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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 6 de agosto de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Abaixo a Gravidade' - luxúrias, Mazelas e Poesias

Sinopse:  Bené (Everaldo Pontes) é velho sábio e curandeiro que vive uma vida pacata no Capão, na Chapada Diamantina, onde conhece Letícia, jovem grávida por quem se apaixona. Algum tempo depois do parto (que ele mesmo faz) a moça volta para Bahia e ele a segue com o pretexto de cuidar da própria saúde. 

Embora com poucos títulos, Edgard Navarro é um cineasta que se destacou no final dos anos oitenta, pois podemos enxerga em sua obra uma espécie de fusão do melhor que tinha nos tempos do "Cinema Novo" e do "Cinema Marginal" brasileiro. Em "SuperOutro" (1989), por exemplo, vemos a cruzada de um louco pelas ruas de Salvador, ao tentar fugir da miséria e realizar o sonho de voar. Trinta anos depois, o cineasta retorna ao mesmo cenário em "Abaixo a Gravidade" (2018), do qual ele novamente usa os mesmos ingredientes do passado e assim criar uma viagem extra-sensorial cinematograficamente falando.
O filme conta a história de Bené (Everaldo Pontes), um velho sábio e curandeiro que ajuda as pessoas necessitadas. Certo dia ele ajuda a jovem Leticia (Rita Carelli) em seu parto, mas logo ela parte para Bahia. Decidido a reencontra-la, Bené toma novos rumos na vida, a partir do momento que pisa em uma comunidade do interior da Bahia e conhecendo ali personagens que se misturam com aquela realidade.
Fica até fácil a gente adentrar no primeiro ato da trama, já que Edgard Navarro apresenta os seus respectivos personagens principais de uma forma lúcida e verossímil. Porém, a partir do momento em que o cenário da Bahia entra em cena, tanto o protagonista como aqueles que assistem a história, adentra em situações imprevisíveis e moldadas por personagens extravagantes. É como se estivéssemos assistindo uma espécie de continuação de "SuperOutro", o que não deixa de ser assustador, já que as mesmas mazelas do nosso país vistas a trinta anos atrás são novamente vistas aqui.
Porém, entre as dificuldades e a miséria, o cineasta opta em extrair disso alguma poesia. O melhor da cultura da Bahia, por exemplo, é pincelado por personagens excêntricos, mas ricos em conteúdo. Não deixa de ser curioso quando o velho protagonista tenta dialogar com um morador de rua e extraindo dali uma realidade em que a maioria de nós desconhece por falta de interesse.
Curiosamente, a partir do segundo ato em diante, Edgard Navarro decide abrir o seu leque e lançar mais personagens na medida em que eles se cruzam na vida de Bené. É aí que o filme adquire uma linguagem surrealista e da qual alguns irão se incomodar. Porém, não deixa de ser divertido alguns desses personagens vistos na tela, como no caso de um que vai ao psiquiatra, ou daquele que trabalha como uma estátua em movimento em troca de alguns trocados.
Embora surreal, não deixa de serem personagens que nós já nos acostumamos a cruzarmos no dia a dia na cidade grande, porém, pincelados com fórmulas de recursos cinematográficos primorosos e revelando o melhor da cultura vinda do universo nordestino. Além disso, o cineasta ainda tem tempo para incrementar referencias, tanto ao cinema estrangeiro, como também do nosso cinema brasileiro. Referências a filmes como, por exemplo, Melancolia (2011), "Asas do Desejo", "2001 - Uma Odisseia no Espaço" (1969) e o "O Céu de Suely" (2006) é um prato cheio para qualquer cinéfilo, mesmo quando tudo soa muito gratuito.
Não espere também uma lógica no seu ato final, sendo que, talvez, nem seja essa a intenção do cineasta. Ao explorar a hipotência e o desejo do homem, Edgard Navarro cria um elo entre esse último com os poderes vindos do cosmo e dos quais são inevitáveis de serem evitados. Cabe cada um abrir a sua mente e aproveitar uma visão autoral que é, por vezes, absurda, mas que não deixa de ser curiosa.
"Abaixo a Gravidade" é fruto de uma mente extravagante, criativa e que sintetiza um pouco o melhor da nossa cultura brasileira. 


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Cine Curiosidade: Indicados oficiais ao 24o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro!

Boas Maneiras

Nada menos do que 50 filmes – entre longas e curtas, nacionais e estrangeiros, de ficção, documentário e animação – foram lembrados com ao menos uma indicação no 24o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro, a maior e mais ampla premiação da crítica nacional. Os recordes começaram a ser quebrados ainda antes de qualquer título ser citado, no entanto. A própria formação da Academia Guarani de Cinema, que foi composta por mais de 50 críticos de cinema, professores, jornalistas e pesquisadores.
Mais informações sobre a premiação você confere no site Papo de Cinema clicando aqui.


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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'O Homem das Novidades' - A Perseverança de Buster Keaton

Sinopse: O cinegrafista Luke Shannon (Buster Keaton) faz pequenos trabalhos até que se apaixona por Sally Richards. 

Embora seja um filme dirigido por Edward Sedgwick, “O Homem das Novidades” (1928) possui assinatura de Buster keaton como um todo. O seu típico personagem inocente, perante o dia a dia de uma cidade grande, é uma figura do qual nos simpatizamos facilmente. Ao lutar pela busca de um emprego por conta das cenas que ele filma pela cidade, isso acaba se tornando uma mera desculpa para que gente adentre na história do homem x a maré moderna e que já muito se alastrava naquela época.  
O filme em si é sobre o progresso desenfreado do qual as cidades grandes daquele tempo se encontravam e faziam com que muitas pessoas corressem pela oportunidade que, por vezes, quase nunca alcançavam. O personagem de Keaton acaba sempre sofrendo percalços, mas jamais desistindo dos seus objetivos, seja para conseguir um emprego filmando, ou para conquistar o coração da mocinha, interpretada pela atriz Marceline Day. É aí que o astro coloca o filme no seu bolso e nos brindando com todos os ingredientes que o moldaram para abraçar o estrelato. 
Revolucionário nas cenas de humor, Buster Keaton não tinha medo de se machucar, ao ponto de inúmeras cenas perigosas ele mesmo atuar. É impressionante quando ele próprio pega o ônibus pelo lado de fora, ou quando corre descendo as escadas de uma forma vertiginosa. É nessa cena, aliás, onde se sintetiza todo o lado criativo da produção e do qual se casa com o desempenho do ator de uma forma sem igual.  
Vale destacar que muitas cenas vistas nesse clássico seriam posteriormente homenageadas em outros filmes que viriam a seguir. Se por um lado a cena da chuva entre o protagonista e a mocinha foi homenageada no clássico "Cantando na Chuva" (1952), do outro, a piada da piscina, onde ele perde o calção de banho, foi algo usado a exaustão por humoristas brasileiros, como no caso dos Trapalhões. Porém, o ato final reserva momentos emocionantes, movimentados e com a participação hilária de um mico de circo.  
Curiosamente, "O Homem das Novidades" possui uma premissa até que similar com o clássico russo "O Homem com a Câmera" (1929) do diretor  Dziga Vertov. A diferença é que, se por um lado o filme russo apresentava os inúmeros recursos que a câmera já naquela época proporcionava, em contrapartida, o filme de Buster Keaton nos diz que a magia proporcionada pelo cinema pode unir as pessoas de todas as formas. Os minutos finais sintetizam muito bem isso e de um jeito muito singelo.
"O Homem das Novidades" é um de muitos clássicos protagonizados por Buster Keaton e do qual merece todo o reconhecimento.  

NOTA: O filme será na próxima atração para os associados e não associados do Clube de Cinema de Porto Alegre. Na próxima terça (06/08/19) as 19h na Sala Redenção da UFRGS.


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Cine Dica: Cinema do Equador e Buster Keaton são os destaques dessa semana na Sala Redenção.

 Homem das Novidades

Os conflitos na independência do Equador, a história de um piloto na luta para manter a união da família, a outra versão da história sobre os homens que construíram um prédio no Quinto. Essas serão as três tramas da programação dos próximos dias no Cinema Universitário. Na semana de 5 a 9 de agosto, a Sala Redenção, em parceria com o consulado do Equador, apresenta a mostra Semana do Cinema Equatoriano, exibindo três longas-metragem sobre questões importantes para o panorama histórico cultural do país. O ciclo de filmes está inserido nas atividades das Semanas Internacionais promovidas pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre e a pela Associação do Corpo Consular do RS (Accers) e tem como proposta abrir as portas da cidade para várias nações. Paredes Silenciosas, dirigido pela premiada Gabriela Calvache, é o primeiro filme que abre a programação e conta a história por trás dos muros da Casa del Alabado, construída em 1971 na Colômbia. A produção equatoriana questiona a escolha histórica de colocar apenas os nomes dos colonos e arquitetos europeus nos documentos oficiais, quando boa parte da construção foi realizada por indígenas. O longa, por sua vez, tenta visibilizar os trabalhadores encarregados de participar da restauração do local e contar suas histórias de vida, sonhos e aspirações. 
Além da mostra, as telas do Cinema Universitário exibem, na sessão em parceria com o Clube de Cinema de Porto Alegre, o clássico Homem das Novidades, de 1928.  Mais informações e programação completa você confere no site oficial clicando aqui. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Cine Dica: Estreias do Final de Semana (02/07/19)

A Última Loucura de Claire Darling
Sinopse: É o primeiro dia de verão e o último de Claire Darling, ou é isso que ela pensa. Para tanto, espalha todos os seus pertences no gramado, desde o pêndulo remanescente da história da França até a infinidade de lâmpadas Tiffany.


Bloqueio 

Sinopse: A cinco meses da eleição presidencial brasileira,  caminhoneiros decidem fazer uma paralisação em busca de melhores condições de trabalho.

Meu Bebê 

Sinopse: Quando Jade, a filha mais nova de Héloise, está prestes a completar 18 anos e anuncia que vai para o Canadá completar seus estudos, a decisão causa um inesperado impacto na mãe.
Os Dois Filhos de Joseph 

Sinopse: Para Ivan, um menino de 13 anos, o pai, Joseph, e o irmão mais velho, Joachim, são seus modelos de vida. Porém, em determinado momento, os dois acabam falhando com ele e o jovem percebe como pode ser ruim conhecê-los de verdade.

Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw 

Sinopse: A dupla Luke Hobbs e Deckard Shaw aparece, dessa vez, em uma parceria inesperada. Antes rivais, agora se aliam contra o vilão geneticamente alterado Brixton, que ameaça o futuro da humanidade.


Confira também: Novas estreias do Cinema Brasileiro no Cinebancários clicando aqui. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 1º A 7 DE AGOSTO DE 2019

 O HOMEM QUE MATOU DOM QUIXOTE

PROGRAMAÇÃO DE 1º A 7 DE AGOSTO DE 2019
SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES
SALA 1 / PAULO AMORIM

15h30 – A ÁRVORE DOS FRUTOS SELVAGENS
(Ahlat Agaci, Turquia-Alemanha, 2018 190min). Direção de Nuri Bilge Ceylan, com Dogu Demirkol e Murat Cemcir. Fenix Filmes, 14 anos. Drama.
Sinopse: Sinan acaba de se formar na faculdade e sonha em ser escritor. Ao retornar para o vilarejo onde nasceu, no interior da Turquia, ele reencontra antigos amigos e faz de tudo para conseguir o dinheiro da sua primeira publicação. O problema é que seu pai deixou uma dívida que atrapalhará os seus planos. O filme concorreu a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2018.

19h15 – BOAS INTENÇÕES
(Les Bonnes Intentions - Franca, 2019, 100min). Direção de Gilles Legrand, com Agnès Jaoui, Alban Ivanov, Tim Seyfi. Pandora, 12 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Isabelle leva uma vida confortável de classe média alta e, por isso mesmo, acredita que tem a obrigação de prestar trabalhos humanitários e ajudar em causas sociais – além de atuar como professora de francês para imigrantes. Ao descobrir que seus alunos, na realidade, precisam de uma licença de habilitação, ela decide ajudá-los a passar na prova. Ao mesmo tempo, precisa lidar com a própria família que reivindica mais atenção. O filme integrou o Festival Varilux de Cinema Francês.

SALA 2 / EDUARDO HIRTZ

14h e 17h30 – UM HOMEM FIEL
(L'Homme Fidèle - França, 2018, 75min). Direção de Louis Garrel, com Laetitia Casta, Louis Garrel, Lily-Rose Depp. Supo Mungam, 12 anos. Comédia romântica.
Sinopse: Marianne termina o relacionamento com Abel para morar com Paul, seu melhor amigo e pai de seu futuro filho. Oito anos depois, Paul morre. Abel e Marianne voltam a namorar, despertando sentimentos de ciúmes tanto no filho de Marianne quanto na irmã de Paul, que sempre gostou de Abel. O filme integrou o Festival Varilux de Cinema Francês 2019.

15h30 – INOCÊNCIA ROUBADA
(Les Chatouilles - França, 2018, 105min). Direção de Andréa Bescond e Eric Métayer, com Andréa Bescond, Karin Viard e Clovis Cornillac. Mares Filmes, 14 anos. Drama.
Sinopse: Aos 8 anos, Odette foi abusada por um amigo dos seus pais - que disse a ela que seria divertido “brincar de cócegas”. Já adulta, Odette escolhe a dança como profissão e estreia um espetáculo em que tenta falar dos seus traumas da infância. O filme fez parte da seleção do Festival Varilux de Cinema Francês 2019.

19h – O HOMEM QUE MATOU DOM QUIXOTE
The Man Who Killed Don Quixote - Espanha-Bélgica-França-Portugal-Reino Unido, 2018, 130min). Direção de Terry Gilliam, com Adam Driver, Jonathan Pryce, Stellan Skarsgård. Elite Filmes, 14 anos. Comédia dramática.
Sinopse: O diretor Terry Gilliam, que integrou o grupo britânico de humor Monty Python, levou 25 anos para estrear este filme, em que propõe uma adaptação livre e anárquica da história criada por Miguel de Cervantes (1547 – 1616). A produção enfrentou todos os tipos de problemas, desde a doença do ator protagonista até um temporal que destruiu todos os cenários e equipamentos, além de dívidas e brigas entre os produtores. Na história, que finalmente chega às telas, um diretor famoso volta ao vilarejo onde filmou, há alguns anos, a saga de Dom Quixote de la Mancha. Lá ele descobre que o velho protagonista enlouqueceu e realmente acredita ser Dom Quixote – e ainda confunde o cineasta com Sancho Pança, seu fiel escudeiro.

SALA 3 / NORBERTO LUBISCO

14h15 – O REI LEÃO (1994)
(EUA, 1994, 90min). Animação de Roger Allers e Rob Minkoff. Livre. Apoio: MPLC. Dublado. Ingressos a R$ 4.
Sinopse: Herdeiro do rei Musafa, o jovem leão Simba precisa enfrentar um tio malvado, que quer ocupar o trono em seu lugar.

16h – O ANO DE 1985
(1985 - Estados Unidos, 2018, 90min). Direção de Yen Tan, com Cory Michael Smith e Michael Chiklis. Supo Mungam, 14 anos. Drama.
Sinopse: Depois de três anos morando em Nova York, Adrian volta para a casa da família, no Texas, para passar as festas de final de ano. O jovem procura se reconectar com uma vida que já parece muito distante, incluindo uma amiga de infância, o irmão mais novo e os pais extremamente religiosos. Ao mesmo tempo, Adrian sente necessidade de revelar alguns segredos muito pessoais.
* Não haverá sessões no sábado e domingo, dias 3 e 4, devido à Maratona Guerra e Paz.

17h45 – PERSISTÊNCIA
(Persistencia - Equador, 2017, 65min). Direção de Fernando Mieles. Latinópolis Filmes, 14 anos. Documentário.
Sinopse: Em 2016, o artista chileno Allan Jeffs escolheu a Antártida como cenário para sua nova obra de arte: uma instalação com cinco figuras humanas confeccionadas pelos artesãos de Guaiaquil. O cineasta Fernando Mieles acompanhou este projeto, em que a persistência e a natureza foram as grandes protagonistas. * O filme é acompanhado pelo curta-metragem BALTAZAR (18min), dos equatorianos Igor e José Guayasamín, sobre o último fabricante de gelo da região de Chimborazo, na Cordilheira dos Andes.
* Não haverá sessão no sábado, dia 3, devido à Maratona Guerra e Paz.

19h15 – DIVINO AMOR
(Brasil, 2019, 100min). Direção de Gabriel Mascaro, com Dira Paes e Júlio Machado. Vitrine Filmes. 14 anos, Drama.
Sinopse: Joana e Danilo são casados e vivem num tempo futuro, em um lugar onde a religião e a moralidade pautam o cotidiano das pessoas. Enquanto ela faz o possível para evitar divórcios no cartório onde trabalha, ele prepara coroas de flores para funerais cristãos. Para terem uma vida melhor, o casal apenas espera por um filho.
* Não haverá sessão no sábado e domingo, dias 3 e 4, devido à Maratona Guerra e Paz.

SALA 3 / NORBERTO LUBISCO

MARATONA GUERRA E PAZ
Dia 3, sábado - 16h – GUERRA E PAZ – PARTE 1
(União Soviética, 1965, episódio 1 - 145min). Direção de Serguei Bondarchuk. MosFilm, 14 anos. Drama histórico.
Sinopse: O clássico de Leon Tolstói, publicado entre 1865 e 1869 nas páginas de um jornal, é considerado um dos romances históricos mais importantes de todos os tempos e trata do período das guerras napoleônicas em território russo. Dividido em quatro episódios, o filme de Bondarchuk é considerado a adaptação mais fiel da obra e apresenta o envolvimento nas guerras das prestigiadas famílias Bolkonsky, Rostov e Bezukhov.

Dia 3, sábado - 19h – GUERRA E PAZ – PARTE 2
(União Soviética, 1966, episódio 2 - 100min). Direção de Serguei Bondarchuk. MosFilm, 14 anos. Drama histórico.
Sinopse: Neste episódio, o príncipe Andre Bolkonsky se apaixona por Natasha Rostova, mas o romance entre os dois é interrompido por causa da guerra.

Dia 4, domingo - 16h – GUERRA E PAZ – PARTE 3
(União Soviética, 1967, episódio 3 - 90min). Direção de Serguei Bondarchuk. MosFilm, 14 anos. Drama histórico.
Sinopse: O capítulo acompanha a Batalha de Borodino, considerada a maior de toda a guerra - as cenas envolveram 120 mil figurantes e milhares de canhões e fuzis.

Dia 4, domingo - 19h – GUERRA E PAZ – PARTE 4
(União Soviética, 1967, episódio 4 - 90min). Direção de Serguei Bondarchuk. MosFilm, 14 anos. Drama histórico.
Sinopse: Neste último capítulo da adaptação cinematográfica, as tropas de Napoleão são derrotadas pelo impiedoso inverno russo e pela estratégia do exército liderado por Moscou. De maneiras diferentes, as famílias protagonistas Bolkonsky, Rostov e Bezukhov são afetadas pela guerra.

PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 
Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.
Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.
*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.
A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos.
Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelo telefone (51) 3226-5787.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'O Homem que Matou Dom Quixote' - Delírios e Ilusões

Sinopse: Sinopse: Um velho sapateiro espanhol que acredita ser Dom Quixote confunde Toby, um arrogante diretor de comerciais, com seu escudeiro Sancho. 

Assim como outros cineastas autorais, Terry Gilliam é um estranho no ninho dessa Hollywood atual, da qual essa última está cada vez mais se tornando submissa a franquias infinitas e com o único intuito de atrair as massas. Em meio a esse redemoinho ele pode até parecer um louco, mas é preciso de loucos como ele para o cinema continuar sendo considerado como arte. Aliás, só mesmo sendo louco como ele para concluir "O Homem que Matou Dom Quixote" (2018), um filme cuja a produção se tornou um inferno, mas devemos agradecer ao tinhoso por ter acontecido isso.
O filme conta a história do jovem cineasta Toby (Adam Driver), que viaja à Espanha para filmar uma versão barata de Dom Quixote. Para o ator principal, ele escala um sapateiro da região (Jonathan Pryce), que nunca trabalhou no cinema na vida. Doze anos se passam, e Toby, agora um experiente diretor de comerciais de televisão, tem a oportunidade de fazer uma superprodução também baseada no livro de Cervantes. Ele retorna à Espanha, começa as gravações, mas logo enfrenta uma total crise criativa. Em meio a essa situação, Toby descobre que o sapateiro enlouqueceu, pois acredita realmente que é Dom Quixote e acha que Toby seja o seu Sancho Pança.
Difícil imaginar como seria a versão inicial de Terry Gilliam com relação ao clássico literário, já que o cineasta levou trinta anos para finalmente lançar a sua obra. Em meio aos acidentes de set, tempestades, desistência do elenco e estouro de orçamento, parecia que o filme estaria sendo condenado ao limbo. Felizmente Gilliam não desistiu do seu sonho, pois além de concluir a sua obra, é mais do que claro que o filme se tornou uma síntese de toda essa jornada.
Para começar, o filme não é basicamente sobre Dom Quixote si, mas sim sobre o verdadeiro circo que é para a realização de um projeto e como os engravatados dos estúdios podem ser implacáveis quando o assunto é dinheiro. Toby seria uma espécie de álter ego de Terry Gilliam, do qual se vê mastigado pelas engrenagens dos produtores enquanto o seu talento como cineasta é afogado pela falta de inspiração e não conclusão do seu sonho. Qualquer semelhança com o clássico "Oito e Meio" (1963) de Federico Fellini não é mera coincidência.
Uma vez que Toby parte por uma encruzilhada, da qual fará com ele tenha o encontro com o seu antigo astro, o filme como um todo irá se dividir entre a realidade e fantasia, pois estamos falando sobre Dom Quixote e o gênero fantástico não poderia ficar de fora. É aí que o cineasta usa e abusa de sua edição de arte impecável, fotografia de cores vibrantes e um figurino que remete aos seus bons tempos de produção do clássico "Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado" (1975).
Para o fã mais rígidos do livro, talvez o filme não venha a cumprir com as suas expectativas como um todo, mas isso seria um verdadeiro passo em falso em acreditar nesse pensamento. Para começar, só mesmo a excentricidade vinda do cineasta para conseguir captar a essência da sua fonte de inspiração e fazer com que o seu lado autoral se cassasse com o lado excêntrico e filosófico vindo do livro de Miguel de Cervantes. O resultado é peculiar, imprevisível, e por isso mesmo imperdível.
O filme serve também como escada para prestarmos cada vez mais atenção no ator Adam Drive. Revelado ao mundo na nova trilogia de "Star Wars", Drive tem se destacado também em filmes mais autorais, como no caso do "Infiltrado na Klan" (2018) e aqui o seu personagem vai crescendo na medida em que adentra ao universo de Dom Quixote e fazendo com que ele enfrente a sua própria insanidade. O ato final não só respeita a sua fonte como um todo, como também encerra de uma forma mais do que satisfatória uma jornada árdua que levou trinta anos para ser concluída.
"O Homem que Matou Dom Quixote" é o "Apocalypse Now" de Terry Gilliam, mas que, felizmente, conseguiu também sobreviver para nos brindar com mais uma de suas excentricidades. 

Nota: O filme será exibido para associados do Clube de Cinema de Porto Alegre agora nesse próximo sábado, as 10:15 na Sala Eduardo Hirtz (Casa de Cultura Mário Quintana).  


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