Conheço essa turma já há vários anos. Tudo começou em 1993 quando vi anunciar que na TV colosso iria começar a ser exibido um desenho animado intitulado X-men que era baseado em uma HQ. Na época devorava tudo que era relacionado a Batman, mas nunca ouvia falar desses mutantes. Ao comprar o meu primeiro gibi com eles (dos bons tempos do formatinho da abril) logo fui conquistado de cara e atualmente sei sobre tudo sobre o universo mutante.
Quando em meados de 1999 estava sendo produzido um filme baseado na HQ, comandada pelo estúdio Fox e dirigida por Brian Singer (Os Suspeitos) muitos fãs de todo mundo estava na maior ansiedade e no desespero, já que na época adaptações de HQ estava mau das pernas (principalmente após o horroroso Batman e Robin) mas após a estréia todo o medo foi dissipado, o filme foi um sucesso, gerou continuações e abriu novas portas para mais adaptações para o cinema e o resto é historia.
Abaixo vamos relembrar um pouco de cada filme que os mutantes protagonizaram. Uma espécie de aquecimento para o mais novo filme dos mutunas que chega agora neste final de semana.
X-MEN: O FILME
Sinopse: Em um futuro próximo há pessoas que são o próximo degrau na escada evolucionária humana, os mutantes. Dotados de um fator X em sua carga genética, cada mutante desenvolve um tipo diferente de poder e muitas vezes precisam aprender a controlá-lo, pois só se manifesta na adolescência ou mesmo quando se tornam adultos. Os mutantes sofrem um grande preconceito, pois os humanos em geral não entendem os poderes deles e temem que os mutantes, por serem superiores às pessoas comuns, irão perseguir a raça humana. Do lado dos mutantes, o combate a esse preconceito não acontece de modo uniforme. Alguns mutantes, os X-Men, são liderados pelo Professor Xavier (Patrick Stewart), um telepata, e pretendem vencer o preconceito por meios pacíficos, convencendo o público de que humanos e mutantes podem conviver em paz. No entanto a Irmandade dos Mutantes, comandada pelo temível Magneto (Ian McKellen), que pode alterar e modificar a estrutura dos metais, declarou guerra aos humanos, pois está cansado de tanta perseguição e humilhação. O ódio e o medo que os humanos sentem pelos mutantes está à beira do fanatismo, principalmente por causa de uma campanha antimutantes liderada pelo senador Robert Kelly (Bruce Davison). Particularmente dois mutantes serão envolvidos nesta luta: o primeiro é Wolverine (Hugh Jackman) que, dotado de incrível força, não lembra do seu passado; e o segundo éVampira (Anna Paquim), uma jovem que absorve toda a força vital de qualquer pessoa que ela toque, sendo que se o contato for um pouco prolongado esta pessoa morrerá. Estes dois mutantes são disputados pela Irmandade dos Mutantes e pelos X-Men, pois cada facção quer fortalecer seu lado. A diferença é que Xavier quer os mutantes para também ajudá-los a compreender e controlar seus poderes, enquanto Magneto precisa dos dois, Vampira em especial, para levar a cabo o plano de atingir os líderes mundiais, que pretendem decidir o futuro dos mutantes na Ilha de Ellis, Nova York.
Mesmo com baixo orçamento e com cronograma apertado, Brian Singer fez na época um filme que não só soube respeitar a mentalidade dos fãs das HQ como também soube atrair pessoas que nunca na vida leram uma HQ antes na vida. A grande sacada do roteiro foi tratar o assunto com pé no chão (algo que Richard Donner fez muito bem em Superman em 1978) e ser levado mais para o lado da ficção cientifica séria, ao mesmo tempo em que toca em assuntos espinhosos como o preconceito.
Apesar de um elenco semi desconhecido, cada um ficou muito bem encaixado em seus respectivos personagens como no caso da dupla de veteranos Patrick Stewart e Ian McKellen, respectivos Charles Xavier e Magneto, amigos de longa data mas que se tornaram inimigos devido suas idéias diferentes quanto ao futuro da raça mutante. As cenas em que ambos contracenam estão entre as melhores do filme.
Contudo o grande astro da trama fica mesmo nas costas de Hugh Jackman que parece que nasceu para ser o tão popular Wolverine. De um completo desconhecido na época, o ator virou astro da noite para o dia. Isso devido ao fato de, não interpretar somente um personagem tão querido pelo publico, mas porque também soube tirar melhor proveito de cada momento que esta em cena, principalmente das cenas de ação em que participa.
Visto hoje, o filme é uma espécie de prólogo do que estaria por vir.
Curiosidade: A produção de X-Men - O Filme foi recheada de problemas. Além da troca de Dougray Scott por Hugh Jackman no papel de Wolverine, a data de estréia do filme foi antecipada pelos executivos da Fox em quase 6 meses, o que fez com que o filme apenas fosse concluído poucas semanas antes da estréia oficial nos cinemas americanos. Além disso, as 500 cenas que utilizaram efeitos especiais foram encomendadas entre várias empresas, para que tudo ficasse pronto a tempo do lançamento;
X-MEN 2
Sinopse: Ainda vivendo em um mundo que os odeia, os mutantes passam a sofrer uma discriminação ainda maior quando um novo mutante provoca um ataque ao Presidente dos Estados Unidos, quase matando-o. A notícia faz com que a sociedade se manifeste ainda mais contra os mutantes, fazendo com que ganhe força o projeto do registro de mutantes. William Stryker (Brian Cox), um militar que tem experiência em lidar com mutantes e uma ligação com o passado de Wolverine (Hugh Jackman), torna-se um dos porta-vozes deste pedido, além de se tornar o responsável por um plano que tem por meta erradicar de uma vez por todas os mutantes. Com a autorização do Presidente, Stryker inicia uma grande ofensiva contra os mutantes, invadindo a mansão do Professor Charles Xavier (Patrick Stewart) e forçando que Magneto (Ian McKellen), que fugiu da prisão, se una aos X-Men para combater Stryker.
Por melhor que fosse o primeiro filme, muitos fãs reclamaram que o diretor estava muito tímido em fazer cenas de ação mais elaboradas. Mas qualquer duvida que tinham foi completamente dissipada já no inicio do segundo filme, quando um dos meus personagens mais queridos, “Noturno”, interpretado pelo ator Alan Cumming da um verdadeiro show de malabarismo e efeitos especiais onde dribla todos os seguranças da Casa branca.
A fantástica abertura serve como dica do que estava por vir no decorrer do filme. A temática adulta ainda estava lá, mas desta vez, o casamento das cenas de ação com uma ótima trama adulta flui muito melhor do que no filme anterior. Apesar de ainda centrar em seu astro Wolverine, a historia da espaço para os outros personagens como a sempre competentes cenas entre Patrick Stewart e Ian McKellen, Tempestade (Halle Berry) adquire mais espaço e Jean Grey (Famke Janssen) protagoniza momentos emocionantes no ato final.
Com começo e meio e fim, o filme funciona muito bem sozinho, mas a grande surpresa ficou para os segundos finais e deu uma grande dica do que estaria por vir numa eventual seqüência.
Curiosidade: Os atores Steve Buscemi e Ethan Embry estiveram cotados para interpretar o personagem Noturno;
X-Men - O Confronto Final
Sinopse: É descoberta uma cura para os mutantes, que agora podem optar por manter seus poderes ou se tornarem seres humanos normais. A descoberta põe em campos opostos Magneto (Ian McKellen), que acredita que esta cura se tornará uma arma contra os mutantes, e os X-Men, liderados pelo professor Charles Xavier (Patrick Stewart).
Mesmo com a saída de Brian Singer apartir do terceiro filme (ele iria na época fazer o novo Superman) Brett Ratner (Dragão Vermelho) não fez feio na direção, principalmente pelo fato que tentou manter intacto a imagem e o enredo que Brian havia criado para a cine serie, muito embora esse terceiro capitulo foi o que mais focou em inúmeras cenas de ação e um numero maior de personagens mutantes que desfilam na tela, por vezes, desnecessário.
Mas assim como aconteceu no segundo, a trama é inspirada, momentos inesperados e emocionantes acontecem e novamente o tema sobre preconceito contra os mutantes é levado a um grau maior quando inventam uma possível cura para se livrar dos poderes e com isso gera inúmeros debates sobre a escolha ou não de ser normal ou diferente das outras pessoas.
De uma forma geral, o filme fecha a trilogia satisfatoriamente, mesmo não tendo agrado 100% a todos.
Curiosidade: Foi construída uma réplica da Golden Gate com 762 metros, para a realização de uma cena.
X-MEN ORIGENS: WOLVERINE
Sinopse: A Equipe X é formada apenas por mutantes, tendo fins militares. Entre seus integrantes estão Logan (Hugh Jackman), o selvagem Victor Creed (Liev Schreiber), o especialista em esgrima Wade Wilson (Ryan Reynolds), o teleportador John Wraith (Will i Am), o atirador David North (Daniel Henney), o extremamente forte Fred J. Dunes (Kevin Durand) e ainda Bradley (Dominic Monaghan), que manipula eletricidade. No comando está William Stryker (Danny Huston), que envolve alguns componentes do grupo no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa Prateada (Lynn Collins).
O filme tinha tudo para ser fantástico, principalmente pelo fato de Wolverine, um personagem com tanta historia na bagagem, daria para se criar uma historia no mínimo interessante, mas não é isso que ocorre. A trama mostra a origem do personagem, mas de uma forma apressada e desperdiçada, além de inserir personagens demais que simplesmente não ajudam a melhorar a historia.
O filme só se salva pelo fato Hugh Jackman ter conseguido a simpatia do publico desde o primeiro filme mas isso só não basta. O que prometia para ser o inicio de uma cine serie somente com o canadense, pelo visto esta longe de acontecer.
Curiosidade: Pouco menos de um mês antes de seu lançamento nos cinemas uma cópia não finalizada de X-Men Origens: Wolverine foi lançada na internet. Apesar dos inúmeros downloads, houve uma campanha dos próprios fãs para que o filme fosse visto nas salas de cinema;
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