Sinopse: O policial
Carter encontra homem ferido e o leva a um hospital que está prestes a ser
fechado. Misteriosos seres encapuzados rodeiam o prédio, aparentemente
desencadeando ocorrências estranhas e violentas. Porém, Carter e os
sobreviventes acabam descobrindo um terrível segredo no hospital.
A série da netflix Stranger
Things prestou uma bela homenagem para aqueles que curtiam tudo que era de bom
vindo da década de 80. Principalmente para aqueles que curtiam um bom filme de
terror e que visto hoje dá sempre aquela sensação de nostalgia. The Void vai
mais ou menos por esse caminho, sendo mais um filme dessa fase nostalgia, em
que os realizadores olham para trás e resgatam a estéticas e o conteúdo daquele
período que funcionava com perfeição.
The Void é uma
produção independente fruto de crowdfunding, escrito e dirigido pela dupla
Jeremy Gillespie e Steven Kostanski que sempre estiveram envolvidos com a parte
visual de grandes produções. Gillespie fez parte da equipe de direção de arte
de Circulo de Fogo (2013) e da série Hannibal por exemplo. Já Kostanski tem uma
filmografia bem mais expressiva sendo responsável pelos efeitos especiais de
maquiagem de Nurse 3D (2014), Hannibal (a série), Clown (2014), ABC Da Morte 2
(2014), A Colina Escarlate (2015) e mais recentemente Esquadrão Suicida (2016).
Embora tenha sido
feito no ano passado, visualmente o filme nos engana, já que ele possui uma estética
dos anos 80 que vai muito além que o próprio Stranger Things e indo pelo
caminho da quase perfeição. Aliás, é mais do que explicito que os realizadores
são grandes fãs de diretores de filmes de horror daquela década como, por
exemplo, John Carpenter (Fuga de Nova York), pois a todo o momento surgem cenas
que da quais nos faz lembrar as obras do diretor e de outros cineastas. Começando
como uma espécie de Assalto ao 13o.DP (1976),
o filme gera uma mistura de referências, que vai desde O Enigma do Outro Mundo (de
Carpenter) ao Videodrome (de David Cronenberg) e até mesmo Hellraiser (de Clive
Barker).
Além disso,
tecnicamente, o filme possui raramente algum efeito digital, sendo moldado com
efeitos práticos e muita maquiagem, sendo uma coisa cada vez mais rara hoje em dia,
mas ao mesmo tempo muito bem vinda. Com muito gore e violência explicita, o
filme é pura tensão do começo ao fim e com certeza irá agradar em cheio o público
que procura por algo que fuja do convencional. O final deixa claramente que
poderá haver uma continuação, mas isso já é outra história.
NOTA: O filme terá
uma reprise dia 01 de Junho as 15horas na Cinemateca Capitólio.
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