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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Minha Fama de Mau' - O Garoto Tremendão

Ao assistir o filme de Lui Farias "Minha Fama de Mau" sai com a impressão de ter visto uma homenagem bem carinhosa a um dos artistas mais ilustres desse país. Foi como um diário narrado ao vivo, pelo então bem carismático ator Chay Suede, que encarna com absoluta autonomia, o cantor Erasmo Carlos. Um filme nacional com diálogos simples e originalmente trazendo à tona a história da Jovem Guarda, além da relação da imprensa bem afiada e interessada em mostrar o que se passava atrás da vida desses meninos, que encantaram platéias em tardes de domingo. Tudo nos anos 60. Época da efervescência musical influenciada por Elvis Presley e músicos românticos como Bob Darin.
A trajetória de Erasmo ,o tremendao, ao lado do então amigo eterno Roberto Carlos e da ternurinha Wanderléa, foi construída a partir do talento e do dom musical, que eles tinham. Interessante lembrar que Tim Maia aparece como amigo adolescente do garoto insistente e namorador, outro talento inesquecível. Se não me falha a memória, a formação da Jovem Guarda, teve outros  músicos, que também fizeram parte deste recheio sonoro. 
Imagino alguns vovôs mais conservadores escutando o som de guitarras e o palavreado daquela gurizada. Ficaram apavorados, e não só eles, como também os país e mães tentando tampar os ouvidos dos filhos. No meio de toda essa revolução, o diretor não deixou de fazer entrecortes de filmagem em preto e branco do desenvolvimento do Brasil. Acrescentando mais realidade ao cenário.
O rock nacional nascia derrubando tabus. E adivinhem quem ficou ainda mais enojado? A bossa nova, que criticou ferozmente essa onda de ie-ie-ie, chamando de porcaria e música que nada produzia e contribuía para a cultura musical. Enganaram -se. "Minha fama de mau",não é um ode a um talento apenas, é uma referência a todos os que viveram naquela época e que revolucionaram aquela sociedade marcada pelos bons costumes e da certeza de que o Brasil era um país que iria para a frente. E foi tão avante que perdemos o rumo das coisas. Bem,o que importa, bicho?
 Eternizados nas canções delirantes de amor e danças que sacudiam a todos, as belas tardes de domingo ficaram eternizadas na história deste povo e certamente na memória. A música de valor deixou saudades eternas.


Autora: Professora Neusa Pereira dos Santos 


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