Sinopse: A Terra foi tomada
por uma raça alienígena e Bill Cage um soldado inexperiente que é enviado sem
treinamento ou equipamento morre em combate, mas leva um dos invasores com ele.
Inexplicavelmente Cage acaba preso no tempo condenado a reviver esta data
repetidamente. A cada morte Cage se torna mais forte e adquire mais
conhecimento uma oportunidade de descobrir a chave para a aniquilação dos
invasores e salvação da Terra. Cage também contará com o apoio da guerreira
Rita Vrataski.
É curioso observar
que filmes que prestam homenagens aos jogos de vídeo games (como Detona Ralf) se
saem muito melhores do que quando é lançado um filme que é baseado num jogo em
si. Talvez o segredo do sucesso seja em não tentar readaptar a trama do jogo no
filme, mas sim manter as mesmas regras que funcionam na atividade, como morrer
(game over) e retornar desde o inicio e começar tudo de novo. Embora não seja
baseado num vídeo game (mas sim em um manga de sucesso) No limite do amanhã é
um verdadeiro jogo de vídeo game, onde vemos o protagonista indo, morrendo e
voltando desde o principio até chegar ao
final de sua missão.
Quando o inexperiente
soldado Cage (Tom Cruise) é morto em combate por um alienígena, sendo que o sangue
desses ultimo acaba se misturando com o do protagonista e fazendo que ele ganhe
o dom de sempre retornar ao inicio do dia quando chegou a base contra a sua
vontade. Neste momento, o cinéfilo mais atento irá perceber similaridade com o
já clássico Feitiço do Tempo, mas diferente do filme estrelado por Bill Murray,
aqui não há tempo para sutilezas. Cage irá sempre retornar ao mesmo dia, passar
por uma terrível guerra na praia, para depois conseguir chegar até o cérebro alienígena
que controla os outros e acabar com ele.
Embora violento em
alguns momentos, o filme se beneficia mais pelos momentos cômicos,
principalmente no inicio onde vemos Cage ainda inexperiente e tentando driblar
as normas do seu superior (Bill Paxton) para poder avançar (ou fugir) da sua
missão. O filme sobe num degrau maior, no momento que Cage pede ajuda a
guerreira Rita Vrataski (Emily Blunt), que antes possuía o mesmo dom do
protagonista, mas havia perdido numa transfusão de sangue. Uma vez acreditando
em Cage, Rita começa a treiná-lo, mas sempre matando ele para retornar e aprimorar
melhor o seu corpo em combate, gerando momentos verdadeiramente cômicos.
A pareceria de Tom
Cruise e Emily Blunt é o grande trunfo do filme, pois durante boa parte dele, Rita
é a grande heroína da trama, enquanto o personagem de Cruise vive se atrapalhando
e sempre morrendo nas mãos dela ou em campo. Gradualmente, depois de muitas
idas e voltas, Cage se torna mais experiente e mais próximo a Rita, mesmo que
para ela o tempo seja diferente e mais curto. Na medida em que o filme avança e
eles conseguindo driblar inúmeros obstáculos, os protagonistas se encaminham
para o seu destino final e embalado com a ação vertiginosa.
Esse ultimo detalhe
talvez seja o maior ponto fraco do filme, já que a trama despenca para muito
corre e corre, efeitos visuais muito em abundância e se esquecendo um pouco da essência
principal da trama. Talvez se fosse dirigido por alguém que soubesse dosar os
momentos de ação no momento certo, o resultado seria um pouquinho melhor.
Embora tenha dirigido o primeiro filme da trilogia Bourne, Doug Liman (Sr e Sra.
Smith) ainda não encontrou o tom certo nas cenas de ação, principalmente num
filme ficção em que o publico exige um maior aprofundamento.
Felizmente o final da
trama nos brinda com inúmeras perguntas que ficam no ar e dando-lhe um charme merecido
por um filme que poderia ir ainda muito mais longe.
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