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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Vice' - House of Cards Nu e Cru

Sinopse: Dick Cheney era um cidadão comum norte americano, até se tornar um dos homem mais poderoso do mundo. Vice-presidente de George W. Bush, ele remodelou os Estados Unidos e o mundo, gerando mudanc?as que permanecem ate? os dias de hoje. 
  
Começando no ramo da comédia em filmes como “Quase Irmãos” (2008), Adam McKay provou que ousar ainda se pode ganhar os melhores holofotes no cinema norte americano de hoje. Em "A Grande Aposta" (2015), por exemplo, ele conseguiu unir humor com uma crítica ácida sobre as verdadeiras causas de uma das maiores crises norte americanas e que explodiu em meados de 2008. Com "Vice", ele destrincha as verdadeiras raízes das articulações políticas da era Bush e revelando quem foi o grande articulador que viria a mudar o curso da história do povo americano e do mundo.
O filme conta a história de Dick Chane (Christian Bale), um cidadão comum norte americano, mas que aos poucos vai subindo de status. No auge de sua carreira no ramo da política, ele se torna um dos grandes articuladores do submundo do empurra e empurra entre os poderosos da Casa Branca. Não demora muito para ele ser convidado pelo George W. Bush (Sam Rockwell), de “Três Anúncios de um Crime“(2017), para ele se tornar o seu vice nas eleições norte americanas de 2000.
Adam Mckay não tem medo ao tocar o dedo na ferida sobre aqueles que erguem os pilares da democracia norte americana, dos quais a maioria, infelizmente, são movidos pela ambição em mover uma nação através da mentira. Com uma edição dinâmica, o cineasta usa a sua câmera para transitar entre o passado e presente, para que assim possamos obter uma linha de eventos das principais mudanças do governo dos EUA nas últimas décadas. Embora com diversas informações sendo jogadas na tela, Adam Mckay tem a proeza de não tornar a narrativa cansativa e o narrador, que se auto denomina Kurt (Jesse Plemons) de "Pontes dos Espiões" (2015), nos informa sobre tudo o que acontece na tela, além de possuir um papel mais do que relevante dentro da trama.  
Contudo, por melhor que seja o desempenho da direção de Adam Mckay, a melhor carta na manga do filme é possuir em cena o desempenho extraordinário de Christian Bale. Já tendo provado a muito tempo que é um dos melhores camaleões do cinema atual, Bale está totalmente irreconhecível e se entregando de corpo e alma ao seu personagem, do qual transita entre a serenidade e uma lábia venenosa, porém, sedutora. Pelo olhar do cineasta, Dick Chane era o verdadeiro chefão do submundo político, enquanto os demais eram meros piões ao seu serviço e cuja as suas únicas ambições eram obter algum lucro.  
Com os ataques terrorista ocorridos no 11 de Setembro de 2001, Chane se viu na oportunidade de colocar o país no seu bolso e realizar uma das maiores farsas da história que foi a invasão do Iraque. Pode-se dizer que era Bush e Chane foi eram tempos pré-fake news, do qual uma mentira não era ainda muito alimentada pelas redes sociais, mas sim por uma inteligência articuladora. Que o nosso Presidente fake Bolsonaro não assista esse filme como dever de casa.  
Infelizmente nem tudo é perfeito nesse ótimo filme político, já que Sam Rockwell não faz muito em cena, a não ser ficar bem caracterizado como George W. Bush. Porém, talvez isso tenha sido proposital, já que muitos sabiam que Bush filho era incapaz de governar um país e atuação econômica de Rockwell, talvez, seja uma forma de representar o lado ineficaz dele no ramo da política e como Presidente ter sido uma verdadeira piada sem graça. Mas se por um lado ficamos na dúvida sobre atuação de Rockwell, do outro, Emy Adams novamente nos brinda com uma atuação digna de nota, ao interpretar a esposa de Dick Cheney e em momentos em que ela rouba a cena.  
Com um final em que se faz uma homenagem mais do que explicita a série "House of Cards", "Vice" é um retrato corajoso de uma política maquiavélica norte americana e da qual, infelizmente, não é muito diferente do nosso circo político brasileiro.  


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