POLÊMICO FILME DE DOROTHY ARZNER É ATRAÇÃO DO CINECLUBE ACADEMIA DAS
MUSAS
Nesta
terça-feira, 09 de maio, às 20h, o Cineclube Academia das Musas exibe Quando
a Mulher Se Opõe (Merrily We Go To Hell, 1932, 88 minutos), de Dorothy
Arzner. Após a sessão, debate com integrantes do cineclube. O
valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
A felicidade
conjugal entre um jornalista alcoólatra e uma jovem rica é abalada quando ele
reencontra um antigo amor e volta a beber. Incomodada com a situação, a mulher
propõe o relacionamento aberto.
Dorothy Arzner realiza um dos
filmes mais significativos do intenso cinema americano pré-código Hays –conjunto de regras adotado por Hollywood nos anos 1930 com o objetivo de moralizar as produções em relação
a tópicos como sexualidade, religião e alcoolismo.
Sobre Dorothy Arzner
Texto da pesquisadora Juliana Costa
(https://oasisoblogue. wordpress.com/2017/04/03/ alice-guy-blache-lois-weber-e- dorothy-arzner-as-pioneiras- do-cinema-americano/)
Dorothy Arzner foi a cineasta que mais realizou filmes no cinema americano até os dias de hoje. São 21 produções como diretora, oito como montadora e seis como roteirista. Dorothy começou muito jovem a escrever roteiros para a companhia que mais tarde se tornaria o Paramont Studio, no qual produziu grande parte dos seus filmes. Seu primeiro trabalho de sucesso foi como montadora do filme Blood and Sand (1922), de Fred Niblo, com Rodolph Valentino e Lila Lee. Neste trabalho, economizou alguns milhares de dólares nas cenas com touros, misturando imagens de arquivo e cenas filmadas, o que impressionou muito o diretor James Cruze, com quem seguiu colaborando por muitos anos. Após ameaçar deixar o Paramont para se mudar-se para Columbia caso não pudesse dirigir um filme, em 1927, Arzner realiza sua primeira produção como cineasta, Fashions for Women. O sucesso foi tanto que no mesmo ainda dirige Ten Modern Commandments e Get Your Men, e, em 1928, Manhattan Cocktail, todos da fase do cinema mudo. Em 1929, foi convidada pela Paramont para filmar o primeiro filme sonoro do estúdio, estrelado por Clara Bow, The Wild Party (1929), cuja versão silenciosa havia editado anteriormente, e ainda Sarah and Son (1930) e Anybody’s Woman (1930), ambos com Ruth Chatterton e Honor Among Lovers (1931) com Claudette Colbert. Em The Wild Party, para que Clara Bow tivesse liberdade de movimentação no set de filmagem, os técnicos de Arzner montaram um mecanismo de captação de som com um microfone acoplado a uma vara de pescar, criando em essência o que viria ser o boom. Apesar da diretora não ter patenteado a ideia, e de um engenheiro da Fox o ter feito um ano depois, Dorothy sempre foi creditada por sua invenção. Foi a primeira mulher a dirigir um filme sonoro e também a primeira a integrar a Directors Guild of America, um importante sindicato de artistas e profissionais do entretenimento.
Texto da pesquisadora Juliana Costa
(https://oasisoblogue.
Dorothy Arzner foi a cineasta que mais realizou filmes no cinema americano até os dias de hoje. São 21 produções como diretora, oito como montadora e seis como roteirista. Dorothy começou muito jovem a escrever roteiros para a companhia que mais tarde se tornaria o Paramont Studio, no qual produziu grande parte dos seus filmes. Seu primeiro trabalho de sucesso foi como montadora do filme Blood and Sand (1922), de Fred Niblo, com Rodolph Valentino e Lila Lee. Neste trabalho, economizou alguns milhares de dólares nas cenas com touros, misturando imagens de arquivo e cenas filmadas, o que impressionou muito o diretor James Cruze, com quem seguiu colaborando por muitos anos. Após ameaçar deixar o Paramont para se mudar-se para Columbia caso não pudesse dirigir um filme, em 1927, Arzner realiza sua primeira produção como cineasta, Fashions for Women. O sucesso foi tanto que no mesmo ainda dirige Ten Modern Commandments e Get Your Men, e, em 1928, Manhattan Cocktail, todos da fase do cinema mudo. Em 1929, foi convidada pela Paramont para filmar o primeiro filme sonoro do estúdio, estrelado por Clara Bow, The Wild Party (1929), cuja versão silenciosa havia editado anteriormente, e ainda Sarah and Son (1930) e Anybody’s Woman (1930), ambos com Ruth Chatterton e Honor Among Lovers (1931) com Claudette Colbert. Em The Wild Party, para que Clara Bow tivesse liberdade de movimentação no set de filmagem, os técnicos de Arzner montaram um mecanismo de captação de som com um microfone acoplado a uma vara de pescar, criando em essência o que viria ser o boom. Apesar da diretora não ter patenteado a ideia, e de um engenheiro da Fox o ter feito um ano depois, Dorothy sempre foi creditada por sua invenção. Foi a primeira mulher a dirigir um filme sonoro e também a primeira a integrar a Directors Guild of America, um importante sindicato de artistas e profissionais do entretenimento.
CINECLUBE ACADEMIA DAS MUSAS
09 de maio – 20h (R$ 10,00)
Quando a Mulher Se Opõe
(Merrily We
Go To Hell)
88 min.,
Estados Unidos, 1932
Direção:
Dorothy Arzner
Distribuição:
MPLC
Exibição
digital.
GRADE DE PROGRAMAÇÃO
09 a
14 de maio de 2017
09 de maio (terça)
17h –
Apesar da Noite
20h – Cineclube Academia das Musas (Quando a Mulher se Opõe, de
Dorothy Arzner)
10 de maio (quarta)
17h –
Apesar da Noite
20h – Sessão de Pré-lançamento de Impeachment: O
Brasil nas Ruas,
de Beto Souza
e Paulo Moura
11 de maio (quinta)
17h –
Apesar da Noite
20h – Sessão de Pré-lançamento de O Caso do Homem Errado, de Camila
de Moraes
12 de maio (sexta)
17h –
Apesar da Noite
20h – Projeto Raros (Zumbis do Mal, de Willard Huyck e Gloria Katz)
13 de maio (sábado)
17h –
Apesar da Noite
19h30 – Twin Peaks: exibição do episódio piloto e debate conduzido
pelo site Nonada
14 de maio (domingo)
16h – Sessão da Tarde: Porco Rosso - O Último Herói Romântico
18h – Sessão de pré-estreia de A Mulher Que se Foi, de Lav Diaz
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