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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: 'Transtorno Explosivo'

 Sinopse: Benni, de nove anos, é pequena, mas perigosa. Ela já se tornou o que os serviços de proteção infantil chamam de "destruidora de sistemas" e não pensa em mudar. 

A transição da infância para a pré-adolescência é uma faca de dois gumes, do qual o jovem é sujeito a cair em um precipício facilmente. Na maioria dos casos, as ações desses jovens nada mais são do que os atos e consequências vindo dos próprios pais que não estavam preparados a criar uma vida. "Transtorno Explosivo" (2019) fala sobre domar uma jovem com impulsos explosivos, mas cuja a solução não se encontra de um modo fácil.

Dirigido por Nora Fingscheidt, o filme conta a história de Benni (Helena Zengel), uma criança problema. Migrando de um lar adotivo para outro, ela assusta a todos os cuidadores com seus surtos de raiva e sua irreverência. A Sra. Bafané, do instituto de proteção a crianças, tenta usar novos métodos para conseguir integrar a garota permanentemente em uma nova casa de adoção. Mas a rebeldia de Benni não vai cessar enquanto ela não realizar o desejo de estar de volta com a própria mãe, que a entregou porque tinha medo da filha.

Não é preciso ser gênio para adivinhar que toda a trama gira em torno da figura de Benni, cujo o seu problema de hiperatividade misturado com a mais pura ira resulta em atos e consequências que afetam todos os que a rodeiam. É por esse motivo, por exemplo, que alguns desses personagens acabam baixando a guarda e revelando assim pessoas frágeis, onde cada uma delas tem os seus próprios problemas, mas que acabam se envolvendo emocionalmente na medida que se aproximam mais de Benni.

Dentre esses personagens se destaca Michael (Albrecht Schuch), tutor de Benni e do qual enxergamos nele a imagem de um jovem problemático que foi um dia, mas dando a volta por cima mesmo carregando para si certas cicatrizes das quais não pode desvencilhar. Sendo tutor de Benni, Michael precisa ser profissional acima de tudo, mas que acaba não sendo o suficiente na medida em que deixa a pequena protagonista se aproximar ainda mais dele. Aliás, é através do personagem que sentimos todos os sentimentos se no caso estivéssemos no lugar dele com relação a questão sobre Benni e nascendo em nós diversos dilemas e que nos faz pensar em toda obra.

Muito dessa complexidade se deve a jovem atriz Helena Zengel, do qual ouso dizer que ela possui um dos desempenhos mais fortes que eu assisti neste ano. Zengel consegue passar através de seu olhar toda a complexidade que sua personagem enfrenta internamente e do qual, aos poucos, compreendemos as suas dores e o desejo de adquirir um ente querido para sentir obter um pouco de amor nesta fase em que está vivendo. O filme, portanto, transita por momentos de dramaticidade para a mais pura tensão, pois Benni é uma espécie de entidade da natureza da qual ninguém pode domá-la não ser ela mesma em situações que irão exigir tudo de si.

"Transtorno Explosivo" é um drama fortíssimo, do qual exige força para encarar de frente os atos imprevisíveis de uma jovem cheia de vida, porém, muito impulsiva. 


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