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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'No Portal da Eternidade' - Um Talento Fora do seu Tempo

Sinopse: 1888. Após sofrer com o ostracismo e a rejeição de suas pinturas em galerias de arte, Vincent Van Gogh (Willem Dafoe) decide ouvir o conselho de seu mentor, Paul Gauguin (Oscar Isaac), e se mudar para Arles, no sul da França.  

Através de uma belíssima animação feita a mão, além da colaboração de atores que serviram de modelo, "Com Amor, Van Gogh" (2017) reconstituía as investigações sobre o que levou o artista a sofrer um assassinato ou até mesmo ter cometido suicídio. Na verdade, até hoje não ficou exatamente claro sobre quais as circunstancias exatas que o artista veio a falecer, ao ponto de inúmeras teorias de conspiração terem surgido ao longo das décadas. “No Portal da Eternidade” busca trazer uma nova luz sobre os últimos dias do artista, mas focando mais a forma em que ele enxergava o mundo em que vivia.
Dirigido por Julian Schnabel, do filme "O Escafandro e a Borboleta" (2007), o cineasta procura fazer uma reconstituição sobre a encruzilhada do artista através do olhar particular que o próprio tinha. Para isso, Schnabel usa a sua câmera em primeira pessoa e filmando de um modo que representasse a maneira em que Van Gogh enxergava o ambiente em sua volta. O resultado impressiona, já que as imagens acabam se tornando muito próximas na forma em que o artista pintava os seus quadros e fazendo levantar inúmeras questões a serem debatidas sobre a real pessoa que ele era perante o mundo.
Aliás, era preciso alguém de quilate para interpretar alguém que possuía tantas camadas a serem analisadas e que até hoje não são explicadas. Coube ao talentoso Willem Dafoe encarnar um ser de grande talento e do qual, talvez, o próprio corpo não aguentaria tamanho fardo. Dafoe transmite em seu olhar todo ar de complexidade e confusão que Van Gogh, talvez, possuísse naqueles dias e sintetizando uma pessoa que se sentia até mesmo fora do seu tempo. A união entre talento do ator e perfeccionismo do cineasta é o que faz de o filme ganhar o seu brilho próprio e obtendo, ao menos, uma camada da superfície da pessoa que Van Gogh havia sido.
"No Portal da Eternidade" é uma declaração de amor para um dos grandes artistas da pintura, do qual se via fora do seu tempo, mas enxergando nele tudo o que os outros não viam.   


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