Sinopse: Aos 21 anos
de idade, Rose Pamphule mora com seu pai e estar prestes a casar com o pacífico
filho de um garagista. Ela poderia virar uma dona de casa, mas a jovem tem
planos mais ambiciosos. Ela sai de sua cidade e tenta um emprego de datilógrafa
no escritório de seguros de Louis. Mesmo se suas habilidades como secretária
são fraquíssimas, o homem fica impressionado com a velocidade com a qual Rose
consegue digitar. Logo o espírito competidor de Louis se desperta: ele decide
aceitar Rose como sua secretária, contanto que ela treine para participar da
competição de datilógrafa mais rápida do país.
A Datilógrafa é um
filme de superações, que utiliza o gênero competição para se criar a historia e
que ao mesmo tempo se torna uma divertida comedia romântica. O roteiro entra na formula conhecida de um
aspirante e incrédulo participante, vivendo seus altos e baixos na preparação
pré competição até chegar a final tão sonhada. Nos já vimos esse filme, pois
basta lembrar Rocky, Karate Kid entre outros que se aproveitam da mesma idéia,
só que aqui isso serve como uma crítica a selvagem competição de ser sempre o
melhor a todo custo, dessa atual “política” da celebridade instantânea e assim
por diante.
Outro ponto
interessante do filme é que ele é ambientado nos anos 50 e sua caracterização
de época é sensacional, onde em muitos momentos, as imagens me lembraram os
primeiros sucessos da fase Nouvelle vague que aconteceu na frança. Essa escolha do estreante
diretor Regis Roinsard de ambientar tudo nos anos 50 e utilizar o que era
moderno e vanguardista na época para desenvolver a trama, consegue dar para o
espectador um leque de leituras do filme, fato que mesmo sendo uma comedia leve
e divertida faz pensar e muito sobre nas coisas, como por exemplo: como o tempo
é raro e rápido, o que hoje é o top da tecnologia, amanhã pode virar peça de
museu, e tudo isso no piscar dos olhos.
Com isso, se tirar uma lição, de que o tempo é preciso ser aproveitado ao máximo porque
ele se vai e termina, quando a gente menos espera. O belo elenco de astros conhecidos do cinema francês é outro ponto a favor do filme, sendo que o casal principal
Romain Duris e Déborah François apresenta uma bela química: impossível não
ficar durante todo o filme torcendo na formação do casal e além deles tem uma
participação pequena de Bérénice Bejo do filme O Artista e que acaba incrementando ainda mais brilho para a produção.
A Datilógrafa é muito
mais do que parece, sendo um filme que usa uma idéia já desgastada, mas que leva tudo de uma
forma leve, satirizando o tempo, mas consegue com sua trama bem elaborada fazer
pensar e inspirar mudança na perspectiva de futuro de quem assiste.
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