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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 3 de junho de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: MALÉVOLA





Sinopse: Malévola é a história não contada da vilã mais icônica da Disney do clássico de 1959 A Bela Adormecida. O filme revela os eventos que endureceram o coração de Malévola e a levaram a amaldiçoar a bebê Aurora.

Na época em que o clássico da Disney A Bela Adormecida foi lançado (1959), o bem e o mal eram bem definidos e sem se preocupar do porque eles serem assim. Hoje vivemos em tempos diferentes em que é necessário saber o que leva as pessoas a serem más, pois sempre existe a esperança de uma segunda chance, mesmo que nula. Malévola nada mais é do que uma releitura do clássico, onde mostra o que aconteceria se a grande vilã do conto tivesse um grande motivo para ter ido para o lado sombrio e quem sabe uma segunda chance de volta para luz.
Dos mesmos produtores de filmes como Alice No País das Maravilhas e OZ, acompanhamos Malévola (Angelina Jolie) desde pequena e cuidando do seu mundo mágico de fadas. Infelizmente ela acabou sendo traída pelo próprio homem que um dia amou, sendo que esse ultimo se tornou um rei tirano Stefan (Sharlto Copley) e cortando as asas da protagonista. Com enorme ódio no coração, Malévola roga uma praga para que a primogênita do rei, Aurora (Elle Fanning) caia num sono eterno, quando espetar o dedo em uma agulha ao fazer quinze anos.
Até ai todos conhecem a historia, mas a partir do momento em que Aurora é levada para floresta, para ser cuidada pelas três fadas madrinhas (interpretadas pelas atrizes (Juno Temple, Imelda Staunto e Lesley Manville), Malévola começa a vigiar a criança de longe. É nesse ponto que, percebemos que a sua aproximação com a criança lhe faz se lembrar da fada boa que ela foi um dia. Esse retorno de Malévola para a luz aumenta mais ainda graças a sua pareceria com corvo Diaval que se torna um homem (Sam Riley) e que observa também a criança de longe.
Em outras circunstâncias, vendo um vilão(a) se tornando uma pessoa boa que foi algum dia, poderia em outras mãos se tornar uma historia um tanto que forçada. Porém, o grande trunfo da produção está em um nome: Angelina Jolie. Dona de uma presença magnética toda vez que surge em cena, Angelina carrega todo o filme nas costas e nos faz convencer que a sua Malévola realmente comece a sentir amor por Aurora. Amor esse que será verdadeiro e não vindo de um príncipe encantando (Brenton Thwaites) no qual Aurora conheceu em somente um dia.
Assim como Frozen, a imagem clássica do príncipe encantando com relação ao amor verdadeiro é modificada. Sendo que, o que funcionou no passado em décadas anteriores, com certeza não funcionaria para as meninas atuais, que cada vez menos são bobas e mais maduras com relação ao amor. Ou seja, Disney está observando e vendo o que o publico realmente quer ver na tela.
Com toda essa coragem em recontar um conto tão clássico, é uma pena observar com relação ao fato da produção não ter sido mais bem cuidada, sendo que os efeitos especiais em alguns momentos parecem que foram feitos em toque de caixa. Isso sem contar todo o elenco, que perante o belo esforço de Angelina Jolie em cena, se tornam meros coadjuvantes que somente enfeitam em cena. Pelo menos, eles surgem, mas saem logo de cena para dar lugar à verdadeira protagonista, sendo um ponto muito a favor de Angelina Jolie, que fazia tempo que não obtinha um bom papel em um grande filme.
Embora seja um de muitos filmes baseados em contos de fadas que andam surgindo atualmente no cinema, Malévola se destaca pela coragem em apresentar uma nova proposta e saber se comunicar com essa nova geração de jovens cinéfilos que nada lembram a geração de A Bela Adormecida de 1959.




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