Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 27 de maio de 2014

Cine Dica:Sessão Comemora 30 Anos de Lançamento do Longa "Verdes Anos"

SESSÃO COMEMORA 30 ANOS DE LANÇAMENTO
DO LONGA GAÚCHO “VERDES ANOS”

Em 1984, após sua primeira exibição na mostra competitiva do Festival de Gramado, um longa gaúcho iniciava uma trajetória que o transformaria numa das mais marcantes produções da história do cinema realizado no Rio Grande do Sul: Verdes Anos, de Giba Assis Brasil e Carlos Gerbase. Tratava-se do primeiro longa em 35mm da dupla de diretores, egressos de um prolífico movimento superoitista, que desde o início da década vinha renovando temática e esteticamente a produção cinematográfica gaúcha e o modo de fazer cinema no Estado por meio de filmes como Deu Pra Ti Anos 70 (1981), de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti, Coisa na Roda (1982), de Werner Schünemann, e Inverno (1983), de Carlos Gerbase, todos longas em Super-8 premiados em Gramado e exibidos com sucesso de público em circuitos alternativos. Verdes Anos acompanha três dias na vida de uma turma de adolescentes em uma cidade do interior, em 1972, no auge da ditadura militar; anos duros, mas também cheios de sonhos e encontros e pequenas e grandes esperanças. Anos, como disse o escritor Caio Fernando Abreu, “em que não se podia viver muito para fora: a repressão política nos empurrava para dentro.” É com essa perspectiva mais lírica, nostálgica e bem humorada que o filme aborda o cotidiano de escola, bailes, namoros e brigas daquela juventude, que ainda sabia muito pouco das ditas coisas da vida.

Para marcar o 30º aniversário de lançamento do filme (que teve sua primeira exibição pública em 9 de abril de 1984, no Festival de Gramado, estreando nas salas de cinema no dia 25 de maio do mesmo ano), a Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) realiza uma exibição comemorativa do filme no próximo dia 27 de maio, às 20h, na presença dos diretores Giba Assis Brasil e Carlos Gerbase e de outros membros da equipe. A sessão, que é aberta ao público e tem entrada franca, integra a programação especial de aniversário dos 15 anos da Sala P. F. Gastal.

A fim de documentar o impacto provocado pela estreia de Verdes Anos, a Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre também está preparando um livro que resgata a memória do filme. Desde o final do ano passado, a historiadora Alice Trusz se dedica a pesquisar os bastidores do filme, entrevistando membros da equipe e debruçando-se sobre acervos de jornais da época. O livro deverá ser lançado no próximo semestre.
 
Verdes Anos, de Giba Assis Brasil e Carlos Gerbase (Brasil, 1984, 35mm, 91 minutos). Roteiro de Álvaro Luiz Teixeira a partir de conto de Luiz Fernando Emediato. Produção: Z Produtora Cinematográfica e Porto das Cabeças. Fotografia de Christian Lesage. Música de Nei Lisboa e Nelson Coelho de Castro. Com Werner Schünemann, Luciene Adami, Márcia do Canto, Marcos Breda, Marta Biavaschi, Xala Felippi, Marco Antônio Sório, Lúcia Serpa, Júlio Conte, Ivonete Pinto, Haydée Porto, Sérgio Lulkin e grande elenco.


Me sigam no Facebook, twitter e Google+

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cine Dica: II A HORA DO CINEMA: REGULAMENTO E INCRIÇÕES













Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Dica: CURSO: QUADRINHOS E CINEMA





APRESENTAÇÃO


Cinema e os Quadrinhos surgiram praticamente juntos, no final do século XIX. Naquela época os experimentos cinematográficos buscavam o refinamento tecnológico que proporcionasse a experiência dos filmes em grande escala para audiências cada vez maiores. A própria gramática do Cinema não havia ainda encontrado sua forma definitiva naqueles tempos pioneiros. Simultaneamente, os Quadrinhos se consolidavam como uma forma popular e barata de "narrativa pictórica". Surgiam, portanto, novas formas de contar histórias, além da Literatura e do Teatro.




A ideia de narrativas ilustradas por imagens vem desde o tempo dos homens das cavernas, que rabiscavam suas "histórias" nas rochas. A inevitável aproximação dos Quadrinhos com o Cinema se deu desde os primeiros momentos. Os pioneiros irmãos Lumière (créditos historicamente como criadores do Cinema) buscaram inspiração numa "história em quadrinho" da época para um dos pequenos filmes curtos apresentados na histórica primeira sessão de cinema, em dezembro de 1895, num Café em Paris.

Há, sem dúvida, grandes diferenças entre a tela de cinema e uma página de revista, no entanto, as duas linguagens são em certa medida complementares, pois são fruto da cultura de massa. Por surgirem quase simultaneamente, Cinema e Quadrinhos compartilham características, sem perderem suas particularidades narrativas. Ao longo do tempo, em épocas distintas, se aproxima e se afasta do universo dos Quadrinhos. Atualmente estamos vivendo um dos momentos mais fortes desta relação. O espetacular resultado financeiro das adaptações cinematográficas da última década consolidou um formato hegemônico que conquista cada vez mais e mais público. Mas, fica a pergunta: "Até quando dura esta Era de Ouro?"



OBJETIVOS

O curso QUADRINHOS NO CINEMA: UMA HISTÓRIA QUADRO A QUADRO, ministrado por André Kleinert, vai passar a limpo a história da relação entre Cinema e Quadrinhos, analisando as linguagens; as principais adaptações; a estética dos Quadrinhos que influencia o Cinema e vice-versa; a importância das grandes editoras e a estratégia da indústria cinematográfica.

Não é necessário nenhum pré-requisito para participar desta atividade. O curso é aberto ao público em geral interessado no tema.


TEMAS
  • Como ocorre a aproximação entre os Quadrinhos e Cinema? Os pontos em comum entre as linguagens formais das duas mídias.
  • Universos paralelos / Universo único: os níveis de realidade em que Cinema e Quadrinhos se relacionam.
  • Origens das indústrias cinematográficas e dos quadrinhos: perspectiva e semelhanças históricas.
  • Cineastas quadrinistas ou Quadrinistas cineastas? Artistas que transitam entre as duas mídias;
  • Seriados cinematográficos: os primórdios da transposição cinematográfica dos quadrinhos.
  • Marvel e DC: breve história editorial e a saga de seus principais heróis na tela grande.
  • Alan Moore e Frank Miller: a acidentada trajetória de dois mestres no cinema.
  • As principais escolas e gêneros dos Quadrinhos adaptados para o Cinema. Quadrinhos underground e independentes norte-americanos.
  • Terror: como as editoras EC Comics e Warren Publishing influenciaram o horror cinematográfico moderno.
  • França (Metal Hurlant, Asterix e Lucky Luke); Itália (Tex, Danger Diabolik e o vasto universo dosfumetti) e Japão (mangás - samurais, ficção científica, magia e super-heróis).
  • Brasil: o talento multimídia de José Mojica Marins ("Zé do Caixão"); Ivan Cardoso e Paulo Biscaia Filho.
  • A pós-modernidade na relação Quadrinhos x Cinema.


Ministrante: ANDRÉ KLEINERT

Autor (juntamente com Hiron "Goida" Goidanich) da "Enciclopédia dos Quadrinhos" (Editora L&PM). Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) e diretor de programação do Clube de Cinema de Porto Alegre. Escreve regularmente sobre cinema e música. Criador do blog "Anti-Dicas de Cinema".




Curso

QUADRINHOS NO CINEMA: UMA HISTÓRIA QUADRO A QUADRO
de André Kleinert


* Datas: 10 e 11 de Junho de 2014 (terça e quarta-feira)
* Horário: 19h30 às 22h

* Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Rua dos Andradas, 1223 - Centro - Porto Alegre / RS)

* Investimento: R$ 80,00
* Material: Apostila e Certificado de participação


Informações: cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9320-2714






 

Me sigam no Facebook, twitter e Google+

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cine Especial: Glauber Rocha: Deus e o Diabo do Cinema Brasileiro: FINAL



 Nos dias 26 e 27 de maio eu estarei participando do curso Glauber Rocha: Deus e o Diabo do Cinema Brasileiro, criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista e pesquisador André Araujo. Enquanto os dois dias não vem, por aqui irei destacar os principais filmes deste cineasta, que foi um dos principais pilares do “Cinema Novo”.  




O PRINCIPIO DE UM CINEASTA E O NASCIMENTO DO CINEMA NOVO: BARRAVENTO  

Sinopse: Numa aldeia de pescadores de xeréu, cujos antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé. Firmino (Antônio Pitanga) é um antigo morador, que foi para Salvador na tentativa de escapar da pobreza. Ao retornar ele sente atração por Cota (Luíza Maranhão), ao mesmo tempo em que não consegue esquecer sua antiga paixão, Naína (Lucy Carvalho), que, por sua vez, gosta de Aruã (Aldo Teixeira). Firmino encomenda um despacho contra Aruã, que não é atingido. O alvo termina sendo a própria aldeia, que passa a ser impedida de pescar.



Alguns cineastas demoram anos e até décadas para definir um estilo de filmagem. Um exemplo disso é Francis Ford Coppola que começou a carreira de dirigindo "Demência 13", Filme B que pouco ou nada teria a ver com os clássicos que dirigiu, como a trilogia de "O Poderoso Chefão". Mas no caso de Glauber Rocha é muito difícil adivinhar que "Barravento" foi seu primeiro filme. É certo que o diretor ainda estava experimentando e aprendendo a lidar com a linguagem cinematográfica, mas desde seu primeiro filme, o estilo do diretor já era marcante e diferente do que até então se produzia no Brasil.
O cinema brasileiro passava por um período de transição. Enquanto as chanchadas e os filmes produzidos em Hollywood levavam uma multidão aos cinemas, um grupo de jovens pensava que o cinema brasileiro deveria ter linguagem própria e adequada à sociedade local. Ou seja, a cultura popular era a principal aliada dessa nova maneira de fazer cinema. Esse grupo de cineastas viria a "criar" o Cinema Novo. Os "cinemanovistas" perceberam que só seria possível recriar a produção cinematográfica no país se todos estivessem unidos. Eles então se uniram por ideologias, pela política e pela arte. As questões políticas integram a tríade, porque as revoluções anti-imperialistas, como a de Cuba, acenderam nesses jovens a vontade de fazer o mesmo pelo Brasil, mas utilizando arte no lugar de armas. “Nossa geração tem consciência: sabe o que deseja. Queremos fazer filmes antiindustriais (...)”, disse Glauber Rocha.
Com essa visão, Glauber Rocha realizou "Barravento" no começo dos anos 60. Ele incorporou tudo o que o Cinema Novo pretendia (linguagem própria, utilização da cultura popular etc) e revelou o cotidiano de uma pequena comunidade no interior da Bahia. Utilizando os deuses da religião umbanda, cantigas populares e a pobreza da cidade de todos os santos, Glauber Rocha começou a carreira de muitas inovações e de novas leituras da produção cinematográfica.
Firmino (Antônio Pitanga) é um antigo morador da comunidade de pescadores, que foi para Salvador na tentativa de fugir da pobreza. Ao retornar ele se apaixona por Cota (Luíza Maranhão), mas não consegue esquecer Naína (Lucy Carvalho). O problema é que ela está apaixonada por Aruã (Aldo Teixeira), que é considerado "sagrado" pelos mais velhos da aldeia. Para acabar com esse amor, Firmino apela aos deuses e a uma rede de intrigas. Em "Barravento" o que menos importa é a trama. O grande aspecto do filme é a estética e a apresentação da cultura popular da Bahia.
A fotografia de Tony Rabatony capta os diversos ângulos das manifestações dos deuses da religião umbanda e a difícil batalha dos pescadores em busca do sustento. Tudo isso em locação; o que então era uma nova tarefa do cinema brasileiro, já que a maioria dos filmes eram realizados em estúdios. Outra questão pontual do filme é a trilha sonora. Todas as músicas que compõem o filme são típicas da comunidade de pescadores. Eles fazem rodas de samba, evocam os deuses e pedem a melhoria de vida por meio da música; que acaba sendo uma aliada importante na composição do filme. 
Os filmes do Cinema Novo podem parecer meio difíceis de entender. É necessário que o espectador esteja disposto a compreender que, apesar de pecar no ritmo - o que acontece também em "Barravento" -, os filmes possuem uma estética diferente do que até então era feito no Brasil, no que se tratava de cinema. Mais que entreter, os filmes do "Cinema Novo" serviam para cutucar e criticar a sociedade e a maneira importada dos Estados Unidos de filmar.

Leia também: Partes 1 e 2.


Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Dicas: Estréias do final de semana (23/05/14)




       X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

Sinopse: A formação definitiva de X-Men luta uma guerra pela sobrevivência da espécie em dois períodos de tempo em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Os amados personagens da trilogia X-Men original juntam-se aos seus jovens de X-Men: Primeira Classe em uma batalha épica que deve mudar o passado para salvar o futuro.


A Grande Escolha


Sinopse: A equipe de futebol americano Cleveland Browns está tendo uma péssima temporada, e o gerente do time, Sonny Weaver Jr. (Kevin Costner), está ameaçado de demissão. No tradicional dia de contratação de novos talentos, Sonny deve provar ao mundo dos esportes que é capaz de trazer os melhores nomes para a sua equipe.


Dominguinhos


Sinopse: Um retrato do sanfoneiro, cantor e compositor Dominguinhos (1941 - 2013), discípulo de Luis Gonzaga e autor de sucessos como "Eu Só Quero um Xodó", "Gostoso Demais", "De Volta Pro Aconchego" e "Lamento Sertanejo". Sua obra revive em imagens de arquivo, derramando uma história que se multiplica em sons, versos e beleza.


O Palácio Francês


Sinopse: Recém formado na Escola Nacional de Administração, Arthur Vlaminck (Raphaël Personnaz) é chamado para trabalhar no Ministério das Relações Exteriores à serviço do ambicioso ministro Alexandre Taillard (Thierry Lhermitte). Arthur será responsável por elaborar o discurso do ministro, mas logo percebe que em meio a golpes políticos e vaidades pessoais, esta tarefa não será nada fácil.


                Uma Relação Delicada


Sinopse:Após um derrame, a cineasta Maud (Isabelle Huppert) precisa enfrentar as limitações físicas do corpo e, ao mesmo tempo, a inevitável solidão da sua vida. Ela se encanta ao ver Vilko (Kool Shen) em um programa de televisão e, determinada a se aproximar, o convida para atuar em seu próximo filme. Cada vez mais envolvida, Maud começa a bancar as aventuras extravagantes do novo amigo, numa relação conturbada que envolve uma dependência inexplicável.

 

Me sigam no Facebook, twitter e Google+