Lion - Uma Jornada
para Casa
Sinopse: O menino
indiano Saroo Munshi se perdeu da família aos 5 anos e passa a viver nas ruas
de Calcutá, na Índia. Preocupada com a situação da criança, uma australiana
(Nicole Kidman) decide adotá-lo. Os anos passam e quando Saroo (Dev Patel) está
prestes a entrar na universidade, ele decide ir atrás de sua família biológica
usando o Google Earth.
Baseado em
autobiografia de Saroo Brierley, o
filme conta sua história a partir de momentos antes do grande e angustiante
ponto de virada do jovem protagonista, quando ele se perde de seu venerado
irmão mais velho Guddu (Abhishek Bharate) em uma estação de
trem e não consegue mais voltar para casa. Há ecos de Quem Quer Ser um Milionário?
aqui, sem dúvidas, mas somente porque Dev
Patel é a estrela dos dois e porque ambos lidam com crianças desfavorecidas
na Índia. Mas as semelhanças param aí, já que a pegada do roteiro de Luke Davies (Life – Um Retrato de James Dean)
é menos fabulesca e esperançosa neste primeiro terço da fita. A câmera de Davis faz bom uso do trabalho do
roteirista ao funcionar como um olhar verdadeiro sobre as mazelas das milhares
de crianças que todos os anos se separam dos pais por lá, lidando ao mesmo
tempo com a impressionante diversidade cultural e lingüística desse
multifacetado país e, claro, a maldade e a bondade humanas, com o jovem e
simpaticíssimo Sunny Pawar cativando
corações com seu misto de inocência e inteligência que já revela, em sua tenra
idade, o potencial de um grande ator.
Algumas cenas
são comoventes e exploram com muita eficiência toda a emoção que transborda,
principalmente nos diálogos entre mãe e filho, méritos também para as boas
atuações de Kidman e Patel nesses momentos. É um filme que fala sobre família,
sofrimento, redescoberta e uma busca constante em encontrar respostas para se
seguir em frente.
A Tartaruga Vermelha
Sinopse: Após um acidente,
um homem fica perdido numa ilha deserta. Aos poucos, ele tenta se adaptar à
nova e solitária rotina. Ele constrói uma balsa para escapar de lá, mas sempre
é impedido por uma tartaruga vermelha. Mas depois, o homerm entende o motivo
para isso acontecer.
Primeiro longa de
animação de Michael Dudok de Wit, coproduzido pelo Studio Ghibli. Premiado no
Festival de Cannes de 2016 e indicado ao Annie Awards 2017, o filme é um dos
fortes candidatos ao Oscar de Melhor Animação de 2017 e sem dúvidas um dos
melhores do gênero do ano. A primeira cena do filme revela um sobrevivente de
um naufrágio em alto-mar, sob forte chuva. As ondas o levam a uma ilha
completamente deserta, onde se recupera e prepara uma jangada para seguir um
novo rumo. Em sua partida, uma imensa tartaruga vermelha o surpreende e destrói
sua embarcação improvisada. Isolado na ilha, o homem presencia o improvável e
conhece uma criatura mágica, com quem compartilha o resto de sua vida.
Partindo de trajetórias peculiares de seres misteriosos, Michael Dudok de Wit, que assina o roteiro junto a Pascale Ferran, desenvolve uma fábula sobre a fragilidade e efemeridade da vida. O filme faz uma meditação sobre a necessidade do amor para reconhecer aquilo que é realmente essencial. Em tempos de extrema materialidade, aqui a essência é a força que se sobrepõe.
Partindo de trajetórias peculiares de seres misteriosos, Michael Dudok de Wit, que assina o roteiro junto a Pascale Ferran, desenvolve uma fábula sobre a fragilidade e efemeridade da vida. O filme faz uma meditação sobre a necessidade do amor para reconhecer aquilo que é realmente essencial. Em tempos de extrema materialidade, aqui a essência é a força que se sobrepõe.
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