Sinopse: Seis estranhos acabam sendo misteriosamente convidados para um experimento inusitado: trancados em uma imersiva sala enigmática cheia de armadilhas, eles ganharão um milhão de dólares caso consigam sair.
Não é novidade que hollywood já faz um bom tempo que não cria quase nada de original, mas sim adaptando histórias de outras fontes, desde livros, HQ, desenhos e até mesmo se inspirando em brinquedos de parques temáticos. Uma vez que uma ideia dá certo, por exemplo, ela não somente é sugada até o seu último recurso, como também serve de fonte de inspiração para gerar copias bem descaradas ao longo dos anos. Pelo menos, “Escape Room” possui um bom ritmo do seu começo ao fim, mesmo quando o termo "originalidade" esteja fora do seu alcance.
Dirigido por Adam Robitel (“Sobrenatural: A Última Chave”, 2018), o filme conta a história de seis pessoas, das quais não possuem ligações uma com a outra, mas que são convidadas a participar de um jogo que acontece em um grande edifício. Dividido em várias etapas, o jogador que chegar ao final do jogo ganhará em torno de R$ 10.000. O problema é que cada etapa se torna cada vez mais mortal e testando os limites dos seus participantes.
Em um primeiro momento, a premissa lembra a franquia "Jogos Mortais", já que cada participante possui um passado nebuloso, trágico, do qual é jogado num jogo mortal para testar os seus próprios limites e bom senso. Porém, não espere por um terror explicito, como partes de corpos sendo decepadas, mas sim um suspense em que não deixa o cinéfilo respirar e fazendo a gente se perguntar o que virá logo a seguir. O grande atrativo do filme são os seis cenários que acontecem os desafios, dos quais são instáveis e sempre gerando situações mortais de acordo com cada passo certo ou em falso dos participantes. O diretor Adam Robitel, por sua vez, capricha nos movimentos de sua câmera, fazendo com que acompanhemos inúmeras situações perigosas do cenário como se fosse uma verdadeira montanha russa e causando até mesmo vertigem e claustrofobia.
O elenco, por sua vez, funciona mais quando todos se encontram juntos em meio a situações de perigo. Formado por atores semidesconhecidos, os poucos que realmente se destacam são vindos de séries de tv de grande sucesso, como no caso de Debora Ann Woll (da série "Demolidor") que se destaca em uma atuação em que exige talento e bom porte físico nas cenas perigo. Embora o roteiro nos dê uma ideia sobre quem viverá e quem morrerá na trama, a reta final, por sua vez, nos brinda com situações até mesmo imprevisíveis e fazendo a gente duvidar sobre o destino de alguns personagens.
Infelizmente “Escape Room” derrapa feio nos seus derradeiros momentos finais, já que os realizadores não nos dão um ponto final para trama, mas sim criando um enorme gancho para uma eventual sequência. Isso enfraquece a obra como um todo, já que a sua premissa funciona somente em um único filme e expandi-la para eventuais capítulos faz com que ela se torne mais uma de inúmeras franquias que nascem somente para gerar lucro. Um triste exemplo de uma boa ideia, mesmo que reciclada, da qual hollywood a usa somente para gerar o seu lucro que tanto almeja.
"Escape Room" é um bom entretenimento escapista, mas que poderia funcionar independentemente de um eventual nascimento de uma nova franquia.
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