NOTA: Como não havia
visto o primeiro Sobrenatural na época da estréia, deixo abaixo primeiro a
minha critica sobre o capitulo 1 para
depois falar sobre o que eu achei de sua seqüência.
SOBRENATURAL
Sinopse: A família
Lambert, formada por Josh (Patrick Wilson), Renai (Rose Byrne) e os filhos
Dalton (Ty Simpkins) e Foster (Andrew Astor), acaba de se mudar. Logo, uma das crianças
entra em coma de forma inexplicável, o que faz os pais pensarem que a nova casa
abriga algum tipo de espírito do mal. Mas eles logo se mudam do local e nos
dias seguintes acabam descobrindo que o problema não estava na casa e sim no
próprio filho.
O diretor James Wan
(Jogos Mortais e o recente Invocação do Mal) e o produtor Oren Peli (diretor de
Atividade Paranormal), provaram serem os homens certos do cinema de horror
atual, pois com pouco dinheiro e sem abusar do sangue na tela, criam filmes de
horror caprichados e que fazem o cinéfilo pular da cadeira facilmente. Neste
Sobrenatural, uma família que vê sua tentativa de melhorar a rotina abalada
quando um dos filhos do professor Josh (Patrick Wilson) e da pianista Renai
Lambert (Rose Byrne) entra em um tipo de coma profundo, vítima de um acidente
caseiro. Espíritos passam a assombrar a casa, perseguindo-os mesmo após a
mudança de residência, tentando se apossar da mente enfraquecida do garoto.
Embora seja produzido
por Peli, e possuir um tema semelhante, não espere um novo Atividade
Paranormal, pois aqui o filme é narrado de modo tradicional e que lembra os
últimos filmes de horror produzidos no final da década de 90, mas sem apelar
para os excessos como violência e sangue, mas sim em algo sugestivo e bem
certeiro. Assim como Invocação do Mal, Sobrenatural é um filme que remete como
os filmes de horror eram apresentados ao publico antigamente: mansão mal
assombrada, ruídos ao fundo, algo escondido nas sombras, portas e paredes
rangendo e etc. Tudo isso, para criar um clima de apreensão e sempre esperando
para que o pior surja na tela.
Embora tenha se
consagrado em um filme mais violento como Jogos Mortais, Wan soube comprar a
idéia de Peli. Ao ver o filme, acredito que foi um trabalho de equipe, não de um
homem só, fazendo com que a obra jamais passe o ar de pretensão de nenhum deles
e se preocupando mais com a reação do publico. Patrick Wilson (Watchmen) e Rose
Byrne (X-Mem: Primeira Classe), estão bem como o casal desesperado perante o
fato do filho estar em estado de coma e ao mesmo tempo com as coisas estranhas que
vão acontecendo na casa.
O ato final onde é mostrado
dois dos personagens principais no mundo dos espíritos, que mais parece uma
realidade mais escura e ameaçadora do mundo onde eles vivem, rende inúmeros momentos
que provoca verdadeiros arrepios no cinéfilo e uma forma até bem original de
mostrar o outro lado desse mundo ainda desconhecidos para os mortais. Como é de
costume, o final deixa um belo de um gancho para uma inevitável continuação.
Sobrenatural:
Capítulo 2
Sinopse: No longa uma
família torturada por assombrações luta para descobrir um segredo aterrorizante
que os deixou perigosamente conectados com o mundo dos espíritos.
A trama começa exatamente aonde
o filme anterior havia terminado, mas essa seqüência pode muito bem ser vista por
aqueles que não assistiram a primeira parte. Isso foi conseguido, graças ao fato
dos produtores terem criado uma pequena sub trama, onde mostra o pequeno Josh
Lambert em 1985 tendo os mesmos problemas com o sobrenatural que teria o seu
filho futuramente. Após isso, retornamos ao presente, com Josh Lambert já
adulto (Patrick Wilson), mas agindo de uma forma estranha, após ter resgatado o
seu filho do mundo sobrenatural. Para piorar, ele se torna o principal suspeito
de ter matado a médium Elise (Lin Shaye).
Embora possa ser visto de
uma forma independente do primeiro, os produtores também foram gênios ao saber
explicar eventos não muito bem esclarecidos vistos no primeiro capítulo. Para
isso, fizeram com que alguns dos protagonistas perambulassem no mundo pós morte
(ou plano astral) e fazerem com que eles revisitassem tanto o Lambert pequeno do
inicio desse filme, como também aos eventos vistos do primeiro capitulo. Ou
seja: os produtores não só criam um engenhoso filme de horror, como também uma espécie
de viagem no tempo pouco visto dentro do gênero e que com certeza muitos irão
acabar se lembrando do segundo filme De Volta do Futuro como referencia.
Além disso, não faltam referencias
aos outros filmes de horror, que vai de Silencio dos Inocentes e até mesmo Psicose.
Se por um lado isso possa parecer uma verdadeira salada nesta mistura, por
outro prova que James Wan e Oren Peli são verdadeiros fãs do gênero e que
tentam ao máximo respeitá-lo. É claro que nem tudo é perfeito, pois o filme escorrega
em alguns momentos cômicos desnecessários, principalmente protagonizados pela
dupla de ajudantes da médium Elise, mas que não compromete muito.
O final em si, resolve todas
as pontas soltas de ambos os filmes e faz com que trama dessa família termine
por aqui. Contudo, os segundos finais da historia acabam criando dois caminhos,
onde á cine-série pode ir para uma nova trama independente dessa, ou inventando
uma mirabolante revelação, para que a vida do casal protagonista e de seus filhos
não fique sossegada por um bom tempo.
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