SESSÃO ESPECIAL COM FILMES DE BRUCE BAILLIE
HOMENAGEM A DICK MILLER NO PROJETO RAROS
Balde de Sangue
A Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta duas exibições especiais antes do recesso de carnaval. Na quinta-feira, 28 de fevereiro, às 20h, a sessão 4x Bruce Baillie apresenta quatro filmes de um dos principais nomes do cinema de vanguarda. Na sexta-feira, 1º de março, às 20h, o Projeto Raros exibe Um Balde de Sangue, de Roger Corman, um dos raros filmes protagonizados pelo lendário ator Dick Miller, morto em janeiro de 2019.
A Cinemateca Capitólio Petrobras entra em recesso no sábado, 2 de março. As atividades serão retomadas na quarta-feira, 6 de março, a partir das 14h.
A Cinemateca Capitólio Petrobras conta, em 2019, com o projeto Cinemateca Capitólio Petrobras – programação especial 2019 aprovado na Lei Rouanet/Governo Federal, que será realizado pela FUNDACINE – Fundação Cinema RS e possui patrocínio master da PETROBRAS. O projeto contém 26 diferentes atividades entre mostras, sessões noturnas e de cinema acessível, master classes e exposições.
SESSÃO ESPECIAL COM FILMES DE BRUCE BAILLIE
Na quinta-feira, 28 de fevereiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta a sessão 4x Bruce Baillie, com quatro filmes de um dos realizadores mais importantes do cinema de vanguarda dos Estados Unidos. A programação exibe restaurações digitais de obras seminais da filmografia de Baillie: três curtas musicais, To Parsifal (1963), All My Life (1966) e Valentin de Las Sierras (1968), e o western cósmico Quick Billy (1970), meditação sobre a os ciclos de vida e morte em quatro bobinas, inspirada no Livro Tibetano dos Mortos. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
Com comentários da cineasta e pesquisadora Marcela Bordin e do programador Leonardo Bomfim, a sessão encerra a mostra Quanto Mais Quente Melhor.
BRUCE BAILLIE
Nascido em Dakota do Sul em 1931, Bruce Baillie é uma das principais referências da cena independente de cinema dos anos 1960 e 70 nos Estados Unidos. Ele estudou na Universidade de Minnesota, em Berkeley, na Universidade da Califórnia e na London School of Film Technique. Em 1961, de volta à Califórnia, iniciou em seu quintal o Canyon Cinema, que hoje se tornou um extenso arquivo e distribuidor de artistas que trabalham com imagens em movimento. Ele também fundou, junto com seu colega cineasta Chick Strand, a Cinemateca de San Francisco. Realizou, nos anos 1960 e 1970, obras-primas do filme experimental como Quixote (1965), Castro Street (1966) e Quick Billy (1970). Bruce Baillie ganhou retrospectiva no Brasil em 2015, dentro do Fronteira – Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental de Goiânia –, que apresentou diversas obras do cineasta e parte do acervo da Canyon Cinema. No catálogo do festival, o crítico e pesquisador italiano Toni D’Angela destaca a possível relação dos poemas cinematográficos de Baillie com a cultura oriental: “são animados por uma vocação à reconciliação com a natureza, a textura visual é aprimorada com sobreposições, misturas de positivo e negativo relacionadas aos objetivos do processo natural, da transformação da natureza. Beleza e inocência”. No mesmo texto, o pesquisador também observa uma relação intensa com as experiências contraculturais que a Costa Oeste americana viveu nos anos 1960: “visões mórbidas, fluidas, ondulantes e sonhadoras, como se o olho do espectador fosse o contato com os elementos naturais. O olho entre as curvas das ondas, acalentadas pelo vendo, expostas à luz do sol que se altera, na textura delicada das sobreposições, uma experiência sensorial comparável ao LSD".
FILMES
TO PARSIFAL 1963, 16 minutos, 16mm Exibição digital
Direção: Bruce Baillie
Aquele que se torna lentamente sábio.
ALL MY LIFE 1966, 3 minutos, 16mm Exibição digital
Direção: Bruce Baillie
Caspar, Califórnia, cerca velha com rosas vermelhas.
VALENTIN DE LAS SIERRAS 1968, 10 minutos, 16mm Exibição digital
Direção: Bruce Baillie
Canção do herói revolucionário, Valentin, cantada por Jose Santollo Nascido em Santa Cruz de la Soledad; Chapala, Jalisco, México.
QUICK BILLY 1970, 55 minutos, 16mm Exibição digital
Direção: Bruce Baillie
A experiência de transformação entre vida e morte, morte e vida, ou o renascimento em quatro bobinas.
PROJETO RAROS CELEBRA A ARTE DE DICK MILLER
Na sexta-feira, 1º de março, às 20h, o Projeto Raros exibe na Cinemateca Capitólio Petrobras o filme Um Balde de Sangue (A Bucket of Blood, 1959, 66 minutos), de Roger Corman, um dos poucos protagonizados pelo lendário ator Dick Miller, morto no final de janeiro aos 90 anos com quase 200 obras no currículo. Com entrada franca, projeção digital e legendas em português, a sessão será comentada pelo crítico Carlos Thomaz Albornoz e pelo pesquisador Marcelo Severo.
Em Um Balde de Sangue, Dick Miller é Walter Paisley, um garçom sem talento que sonha em se tornar artista. Quando acidentalmente mata o gato de sua vizinha e cobre o corpo de gesso para esconder as provas, o homem acaba aclamado como um grande escultor. Mas o reconhecimento artístico trará consequências mórbidas para a vida de Walter. Filmado em cinco dias, com o roteiro de Charles B. Griffith (A Loja dos Horrores, Attack of the Crab Monsters, A Besta da Caverna Assombrada), Um Balde de Sangue é uma das comédias mais mordazes da filmografia de Corman.
Dick Miller começou a carreira de ator em 1955, no faroeste O Pistoleiro Solitário, dirigido por Roger Corman, com quem desenvolveu uma longa e prolífica parceria nas décadas seguintes. O ator também trabalhou com grandes pupilos de Corman como James Cameron, Jonathan Demme e Paul Bartel. Tornou-se presença obrigatória na filmografia de Joe Dante, em papéis pequenos mais essenciais em filmes como Piranha, Gremlins, Grito de Horror e Viagem Insólita. Miller também participou de filmes icônicos como Cão Branco, de Samuel Fuller, Depois de Horas, de Martin Scorsese, e 1941: Uma Guerra Muito Louca, de Steven Spielberg.
Um Balde de Sangue
(A Bucket of Blood)
Estados Unidos, 1959, 66 minutos, digital
Legendas em português
Direção: Roger Corman
Elenco: Dick Miller, Ed Nelson, Bert Convy
GRADE DE HORÁRIOS
28 de fevereiro a 1º de março de 2019
28 de fevereiro (quinta)
14h – O Pecado Mora ao Lado
16h – Homem Livre
18h – Conto de Verão
20h – 4x Bruce Baillie
1º de março (sexta)
14h – Piquenique na Montanha Misteriosa
16h – Homem Livre
18h – A Lei do Desejo
20h – Projeto Raros (Um Balde de Sangue, de Roger Corman)
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