Snopse: Nico, um
ator de 30 anos, tomou uma decisão que pode mudar sua vida para sempre: após
romper o relacionamento que tinha com seu produtor de maneira abrupta, decidiu
abandonar sua carreira promissora na Argentina para começar do zero em Nova
York. O problema é que, em meio aos problemas em sua nova realidade, um
fantasma do passado insiste em reaparecer.
A união entre o
cinema argentino e brasileiro atingiu o seu ápice nesse ano que está
terminando, com títulos como Invisível, Vergel e agora Ninguém Está olhando,
sendo talvez a obra mais complexa, mas tendo um teor convidativo e que deve ser
visto por todos. Dirigido pela cineasta Julia Solomonoff, Ninguém está olhando
acompanha a cruzada do astro Nico, interpretado com uma energia e delicadeza
fora do comum pelo ator Guillermo Pfening, cujo seu personagem, após o termino
de uma relação conflituosa, decide morar por uns tempos em Nova York em busca
de novas oportunidades e para sim ter um reconhecimento mundialmente. Embora
muito conhecido na Argentina, Nico larga de mão de uma série de sucesso que
atuava por lá e que, ao lado de um amigo cineasta, tenta abraçar a todo custo
um novo projeto.
Contudo, a terra das
oportunidades, por vezes, possui uma realidade mais amarga, mesmo com todo
aquele visual colorido de uma grande cidade tem a oferecer, mas com promessas
que ficam somente na superfície. Como o futuro projeto fica emperrado, Nico
precisa se virar no seu dia a dia, desde a trabalhar em restaurantes, como
também sendo baba de crianças, cujo ás mães são amigas que moram por lá. É
nesses momentos que sentimos total carinho pelo personagem que, embora esteja
passando por tempos difíceis, nunca deixa de lado o seu ar carinhoso com as
crianças que ele cuida.
Julia Solomonoff nos
brinda então com um conto sobre solidões, sobre a realidade dura em ter que
encarar o fracasso profissional de uma forma intima e individual. Quando Nico
decide tentar a sorte num teste de elenco, por exemplo, ele acaba encarando
todo um lado preconceituoso do qual os latinos vivem sofrendo, onde são somente
sucumbidos a papeis cujo estereótipo latino é muito notório. Com isso, o
protagonista vive na corda bamba, entre os sonhos fraturados, mas ao mesmo
tempo mantendo em seu intimo uma resistência, mas da qual enfrenta uma desorientação
emocional ao longo do percurso e do qual ele terá que enfrentá-lo.
Tanto a cineasta,
como também a roteirista Christina Lazaridi faz da fragilidade emocional, do
qual protagonista tenta esconder, uma espécie de catalisador de muitas ações e
reações que vemos ao longo do seu percurso. O filme chega aos nossos cinemas após
ter passado por festivais de Tribeca, onde ganhou o prêmio de melhor ator, Rio
de Janeiro e com prêmio máximo conquistado no Cine Ceará. Embora retrate o universo
de altos e baixos do mundo das celebridades Ninguém Está Olhando possui uma aura
universal, da qual todos se identificam facilmente com o personagem e fazendo a
gente desejar caminhar ao lado dele em meio aos percalços de uma realidade sem
muito brilho.
Onde assistir:
Cinebancários: Rua General da Câmara 424, centro de Porto Alegre. Horário:
15horas.
Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram
Nenhum comentário:
Postar um comentário