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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Cine Dica: Streaming: 'A Mulher na Janela'

Sinopse: Anna Fox mora sozinha em uma casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo vinho, assistindo filmes antigos e conversando com estranhos na internet. 

Assim como as adaptações de sucesso das HQ para o cinema, os filmes baseados em livros sofrem do mesmo mal quando muitos fãs fazem comparações da sua fonte original para a sua versão para as telas. Se por um lado temos obras como, por exemplo, "O Poderoso Chefão" (1972) que adquiriu identidade própria ao ser adaptado para o cinema, do outro, temos adaptações horríveis de ótimos livros, como no caso do desastroso "O Código de Vinci" (2006).

Em alguns casos, algumas produções sofrem pelo fato de serem fieis demais a sua fonte original e com isso perdendo a sua identidade própria. Porém, quando os realizadores se lembram que estão lidando com cinema se tem, portanto, um filme que consegue andar com as suas próprias pernas e independente se for superior ou inferior à sua fonte literária. "A Mulher na Janela" (2021) é um filme que tem dividido opiniões de muitos, mas que, felizmente, os realizadores não se esqueceram de dar alma própria para a adaptação.

Dirigido por Joe Wright, conhecido realizador de filmes de época como "Desejo e Reparação"(2007), o filme conta a história de Anna Fox (Amy Adams) uma psicóloga reclusa que passa os dias em seu apartamento em Nova York, assistindo a filmes antigos e observando seus vizinhos. Quando a família Russell se muda para o prédio da frente, ela passa a espionar o que seria a família perfeita, até testemunhar uma cena chocante que muda sua vida.

Antes de mais nada é preciso deixar claro que eu ainda não li o livro de A. J. Finn e, por conta disso, fui assistir a sua adaptação de mente aberta e sem muita expectativa após várias críticas negativas recentes que eu li. Curiosamente, me surpreendi pela boa direção de Joe Wright, que consegue manter um bom ritmo do filme do começo ao fim e sempre nos surpreendo com novas revelações no decorrer da trama. Logicamente, o cinéfilo de olhar mais atento irá reparar diversas homenagens ao mestre do suspense Alfred Hitchcock, que vai de "Janela Indiscreta" (1954), para "Quando Fala o Coração" (1945) e sua obra prima "Um Corpo que Cai" (1958).

Isso é proposital, já que isso colabora para que o conto ganhe alma própria nas telas, ao possuir uma linguagem cinematográfica já identificada pelos cinéfilos e não se tornando uma mera cópia de sua fonte original. Logicamente, ao prestar homenagem ao mestre do suspense, Joe Wright faz com que a adaptação se encaixe melhor em sua narrativa, já que algumas ideias vistas na obra literária poderiam não funcionar nas telas. como no caso, por exemplo, do apartamento do vizinho estar localizado na frente da casa da protagonista e não mais ao lado como alguns me disseram que estava assim no livro. É claro que o título de "Janela Indiscreta" já dispara em nossas mentes devido aquele cenário da frente do apartamento e cinéfilos como eu só agradecem por isso.

Porém, mesmo que a pessoa não tenha assistido essas obras citadas, o filme não possui uma trama de tamanha complexidade que não possa ser compreendida. Em outras mãos, o filme correria o risco de ser um mero suspense previsível, mas ganhando novas camadas não somente pela boa direção, como também pela parte técnica, da qual nos chama atenção a sua belíssima fotografia e uma ótima edição de arte que torna o apartamento da protagonista quase como um mosaico de inúmeros detalhes. É claro que o filme não seria nada sem uma boa protagonista, mas felizmente Amy Adams tira isso de letra.

Várias vezes indicada ao Oscar, Amy Adams nos surpreende ao interpretar a personagem Anna Fox, mulher que já na primeira cena percebemos que ela possui sérios problemas e fazendo a gente se perguntar o que é real ou não visto na tela, já que acompanhamos a trama somente pela sua perspectiva. Isso nos coloca em posição de dúvida, mas não somente com relação a ela, como também os demais personagens centrais que surgem na tela, interpretados por um super elenco, incluindo Gary Oldman, Jennifer Jason Leigh, Julianne Moore, Anthony Mackie e Myatt Russell.

Infelizmente a maioria desses talentos ficam, por vezes, em segundo plano, já que o foco está tudo voltado na realidade da personagem de Amy Adams. Porém, mesmo com poucos minutos de cena, é preciso reconhecer que a veterana Julianne Moore nos brinda com uma atuação surpreendente, ao fazer da sua personagem a peça fundamental da trama investigativa e colocando ao mesmo tempo em cheque a saúde mental da protagonista. Falando nela, a revelação sobre o seu passado trágico somente ganha dimensão maior graças a uma ideia criativa da direção, assim como a bela atuação de Amy Adams.

O filme somente se torna problemático em seu ato final, pois as reviravoltas da trama são muitas e os realizadores cometeram o deslize de agilizar elas em poucos minutos em uma importante cena. Com certeza deve estar muito melhor explicado em sua versão literária, pois se por um lado as revelações de uma boa trama podem ser explicadas em algumas páginas, o mesmo não se pode dizer que o mesmo feito ocorra em uma adaptação para o cinema. Fora isso, o filme termina de forma satisfatória, mas nada que a gente já tenha visto em outras obras.

De todo modo, "Uma Mulher na Janela" me surpreendeu como boa adaptação da literária para o cinema, ao possuir alma própria e prestando uma bela homenagem a um determinado mestre da história da sétima arte.  

Onde Assistir: Netflix. 

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quinta-feira, 17 de junho de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (17/06/21)

 Veneza

Sinopse: Reencontrar o único homem que amou é o sonho de Gringa (Carmen Maura), dona de um bordel no interior do Brasil. Mesmo cega e muito doente, ela insiste em realizar seu último desejo: ir até Veneza para pedir perdão ao antigo amante, que abandonou décadas atrás. 


A Boa Esposa

Sinopse: Paulette Van Der Beck é diretora de uma escola de governança doméstica há muitos anos. Sua missão é treinar adolescentes para serem donas de casa perfeitas, esperando que as mulheres sejam obedientes aos maridos.



Algum Lugar Especial  

Sinopse: Inspirado em eventos reais, este filme narra a história de John, um limpador de vidros de 35 anos, que dedicou sua vida a criar seu filho, depois que a mãe da criança os deixou logo após o parto.



Em um Bairro de Nova York

Sinopse: Em um Bairro de Nova York é a adaptação da peça homônima. O longa acompanha alguns dias de uma comunidade latina na periferia de Nova York. A partir do protagonista Usnavi (Anthony Ramos), dono de uma mercearia local, a história retrata um grupo em busca de seus sonhos.


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Cine Dica: 'Druk' e outras dicas na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

Druk 


SALA 1 / PAULO AMORIM


15h30 – ALICE GUY-BLACHÉ: A HISTÓRIA NÃO CONTADA DA PRIMEIRA CINEASTA DO MUNDO. 

(Be Natural: The Untold Story of Alice Guy-Blaché - Estados Unidos, 2020, 104min). Documentário biográfico de Rachel Wood. Arteplex Filmes, 10 anos.

Sinopse:  A francesa Alice Guy-Blaché tinha apenas 23 anos quando fez seu primeiro filme, encantada pela invenção dos Irmãos Lumiére.  Na Paris do final dos anos 1800, ela foi não apenas a primeira cineasta mulher, mas também pioneira do cinema com narrativa. O documentário segue sua trajetória, desde os tempos em que trabalhava como secretária na Gaumont até uma carreira de sucesso que começou na França e seguiu para os Estados Unidos, se dividindo nas funções de roteirista, diretora e produtora de cerca de mil filmes – até ser completamente esquecida.

17h30 – ACOSSADO

(A Bout de Soufle – França, 1960, 90min). Direção de Jean-Luc Godard, com Jean-Paul Belmondo, Jean Seberg, Daniel Boulanger. Zeta Filmes. Comédia dramática, 14 anos.

Sinopse: Considerado o marco da Nouvelle Vague francesa, o filme volta aos cinemas em cópia restaurada para comemorar os 60 anos do movimento cinematográfico. Na trama, Michel Poiccard, um criminoso obcecado por Humphrey Bogart, rouba um carro, mata um policial e vai para Paris. Na capital francesa, Poiccard conhece e se apaixona por Patricia Franchini, uma garota americana, e tenta convencê-la a fugir com ele para a Itália.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ

14h30 – PORTUÑOL

(Brasil, 2020, 70 min). Documentário de Thais Fernandes. Lança Filmes, 14 anos.

Sinopse: A equipe do filme viajou pelas fronteiras do Brasil com Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia para investigar a cultura que nasce da convivência entre estes vizinhos hispanohablantes. Trata-se de um filme de estrada que, no percurso, vai desfazendo limites físicos e desvendando a latinidade de personagens tão diversos quanto crianças, professores, estudantes ou músicos. O que une todos eles é o portuñol, essa língua que também é uma síntese da América Latina. O documentário venceu a Mostra Gaúcha de Longas do Festival de Gramado em 2020.


16h – DRUK - MAIS UMA RODADA

(Druk - Dinamarca/Holanda/Suécia, 2021, 120min). Direção de Thomas Vinterberg, com Mads Mikkelsen e Thomas Bo Larsen. Vitrine Filmes. Comédia dramática, 16 anos.

Sinopse: Para ajudar um colega que entrou em depressão, um grupo de professores de ensino médio decide testar uma teoria ousada: a de que as pessoas podem ser mais felizes e bem-sucedidas se tiverem um pouco de álcool no sangue. Parece a solução perfeita para quebrar o marasmo das vidas destes quatro amigos – mas nem tudo sai como eles imaginavam. O filme foi o vencedor do Oscar de melhor filme internacional e do prêmio Bafta de produção estrangeira.


18h30 – PACARRETE

(Brasil, 2020, 100min). Direção de Allan Deberton, com Marcélia Cartaxo, João Miguel, Zezita Mattos. Vitrine Filmes. Comédia dramática, 12 anos.

Sinopse: Pacarrete vive com a irmã no pequeno município de Russas, no interior do Ceará. Personagem folclórica da cidade, ela tem um passado como bailarina e professora de dança na capital – e seu sonho é mostrar sua arte no aniversário de 200 anos de Russas. Mas, apesar de toda a dedicação, parece que ninguém se importa com a velha dançarina. Inspirado em uma história verídica da infância do diretor, “Pacarrete” foi um dos títulos mais premiados da última temporada e acumula mais de 20 prêmios em festivais, incluindo melhor filme, atriz, roteiro, direção e ator coadjuvante em Gramado/2019.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).

CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos.

Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio'

Sinopse: O casal Ed e Lorraine Warren investigam um assassino que alega ter sido possuído por um demônio. 

"Invocação do Mal" (2013) foi a prova viva que usando de bom uso os velhos recursos técnicos do cinema de antigamente pode sim gerar um ótimo filme de terror e foi exatamente isso que o cineasta James Wan provou. O filme não somente teve a sua continuação, superior diga-se de passagem, como também os seus derivados, desde a ótima trilogia de "Annabelle" iniciada em (2014), como os descartáveis "A Freira" (2018) e "A Maldição da Chorona" (2019). "Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio" (2021) vem para encerrar a trilogia com certa dignidade, pois se percebe que a fórmula já está dando os seus sinais de desgaste.

Dirigido por Michael Chaves, o mesmo de "A Maldição da Chorona", o filme conta a história assustadora de terror, assassinato e um desconhecido mal que chocou até os experientes investigadores de atividades paranormais Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga). Um dos casos mais sensacionais de seus arquivos, começa com uma luta pela alma de um garoto, depois os leva para além de tudo o que já haviam visto antes, para marcar a primeira vez na história dos Estados Unidos que um suspeito de assassinato alega ter tido uma possessão demoníaca como defesa.

Como a trama se passa no início dos anos oitenta é perceptível que o filme beba da fonte dos filmes de terror que faziam sucesso naqueles tempos, principalmente aqueles que exploravam questões de satanismo e possessão em abundância. Se você sentir um déjà vu na abertura não se surpreenda, pois tirando o fato do exorcismo apresentado na tela seja muito bem feito, a imagem de um padre chegando à casa é uma curiosa homenagem ao clássico "O Exorcista" (1973). Aliás, é perceptível que o filme carregue algumas outras homenagens e, portanto, não se surpreenda que o título "O Iluminado" (1980) venha também em sua mente.

Curiosamente, se nota também que o filme carrega o desgaste que esse subgênero de possessão e satanismo estava sofrendo naquela época, sendo que nem os estúdios Hammer escaparam da fórmula e misturando o universo do vampirismo com o satanismo para gerar algum lucro naqueles tempos longínquos. Logicamente, os realizadores batem forte na questão de que o filme é baseado em fatos verídicos e não tiro mérito disso, mas convenhamos, se nota que muita coisa foi romanceada para que ali se atraia a massa cinéfila.

Não que esse terceiro filme seja o mais fraco da trilogia, mas se nota que Michael Chaves não possua a mesma segurança e calibre na direção do que o seu antecessor James Wan. Se por um lado ele surpreende na reconstituição de fatos que foram notícias na época sobre o caso de possessão e assassinato, por outro lado, não soa muito verossímil quando os mesmos fatos transitam pelo gênero fantástico criado especialmente para o filme como um todo. Em contrapartida, o casal central Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) são novamente o coração central do filme, ao ponto de a gente sempre se preocupar com eles perante a situação que eles estão enfrentando, mesmo quando no fundo a gente sabe que eles sairão dessa situação vivos.

Falando nisso, o filme possui um ato final em que já sabemos como tudo irá se desencadear, mesmo quando os realizadores criam situações que nos faz a gente temer até o último minuto pela vida dos personagens centrais. Quando o filme termina, constatamos que os realizadores não tinham a pretensão de inovar a franquia, mas sim somente continuar o que já havia funcionado nela. Se por um lado faltou coragem, ao menos, não inventaram ideias absurdas que poderiam piorar o resultado final da obra.

"Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio" encerra a trilogia com certa dignidade, mas dando sinais que já está na hora do casal de investigadores paranormais se aposentarem das telas dos cinemas antes que seja tarde.

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terça-feira, 15 de junho de 2021

Cine Dica: Diversidade e identidade no Cinema

Apresentação

Desde o início do século XXI acompanhamos a emergência de novos e diversos "enquadramentos" (BUTLER, 1993/2004) das dissidências sexuais e de gênero no cinema latino-americano, que culminou com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro para Uma Mulher Fantástica (2017), de Sebastián Lelio.

Prenunciado pelo sucesso crescente de produções latino-americanas em certames cinematográficos dedicados à diversidade sexual e de gênero, como o Teddy Award, do Festival Internacional de Berlim, que nesse período foi concedido a produções do México (2003 e 2009), Argentina (2005, 2011 e 2019), Brasil (2014 e 2018) e Chile (2017).

Objetivos

O Curso online O CINEMA LGBTI+ E O QUEER NA AMÉRICA LATINA, ministrado pela Drª Rosângela Fachel de Medeiros, tem a proposta de abordar e discutir essas duas perspectivas, LGBTI+ e Queer-Cuir, por meio de uma cartografia de produções cinematográficas emblemáticas na abordagem das dissidências sexual e de gênero, na região - América Latina e Caribe, buscando desvelar tanto os repertórios recorrentes quanto os insurgentes.

Conteúdos

- Contextualização territorial da cartografia fílmica e abordagem teórico-crítica. 

- Reflexão acerca das noções de cinema gay, lésbico, trans* e queer/cuir.

- Países de maior produção cinematográfica regional: México, Brasil e Argentina. E mais: América Latina e Caribe. 

Repertórios estético-narrativos recorrentes e insurgentes acerca das dissidências sexual e de gênero, obras e realizadores em destaque.

Curso online

O CINEMA LGBTI+ E O QUEER NA AMÉRICA LATINA

de Rosângela Fachel de Medeiros


Datas 

26 e 27 / Junho 

(sábado e domingo)


Horário

14h às 16h30 


Duração

2 encontros online 

(carga horária: 5 horas / aula) 


Material

Certificado de participação 


PROMOÇÃO

Valor Especial para as primeiras 10 inscrições c/ 18% de desconto: 

Apenas R$ 70,00


Informações

cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714 

,,,Inscrições...

https://cinemacineum.blogspot.com/2021/06/lgbti-queer.html


...ATENÇÃO...

Últimos dias para se inscrever no curso "GIALLO: SUSPENSE À ITALIANA", que acontece no próximo final de semana (19 e 20/Junho)

..Acesse aqui..

https://cinemacineum.blogspot.com/2021/06/giallo.html


segunda-feira, 14 de junho de 2021

Cine Dica: Próximo Cine Debate: Sinfonia Inacabada


NOTA: Infelizmente por falta de tempo não pude assistir a esse filme dirigido por Pablo Larrain. Porém, recomendo que participem quem puder da próxima live do Cine Debate que irá debater sobre esse filme de sua autoria realizado em 2006. 

Sobre Pablo Larrain: 

Pablo Larraín (Santiago, 19 de agosto de 1976) é um diretor, produtor e roteirista de cinema, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013 pelo filme No e ao Globo de Ouro em 2015 pelo filme O Clube.

É co-fundador da produtora Fábula, empresa na qual desenvolve seus projetos cinematográficos e publicitários. Dirigiu seu primeiro longa-metragem em 2005, que foi lançado oficialmente em março de 2006 e ganhou aclamação internacional depois de ganhar vários prêmios em festivais de cinema internacionais, especialmente em Cartagena e Málaga. Seus seguintes filmes consolidaram seu sucesso internacional. Em 2011 começou a dirigir uma série de televisão, Prófugos.

Seu quarto longa-metragem é No, no qual Gael García Bernal desempenha o papel de proprietário de uma empresa de publicidade que dirige uma campanha para votar "Não" no plebiscito de 1988 que foi projetado para manter Augusto Pinochet no poder. No foi selecionado na seção da Quinzena dos Diretores no Festival de Cannes em 2012 onde ganhou o Prêmio C.I.C.A.E. O filme também foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro na 85ª edição da premiação.

Em 2011 Larraín co-dirigiu a série de televisão Prófugos, distribuída pela HBO América Latina.

Apesar de seus laços familiares com a direita chilena, seu trabalho como diretor de cinema não tem nada em comum com a direita política e o próprio Larraín é anti-Pinochet. "No Chile, a direita, como parte do governo Pinochet, é diretamente responsável pelo que aconteceu com a cultura nesses anos, não só destruindo-a ou restringindo sua propagação, mas também através da perseguição de escritores e artistas", declarou Larraín em 2008. Ele afirmou que "o Chile se viu incapaz de se expressar artisticamente por quase vinte anos" e também sentiu que "a direita em todo o mundo não está muito interessada na cultura e isso revela a ignorância que provavelmente é deles, porque é difícil para que alguém possa aproveitar ao máximo algo ou apreciá-lo se não tiver conhecimento dele."

Em 2013, foi nomeado como membro do júri no 70º Festival Internacional de Cinema de Veneza. Em 24 de março de 2014, o portal de entretenimento The Wrap informou que Larraín está em negociações para dirigir uma nova versão cinematográfica de Scarface para Universal Studios, com Paul Attanasio escrevendo o roteiro e produtor de 1983, Martin Bregman, dirigindo o projeto. A nova versão será ambientada no moderno Los Angeles e giraria em torno de um imigrante mexicano subindo no submundo criminoso.

Em 2015 estreia outro premiado filme do diretor, O Clube, vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Berlim. Em 2016 são lançados dois filmes sob sua direção, Neruda, representante do Chile na disputa do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2017, e, Jackie, que narra a vida de Jacqueline Kennedy nos dias após o assassinato de seu marido.


Filmografia: 

DIREÇÃO

2021 Lisey's Story - Temporada 1

2021 Spencer

2020 The True American

2019 Ema

216 Jackie

2016 Neruda

2015 O Clube 

2013 Venice 70: Future Reloaded

2012 No

2010 Post Mortem

2008 Tony Manero

2005 Fuga

Fonte: Wikipédia.

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sexta-feira, 11 de junho de 2021

Cine Dica: Cine Dica: Streaming: 'Sweet Tooth - 1ª Temporada'

Sinopse: A trama é centrada em Gus (Christian Convery), um menino-cervo que vive uma década em segurança em sua casa na floresta. ... Ao passar dos limites de sua cerca, logo o menino descobre que a jornada à frente é mais difícil e perigosa do que imaginava. 

O maior erro de uma adaptação cinematográfica, ou série de tv, de uma HQ ou livro é tentar ser sempre fiel a sua fonte, quando na verdade isso pode causar a perda de sua própria identidade. "O Código Da Vinci" (2006) talvez seja o exemplo genuíno que fidelidade ao extremo pode sim gerar uma adaptação medíocre e não sabendo responder para que veio ao mundo. Felizmente "Sweet Tooth" (2021) não sofre desse mal, ao ser fiel a essência de sua fonte original, mas caminhando de forma independente e até mesmo surpreendendo aqueles que  já leram a HQ.

Produzido por Robert Downey Junior, a série é baseada na elogiada HQ escrita e ilustrada pelo escritor canadense Jeff Lemire, cuja a trama se passa em um mundo pós-pandêmico, onde híbridos entre humanos e animais começaram a nascer. O protagonista Gus, ou Bico Doce (Sweet Tooth), é metade humano, metade cervo, e embarca em uma aventura nesse novo e hostil mundo ao lado do Sr Jepperd (Nonso Anozie).

Em um primeiro momento, os fãs mais ferrenhos podem estranhar o visual da série, já que ela se difere e muito do visual mais sujo e cru criado por Jeff Lemire e sendo apresentado como algo mais colorido e esperançoso. Porém, essa estranheza logo passa no momento em que nos damos conta que a trama é a mesma, porém, menos violenta do que foi vista nas HQ. A violência acontece sim, mas não de uma forma explicita, mas sim tendo consequências e das quais se tornam muito mais chocantes do que qualquer sangue sendo espirrado na tela.

Nos primeiros capítulos vemos o pequeno Gus, aos poucos, dar um passo de cada vez para descobrir, não somente as suas raízes, como também explorar o mundo do qual ele ainda desconhece. A partir do momento que surge Jepperd é que o filme ganha o seu verdadeiro coração pulsante, que é a união desses dois e o início de uma jornada cheia de descobertas. Vale destacar o bom desempenho de Nonso Anozie como Jepperd e cuja sua interpretação e visual acabam se tornando até mesmo superiores de sua fonte original.

Curiosamente, as subtramas são jogadas na tela sem aviso algum, mas logo vamos entendendo que esses personagens que protagonizam elas se tornarão peças fundamentais para o desenvolvimento da jornada de Gus e do qual o mesmo terá que enfrentar trágicas revelações. Falando nisso, é curioso destacar que as verdadeiras raízes de Gus são logo reveladas nesta primeira temporada, sendo que nas HQ isso algo que aconteceu mais para frente. Porém, a série termina exatamente como terminou o primeiro arco de sua fonte original e fazendo a gente esperar com ansiedade pela próxima temporada.

Vale salientar que a série vem justamente em um momento em que o mundo todo vive de uma terrível pandemia e a trama toca exatamente nesta situação. Portanto, tanto nas HQ como na série Gus é uma espécie de entidade pura, sempre pensando para frente, positivamente e quase nunca se desanimando mesmo perante os horrores que estão lhe esperando. Talvez, futuramente, o personagem seja lembrado como uma força de vontade perante as adversidades destes tempos nebulosos que nunca acabam e que nunca é demais ser um pouco esperançoso.

"Sweet Tooth" é uma agradável surpresa, que irá agradar tantos fãs da HQ, como também para aqueles que buscam algo original e que sintetize um pouco esses tempos em que vivemos. 

Onde Assistir: Netflix. 


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