Sinopse:
Após encontrar o mítico e recluso Luke Skywalker (Mark Hammil) em uma ilha
isolada, a jovem Rey (Daisy Ridley) busca entender o balanço da Força a partir
dos ensinamentos do mestre jedi. Paralelamente, o Primeiro Império de Kylo Ren
(Adam Driver) se reorganiza para enfrentar a Aliança Rebelde.
Star
Wars: O Despertar da Força reacendeu a chama para aqueles que haviam perdido um
pouco da fé que tinham pela força após o encerramento da trilogia anterior
comandada por George Lucas. Mais do que um filme em que recolocava a saga nos
trilhos, o filme era uma espécie de releitura do clássico de 1977, do qual não
se esquecia de alguns eventos importantes vistos nos filmes anteriores, mas
servindo de cartão de visita para aqueles que nunca haviam visto nenhum
capítulo da saga. Star Wars: Os Últimos Jedi não somente dá continuidade aos
eventos do filme anterior como também expande esse universo e fazendo com que a gente reflita sobre qual é o verdadeiro papel de cada um desses personagens.
Dirigido por Rian Johnson (Breaking Bad) a trama começa exatamente onde o filme anterior havia se encerrado, onde vemos Rey (Daisy Ridley) recorrendo ajuda ao mestre jedi Skywalker (Mark Hammil), para que ele venha ajudar Aliança Rebelde contra a Primeira Ordem e ensiná-la a controlar melhor a força. Ao mesmo tempo a General leia (Carrie Fisher) e seus aliados se veem encurralados perante o inimigo e começa então uma luta sem trégua para se manter a esperança. Heróis e vilões cairão durante o conflito e gerando algo novo e sem precedentes.
O grande trunfo dessa mais nova aventura intergalática é que ela vai contra tudo o que os fãs imaginavam ao longo desses dois anos de espera. Durante esse período, não faltou fanático levantando inúmeras teorias megalomaníacas sobre a origem de Rey, do porque a força ter despertado nela e qual seria a sua ligação com o Luke. Eis que então voltamos na já famosa cena final do filme anterior, onde na primeira ação do mestre Jedi jogada na tela é um verdadeiro tapa na nossa cara, pois ela nos diz que fomos ingênuos durante todo esse período de tentar adivinhar sobre o que aconteceria e nos jogando então em territórios desconhecidos.
Não que há uma mudança drástica com relação a tudo que apreciamos na saga até hoje, mas os filmes sempre caminharam junto com a realidade e usando isso como artifício para que o espectador sempre se identificasse com a história. Se em 1977 Star Wars surgiu como uma forma de jogar mais luz numa sociedade americana que ainda sofria com eventos daquele período (tempos de Nixon, Vietnã e crise econômica), nesse novo capítulo é colocado a prova o fato que a noção sobre bem e o mal nos dias de hoje não é algo assim tão simples e que a linha da qual os separa é muito mais fina do que se imagina.
Se houve então sempre um interesse em explorar essa nova faceta da saga, a escolha de Rian Johnson na direção foi mais do que acertada. Responsável pelos melhores episódios da cultuada série Breaking Bad, Johnson já está mais do que acostumado em não definir os seus personagens como heróis ou vilões, mas como seres humanos que cruzam a linha vermelha e que, querendo ou não, terão que enfrentar sérias consequências. O que testemunhamos então nesse novo Star Wars são as consequências dos atos dos personagens principais, principalmente vindos de Luke Skywalker.
Mais sábio, porém cansado de tudo, Luke deseja manter-se isolado do mundo por motivos bem esclarecidos, principalmente com relação em ter fracassado ao treinar Kylo Ren (Adam Driver). O que vemos então é um homem carregando nas costas o fardo de ter dado um pequeno passo em falso, mas que foi mais do que suficiente para gerar consequências irreversíveis. Mark Hammil tem aqui o seu melhor desempenho da carreira, pois embora ele volte a interpretar aquele personagem que tanto veneramos ao longo das décadas, ele consegue nos passar o quanto de percalços que ele atravessou durante todo esse percurso e fazendo que a gente compreenda em relação a sua escolha em querer se manter longe do resto do mundo.
Sua relação de mestre e aluna com Rey é outro ponto acertado do filme, pois além de nos fazer lembrar dos tempos em que Luke treinava com o velho mestre Yoda, é também uma espécie de continuidade do que vai além do que o herói havia passado no clássico O Império Contra Ataca. Embora o filme fale por si, há momentos em que irão soar bem familiares para nós como, por exemplo, a clássica cena em que Luke entra na caverna e passa por uma experiência imprevisível, tendo conhecimento maior sobre a força e sobre consigo mesmo. Rey passará por momentos parecidos, mas dos quais se sobressaem de um modo jamais visto e quando ela dá de encontro com ela mesma nessa passagem da caverna é disparado um dos melhores momentos do filme.
Aliás, muito se perguntaram quem é Rey e quais seriam as respostas para sanar as dúvidas com relação a sua origem. As respostas chegam, mas não é de nenhuma das inúmeras que haviam sido previstas, mas sim de uma forma simples e que faz então todo o sentido. Já Kylo Ren, não só tem a sua origem melhor esclarecida, como também o seu personagem é muito melhor construído e fazendo então finalmente compreendermos as suas reais intenções dentro da Nova Ordem.
É aqui que chegamos ao momento mais corajoso da saga, onde as escolhas dos personagens é o que realmente movem o tabuleiro de toda a trama e fazendo com que as suas cruzadas, sejam elas ao lado da luz ou das sombras, soem mais humanas e bem mais ricas para serem melhor exploradas futuramente. Kylo Ren e Key seriam então dois lados da mesma moeda, cuja suas motivações se baseiam por passados que os marcaram, mas que fizeram de ambos andarem em caminhos distintos. Isso acontece, talvez, não devido aos poderes vindos da força, mas pelo modo que eles corresponderam com as situações que eles enfrentaram.
Tecnicamente o filme é um dos mais belos de toda a saga, onde os cenários são um verdadeiro mosaico de detalhes primorosos, sendo nunca uma forma de distração, mas que corresponda com a proposta principal da trama. Mas embora o filme possua efeitos de ponta, é de se espantar como o filme ressoa de uma forma como se ele tivesse sido feito nos velhos e bons tempos dos anos oitenta. O ápice dessa sensação é quando testemunhamos a aparição de um velho querido personagem, cuja sua forma original nos dá a mais pura boa nostalgia que a gente merece.
Falando em nostalgia, cada momento de Carrie Fisher em cena é algo precioso para ser visto, principalmente pelo fato que não a veremos no encerramento da saga. Assim como a sua personagem, a atriz realmente demonstra um cansaço da responsabilidade que carrega, mas sempre querendo demonstrar um profissionalismo em cada cena, pois sabia que personagens como esse ficam eternizados em nossas mentes: a cena em que Leia luta pela vida e finalmente usa a força é sem sombra de dúvida um dos momentos que os fãs mais queriam presenciar e fazendo então que gere uma lágrima.
Diferente do que se imagina, o filme tem começo, meio e fim e que, embora excessivo em alguns momentos, o filme cumpre em encerrar de uma forma mais do que satisfatória e deixando em aberto inúmeras possibilidades com relação ao futuro da saga. Star Wars: Os Últimos Jedi é corajoso em sua proposta, ao nos dizer que esses personagens não são o que são pelo que eles têm por dentro, mas sim são as suas ações que os definem como um todo.
Dirigido por Rian Johnson (Breaking Bad) a trama começa exatamente onde o filme anterior havia se encerrado, onde vemos Rey (Daisy Ridley) recorrendo ajuda ao mestre jedi Skywalker (Mark Hammil), para que ele venha ajudar Aliança Rebelde contra a Primeira Ordem e ensiná-la a controlar melhor a força. Ao mesmo tempo a General leia (Carrie Fisher) e seus aliados se veem encurralados perante o inimigo e começa então uma luta sem trégua para se manter a esperança. Heróis e vilões cairão durante o conflito e gerando algo novo e sem precedentes.
O grande trunfo dessa mais nova aventura intergalática é que ela vai contra tudo o que os fãs imaginavam ao longo desses dois anos de espera. Durante esse período, não faltou fanático levantando inúmeras teorias megalomaníacas sobre a origem de Rey, do porque a força ter despertado nela e qual seria a sua ligação com o Luke. Eis que então voltamos na já famosa cena final do filme anterior, onde na primeira ação do mestre Jedi jogada na tela é um verdadeiro tapa na nossa cara, pois ela nos diz que fomos ingênuos durante todo esse período de tentar adivinhar sobre o que aconteceria e nos jogando então em territórios desconhecidos.
Não que há uma mudança drástica com relação a tudo que apreciamos na saga até hoje, mas os filmes sempre caminharam junto com a realidade e usando isso como artifício para que o espectador sempre se identificasse com a história. Se em 1977 Star Wars surgiu como uma forma de jogar mais luz numa sociedade americana que ainda sofria com eventos daquele período (tempos de Nixon, Vietnã e crise econômica), nesse novo capítulo é colocado a prova o fato que a noção sobre bem e o mal nos dias de hoje não é algo assim tão simples e que a linha da qual os separa é muito mais fina do que se imagina.
Se houve então sempre um interesse em explorar essa nova faceta da saga, a escolha de Rian Johnson na direção foi mais do que acertada. Responsável pelos melhores episódios da cultuada série Breaking Bad, Johnson já está mais do que acostumado em não definir os seus personagens como heróis ou vilões, mas como seres humanos que cruzam a linha vermelha e que, querendo ou não, terão que enfrentar sérias consequências. O que testemunhamos então nesse novo Star Wars são as consequências dos atos dos personagens principais, principalmente vindos de Luke Skywalker.
Mais sábio, porém cansado de tudo, Luke deseja manter-se isolado do mundo por motivos bem esclarecidos, principalmente com relação em ter fracassado ao treinar Kylo Ren (Adam Driver). O que vemos então é um homem carregando nas costas o fardo de ter dado um pequeno passo em falso, mas que foi mais do que suficiente para gerar consequências irreversíveis. Mark Hammil tem aqui o seu melhor desempenho da carreira, pois embora ele volte a interpretar aquele personagem que tanto veneramos ao longo das décadas, ele consegue nos passar o quanto de percalços que ele atravessou durante todo esse percurso e fazendo que a gente compreenda em relação a sua escolha em querer se manter longe do resto do mundo.
Sua relação de mestre e aluna com Rey é outro ponto acertado do filme, pois além de nos fazer lembrar dos tempos em que Luke treinava com o velho mestre Yoda, é também uma espécie de continuidade do que vai além do que o herói havia passado no clássico O Império Contra Ataca. Embora o filme fale por si, há momentos em que irão soar bem familiares para nós como, por exemplo, a clássica cena em que Luke entra na caverna e passa por uma experiência imprevisível, tendo conhecimento maior sobre a força e sobre consigo mesmo. Rey passará por momentos parecidos, mas dos quais se sobressaem de um modo jamais visto e quando ela dá de encontro com ela mesma nessa passagem da caverna é disparado um dos melhores momentos do filme.
Aliás, muito se perguntaram quem é Rey e quais seriam as respostas para sanar as dúvidas com relação a sua origem. As respostas chegam, mas não é de nenhuma das inúmeras que haviam sido previstas, mas sim de uma forma simples e que faz então todo o sentido. Já Kylo Ren, não só tem a sua origem melhor esclarecida, como também o seu personagem é muito melhor construído e fazendo então finalmente compreendermos as suas reais intenções dentro da Nova Ordem.
É aqui que chegamos ao momento mais corajoso da saga, onde as escolhas dos personagens é o que realmente movem o tabuleiro de toda a trama e fazendo com que as suas cruzadas, sejam elas ao lado da luz ou das sombras, soem mais humanas e bem mais ricas para serem melhor exploradas futuramente. Kylo Ren e Key seriam então dois lados da mesma moeda, cuja suas motivações se baseiam por passados que os marcaram, mas que fizeram de ambos andarem em caminhos distintos. Isso acontece, talvez, não devido aos poderes vindos da força, mas pelo modo que eles corresponderam com as situações que eles enfrentaram.
Tecnicamente o filme é um dos mais belos de toda a saga, onde os cenários são um verdadeiro mosaico de detalhes primorosos, sendo nunca uma forma de distração, mas que corresponda com a proposta principal da trama. Mas embora o filme possua efeitos de ponta, é de se espantar como o filme ressoa de uma forma como se ele tivesse sido feito nos velhos e bons tempos dos anos oitenta. O ápice dessa sensação é quando testemunhamos a aparição de um velho querido personagem, cuja sua forma original nos dá a mais pura boa nostalgia que a gente merece.
Falando em nostalgia, cada momento de Carrie Fisher em cena é algo precioso para ser visto, principalmente pelo fato que não a veremos no encerramento da saga. Assim como a sua personagem, a atriz realmente demonstra um cansaço da responsabilidade que carrega, mas sempre querendo demonstrar um profissionalismo em cada cena, pois sabia que personagens como esse ficam eternizados em nossas mentes: a cena em que Leia luta pela vida e finalmente usa a força é sem sombra de dúvida um dos momentos que os fãs mais queriam presenciar e fazendo então que gere uma lágrima.
Diferente do que se imagina, o filme tem começo, meio e fim e que, embora excessivo em alguns momentos, o filme cumpre em encerrar de uma forma mais do que satisfatória e deixando em aberto inúmeras possibilidades com relação ao futuro da saga. Star Wars: Os Últimos Jedi é corajoso em sua proposta, ao nos dizer que esses personagens não são o que são pelo que eles têm por dentro, mas sim são as suas ações que os definem como um todo.
Leia também: Star Wars: O Despertar da Força
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