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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: A Bela que Dorme



Sinopse: Eluana Englaro está em coma vegetativo há 17 anos. Entre diversas polêmicas religiosas e morais, seu caso é levado ao parlamento italiano, que pode decidir desligar os aparelhos que a mantêm viva. O caso de Eluana reflete na vida de diversos personagens, com crenças e ideologias muito diferentes. Um senador de esquerda (Toni Servillo) , que sempre acreditou na morte digna para enfermos, sofre pressões do partido conservador pelo qual foi eleito. Sua filha, Maria (Alba Rohrwacher), é uma militante católica que decide protestar em frente à clínica onde ocorre a hospitalização de Eluana. No local, ela conhece Roberto, cujo irmão é um feroz defensor da eutanásia. Uma mulher, presa a aparelhos, pede em segredo ao marido que acabe com seu sofrimento, mas o pedido chega aos ouvidos da filha. Ao mesmo tempo, uma mãe bastante religiosa (Isabelle Huppert) cuida da filha em coma, enquanto negligencia o resto da família. Por fim, uma mulher dependente de drogas deseja a todo preço cometer suicídio, mas não consegue escapar à vigilância de um médico idealista, que pretende lhe dar uma nova razão para viver.

A bela que dorme de Marco Bellocchio (Vincere) mergulha numa discussão delicada que é a eutanásia, mas por conta de uma disposição caótica e multifacetada no que se referem aos personagens e ‘as situações vividas por eles, à eutanásia acaba sendo pano de fundo para os acontecimentos que ocorrem em três tramas, que embora independentes, possuem certa interligação. Talvez este fato incomode um pouco atenção do cinéfilo desavisado, em acompanhar com o mesmo interesse que aflora nos primeiros minutos de projeção. De alguma forma, Bellocchio se atrapalha um pouco nesse assunto tão delicado, estabelecendo pontos de interligação muito distantes ou nem tanto assim, mas desintegrados e sem conseguir amarrá-los para se aprofundar no foco principal.
Eluana Eglaro está em coma vegetativo há anos, gerando então discussões, moralmente, politicamente e religiosamente em todo país, se ela deve continuar viva ou se desligar os aparelhos seria o melhor para ela. Em meio a este conflito nacional,  Bellocchio mostra como o desejo pela morte, o horror ‘a morte, a moral por viver ainda que vegetando atinge diversas pessoas com problemáticas diferentes uma da outra, mas que atingem a mesma questão.
Algumas passagens valem o filme, outras não (o irmão problemático é uma delas). O conceito de morte e a relação entre os personagens, as cenas dos religiosos e principalmente o apego das pessoas em alguma crença, a motivação que cada um de nós possui para continuar vivendo. Bellocchio como sempre acerta na criação dos protagonistas. Ele é capaz de ir fundo nas emoções, sentimentos, dramas psicológicos, traçando personalidades bastante verossímeis e humanas.


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