão clássico, é uma pena observar com relação ao fato da produção não ter sido mais bem cuidada, sendo que os efeitos especiais em alguns momentos parecem que foram feitos em toque de caixa. Isso sem contar todo o elenco, que perante o belo esforço de Angelina Jolie em cena, se tornam meros coadjuvantes que somente enfeitam em cena. Pelo menos, eles surgem, mas saem logo de cena para dar lugar à verdadeira protagonista, sendo um ponto muito a favor de Angelina Jolie, que fazia tempo que não obtinha um bom papel em um grande filme.
Embora seja um de muitos filmes baseados em contos de fadas que andam surgindo atualmente no cinema, Malévola se destaca pela coragem em apresentar uma nova proposta e saber se comunicar com essa nova geração de jovens cinéfilos que nada lembram a geração de A Bela Adormecida de 1959.




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NOTA: QUADRINHOS E CINEMA EM DESTAQUE

PRÓXIMO CURSO ELABORADO PELO CENA É DESTAQUE NO JORNAL DO COMERCIO DE HOJE




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