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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 10


Todos os homens do presidente
Sinopse: Carl Bernstein (Dustin Hoffman) e Bob Woodward (Robert Redford), jornalistas do Washington Post, investigam a invasão da sede do Partido Democrata, ocorrida durante a campanha presidencial dos EUA, em 1972. O trabalho acabou sendo um dos principais motivos da renúncia do presidente Richard Nixon, do Partido Republicano, em 1974. Foi o famoso escândalo de Watergate.

Belo e ágil drama político, que muitos consideram como um dos melhores filmes sobre o tão falado escândalo de Watergate, que curiosamente, foi feito pouco tempo depois, após á polemica, que abalou os EUA. A forma como o filme é construído, em que recria a investigação dos repórteres passo a passo, com certeza ao longo do tempo serviu de base, para a criação de outros filmes sobre investigação, como no caso de Zodíaco de David Fincher. Infelizmente, o diretor Alan J. Pakula só voltaria a fazer um filme tão significativo como esse em A escolha de Sofia, mas depois disso, os outros títulos, pode se considerar dispensáveis.
Outra coisa que ajudou e muito no filme, é a química quase contagiante, da parceria  de Dustin Hoffman e Robert Redford em cena, onde ambos os personagens que eles interpretam se completam, ao investigar a fundo o importante caso da trama. Muito embora, Jason Robards (Era uma vez no Oeste), roube a cena a cada momento que surge e não é  a toa que recebeu um merecido Oscar de ator coadjuvante. 

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sábado, 9 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 5



Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema. 

O CINEMA DE WALTER HUGO  KHOURI:

Noite Vazia

Sinopse: Um rico empresário, Luizinho, e seu amigo Nelson, fazem incursões pela noite paulistana em busca de sexo e diversão que preencham o vazio de suas vidas. Numa dessas noitadas, a dupla encontra, numa casa noturna, duas prostitutas de luxo, Mara e Regina. Luizinho convida o grupo para ir ao seu apartamento. Lá, os quatro entregam-se aos prazeres do sexo e suas infinitas variações. Mara e Nelson formam um casal silencioso e triste que se vê obrigado a se confrontar com o agitado Luizinho. Mara, na realidade, é uma jovem amadurecida, mas egoísta e amarga, que só pensa em dinheiro. Finalmente, após uma noite repleta de luxúria e prazer, os dois casais terminam envoltos em tédio e angústia.

Um dos filmes mais expressivos e impressionantes da historia do cinema brasileiro, sendo lançado justamente no ano de 1964(quando estourou o golpe militar). Com uma ótima fotografia de Rudolf Icsey, o filme, por vezes, lembra os melhores momentos da filmografia de Ingmar Bergman, tanto, que Water várias vezes foi comparado ao mestre sueco, principalmente por causa desse filme. Na época, causou polemica por sua sinceridade e sem preconceito, em que aborta a sexualidade, através principalmente pela dupla de amigos, que por vezes, se mostra ambígua, através das expressões e gestos de ambos, no qual o diretor filmou muito bem.
Abriu o caminho para a temática sempre perseguida pelo diretor, que é da busca de perspectivas unida a solidão, ás crises existenciais e morais. Atenção para Norma bengell, no auge da sua beleza e para Odete Lara, que passa um magnetismo de domínio de cena.

Curiosidade:   Concorreu à Palma de Ouro de Festival de Cannes em 1965.
  
As Amorosas

Sinopse: Jovem estudante universitário vive em permanente estado de perplexidade e indecisão emocional, o que se reflete em todas as suas atitudes e tomadas de posição frente a vida. De fomação burguesa, vive quase na pobreza, morando em casa de amigos e arranjando dinheiro com pequenos serviços e com empréstimos conseguidos de sua irmã.

Novamente, o cineasta  Walter Hugo Khouri, em "As Amorosas", busca uma forma de mostrar os conflitos interiores, que acabam gerando as  angústias e os dilemas vividos pela juventude dos anos 60, em um período em que a  ditadura militar assolava o nosso país e ninguém mais sabia (muito menos o jovem), qual era o seu destino, num lugar onde a perspectiva pelo futuro estava indefinida.  Além do belo trabalho de Khouri, o filme conta com a magnífica interpretação de Paulo José, no papel do conturbado Marcelo, sendo que o interprete, consegue passar todo o peso e a confusão que o personagem  passa em seu interior .  Merece ainda destaque a presença do Grupo 'Os Mutantes' de Rita Lee, na época com apenas 20 anos de idade.
O filme não é para qualquer um, pois a proposta que o filme passa, é exatamente passar  o estado de espírito que os jovens daquele tempo tinham, que era não possuir perspectiva sobre o que vinha mais pra frente em seu futuro.  Embora seja uma mensagem para os jovens daquele período, é algo que de uma forma ou de outra, não envelheceu com o passar do tempo e principalmente graças a força dos seus minutos finais. 
       
Amor estranho amor

Sinopse: Hugo, um homem de meia idade, guarda na memória a infância realmente singular. Ainda um garoto, sai do Sul do país com a avó e desembarca em São Paulo, onde é deixado na frente de um palacete, na verdade um bordel de luxo. Ali mora e trabalha Ana, sua mãe, uma prostituta e amante do governador de São Paulo. O garoto irá conviver daí em diante nesse ambiente com outras garotas de programa como Tamara - uma ninfeta atrevida. Depois de ter leiloada a sua falsa virgindade entre os freqüentadores mais ricos, ela seduz Hugo - então garoto com doze anos - e o molesta.

Uma das maiores injustiças que ainda permanece na historia do nosso cinema, é de ainda não podermos ver em qualidades legais, uma das obras primas do diretor Walter Hugo Khouri, unicamente porque Xuxa Meneghel não quer que sua imagem seja rotulada por este filme. Isso tudo se deve, porque existem cenas onde sua personagem tem relações sexuais com um jovem de 12 anos na historia. Felizmente, o filme foi lançado em DVD em 2005 nos EUA, e com isso, já foi o suficiente para o publico assistir o filme, tanto comprando o disco lá fora, como conseguindo pela rede, que infelizmente não está em suas melhores qualidades. Todavia, é a única forma do filme ser redescoberto e apagar um pouco a má fama que o filme adquiriu ao longo dos anos.  Digo isso, porque o filme por muito tempo, vem sendo rotulado de uma forma equivocada por boa parte do publico, acreditando que seja uma obra pornográfica, o que é muito longe disso. Mesmo possuindo algumas cenas de sexo, a trama é mais sobre a jornada do auto-descobrimento, tanto existenciais quanto morais  e sobre a perda da inocência, que aqui no caso,  é pela perspectiva  do garoto da trama (Marcos Ribeiro).
Polemicas á parte, o filme tem como protagonistas, Vera Fischer (no auge da beleza) e Tarsísio Meira, ambos numa época em que bombavam no cinema nacional e  arrancavam  elogios  tanto do publico como da critica.  Fischer ganharia inclusive o prêmio de melhor atriz no festival de cinema de Brasília e no prêmio Air France de Cinema em 1982.      


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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 4



Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema. 

Matou a família e foi ao cinema

Sinopse: Rapaz da classe média mata a navalhadas o pai e a mãe e vai assistir ao filme "Perdidas de Amor", no qual um homem mata uma mulher por amor. Ao mesmo tempo, duas jovens se amam e uma delas mata a mãe que as critica; o marido mata a mulher que reclama das dificuldades financeiras.
  
Matou a família e foi ao cinema (1969), de Júlio Bressane, definitivamente é  uma das obras mais importantes da historia do nosso cinema brasileiro. Com um talento incomum, o diretor consegue fazer o filme oscilar, o tempo todo e de uma forma bem perigosa, entre o  drama, o clichê e o sublime, a vida cotidiana e um olhar pessoal na intimidade dos personagens  que, no entanto, jamais são desvendados por completo.
Os planos, melancólicos, aliado a uma impressionante fotografia em  preto-e-branco,  lembram muito mais o cinema mudo, do que o tão conhecido  nouvelles vagues francês daquele período. A montagem mistura as tramas  ao longo do filme, fazendo o espectador assistir por um momento uma trama, para então ser jogado em outra sem mais nem menos, exigindo maior atenção para aquele que assiste.
Um filme corajoso em pleno regime da ditadura militar do Brasil, pois retrata um pouco a  desorganização da moral cotidiana, de destruição da família e a falta de afeto, mantêm seu impacto e sua emoção. Não tanto pelo registro histórico ou pela clarividência sociológica, mas pelo visionarismo cinematográfico do diretor, que foi capaz de transformar um argumento de base naturalista e melodramática numa das mais belas tragédias brasileiras. 


Dona flor e seus dois maridos

Sinopse: Durante o carnaval de 1943 na Bahia, Vadinho (José Wilker), um mulherengo e jogador inveterado, morre repentinamente e sua mulher, Dona Flor (Sônia Braga), fica inconsolável, pois apesar dele ter vários defeitos era um excelente amante. Mas após algum tempo ela se casa com Teodoro Madureira (Mauro Mendonça), um farmacêutico que é exatamente o oposto do primeiro marido. Ela passa a ter uma vida estável e tranqüila, mas tediosa e, de tanto "chamar" pelo primeiro marido, ele um dia aparece nu na sua cama. Então ela pede ajuda a uma amiga, dizendo que quase foi seduzida pelo finado esposo. Um pai de santo se prontifica a afastar o espírito de Vadinho, mas existe um problema: no fundo Flor quer que ele fique, pois há um forte desejo que precisa ser saciado.
  
Um dos mais importantes filmes da historia do cinema brasileiro.  Um espetáculo ágil e sensual, á altura do romance de Jorge Amado, no qual o filme foi baseado. O maior sucesso do cineasta Bruno Barreto e o primeiro grande êxito da carreira de Sonia Braga, que apartir desse, viria a receber inúmeras propostas de trabalho (inclusive de fora). O filme, por vários anos, permaneceu como o filme brasileiro com o maior numero de espectadores, feito que somente foi batido recentemente por Tropa de Elite 2. Ganhou dois Kikitos em gramado, de melhor diretor e melhor trilha sonora, além de ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.   

A Dama do Lotação

Sinopse: Carlos (Nuno Leal Maia) e Solange (Sônia Braga) se amam desde jovens e, após um casto namoro, se casaram. Na noite de núpcias, Solange se recusa a fazer amor com ele. Primeiro ele implora, então em um acesso de raiva a estupra. Solange afirma que o adora, mas nos meses que se seguiram ao casamento ela não pode ser tocada por Carlos. Para provar a si mesma que não é frígida, começa uma rotina diária de seduzir homens em coletivos, homens que ela nunca viu nem verá novamente e nem mesmo sabe seus nomes. Além disto, ela tem relações com o melhor amigo de Carlos e até mesmo com seu sogro (Jorge Dória). Carlos entende que ela é infiel e, armado, confronta Solange. Enquanto isso, ela busca ajuda psiquiátrica, pois não sente nenhum remorso.

Baseado no livro do famoso dramaturgo Nelson Rodrigues, "A Dama do Lotação" é um bom filme e um dos maiores sucessos da carreira de Sônia Braga, onde aqui, mostrava todo o seu talento e sensualidade ao extremo. Realizado por Neville de Almeida, que também assina o roteiro, por contar uma história de uma mulher que, estuprada pelo marido na noite de núpcias, desenvolve uma patologia que a leva a procurar sexo fora do casamento, com pessoas desconhecidas, o filme entra num universo, onde a protagonista não possui limites, até então procurar uma solução para saciar as suas duvidas.  
O roteiro de Almeida é regular, mas em contrapartida, a música de Caetano Veloso é fantástica.  Entretanto, quem toma conta do filme é com certeza  Sônia Braga, no auge de sua beleza e sensualidade, em seus 28 anos de idade. Contudo, Sonia ficou marcada para sempre em papeis que sempre exigiam seu lado sensual, embora sempre tenha demonstrado enorme talento.  

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Cine Dica: Estreias no final de semana (08/06/12)



Chegamos a um final de semana gelado no RS. Convenhamos nada melhor do que ficar em casa e assistir um filme na TV com uma panela cheia de pipoca para comer, porém, não custa se agasalhar bastante para ir ao cinema e curtir as principais novidades. Prometheus chega aos cinemas, em sessões de pré-estreia, prometendo fazer barulho e dividir opiniões tanto do publico como da critica,
Roman Polanski une um elenco estelar para Deus da Carnificina e para garotada (e grandinhos também) Madagascar 3: Procurados, vem para provar, porque as animações são as melhores em termos de 3D. Confiram as estreias.  

Pre-estréia:  Prometheus ‎

Sinopse: O filme une uma equipe de cientistas e exploradores em uma jornada que testará os limites físicos e mentais coloncando-los em um mundo distante onde eles descobrirão as respostas para nossos dilemas mais profundos e para o grande mistério da vida.


Deus da Carnificina

Sinopse: Em Nova York, o casal Nancy e Alan Cowan (Kate Winslet e Christoph Waltz) vai até a casa de Penelope (Jodie Foster) e Michael (John C. Reilly). O motivo do encontro: o filho do primeiro casal agrediu o filho do segundo. Eles tentam resolver o assunto dentro das normas da educação e civilidade, mas, aos poucos, cada um perde o controle diante da situação.
 O quarteto é composto de personalidades muito diferentes: Kate Winslet interpreta Nancy Cowan, mulher acostumada à elegância e à cordialidade, tendo sempre que se desculpar pelo comportamento inadequado de seu cínico marido, Alan Cowan, interpretado por Christopher Waltz. O outro casal é composto por Michael Longstreet (John C. Reilly), um homem acostumado à imagem de bondoso, mas que esconde um temperamento mais forte do que se esperava, e Penélope Longstreet (Jodie Foster), uma mulher guiada por rígidos princípios morais. Então a luta psicológica começa...


Madagascar 3 - Os Procurados 
Sinopse: Em MADAGASCAR 3 Alex Marty Melman Gloria Rei Julien Maurice os pingins e os chimpanzés encontram-se na Europa como integrantes de um circo itinerante numa tentativa de retornar a Nova York.


Para Sempre
Sinopse: O filme acompanha Kim e Krickitt Carpenter um casal que sofreu um grave acidente de carro logo após o casamento e Kim ficou em coma por algum tempo. Quanto desperta ela não se lembrar de nada ocorrido em sua vida nos últimos meses. Os dois terão de reconstruir todo o amor após o acidente.


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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: Branca de Neve e o Caçador


Sinopse: O caçador Eric foi contratado pela Rainha Má para encontrar a Branca de Neve que escapou de seu castelo. Contudo quando ele descobre que o objetivo de sua patroa não é só recapturar mas também assassinar a jovem ele passa a ajudá-la em sua fuga dando início a uma perigosa aventura.

Existem filmes, que antes mesmo de estrear, ganham uma opinião errada vinda do publico, que por vezes, acabam por condenar as obras antes mesmo de assistir. Infelizmente Branca de Neve e o Caçador não escapara de um julgamento redondamente errado, pois todos estão acreditando, que essa nova adaptação do conto dos irmãos Grimm, seja uma versão “Crepúsculo Branca de Neve”, unicamente por ser estrelada pela atriz daquela saga, Kristen Stewart. Diferente do que o publico acredita, o filme lembra muito mais a proposta apresentada por Guilherme Del Toro em o Labirinto do Fauno, do que os vampiros que brilham no sol, sendo que nada lembra aquela saga, nem mesmo o possível triangulo amoroso que surge lá pela metade da trama e que acaba se tornando dispensável.
Produzido pelos mesmos produtores de Alice No País das Maravilhas, o filme carrega um visual e narrativa de tamanha ousadia, que é de se espantar que seja dirigido por um diretor estreante, que é Rupert Sanders, mais conhecido como criador de vídeo games como Halo 3. As passagens conhecidas pelo publico estão todas lá, mas tudo moldado de uma forma, que difere e muito das outras adaptações que o conto teve ao longo das décadas (como a versão clássica da Disney), lembrando muito mais o universo do Senhor dos Anéis, onde seres fantásticos criam vida, mas de uma forma suja e realista, como se realmente aquele universo mágico (porém sombrio) pudesse existir. Os personagens, tão conhecidos pelo publico, estão todos presentes, mas de uma forma tão diferente, como se agente não os reconhecesse em um primeiro momento. Contudo, carregam os aspectos que todos nos conhecemos, porém, apresentados por uma abordagem muito mais adulta e realista.   
A rainha má, por exemplo, tem todos os motivos por ser o que é (e explicados rapidamente num flashback) e todas as suas motivações se tornam criveis, graças à interpretação assombrosa de Charlize Theron. A vencedora do Oscar de melhor atriz por Moster: Desejo Assassino, interpreta uma rainha má diferente de tudo que agente já viu, apresentando uns trejeitos de uma verdadeira psicopata, que não mede esforços para manter sua beleza (através da vida das pessoas) e para conseguir seus objetivos, que aqui, não é somente matar Branca de Neve por ser a mais bela, mas também, para adquirir o seu coração e ganhar juventude eterna. De longe, Charlize Theron é a melhor interprete de todo longa e desejo que a academia se lembre desse seu desempenho no ano que vem. Contudo (por incrível que pareça), Kristen Stewart até que esta bem como Branca de Neve, fazendo até mesmo agente se esquecer que ela esta na famigerada saga dos vampiros que brilham no sol, mas logicamente, sua interpretação se empalidece perante Theron, mas acho que nem mesmo ela imaginava que a oscarizada se empenharia tanto para ser a vilã.
Talvez, o que mais diferencia dessa adaptação das outras, é de dar maior destaque ao caçador, que segundo o conto, foi encarregado de matar Branca de Neve. Aqui, Chris Hemsworth esta bem à vontade em um papel de caçador e guerreiro, que acaba por ajudar Branca de Neve em sua jornada, mas do jeito que a carruagem anda, pode esperar por mais personagens semelhantes que o ator australiano se encarregara de interpretar, pois além desse, ele é mundialmente conhecido como Thor. O mesmo não pode ser dito do insosso príncipe, que aqui é interpretado de uma forma insossa por Ian McShane. Mas se há um príncipe dispensável, pelo menos há oito anões (e não sete) talentosos, onde cada um tem suas características e personalidades muito bem construídas. Isso graças ao fato, de todos serem excelentes atores ingleses, que embora estejam pequenos e carregados de maquiagem, suas interpretações se sobressaem facilmente. O bando é formado por Ian McShane (Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas), Johnny Harris (O Retrato de Dorian Gray), Bob Hoskins (Brazil: O Filme), Toby Jones (O Nevoeiro), Eddie Marsan (Sherlock Homes 2), Brian Gleeson (Despertar dos Mortos), Ray Winstone (Os Infiltrados) e o divertido Nick Frost (Todo Mundo Quase Morto). Com um bando de anões desse porte, podemos facilmente perdoar, há presença de um príncipe sem sal.     
Com todos esses bons ingredientes em um único caldeirão, até que podemos perdoar o fato, de os criadores pecarem no ato final, ao agilizar demais a trama e solucionar tudo de uma forma tão rápida, que nos faz sentir aquela famigerada sensação de que alguma coisa faltou, o que é uma pena. Pois com uma historia bem construída, fotografia, edição de arte, figurinos impecáveis e um elenco de primeira, o tão conhecido, “viverão felizes pra sempre” poderia ter sido muito melhor planejado.  


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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 3


Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema. 

O PAGADOR DE PROMESSAS

Sinopse: Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.

Critica aos políticos (pré-ditadura militar), a igreja católica, a policia e á imprensa. A peça de Dias Gomes recebe um tratamento dramático que mantém viva a força dos personagens e a discussão sobre á influencia da religião na sociedade. Interpretações inesquecíveis e sinceras do casal central. Tanto Leonardo Villar como Gloria Menezes estão ótimos em seus respectivos papeis, assim como Dionísio Azevedo, que passa a todo o momento, uma representação hostil e atrasada da igreja católica.  
Anos mais tarde, a peça ganharia uma mini-serie para a TV, transmitida pela Rede Globo, mas nada que se compare ao resultado final desse filme e de como ele mexeu com os sentimentos das pessoas na época. Palma de Ouro no Festival de Cannes e finalista ao Oscar de melhor filme estrangeiro.         

Curiosidade: Após o recebimento do prêmio em Cannes, o diretor e a equipe do filme que viajou até o Festival foi recebida com um desfile público em carro aberto, ao desembarcar no Brasil.

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Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 9


O PODEROSO CHEFÃO


Sinopse: Em 1945, Don Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma mafiosa família italiana de Nova York. Ele costuma apadrinhar várias pessoas, realizando importantes favores para elas, em troca de favores futuros. Com a chegada das drogas, as famílias começam uma disputa pelo promissor mercado. Quando Corleone se recusa a facilitar a entrada dos narcóticos na cidade, não oferecendo ajuda política e policial, sua família começa a sofrer atentados para que mudem de posição. É nessa complicada época que Michael (Al Pacino), um herói de guerra nunca envolvido nos negócios da família, vê a necessidade de proteger o seu pai e tudo o que ele construiu ao longo dos anos.

Baseado no romance de Mario Puzo, adaptado por ele e pelo diretor Coppola, é um espetáculo grandioso e belíssimo, que empresta um tom épico e inédito nos filmes de gângster. Pontuado por diversas cenas clássicas, tem um elenco impecável, uma fotografia primorosa (cortesia de Gordon Willis de Manhattan) e trilha sonora inesquecível de Nino Rota, conduzida pelo maestro Marmine Coppola, pai de Francis. O próprio cineasta dirigiu duas seqüências que deram continuidade a saga (74 e 90) e uma montagem dos dois primeiros filmes para ser apresentado para a TV. Vencedor de 3 Oscar.

Curiosidade: Francis Ford Coppola e Mario Puzo, autores do roteiro do filme, evitaram a todo custo utilizar a palavra "máfia" nos diálogos dos personagens.

O PODEROSO CHEFÃO: Parte II

Sinopse: Início do século XX. Após a máfia local matar sua família, o jovem Vito (Robert De Niro) foge da sua cidade na Sicília e vai para a América. Já adulto em Little Italy, Vito luta para ganhar a vida (legal ou ilegalmente) para manter sua esposa e filhos. Ele mata Black Hand Fanucci (Gastone Moschin), que exigia dos comerciantes uma parte dos seus ganhos. Com a morte de Fanucci o poderio de Vito cresce muito, mas sua família (passado e presente) é o que mais importa para ele. Um legado de família que vai até os enormes negócios que nos anos 50' são controlados pelo caçula, Michael Corleone (Al Pacino). Agora baseado em Lago Tahoe, Michael planeja fazer por qualquer meio necessário incursões em Las Vegas e Havana instalando negócios ligados ao lazer, mas descobre que aliados como Hyman Roth (Lee Strasberg) estão tentando matá-lo. Crescentemente paranóico, Michael também descobre que sua ambição acabou com seu casamento com Kay (Diane Keaton) e até mesmo seu irmão Fredo (John Cazale) o traiu. Escapando de uma acusação federal, Michael concentra sua atenção para lidar com os seus inimigos.

Flashbacks interrompem a narrativa, para mostrar o surgimento do império Corleone. Ninguem em Hollywood acreditava, mas Coppola conseguiu fazer uma continuação ainda melhor que o filme original. O diretor e Mario Puzo criaram uma emocionante complemento do primeiro filme, revelando detalhes que explicam o comportamento dos personagens. Esse amargo e irresistível vaivém no tempo, que cobre três décadas e três gerações da família Corleone, forma também um grande e romântico painel sobre o EUA do século XX. Oscar de melhor filme, direção, roteiro adaptado, ator coadjuvante (Robert De Niro, perfeito como o jovem Vito Corleone), trilha sonora e direção de arte.

Curiosidade: Para se preparar para o papel, Robert De Niro viveu durante certo período na Sicília. Ele faz parte do grupo de atores que ganhou um Oscar falando a maior parte de seus diálogos numa língua diferente da inglesa (os demais foram Sophia Loren, Roberto Benigni e Marion Cotillard).


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