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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 22 de agosto de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Fale Comigo'

Sinopse: Um grupo de amigos descobre uma mão embalsamada que lhes permite conjurar espíritos. Viciado na emoção, um deles vai longe demais e abre a porta para o mundo espiritual.   

Ninguém questiona que atualmente o gênero de horror vive a sua melhor fase principalmente através do cinema independente. Claro que sempre há um desgaste nas fórmulas de sucesso, principalmente quando os estúdios se enveredam para franquias intermináveis e seus derivados como é no caso de "Invocação do Mal". "Fale Comigo" (2023), por sua vez, usa velhas fórmulas de sucesso, mas surpreendendo ao renová-las e falando um pouco de uma sociedade cada vez mais alienada.

Dirigido pelos estreantes Danny Philippou e Michael Philippou, o filme conta a história de Mia, interpretada pela estreante Sophie Wilde, que ao lado de um grupo de amigos encontra uma misteriosa mão embalsamada e descobre que ela permite invocar espíritos. Como é de se esperar, todos ficam muito empolgados com a nova descoberta, mas não demora muito até que a brincadeira tome um rumo extremamente perigoso quando um deles acaba indo longe demais e, por acidente, abre uma porta para o mundo espiritual.

O filme tinha todas as chances de cair nos velhos clichês do gênero de horror principalmente quando é sobre possessão que sempre é revisitado. Porém, os estreantes Danny Philippou e Michael Philippou criaram uma trama que mescla elementos de nossa realidade e que fala um pouco sobre alienação da sociedade atual cada vez mais presas em seus celulares e que, ao invés de ajudar o próximo, preferem fazer uma selfie ou filmar determinada tragédia que está a caminho. Nada mal para realizadores que vieram justamente do mundo do Youtuber, mas pelo visto eles tem consciência de que é preciso as vezes fazer uma crítica acida com relação a desumanidade cada vez mais crescente do mundo.

Portanto, a protagonista Mia é uma jovem que busca companhia mesmo quando as pessoas próximas a elas se encontram em outra sintonia. O desejo é tanto em adentrar o círculo de amizades que decide então participar da brincadeira macabra, mas mal sabendo o que viria em seguida. É curioso observar que nestes momentos nós dá uma noção clara que a possessão se tornou banal para essa geração atual, sendo que isso é uma espécie de chance de escapar do mundo real e ter a chance de obter sensações incomuns.

Curiosamente, a possibilidade do filme se tornar uma espécie de terror teen logo se esvai no momento que a brincadeira perde o controle e tudo fica cada vez mais tenso e claustrofóbico. Portanto, ficamos ao lado de Mia a todo momento, seja para ela conseguir uma chance de compreender sobre o que está acontecendo, como também ter a chance de entender algo misterioso vindo do passado. Estreando no cinema pela primeira vez Sophie Wilde surpreende em uma atuação poderosa e cujo peso da tragédia que a sua personagem convive sentimos a todo momento na medida em que a trama avança.

Já a direção de Danny Philippou e Michael Philippou é realmente curiosa, principalmente vinda de dois jovens saídos dos canais do youtubers, mas fazendo trabalho de gente grande e cuja cenas de suspense são muito bem filmadas e, por vezes, claustrofóbicas. Além disso, a edição de cenas é primorosa, fazendo com que acompanhemos as situações pela perspectiva da protagonista, quando na verdade a situação pode ser inversa. Atenção para a sequência envolvendo o pai dela e que desencadeia um caminho sem volta.

Apesar de um final imprevisível, para não dizer anti hollywoodiano, o minuto final somente derrapa ao entregar uma possível possibilidade de continuação, para não dizer que pode se tornar o nascimento de uma nova franquia. Portanto, por mais que os realizadores se esforçam para lançar algo original, os engravatados já se aprontam para criar a sua nova galinha dos ovos de ouro. Polêmicas à parte, "Fale Comigo" entrega um horror de primeira, onde a criatividade se sobressai em meio as fórmulas já manjadas. 



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Cine Dica: Roger Corman - O Homem dos 500 Filmes

Apresentação

Roger Corman é creditado em algumas centenas de filmes (e não-creditado em centenas de outros com os quais esteve envolvido), principalmente como produtor e diretor, mas também como roteirista e até como ator. É um dos cineastas mais prolíficos e bem-sucedidos de toda a história do cinema, com uma carreira que atravessa sete décadas. Ao longo dessa carreira, trabalhou com muitos profissionais que também viriam a se tornar figuras importantes para a indústria cinematográfica. Jack Nicholson, Charles Bronson, Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Peter Bogdanovich e Joe Dante são apenas alguns dos nomes que Corman apadrinhou quando estavam começando no cinema.

O curso vai oferecer um panorama da carreira dessa figura imprescindível da história do cinema, do início da década de 1950 até os dias de hoje, mais de 500 filmes depois. Vai comentar também as mudanças pelas quais passou a indústria do entretenimento ao longo desse período, como o fim da era dos grandes estúdios, o surgimento da televisão, a TV paga e os formatos de vídeo.


Objetivos

O curso Roger Corman: O Homem dos 500 Filmes, ministrado por Marcelo Severo, objetiva apresentar a obra do diretor / produtor cronologicamente, através dos filmes mais importantes dessa vasta filmografia. Analisará também a influência do cineasta na indústria e o seu legado para Hollywood, principalmente no que diz respeito aos profissionais que apresentou ao longo das últimas sete décadas.


*MATÉRIA*

Apostila

Certificado de participação

* APROVEITE O LOTE 1 COM VALOR PROMOCIONAL *

Ministrante: MARCELO SEVERO


Formado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisador de cinema; escreve sobre filmes, quadrinhos e rock’n’roll desde os anos 1990. Ministra cursos e oficinas no "Fantaspoa", sempre relacionados à ficção científica, ao horror e ao cinema fantástico em geral.

Curso

ROGER CORMAN: O HOMEM DOS 500 FILMES

de Marcelo Severo

Datas

09 e 10 de Setembro

(sábado e domingo)

Horário

14h30 às 17h30

Local

Cinemateca Capitólio

(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro - Porto Alegre - RS)

INSCRIÇÕES / INFORMAÇÕES

https://cinemacineum.blogspot.com/2023/07/roger-corman.html


Realização

Cine UM Produtora Cultural

Apoio

Cinemateca Capitólio


segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Retratos Fantasmas'

Sinopse: No centro do Recife, no século 20, conheça a história do centro da cidade contada a partir das salas de cinema que movimentavam a população e ditavam comportamentos. 

Kleber Mendonça Filho não é somente um dos melhores cineastas autorais do nosso cinema brasileiro atual, como também ele tem a proeza de falar sobre a sua vida através dos filmes de sua autoria. Tanto "O Som ao Redor" (2012) como "Aquarius" (2016) são obras originais, mas que falam sobre a realidade que o diretor convivia no centro da cidade do Recife e qual ao longo dos anos passou por diversas metamorfoses. Em "Retratos Fantasmas" (2013) o diretor coloca na mesa sobre a sua vida, sobre a sua cidade, sobre os patrimônios históricos do local e que deixaram muita saudade para ele.

O documentário se passa no centro do Recife, durante o século XX. Ao longo de 1 hora e 33 minutos e reunindo imagens de arquivo, fotografias e registros em movimento, o filme busca explorar a história do centro da cidade, contada a partir das salas de cinema que movimentavam a população e ditavam comportamentos. Tendo levado 7 anos para a sua conclusão, o documentário marca o retorno de Kleber ao Festival de Cannes - após vencer o Prêmio do Júri, em 2019, com “Bacurau”.

Embora se passe em Recife é curioso que o documentário tenha despertado em mim lembranças sobre o meu passado, principalmente com relação as primeiras sessões de cinema que eu frequentei com os meus pais quando eu era ainda criança de colo e cujo cinema era o saudoso Cine Imperial da rua das Andradas do centro de Porto Alegre. Portanto, o documentário funciona de forma universal, pois você não precisa morar em Recife para captarmos a mensagem principal do diretor, seja com relação aos laços fortes da família que ele tinha, como também a realidade daquela cidade e da qual a mesma enriqueceu a imaginação do cineasta. É incrível, por exemplo, como a casa vizinha de sua residência que se encontra deteriorada serviu de inspiração para filmes como "Aquarius", sendo que o diretor faz questão de extrair uma cena importante daquele filme e fazendo um paralelo com relação a sua realidade de épocas mais douradas.

Mas o coração do filme pertence no momento em que o realizador visita os antigos cinemas da cidade, sendo que muitos, infelizmente, já não existem mais e dando lugar as farmácias e igrejas evangélicas. Felizmente existe cinemas até hoje lá que se tornaram peças fundamentais para a história do local que é o Cine São Luíz e cujo local atrai diversos tipos de público e fazendo com que a história de lá continue intacta e com muito brilho. Kleber, por sua vez, surpreende principalmente quando desenterra arquivos extraídos de antigos jornais e revelando filmes que foram exibidos na época e que hoje a maioria se tornou clássica.

Curiosamente, o realizador faz uma turnê por esses lugares, cujo cenário abandonado desses cinemas e de outras áreas culturais se tornaram desoladoras, mas não menos interessantes, como se os locais tivessem se tornado um verdadeiro filme de terror. Portanto, quanto mais ele narra em off mais compreendemos a sua paixão pela cidade, assim como as lembranças douradas em que ele convivia com a sua mãe. Vale salientar que são nestas passagens que temos a participação de sua musa Maeve Jinkings e cuja mesma atua em cena como uma espécie de personificação da falecida mãe do cineasta, ou representando momentos importantes em que o próprio cineasta testemunhou ao longo de sua vida.

É engraçado salientar que o filme tenha pouco mais de uma hora e meia, já que a obra possui diversas informações, seja com relação aos patrimônios culturais em deterioração pela cidade de Recife, como também a resistência vinda dos cineastas e de outros que procuram para que as lembranças jamais sejam esquecidas. Ao final do filme tudo que eu senti era para que o cineasta continuasse perambulando a cidade de Recife e fazendo que desfrutássemos cada vez mais de uma cultura distinta, porém, não muito diferente da nossa. E como cereja do bolo, os minutos finais protagonizados pelo próprio diretor são surpreendentes, principalmente por ser protagonizado por um motorista de Uber e que faz com que a reta final a gente aplaude com gosto até o último momento.

"Retratos Fantasmas" é sobre tempos mais dourados que nunca mais irão voltar, mas basta lembrá-los para que eles ainda possam continuar vivos em nossos corações.  


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Cine Dica: Ciclo sobre vanguardas segue em cartaz na Sala Redenção

Até dia 12 de setembro, a Sala Redenção apresenta uma programação de obras cinematográficas que representam diferentes vanguardas artísticas. O ciclo “A Vanguarda no Cinema” apresenta oito sessões comentadas, realizadas às terças-feiras, às 19h, com entrada franca e aberta à comunidade em geral.

Em diálogo com as ideias de vanguarda da historiadora francesa Nicole Brenez e do belga Thierry de Duve, a programação se dedica àquelas obras que se expõem ao risco de não serem percebidas como arte, e que rompem com os limites do previsível. São filmes que trazem inovações na linguagem e no formato cinematográficos.

“A Vanguarda no Cinema” reúne representantes do movimento surrealista (“A Concha e o Clérigo”), do expressionismo (“M, O vampiro de Düsseldorf” e “Paula Modersohn-Becker – Retrato”) e da montagem russa (“Um homem com uma câmera” e “Outubro”). Além disso, a programação apresenta obras de dois diretores que inovaram na produção de documentários: o alemão Harun Farocki (“Videogramas de uma revolução” e “Imagens do mundo e inscrições da guerra”) e o francês Chris Marker (“Sem Sol”).

O ciclo está vinculado à disciplina “Seminários de Tópicos Especiais: Cinema de Vanguarda e Vanguardas Artísticas”, do bacharelado em Artes Visuais da UFRGS, ministrada pelo professor Luís Edegar de Oliveira Costa. Os alunos da disciplina, juntamente com Luís Edegar, são os responsáveis pela curadoria do ciclo e participam dos debates após cada sessão. Algumas exibições contam ainda com a correalização do Instituto Goethe Porto Alegre e da Aliança Francesa Porto Alegre.

O cinema da UFRGS está localizado no campus central da universidade, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333. 

Confira a programação completa no site oficial clicando aqui. 

domingo, 20 de agosto de 2023

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Sonhos'

Sobre o filme: A trama apresenta um conjunto de oito sonhos do próprio realizador. E por ser um filme tão pessoal, acabamos por não exigir um produto com as arestas devidamente limadas. Afinal de contas tratam-se de sonhos, produtos do nosso inconsciente.

Uma seleção dos sonhos que o cineasta empreendeu no decorrer dos seus 80 anos até então. Nota-se um crescimento gradual no ponto de vista da personagem de um sonho para aquele imediatamente a seguir, e assim sucessivamente. A exímia montagem parte igualmente do mestre japonês, acabando por possuir todos os meios para uma produção bastante fiel ao projeto sonhado.

Na colectânea de sonhos podem destacar-se alguns elementos recorrentes, tais como a morte, a hierarquia, o poder da mão do homem, etc. Soldados que se recusam a aceitar a insignificância da morte. Uma criança que parte em busca de redenção, de forma a evitar a morte. Alpinistas que tentam sobreviver, mesmo perante as adversidades do tempo. O homem individual como poluidor de uma população. Os efeitos da radiação que direcionam a uma lei da sobrevivência, apoiada numa ordem hierárquica.

Kurosawa entrega-nos uma mão-cheia de pequenas histórias que não necessitam de principio, meio e fim para serem devidamente apreciadas. A duração de cada plano é devidamente adequada à ação correspondente. No episódio dos alpinistas, por exemplo, chega a ser sufocante a caminhada levada a cabo por estes, devido à sequência de planos assente numa natureza tão fria e solitária. De destacar a maquilhagem e o guarda-roupa, ambos sublimes. A banda-sonora de Shinichirô Ikebe acompanha na perfeição as imagens que desfilam perante os nossos olhos. Mais uma pincelada transcendente na tela em que se exibe a carreira de Akira Kurosawa.  

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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Cine Especial: Redescobrindo Woody Allen dos Anos 80

Woody Allen está com problemas sérios atualmente, principalmente em tempos de politicamente corretos em que qualquer passo em falso pode ser cancelamento eterno. Mas não estou aqui para me alongar sobre isso, pois eu sei separar o artista do ser humano cheio de falhas e ele não é diferente de outras diversas pessoas que cometem erros graves e tem que responder perante a justiça. Estou aqui para falar sobre o artista, mais precisamente do início dos anos oitenta.

Quando eu acho que já vi todos os filmes do cineasta eis que me surpreende pelo fato de sempre haver mais um para ser redescoberto. No meu caso redescobri dois recentemente, mais precisamente "Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão" (1982) e "Broadway Danny Rose" (1984). O cineasta havia encerrado os anos setenta com o pé direito através de suas obras primas "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (1977) e "Manhattan" (1979), mas esses dois filmes citados acima o fortaleceram para que ele continuasse a ser reconhecido como um dos melhores diretores norte americanos em atividade naquela época.

Tudo bem que ele havia dirigido anteriormente "Interiores" (1978), filme em que o realizador pesou a mão e distanciando de sua visão autoral para homenagear o seu cineasta favorito que era Ingmar Bergman. A insistência em homenageá-lo, porém, não se limitou somente a esse filme e posso dizer que  "Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão" não é somente uma forma de homenagear o realizador sueco, como também em adaptar para as telas a linguagem teatral e literária de William Shakespeare. Porém, Allen consegue reunir essas duas homenagens e alinhando-as com a sua visão autoral neurótica e nascendo assim um filme digno de nota.

Não que seja o melhor filme de sua carreira, mas há de se concordar que todos os ingredientes que moldaram a sua trajetória cinematográfica estão lá, desde sobre relacionamentos não resolvidos, como também o desejo de consuma-los em momentos inapropriados e gerando assim situações hilárias ao longo do percurso. O filme marca também a primeira parceria de Woody Allen com atriz Mia Mia Farrow, do qual se encerraria com "Maridos e Esposas" (1992) e que, curiosamente, teve muito haver com a realidade do cineasta. Pode-se dizer que Allen faz os seus filmes de acordo com a sua real pessoa e de com relação a realidade em sua volta.

Por conta dessa última observação, "Broadway Danny Rose" seria uma espécie de sátira que o realizador faz com relação aos bastidores de Hollywood, mas que aqui ele troca o universo das câmeras pelos palcos da Broadway. Aqui, ele interpreta um empresário que se envolve no dia a dia dos seus artistas, mas mal sabendo de suas vidas pessoais e dos quais os mesmos se encontram envolvidos até mesmo com a máfia italiana. Tudo é claro não passa de um pretexto para vermos o seu personagem se meter em situações absurdas, mas ao mesmo tempo incrementando as velhas fórmulas da comédia romântica.

Ao meu ver, os dois filmes formam dois grandes pilares que souberam sustentar a carreira do diretor e fazendo o mesmo poder se arriscar em produções ainda mais arriscadas, porém, engenhosas como "Rosa Purpura do Cairo" (1985) e do qual eu aponto como um dos melhores filmes de década de oitenta. Portanto, "Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão" e "Broadway Danny Rose" consolidaram a carreira de Woody Allen na era oitentista e da qual é uma das minhas preferidas. 


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Cine Dica: Festival Vídeos for Change

Depois de co-fundar a PARTE – Feira de Arte Contemporânea, em 2011, Lina Wurzman lidera outro projeto, dessa vez voltado à educação por meio de vivências. À frente da ONG Viven, ela lança dia 28 de agosto a primeira edição nacional do Festival Vídeos for Change, do qual participarão 81 vídeos produzidos por estudantes de escolas de São Paulo, Pernambuco, Pará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Entre os jurados do Festival estão Luciana Temer, do Instituto Liberta, Eunice Baía, ativista indígena e atriz conhecida por interpretar Tainá no filme “Tainá: Uma Aventura na Amazônia”, Sônia Guimarães, a primeira mulher negra no Brasil a ser PhD em Física, além de Igor Lima, um dos criadores do Instituto Sonho Grande, e Sharylaine, rapper e produtora cultural.

O Festival é a etapa final de uma jornada que leva a estudantes do ensino fundamental e médio de escolas de todo o Brasil a educação por vivências. O projeto envolve o aprendizado profundo sobre causas que os jovens acreditam merecer visibilidade. Os temas mais recorrentes tratados nos vídeos são racismo, saúde mental, bullying, Igualdade de Gênero e assédio/violência sexual – o que mostra o que preocupa os jovens brasileiros. Além de debates, análises e práticas, os estudantes aprendem todas as etapas para a produção dos vídeos, com duração de até um minuto, da criação do roteiro e até a gravação e edição.

Em 2022, a Viven organizou 12 festivais regionais do Desafio Videos for Change, abrangendo 16 localidades dos estados de São Paulo, Pernambuco, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Sergipe. Com isso, levou sua proposta de educação por intermédio de vivências a mais de 3,5 mil alunos de 108 escolas e a 337 professores.

O trabalho da Viven teve origem na High Resolves, organização pioneira que, desde 2005, tem como missão viabilizar a educação cidadã por meio de metodologias inovadoras na Austrália e em outros países espalhados pelo mundo. O trabalho utiliza conceitos da neurociência, Teoria dos Jogos e Economia Comportamental, com resultados comprovados na prática. Atualmente, a High Resolves e a Viven fazem parte da Accelerator, uma organização mundial.

No Brasil desde 2019, a ONG já implementou sua metodologia em 318 escolas de 111 cidades, contando com mais de 170 mil participações de estudantes nas vivências desenvolvidas. Além da votação do jurado, haverá votação popular para escolher os melhores vídeos do Festival Nacional Videos For Change no período de 28 de agosto a 10 de setembro. Qualquer pessoa pode participar. Basta acessar o site http://brasil.videosforchange.org/. O anúncio dos ganhadores ocorrerá em 19 setembro em uma Live no YouTube