Sinopse: O Tratado da
Fronteira Alemanha-Polônia é assinado em 1990. O território polonês deixa de
pertencer aos alemães, o que era uma realidade desde a Segunda Guerra Mundial.
Agora, quatro mulheres, de diferentes idades, buscam a felicidade diante dessa
nova realidade.
Estamos no início da década
de 90, o local é a Polônia. A situação do país é o do fim da União Soviética e o surgimento de
repúblicas no leste europeu. A partir dessas informações, o diretor e
roteirista Tomasz Wasilewski cria seu Estados Unidos do Amor, que foi destaque
no Festival de Berlim de 2016. Com uma fotografia fria e assinada pelo romeno
Oleg Mutu, o filme tem uma tonalidade fria, sintetizando o lado emocional
dessas pessoas das quais não possuem um caminho correto a seguir.
O longa começa com um
jantar ecos do cinema romeno, especialmente do recente “Sieranevada”–no qual
boa parte dos personagens são apresentados e cujas histórias serão contadas ao
longo de pouco mais de 100 minutos, tendo Marzena (Marta Nieradkiewicz) como
uma espécie de elo. Ela mesma, uma ex-miss e aspirante a modelo. Agata (Julia
Kijowska), apesar de aparentar felicidade no casamento com Jacek (Lukasz
Simla), não se sente a vontade com o marido e está atraída por um padre. Iza
(Magdalena Cielecka) tem um caso com um médico, Karol (Andrzej Chyra), já há
cinco anos. Quando a mulher dele vem a falecer, ele não se interessa mais pela
amante, para desespero dela. Renata (Dorota Kolak) é uma professora que contra
a vontade se aposenta.
Vivendo num
apartamento cheio de pássaros, dos quais ficam soltos pelo local, ela fica
interessada em sua vizinha, Marzena. Esta, por sua vez, é irmã de Iza, e
incapaz de saber administrar com a separação do marido, que se mudou para a
Alemanha. Nem sempre Wasilewski encontra certo equilíbrio entre as quatro
histórias, e Agata é quem tem menos tempo durante a projeção. Já Renata é uma
das personagens que mais chama atenção, embora suas motivações fiquem
exatamente claras para aqueles que forem assistir.
Cada uma dessas
protagonistas tem um sonho e uma expectativa perante a promessa de liberdade.
Cada uma delas é também frustrada com as limitações criadas pela nova realidade
da qual elas vivem. Os ventos da mudança trazem algo de frescor, mas não exatamente
boas e nem ruins e beirando a se limitarem perante a possibilidade de avançarem
mais em suas vidas.
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