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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: Guerra Fria – Os Percalços do Amor

Sinopse: Durante a Guerra Fria, entre a Polônia stalinista e a Paris boêmia dos anos 1950, um músico amante da liberdade e uma jovem cantora com histórias e temperamentos completamente diferentes vivem um amor impossível. 

O premiadíssimo “Roma” (2018) de Afonso Cuaron possui a força de nos passar sobre a cruzada de uma simples empregada em meio aos eventos políticos que ocorrem no México no início dos anos 70. O interessante é que esses eventos ocorrem em segundo plano, como se eles não fossem realmente importantes, mas que afetam o destino da personagem como um todo mesmo que indiretamente. O Polonês “Guerra Fria” segue uma premissa semelhante, mas sobre um relacionamento amoroso em meio aos eventos pós-Segunda Guerra Mundial.
Dirigido pelo cineasta Pawel Pawlikowski de "Ida" (2013), o filme começa e termina em tela quadrada. Tradicionalmente, principalmente com relação as produções que retratam um determinado período, é comum que um filme como esse tenha uma projeção em  widescreen, mas não é o que acontece aqui, pois o cineasta não deseja que a gente se distraia com que está em volta dos personagens e sim que a gente foque somente neles. Curiosamente, Pawlikowski testa a nossa atenção, pois o filme começa maravilhosamente de uma forma quase documental, nos brindando com uma fotografia belíssima, mas já nos avisando para não nos distrairmos muito sobre o que acontece em volta.
Isso porque o romance dos protagonistas é o principal foco da trama, do qual sofrem idas e vindas e sendo colocados em diversos testes do tempo em vários momentos da história. A paixão é alimentada justamente pelos percalços pós-Segunda Guerra Mundial e do qual eles enfrentam. Com isso, o amor que ambos sentem um pelo outro acaba se tornando complexo, onde as verdades são colocadas em pauta em momentos de adversidade e testando suas forças de vontade.
Tecnicamente, o que mais me impressionou foi a belíssima fotografia, possivelmente a mais incrível que tive o prazer de ver nestes últimos tempos. Em preto-e-branco, cada cena parece ter saído de um quadro e fazendo com que o filme se torne, ao lado de "Roma", o favorito na categoria no próximo Oscar. Pawlikowski também controla muito bem o efeito de um corte brusco na imagem após uma emoção forte, a suspensão do som depois da música, o efeito de uma frase triste enquanto enxergamos o rosto daquele que a escuta.
O longa foi uma das boas surpresas dessa temporada de prêmios pré-Oscar, fato que pode ser atribuído especialmente à indicação para Melhor Diretor para Pawel Pawlikowski, desbancando alguns outros diretores que apareciam como favoritos, como no caso de Bradley Cooper por "Nasce uma Estrela" (2018) e Barry Jenkins por "Se a Rua Beale Falasse" (2018). "Guerra Fria" é um filme romântico, melancólico, além de ser uma obra de arte para aqueles que sabem apreciar um futuro grande clássico.  


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