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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Cine Dicas: Estreias no final de semana (13/09/13)

Lovelace 

Sinopse: O filme conta a história de Linda Lovelace atriz que foi abusada pela indústria pornô a mando de seu marido opressor Chuck Traynor e ficou mundialmente conhecida ao protagonizar Garganta Profunda. Mais tarde tornou-se ativista contra a indústria pornográfica.
Invocação do Mal 

Sinopse: Os gêmeos Carey e Chad Hayes (Terror na Antártida A Colheita do Mal) escreveram o roteiro com base na história da família Perron assombrada nos anos 1970 em uma casa de campo na cidade de Harrisville Rhode Island. Patrick Wilson e Vera Farmiga vivem marido e mulher na trama Ed e Lorraine Warren um casal de demonologistas que na casa dos Perron encaram o caso mais medonho de suas carreiras.

Rush - No Limite da Emoção 

Sinopse: Rush No Limite da Emoção é situado na espetacular sexy e glamorosa era dourada da Fórmula 1 e conta a emocionante história de dois dos maiores rivais que o mundo já viu o bonitão playboy inglês James Hunt (Hemsworth) e seu metódico e brilhante oponente Niki Lauda (Brhl ). Acompanhando a vida deles dentro e fora das pistas Rush observa os dois pilotos enquanto eles se esforçam para atingir a máxima resistência física e psicológica onde não há atalho para a vitória nem margem para erros. Se cometer um erro você morre. 

Esse Amor que Nos Consome 

Sinopse: Gatto Larsen e Rubens Barbot são companheiros há mais de 40 anos. Eles acabam de se mudar para um casarão abandonado no centro da cidade, onde ensaiam com sua companhia de dança. O dia-a-dia da dupla envolve a criação artística e a crença nos orixás. Através da dança, eles marcam os territórios do Rio de Janeiro.
  
Eu, Anna  

Sinopse: Sem conseguir dormir direito há semanas devido à recente separação, o detetive Bernie Reid (Gabriel Byrne) ronda a cidade de madrugada. Ao atender uma chamada, ele parte para um apartamento onde encontra um homem morto. Lá vê de relance uma mulher, Anna Welles (Charlotte Rampling), que lhe chama a atenção. Eles apenas se conhecem realmente em uma festa de solteiros e não demora muito para que engatem um relacionamento. O que Bernie não imaginava era que Anna era a assassina que estava procurando.
  
Aviões

Sinopse: Bem acima do mundo de Carros chega a nova animação cômica de aventura e cheia de ação Aviões da Disney apresentando Dusty um avião que sonha em competir como piloto de alta altitude. Mas Dusty não foi projetado exatamente para competir e além disso ele tem medo de altura. Então ele recorre a Skipper um veterano avião da marinha que o ajuda a se classificar para enfrentar o atual campeão da corrida. A coragem de Dusty é posta à prova em um teste definitivo quando ele tenta atingir alturas que nunca sonhou alcançar dando a um mundo fascinado a inspiração para alçar voo.


Dose Dupla


Sinopse: Um agente especial e um perito em inteligência militar são contratados para roubar um banco. Logo eles descobrem que sua verdadeira tarefa é outra: eles devem investigar um ao outro. Para piorar a situação o mandante da tarefa é o mesmo banco que eles pretendiam roubar.



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Cine Dica: OS FILMES ESTÃO VIVOS na Sala P. F. Gasta

Os Filmes Estão Vivos é lançado em Porto Alegre
Sessão ocorre no sábado, dia 14 de setembro, às 19:30,
na sala P.F. Gastal

Depois de receber o Prêmio Especial do Júri e o Prêmio da Crítica no Festival de Gramado, o curta foi selecionado para a Janela Internacional de Cinema do Recife. Agora, finalmente, o filme vai ser lançado em Porto Alegre, em sessão especial na Sala P. F. Gastal (3º andar da Usina do Gasômetro).
 Os Filmes Estão Vivos acompanha Enéas de Souza em seis sessões de cinema pela cidade-luz. Da escolha dos títulos, chegando na reflexão e no debate sobre cada obra, o curta busca flagrar o pensamento vivo do autor de Trajetórias do Cinema Moderno (1965). Uma homenagem a Paris, ao Quartier Latin, às pequenas salas de arte e ensaio.
 Os Filmes Estão Vivos tem direção de Fabiano de Souza e Milton do Prado, e produção da Rainer Cine. Filmado no gélido janeiro de 2013, o curta passeia pela verve amoral de Ernst Lubitch, (One hour with you, 1932) e pela poética física de Robert Aldrich (Atack, 1956). A fuga do cinema clássico aparece na profusão dionisíaca de John Cassavetes (Husbands, 1970) como na ironia matreira de Sergio Corbucci (Django, 1966). O cinema contemporâneo também se faz presente com a poesia cotidiana de Hong Sang-Soo (A Visitante Francesa, 2012) e na discussão acalorada sobre Leos Carax e seu Holy Motors (2012).
Os Filmes Estão Vivos tem montagem de Vicente Moreno e edição de som e mixagem de André Sittoni. A música foi composta por Sergio Karam e Geraldo Fischer, em um processo inspirado pela trilha de Ascensor Para o Cadafalso (1959), de Louis Malle. Como Miles Davis, Karan e Fischer improvisaram a partir do contato direto com as imagens do filme. Deu caldo!
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OS FILMES ESTÃO VIVOS
Produtora: Rainer Cine
Co-produtora: Ponto Cego
Ano de Produção: Jul/2013
Local: Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Classificação: Livre
Duração: 25min
Sinopse: Enéas de Souza, crítico de cinema, viaja a Paris todos os anos, para se certificar de que lá os filmes estão vivos. Durante seis dias de janeiro de 2013, ele assiste a um filme por dia e revê sua relação com o cinema e a cidade.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Fabiano de Souza e Milton do Prado
Roteirista: Fabiano de Souza e Milton do Prado
Atores: Enéas de Souza
Direção de Fotografia: José Bódalo
Montador: Vicente Moreno
Música: Sérgio Karam e Geraldo Fischer
Som: Angel Alvarez
Transcrição: Joana Bernardes
Marcação de luz: Roberto Valduga e Bruno Polidoro
Produção de Base: Daniela Strack

SERVIÇO
O QUE: Lançamento do curta OS FILMES ESTÃO VIVOS
QUANDO: sábado, dia 14 de setembro, às 19:30. Em caso de lotação da sala, haverá mais sessões.
QUANTO: na faixa!
ONDE: Sala P.F. Gastal - Usina do Gasômetro (João Goulart, 551).

CONTATO
Rainer Cine – (51) 3062-0968
Milton do Prado: miltonrainer@gmail.com / (51) 9939-3689
Fabiano de Souza: fabianorainer@gmail.com / (51) 9939-8565
Daniela Strack: danistrack.rainer@gmail.com / (51) 9228-3708

Sala P. F. Gastal: salapfgastal@gmail.com / (51) 3289 8137

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: FERRUGEM E OSSO


Sinopse: Alain (Matthias Schoenaerts) está desempregado e vive com o filho, de apenas cinco anos. Ele parte para a casa da irmã em busca de ajuda e logo consegue um emprego como segurança de boate. Um dia, ao apartar uma confusão, ele conhece Stéphanie (Marion Cotillard), uma bela treinadora de orcas. Alain a leva em casa e deixa seu cartão com ela, caso precise de algum serviço. O que eles não esperavam era que, pouco tempo depois, Stéphanie sofreria um grave acidente que mudaria sua vida para sempre.

Existe um velho ditado que quando a coisa aperta, conseguimos então nos desvencilhar das amarras que nos fazem não seguir em frente para mudarmos de vida, ou então para alcançarmos os nossos mais simples objetivos. Quando Ferrugem e Osso se inicia, somos apresentados a dois personagens sem paixão, ou desprovidos de sentimentos e que passa a sensação de que não estão nem ai para com eles mesmos. É preciso algo que aperte ambos, que os faça sentir serem humanos novamente, nem que para isso quase custe à vida de um deles.
No mais novo filme do cineasta francês Jacques Audiard (O Profeta) ele nos joga numa realidade onde as pessoas buscam um sentido na vida, ou pelo menos um caminho para que voltem a sentir amor pelo próximo e também consigo mesmo. Stéphanie (Marion Cotillard numa interpretação espetacular) é uma treinadora de orcas, que embora seja especialista no assunto, aparenta não mais sentir paixão pelo que faz. Durante uma apresentação, ela sofre um grave acidente, que há faz perder as pernas e cair numa depressão profunda.     
Dias antes, ela havia conhecido Alain (Matthias Schoenaerts), segurança de uma boate onde ela estava. Alain é divorciado, vive de bicos e precisa cuidar do seu pequeno filho que não sabe direito como amá-lo. Após meses sem se verem, Stéphanie decide reencontrá-lo, para que ele possa ajudá-la a ter os seus primeiros dias de saída após o trágico evento que ela teve.        
A partir do momento que ambos começam a se encontrarem, esperasse uma espécie de formação de palco para o inicio de um romance, mas não é bem assim que as coisas acontecem: ambos a principio são frios um com o outro, mas Stéphanie  é que da os primeiros passos em voltar saber o que é viver. Já Alain possui certa dificuldade ou até mesmo medo em tentar se relacionar com outras mulheres, Ele se sente somente seguro com elas ao praticar sexo sem amor algum, para então sempre se sentir-se livre, mas ao mesmo tempo sem rumo e com nenhum objetivo na vida.    
Por incrível que pareça, Stéphanie se torna uma espécie de força de exemplo maior para Alain  seguir, principalmente no momento em que ela usa próteses e começa a praticar os seus primeiros passos. Isso faz com que ele volte a praticar o que ele sempre sabia fazer de melhor: lutas de vale tudo, onde ele sempre saia como vencedor e começa a lutar em brigas ilegais para ganhar um bom dinheiro. Um se torna a força matriz do outro e vice versa.
Assim como em O Profeta, Jacques Audiard cria com esses dois personagens, uma analise sobre o comportamento humano contemporâneo perante aos obstáculos e consigo mesmo. Na realidade tentar se domar e desvencilhar de pensamentos que antes o faziam pessoas frias, talvez seja tão difícil quanto superar um acidente traumático, que aqui no caso, o evento fatídico faz com que Stéphanie volte a sentir o que é realmente viver: a cena em que ela volta ao seu local de trabalho e se reencontra com uma orca no aquário, não só faz com que ela volte a sentir os velhos hábitos com gosto, como também faz as pazes consigo mesma, numa cena poética e desde já uma das melhores do ano.     
O ato final da trama é dedicado mais ao próprio Alain, que da pior maneira possível, acaba se dando conta que num mundo frio como esse, em que a vida pode sem querer acabar de uma forma tão estúpida, é preciso num determinado momento do trajeto procurar por aqueles que ainda se importam com ele. Mesmo quando ele deu todos os motivos errados para que as pessoas que ele gostava se afastassem. O titulo Ferrugem e Osso no final das contas, tem haver com aquele gosto amargo que a pessoa sente na boca após um determinado fracasso, mas basta abaixar a guarda para a pessoa certa, para que ele volte então sentir o lado doce da vida.
Singelo, poético e cheio de significados, Ferrugem e Osso é aquele tipo de filme que você sai do cinema com um gosto bom na boca de querer mais e de desejar ter a mesma força de vontade que os protagonistas tiveram durante a trama. Desde já, um dos melhores filmes do ano. 

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Os Amantes Passageiros

Leia a minha critica já publicada clicando aqui.


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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Boa Sorte, Meu Amor

FILME DE ESTREIA DO CINEASTA DANIEL ARAGÃO, SERÁ LEMBRADO COMO UM DOS MELHORES EXEMPLOS DO NOSSO BOM CINEMA VINDO DE PERNAMBUCO.  
Sinopse: Recife, Pernambuco. Dirceu (Vinícius Zinn) tem 30 anos e vem de uma família aristocrata do sertão nordestino. Ele trabalha em uma empresa de demolição, ajudando nas diversas transformações que a cidade tem passado nos últimos anos. Ao encontrar Maria (Christiana Ubach), uma estudante de música com alma de artista, ele passa a sentir a urgência por mudanças em sua própria vida.

A Globo Filmes que me perdoe, mas é de Pernambuco que está vindo o cinema brasileiro de verdade e que com certeza é a mais nova onda do nosso cinema. Enquanto a Globo Filmes e outros estúdios de porte optam por filmes mais voltados para o lado comercial (vide as comedias descartáveis), os cineastas pernambucanos decidiram ir contra essa maré, ousando mais na narrativa, se arriscando até mesmo no modo de se filmar e buscando algo de original.  Boa Sorte, Meu Amor, se destaca justamente ao convidar o publico em assistir algo fora dos padrões do nosso cinema e surpreendentemente sendo um filme de estréia de Daniel Aragão.   
Todo rodado em preto e branco, o longa-metragem leva o espectador em uma história aparentemente simples, mas graças ao modo de se apresentar a trama, que faz com que ela se torne incomum. O romance entre o arquiteto Dirceu (Vinicius Zinnto) e a estudante Maria (Christiana Ubach, ótima), é apresentado em três atos distintos, o que acabou me lembrando muito os últimos filmes de Lars Von Trier. Curiosamente, não ficamos muito interessados sobre o destino do casal Dirceu e Maria, mas sim durante o seu desenvolvimento, que nos hipnotiza e da à sensação de que alguns momentos estarmos presenciando um sonho ou outro plano de uma realidade dentro da historia. 
A bela fotografia, onde Luz e sombras criam um verdadeiro mosaico de imagens, nos remete aos melhores momentos do nosso cinema como Vidas Secas e Noites Vazias. Por muitas vezes, a trilha sonora soa em alto impacto, trazendo ao filme uma sensação de duvida e sem se preocupar em nos dar grandes explicações sobre o do porque dela surgir em determinado momento. Cabe então o próprio espectador que assiste em tirar suas próprias conclusões, de acordo com as imagens que ele vê na tela. 
Se formos para um lado mais simples para compreendermos, Boa Sorte Meu Amor, é uma obra cuja suas raízes se encontram no Cinema Noir, Cinema Expressionista Alemão e obviamente algo que nos lembra o nosso próprio Cinema Novo. Contudo, o primeiro exemplo é mais fortalecido, principalmente pela primeira aparição de Maria, que mais lembra uma dama fatal dos filmes policiais antigos. Sua primeira cena do filme é com certeza um dos momentos mais lembrados da obra, pois o diretor focaliza somente o seu rosto, com o seu olhar penetrante e sem nos apresentar o que ela esta fazendo exatamente naquele determinado momento.  
Curiosamente, Maria acaba se tornando uma espécie de "Hosebud" do filme de Aragão: quem é ela e de onde realmente veio? São perguntas que nos assombra, não só o espectador como também o personagem Dirceu que se apaixonou por ela.
As perguntas que ficam em torno sobre a protagonista, por muitas vezes se torna uma espécie de pano de fundo para explorar os temas atuais de Recife, cenário onde se desenvolve a trama. A maneira como é apresentado à cidade, me fez lembrar muito as outras obras já conhecidas como O Som ao Redor e Era uma Vez Eu Verônica, que com certeza daqui nos próximos anos serão lembrados como pilares desse novo movimento do nosso cinema.    
O ato final nos reserva momentos primorosos, onde o personagem Dirceu, em busca de sua amada, acaba na realidade dando de encontro com suas raízes e que por sua vez, esse momento de “descubra a si mesmo”, acaba por enlaçando com os primeiros minutos da trama, onde é revelada sua verdadeira origem. De quebra, o diretor aproveita para fazer uma divertida homenagem aos faroestes dirigidos por Sergio Leone, que alias, foi lembrado anteriormente no filme Faroeste Caboclo neste ano. Após a sessão, fica a duvida no que Daniel Aragão irá nos apresentar em seu próximo filme, pois se em sua primeira obra que ele dirige surpreende, imagine o que virá depois. Isso vale também para os próximos filmes Pernambucanos que estarão chegando em breve e nos cinéfilos temos mais que agradecer.

Aprenda como se faz Globo Filmes.    

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: HOMEM DE FERRO 3


Embora com certo atraso, finalmente destaco aqui o lançamento do DVD e Blu-Ray do Homem de Ferro 3, que se tornou neste ano (por enquanto) a maior bilheteria da temporada. Dos extras do Blu-ray, destaco como eles fizeram a cena de ação envolvendo o ataque ao Força Área Um, em que o nosso herói salva inúmeras pessoas em queda livre, que desde já, é uma das melhores cenas de ação do ano.

Portanto corram para lojas e aproveitem. Leiam minha critica já publicada clicando aqui.

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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Cine Clássico: DEBI & LÓIDE – DOIS IDIOTAS EM APUROS

COM O ANUNCIO DA SEQUENCIA CONFIRMADA, RELEMBREMOS UM POUCO DE UMA DAS MELHORES COMÉDIAS DOS ANOS 90.  

Sinopse: Lloyd Christmas (Jim Carrey) e Harry Dunne (Jeff Daniels) são dois homens extremamente estúpidos. Quando Lloyd leva até o aeroporto Mary Swanson (Lauren Holly), uma bela mulher que vai para Aspen, Colorado, acredita que Mary perdeu uma mala. Na verdade ela “esqueceu” no saguão, pois dentro dela está uma grande soma para pagar o resgate do marido, mas antes que os seqüestradores peguem a valise Lloyd a recupera e tenta lhe entregar. Como o vôo já partiu e ele se sente atraído por Mary, convence Harry para irem até Aspen para devolver o dinheiro. Na viagem se envolvem em várias confusões, além de serem perseguidos pelos seqüestradores.

A primeira vez que eu assisti a esse filme foi lá atrás nos anos 90. Naquela época eu tinha somente um vídeo cassete, não alugava muito nas locadoras da cidade (que eram péssimas) e somente esperava um filme inédito para então gravar nas fitas que eu comprava. Já naquele tempo conhecia Jim Carrey, graças ao sucesso gigantesco que foi de O Mascara e já havia assistido O Mentiroso e Batman Eternamente. Mas faltava então a sua melhor e mais divertida atuação no cinema.
Num primeiro momento a historia não tem nada demais: Lloyd se apaixona por uma linda garota (Lauren Holly) no aeroporto, mas ela acaba esquecendo-se de uma maleta e é então que ele convence o seu melhor amigo Debi (Jeff Daniels) a ambos pegarem o pé na estrada e ir atrás dela. O que eles não sabem é que têm assassinos atrás deles, que estão atrás da maleta e é ai que as situações complicam, mas para melhor.  
O grande charme do filme está no fato de ser um verdadeiro road movie, onde a dupla desmiolada (com o seu cachorro móvel), se metem em inúmeras situações para lá de engraças e inusitadas: o sal que deu azar no restaurante, o momento que Lloyd usa garrafas de cerveja para satisfazer suas necessidades, a parição surpresa num banheiro de um posto de gasolina e etc. Mas o ápice de todo o filme está numa situação em que não acontece realmente, mas sim num momento em que Lloyd está sonhando com o seu grande amor e é ai que eu acredito que o publico do cinema não parou de rir.
No sonho, Carrey usa e abusa de caretas, piadas e movimentos de corpo inusitados, que nos surpreende pelo fato de não ser nenhum efeito especial como foi visto em O Mascara. Veja abaixo essa perola que talvez seja o momento mais engraçado dos anos noventa:

Mas com essa cena épica fica a pergunta: o filme pertence todo ao Carrey? Na realidade por pouco sim, mas Jeff Daniels também surpreende com inúmeros momentos com o seu Debi. Na verdade foi até uma surpresa na época, já que Daniels vinha de uma carreira onde ele atuava em papeis mais sérios como em Laços de Ternura. Mas assim como Steven Martim e  Peter Sellers (que na vida real aparentam seriedade), Daniels provou que tem uma veia cômica para dar e vender: a cena em que ele tem uma forte dor no estomago (artimanha feita por Lloyd) é disparado o seu melhor momento em cena.
O filme na época foi dirigido pelos irmãos Peter Farrelly e Bobby Farrelly, que viram o seu filme da noite pro dia se tornar a sexta maior bilheteria daquele ano e fez com que fortalecesse um novo subgênero dentro da comedia, que é a escrachada, que usa e abusam de piadas pesadas, que vão desde há pessoas com problemas de saúde, idosos e até mesmo animais. Eles voltariam a repetir a dose em 1998 em Quem Vai Ficar com Mary?, que novamente se tornou outro grande sucesso daquele ano para dupla. Revendo esse filme, fico me perguntando se essas mesmas piadas seriam usadas, num mundo hoje que o politicamente correto anda por ai, mas acredito que teria o seu publico.
Após os sucessos de comedias adultas como Ted, Se Beber não Case, Quero Matar o meu Chefe, Missão Madrinha de Casamento, que embora sejam inadequados para menores de 18 anos, mas que renderam horrores de bilheteria, os irmãos cineastas com certeza viram que era o momento de trazer a sua dupla de volta as telas. Resta saber se a seqüência que será lançada futuramente irá nos fazer rir até morrer como o anterior fez antigamente. Abaixo, segue as trilhas sonoras do filme, que com certeza embalaram inúmeras festas de muita gente. 

DEADEYE DICK – NEW AGE GIRL

THE SONS – TOO MUCH OF A GOOD THING

THE PRIMITIVES – CRASH

GIGOLO AUNTS – WHERE I FIND MY HEAVEN

THE COWSILS – THE RAIN, THE PARK, OTHER THINGS

CHASH TEST DUMMIES – MMM MMM MMM


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