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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Aprendiz'

Sinopse: Retrato sobre o jovem Donald Trump, buscando se destacar em Nova York nos anos 1970, e sua influência por Roy Cohn, o advogado que ajudou a moldá-lo. 

Ali Abbasi é um diretor iraniano que pegou gosto na realização de filmes que retratam a desconstrução da figura do monstro, do qual pode ser extraído tanto da ficção como também do nosso mundo real. No genial "Border" (2018) ele nos leva para um conto de fadas sombrio que ocorre justamente em nosso mundo, enquanto "Holy Spider" (2023) o monstro é meramente humano e que pode estar muito mais próximo de nós do que imaginamos. "O Aprendiz" (2024) se entrelaça muito bem com o último citado, mas que infelizmente é o retrato real de alguém que obteve o poder máximo dos EUA.

Com roteiro de Gabriel Sherman, acompanhamos os primeiros passos da carreira do empresário Donald Trump (Sebastian Stan) e que posteriormente se tornaria o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Na trama, acompanhamos ele erguer o império de negócios imobiliários da família enquanto tenta fugir de processos que o perseguem. Porém, é na relação que estabelece com o advogado Roy Cohn (Jeremy Strong) que Trump aprende as artimanhas e os truques necessários para se tornar poderoso.

É fácil ficarmos com o pé atrás antes de assistir a esse título, já que no passado tivemos vários longas que romancearam determinadas figuras do mundo político e que não correspondia com as nossas expectativas. Por outro lado, seria errôneo da nossa parte esperar um retrato de Donald Trump de um jeito mais estereotipado, ou bem vilanesco, assim como se fazia com Adolf Hitler nos filmes antigos. Porém, Ali Abbasi procura levar para as telas um Trump mais humano, o que não foge muito da figura contraditória que todos nós conhecemos.

No primeiro ato, por exemplo, assistimos um Trump querendo crescer no meio da elite de uma Nova York caindo aos pedaços, pois estamos nos últimos anos da década de setenta e cuja cidade vivia com inúmeras crises e que a deixava no fundo do poço. O jovem Trump tem a consciência que é preciso comer pelas beiradas para crescer neste cenário, nem que para isso venda a sua própria alma. Embora não seja o Diabo em pessoa  Roy Cohn, muito bem interpretado por Jeremy Strong, sabe muito bem quais as cartas que precisa usar para se manter no poder e aceita ser aliado de Trump para o mesmo crescer nos negócios, mas mal sabendo o que dali em diante estava criando.

Pode-se dizer que o primeiro ato o filme pertence a Strong, já que o seu Roy não possui escrúpulos e ensinando o futuro Presidente a jamais baixar a guarda nos seus investimentos, nem que para isso trapaceie e deixe até mesmo familiares pelo caminho. Com uma edição ágil, além de uma reconstituição precisa sobre o lado decadente da Nova York daqueles tempos, vemos ascensão de Trump crescer de forma gradual para entendermos como esse tipo de ser chegou ao maior poder do Planeta. Felizmente a sua figura não é algo caricato como nós imaginaríamos em um primeiro momento e muito disso se deve ao desempenho de Sebastian Stan.

Mais conhecido mundialmente como o Soldado Invernal do universo MCU, Sebastian Stan já demonstrou versatilidade nos seus trabalhos, pois basta pegarmos como belo exemplo "Eu, Tonya" (2017). Porém, o interprete simplesmente desaparece, ao saber construir para si um Trump no princípio inocente com relação aos negócios, mas também não escondendo a sua ambição de subir ao topo, nem que para isso comece a driblar as leis a todo custo. Vemos, portanto, a sua ascensão, possível queda, para então se dar conta que para sobreviver no sistema criado por lobos será preciso ser um caçador implacável.

Curiosamente, o filme é também um retrato sobre a promessa em obter a Utopia que os americanos tanto queriam naqueles tempos e que estava sendo prometido pelo Presidente Ronald Reagan. Donald Trump, por sua vez, era o garoto propaganda, que abriria Cassinos para atender aqueles que queriam obter dinheiro fácil e para assim ganhar grande prestigio. Mesmo sendo perseguido pela lei, Trump não recuava, tinha resposta na ponta da língua e sintetizando a personalidade televisiva que acabou se tornando um dia.

Claro que, no lado de cá da tela, o verdadeiro Trump irá odiar esse filme, principalmente ao revelar o seu lado frágil com relação as mulheres e na sua obsessão em jamais em demonstrar fragilidade. Ali Abbasi, por sua vez, falha um pouco na sua direção na reta final da produção, ao usar o personagem Roy como a figura arrependida ao dar vida a sua criatura maquiavélica, mas que contradiz sobre o que ele foi no início do longa. Trump, por sua vez, somente seguiu as regras do jogo, mas ao ponto de jamais recuar e obtendo um poder que coloca em xeque o futuro dos EUA e talvez do próprio planeta.

Embora irregular em alguns momentos, "O Aprendiz" se torna eficaz ao nos colocar diante dos ingredientes que moldaram Ovo da Serpente, ou melhor, o próprio Donald Trump. 

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Cine Dica: Sessão Comentada Clube de Cinema 15/10: "Até Que a Música Pare" na Cinemateca Paulo Amorim

Temos uma programação especial do Clube de Cinema de Porto Alegre para AMANHÃ (terça-feira, 15/10) às 19h30, com uma sessão comentada do filme "Até Que a Música Pare". Além da exibição, teremos a honra de receber Tula Anagnostopoulos, responsável pela montagem do filme, que participará de uma conversa mediada pelo nosso presidente, Paulo Casa Nova. É uma oportunidade única para conhecer mais sobre o processo criativo e os bastidores da obra, rodado na serra gaúcha.

"Até Que a Música Pare" acompanha Chiara, matriarca de uma família de origem italiana, que, após a saída dos filhos de casa, resolve se juntar ao marido em suas viagens de trabalho pelos botecos da região. O casal enfrenta os desafios de mais de 50 anos de vida em comum, em uma história tocante sobre companheirismo, mudanças e redescobertas.

Associados do CCPA têm entrada gratuita. Os ingressos para o público em geral estarão à venda na bilheteria por R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada). 


SESSÃO COMENTADA CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico)

Data: 15/10/2024, terça-feira, às 19h30


"Até Que a Música Pare"

Brasil, 2023, 100 min, 12 anos

Direção: Cristiane Oliveira

Elenco: Cibele Tedesco, Hugo Lorensatti, Elisa Volpatto

Sinopse: O terceiro longa da premiada diretora Cristiane Oliveira ("Mulher do Pai" e "A Primeira Morte de Joana") foi rodado nos belos cenários da serra gaúcha, entre os municípios de Antonio Prado e Veranópolis. A trama segue Chiara, uma senhora idosa e descendente de italianos, que decide acompanhar o marido em suas viagens como vendedor. Após anos dedicados à família, agora, com os filhos crescidos e fora de casa, ela se vê diante de importantes decisões sobre o seu futuro. Com diálogos em Talian (mistura do Português com a língua dos imigrantes que vieram do Norte da Itália), o filme foi premiado com os Kikitos de Melhor Atriz e Direção de Arte na Mostra Sedac/Iecine de Longas Gaúchos.

Contamos com sua presença, até lá!

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domingo, 13 de outubro de 2024

Cine Dica: Próxima Sessão CineClube Torres - 'Persépolis'

A programação de filmes de animação segue com "Persépolis" de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, na segunda-feira, dia 14, às 20h. Após a comédia da semana passada, um drama autobiográfico de animação, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, localizada na UP Idiomas. "Persépolis" é um filme, baseado na graphic novel autobiográfica homônima em quatro capítulos da Marjane Satrapi, escrito e dirigido pela Satrapi e por Vincent Paronnaud. No filme, uma jovem iraniana vivencia a queda do Xá e de seu regime brutal, no entanto, ela acaba se revoltando contra as imposições fundamentalistas do novo regime teocrático, especialmente contra as mulheres.

A animação segue uma técnica expressionista, investindo num preto-e-branco predominante e cenas coloridas em tons foscos. As vozes das personagens, em francês, são da Gabrielle Lopes (Marjane criança), Chiara Mastroianni (Marjane jovem e adulta), Catherine Deneuve (mãe) e a veterana Danielle Darrieux (avó). Premiado em França (dois Cesar, melhor filme de estreia e melhor roteiro, e prêmio do júri no Festival de Cannes) "Persépolis é uma obra historicamente abrangente e psicologicamente complexa, o que não a impede também de ser simultaneamente engraçada e profundamente tocante." (Pablo Villaça, Cinema em Cinema).

A sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada nas segundas feiras, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

O que: Exibição do filme “Persepolis”, integrado no ciclo de animações nacionais e internacionais.

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, dia 14/10, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917


sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Cine Especial: Clube de Cinema - 'O Espírito da Colmeia'

 Nota: Filme exibido para os associados no dia 06/10/24   

Para entender a proposta deste filme lançado em 1973 pelas mãos do diretor Victor Erice, é preciso entender que a trama se passa nos anos quarenta, numa cidade do interior espanhol, em pleno poder do ditador Francisco Franco. Porém, o filme está distante de ser político, mesmo tendo símbolos subliminares no decorrer do percurso, mas o que fala mais alto é o impacto que o clássico filme “Frankenstein” (1931) de James Whale causa na menina Ana (Ana Torrent).

A partir disso, ela começa a imaginar a chegada daquele monstro do cinema à fazenda onde mora com os pais e a irmã mais velha, Isabel. Esta última, com intenções peculiares, assusta Ana com brincadeiras questionáveis, reforçando a garota ingênua, o sentimento de medo e confusão mental sobre o que é real e ficção naquele mundo. Como seus pais estavam pouco presentes no seu dia a dia, só restava a Ana seguir as determinações da irmã e a coisa se complica quando ela ajuda um soldado desertor do exército. Seria ele a personificação do tal monstro “Frankenstein”? O filme ainda vai muito mais além para aqueles que apreciam uma análise mais a fundo do lado psicológico das crianças e o clássico “O Espírito da Colmeia” neste quesito não decepciona.

Essencialmente, a sensibilidade do filme dá luz àquilo que não pode ser visto ou tocado. É a presença do espírito sem corpo, como diz Isabel. Na medida em que o tempo passa, será o contato com e descoberta do corpo que iluminará a consciência da criança levando-a ao seu florescer. Victor Erice disse que o título veio de um livro sobre as comunidades das abelhas e da qual o fascinava.

É interessante a presença invisível do tal espírito a quem as abelhas parecem obedecer cegamente enquanto fazer seus deveres. No filme, o não visto, porém sentido, pensado, ouvido, lembrado, temido, está presente na vida das personagens que habitam um casarão frequentemente tomado pela luz da hora mágica sobre os vitrais das janelas com formatos de colmeia. O filme é permeado por um natural amarelo do sol iluminando a casa-colmeias e suas abelhas operárias sem muita consciência do espírito que as ronda. A cor da vida e do quente sol entrando na casa, nutrindo ainda a vida e as renovações.

Mas talvez o maior trunfo do cineasta esteja realmente na passagem da chegada do filme “Frankenstein” na cidade, além do vazio que é a vida dos pais de Ana e, claro, ao focar a própria Ana com um carinho que poucas vezes diretores conseguem com crianças. O diretor, por sua vez, consegue, entre outras coisas, filmar Ana Torrent realmente assistindo o filme “Frankenstein” pela primeira vez na vida, junto com todas aquelas crianças, e a imagem de seu rosto expressando medo e curiosidade simbolizam o que seria o filme de Erice daquele momento em diante.

A menina sorri apenas uma vez no filme inteiro, e está quase sempre com um semblante sério ou triste, mas mesmo assim é encantadora, um imã para os nossos olhos, talvez até por nunca interpretar, ela apenas e tão-somente é aquela Ana. O final do filme, emulando a famosa cena do filme de James Whale é tão lírica, sutil e tocante que pode chegar a causar inveja em muitos cineastas. Não me admiraria, por exemplo, se este filme serviu de inspiração para que Guilherme Del Toro para a realização do seu "O Labirinto do Fauno" (2006).

"O Espírito da Colmeia' é uma análise delicada sobre o olhar inocente perante a realidade complexa da vida adulta e ao mesmo tempo uma bela declaração de amor ao cinema.   

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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 10 A 16 DE OUTUBRO DE 2024

Os Bons Companheiros

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A cinesemana de 10 a 16 de outubro destaca a estreia de INVERNO EM PARIS, novo filme do diretor francês Christophe Honoré e com a participação da premiada atriz Juliette Binoche. Da França também seguimos com dobradinha das divas Huppert-Deneuve, protagonistas de SIDONIE EM PARIS E BERNADETTE – A MULHER DO PRESIDENTE.

Com a reabertura da sala Paulo Amorim, retomamos a concorrida Sessão Nostalgia. O título escolhido para este mês é "OS BONS COMPANHEIROS", de Martin Scorsese, uma instigante história de mafiosos que marcou o ano de 1990. Esta é a última semana para conferir os títulos brasileiros MOTEL DESTINO e AINDA SOMOS OS MESMOS. E, atendendo a pedidos, temos mais uma sessão do filme-concerto STOP MAKING SENSE.

Confira nossa programação completa e portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM

SESSÃO NOSTALGIA


DOMINGO, DIA 13 ÀS 14h – INGRESSOS À R$ 10.

OS BONS COMPANHEIROS

(Goodfellas - Estados Unidos, 1990, 145min). Direção de Martin Scorsese, com Robert De Niro, Ray Liotta e Joe Pesci. 16 anos. Drama.

Sinopse: Inspirado no livro de Nicholas Pileggi, o filme acompanha a história de Henry Hill, que cresceu no bairro do Brooklyn, em Nova York, e sempre sonhou em ser um gângster. Aos 11 anos, ele se torna um dos protegidos do mafioso James Conway e dá início a uma trajetória de poder, crimes e traições. O filme rendeu à Scorsese um Leão de Prata no Festival de Veneza, em 1990, e diversas indicações ao Oscar, Globo de Ouro e Bafta no ano seguinte.


15h – UM SILÊNCIO (NÃO HAVERÁ SESSÃO NO DIA 13) Assista o trailer aqui.

(A Silence - Bélgica/França, 2024, 100min). Direção de Joachim Lafosse, com Daniel Auteuil, Emmanuelle Devos, Matthieu Galloux, Jeanne Cherhal. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Astrid é casada com o famoso advogado François há 25 anos e tem uma vida de privilégios. No momento, François atua em um caso em que defende os pais de crianças sequestradas e que tem grande repercussão na mídia – mas, ao mesmo tempo, o equilíbrio do casal é abalado com a chegada de uma figura do passado que também busca justiça. O filme é baseado em um fato que abalou a Bélgica no final dos anos 2000.


17h – BERNADETTE – A MULHER DO PRESIDENTE (SESSÃO NOS DIAS 10, 12 E 15) Assista o trailer aqui.

(Bernadette - França, 2023, 95min). Direção de Léa Domenach, com Catherine Deneuve, Denis Podalydès, Michel Vuillermoz. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Bernadette se casou ainda muito jovem com o então aspirante à política Jacques Chirac (1932-2019) e o ajudou a crescer na carreira: ele foi prefeito de Paris, depois primeiro-ministro e finalmente presidente da França. Mas, como primeira-dama, Bernadette amargou alguns anos no ostracismo – até resolver lutar para conquistar um lugar de destaque no Palácio do Eliseu. O longa de ficção é baseado no documentário “Bernadette Chirac, Memória de uma Mulher Livre”, de Anne Barrère, que foi assessora de comunicação da ex-primeira-dama.


17h – SIDONIE NO JAPÃO (SESSÃO NOS DIAS 11, 13 E 16) Assista o trailer aqui.

(Sidonie au Japon - França, 2023, 95min). Direção de Elise Girard, com Isabelle Huppert, August Diehl, Tsuyoshi Ihara. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Sidonie é uma famosa escritora francesa que viaja ao Japão para o relançamento do seu primeiro livro. Ainda de luto pela morte do marido, Sidonie é recepcionada pelo seu editor japonês, que apresenta a ela os valores e as tradições do país oriental. Mas, em meio aos passeios e a novos possíveis sentimentos, a escritora ainda se sente assombrada pelo espírito do seu antigo companheiro.


19h – INVERNO EM PARIS - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Le Lyceén - França, 2024, 125min). Direção de Christophe Honoré, com Paul Kircher, Vincent Lacoste, Juliette Binoche. Pandora, 14 anos. Drama.

Sinopse: Lucas tem 17 anos e vê seu mundo desmoronar após a morte do pai. Apoiado pela mãe, o adolescente vai passar uns dias em Paris, onde seu irmão mais velho estuda. Nessa cidade repleta de possibilidades, Lucas vai conhecer pessoas de todas as índoles, enfrentar seus medos e, principalmente, tentar ser compreendido.  O longa é inspirado nas lembranças do próprio diretor.

SALA EDUARDO HIRTZ


14h15 – MOTEL DESTINO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 115min). Direção de Karim Aïnouz, com Fábio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha. Pandora Filmes, 18 anos. Drama.

Sinopse: À beira de uma estrada do litoral cearense, o Motel Destino recebe amantes a qualquer hora do dia. Mas por trás dos seus muros se desenrola uma história de amor, desejo e poder que envolve um rapaz que foge do seu destino, uma mulher presa em um casamento abusivo e um homem prepotente. O longa, que abriu o Festival de Gramado há duas semanas, participou da competição oficial do Festival de Cannes.


16h15 – AINDA SOMOS OS MESMOS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 91min). Direção de Paulo Nascimento, com Lucas Zaffari, Carol Castro, Edson Celulari, Nicola Siri. Paris Filmes, 14 anos. Drama político.

Sinopse: Em 1973, após o golpe de estado do general Augusto Pinochet, o Chile se tornou um dos países mais perigosos do mundo para quem tinha ideais de esquerda. Baseado em depoimentos de sobreviventes daquela ditadura, o filme acompanha o drama de Gabriel, um brasileiro que se abriga na embaixada da Argentina e divide lembranças e angústias com outros refugiados. Ao mesmo tempo em que Gabriel tenta saber do paradeiro da namorada, seu pai não mede esforços para resgatá-lo.


18h – PROIBIDO A CÃES E ITALIANOS (SESSÃO NOS DIAS 10, 12 E 15) Assista o trailer aqui.

(Interdit aux chiens et italiens – França/Itália/ Bélgica/Suíça, 2022, 70min). Documentário em animação de Alain Ughetto. Risi Filmes, 12 anos.

Sinopse: O diretor foi em busca das histórias dos seus antepassados para criar uma animação que combina a técnica do stop motion com imagens de arquivo. O personagem principal é seu avô, Luigi Ughetto, um homem determinado que saiu do norte da Itália no início do século XX e cruzou os Alpes para tentar uma vida melhor na França. Como tantos outros italianos, Ughetto também foi atrás da sua "La Mérica", onde acreditavam que o dinheiro crescia nas árvores. Entre muitas premiações, o longa venceu como melhor filme de animação no European Film Awards e ganhou o prêmio do Júri no Festival de Annecy.


18h – O DIA QUE TE CONHECI (SESSÃO NOS DIAS 11, 13 E 16) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 75min). Direção de André Novais Oliveira, com Renato Novaes, Grace Passô, Kelly Crifer. Malute Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Zeca tem uma rotina complicada, que inclui andar uma hora e meia de ônibus todos os dias para chegar ao trabalho, na biblioteca de uma escola. Mas a distância, a dificuldade de acordar cedo e alguns problemas de saúde dificultam ainda mais a vida do rapaz. Prestes a ser demitido, ele ganha o apoio de uma colega do trabalho, com quem descobre muitas coisas em comum.


19h30 – ATÉ QUE A MÚSICA PARE (NÃO HAVERÁ SESSÃO NO DIA 16) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 100min). Direção de Cristiane Oliveira, com Cibele Tedesco e Hugo Lorensatti. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: O terceiro longa da diretora (depois de “Mulher do Pai” e “A Primeira Morte de Joana”) foi rodado na serra gaúcha, entre os municípios de Antonio Prado e Veranópolis. A trama acompanha Chiara, uma senhora idosa e descendente de italianos, que resolve acompanhar o marido em suas viagens como vendedor. Ela sempre se dedicou à família e agora, sem os filhos em casa, terá que tomar algumas decisões importantes. A produção, com diálogos em Talian, ficou com os Kikitos de melhor atriz e direção de arte na mostra Sedac/Iecine de longas gaúchos.

*Na terça, dia 15, sessão comentada com a equipe e Clube de Cinema de Porto Alegre.

SESSÃO ESPECIAL

QUARTA, DIA 16 ÀS 19h30

STOP MAKING SENSE Assista o trailer aqui.

(Estados Unidos, 1984, 90min). Filme-concerto de Jonathan Demme. O2 Filmes, 12 anos.

Sinopse: O filme, em versão restaurada, captura a energia visceral da banda americana Talking Heads durante um show no Hollywood Pantages Theatre, em 1983. O grupo toca sucessos como "Psycho Killer", "Take Me to the River" e "Once in a Lifetime".


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 16,00 (R$ 8,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 20,00 (R$ 10,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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Cine Dica: Sessão Clube de Cinema 12/10: "Here" no Capitólio

Segue a programação do Clube de Cinema para o próximo sábado, na Cinemateca Capitólio às 10h15. O premiado filme belga "Here", de Bas Devos, é um convite a mergulhar nas delicadezas do cotidiano. Entre o sonho e a realidade, o filme nos guia pelos pequenos gestos e sutilezas que só se revelam a quem está disposto a apreciá-lo. "Here" foi vencedor do principal prêmio da seção Encontros do Festival de Berlim de 2023 e eleito o melhor filme da mostra pelo júri da FIPRESCI. Veja mais informações abaixo!

SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Cinemateca Capitólio (R. Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro)

Data: 12/10/2024, sábado, às 10:15 da manhã


"Here" 

Bélgica, 2023, 82 min, 10 anos

Direção: Bas Devos

Elenco: Stefan Gota, Liyo Gong, Cédric Luvuezo

Sinopse: Stefan, um imigrante romeno trabalhando em Bruxelas, está prestes a partir para passar as férias em seu país natal, sem saber se voltará. Preparando-se para a despedida, ele faz uma sopa com os últimos vegetais de sua geladeira, como um presente para amigos e familiares. No entanto, uma jovem belga-chinesa, Shuxiu, que trabalha em um pequeno restaurante enquanto realiza um doutorado sobre musgos, cruza seu caminho. A atenção dela ao invisível faz Stefan questionar sua jornada e seu destino, em um filme que celebra o respeito pelo tempo e pelo presente.

Sobre o Filme: Dois filmes com o mesmo tempo de projeção podem se diferenciar um do outro de acordo com o seu ritmo e do seu modo de ter sido filmado. Dependendo do diretor, há casos de o cinema ser mais contemplativo e fazendo com que determinada cena nos passes a sensação que o tempo acabe se deslocando e fazendo com que adentremos em um outro espaço e tempo. "Here" (2024) é um desses casos que a sua curta duração se difere dos filmes convencionais e fazendo para nós uma experiência incomum sobre o tempo que escorre ao nosso redor.

Dirigido por Bas Devos, de "Ghost Tropic" (2019), acompanhamos a história de Stefan (Stefan Gota), trabalhador da construção civil romeno que mora em Bruxelas e está prestes a voltar para casa. Durante sua despedida, ele prepara uma grande panela de sopa como presente para distribuir entre seus amigos e parentes. Durante o percurso ele conhece Shuxiu (Liyo Gong), uma estudante de doutorado belga-chinesa especializada em musgos que está realizando uma pesquisa na região.

Confira a minha crítica completa já publicada clicando aqui. 

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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Cine Dica: Streaming -'O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder'

Sinopse: Em uma época de paz, um grupo de guerreiros enfrenta o ressurgimento do mal na Terra-Média. Das profundezas escuras das Montanhas de Névoa, das majestosas florestas de Lindon, até os confins do mapa, o legado desses heróis é maior do que suas vidas. 

Quando a trilogia "O Senhor dos Anéis" (2001 - 2003) comandada por Peter Jackson se tornou um fenômeno sem precedentes não demorou muito para que outros grandes estúdios irem correr atrás de outros livros de fantasia para serem adaptados para as telas do cinema. Ironicamente, talvez o melhor sucessor deste sucesso tenha vindo somente pela tv através da série "Game Of Thrones", baseado nos livros de George R. R. Martin, cuja produção era equiparado a qualquer grande superprodução do cinema e sendo com teor mais adulto se for comparado ao universo criado por J. R. R. Tolkien. Em meio a isso, foi lançado a trilogia "O Hobbit" (2012 - 2014), novamente comandada por Jackson e que se tornaria também um grande sucesso.

Porém, havia outras obras para serem exploradas com relação a Terra Média. Tolkien foi um verdadeiro gênio da literatura, ao construir um universo rico de detalhes, não somente através dos seus livros, como também de poemas e cheios de significados a serem explorados. Eis então que temos até esse momento duas temporadas de "O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder" e que explora acontecimentos que moldariam a Terra Média que nós havíamos conhecido no cinema.

A trama se passa a mais de dois mil anos, onde não havia ainda Mordor, mas ameaça de Sauron já era uma realidade para aquele mundo. Por conta disso vemos a jovem Galabriel, sendo agora interpretada pela atriz  Morfydd Clark e que busca lutar contra o seu grande inimigo e para que assim a Terra Média viva novamente em paz. Ao mesmo tempo, conhecemos os descendentes dos Hobbits, o surgimento de um estranho que pode ser um futuro mago que nós conhecemos, o reino dos Elfos e dos anões, além do declínio do reino dos homens para a corrupção em busca pelo poder.

Visualmente a série não deve nada para as produções que foram feitas para o cinema, sendo que ela nos transmite tempos em que a terra ainda era nova e fazendo a gente desfrutar ainda mais daquela grandeza. O universo dos Elfos é ainda mais explorado, assim como os dos anões e retratando tanto os seus laços de amizade, assim como também suas desavenças que nasceram no decorrer da história. Embora a primeira temporada se torne um tanto que irregular devido aos diversos personagens que surgem na tela, ao menos na segunda os realizadores conseguem certo equilíbrio, principalmente ao focar ainda mais as peças centrais da trama como um todo.

Talvez o maior acerto da produção tenha sido mesmo darem corpo e voz ao vilão Sauron, sendo que na trilogia para o cinema nós o conhecíamos sempre como um grande olho em cima de uma torre. Porém, ele ganha vida através do ator Charlie Vickers, sendo que na primeira temporada ele nos é apresentado com outro nome, mas que gradualmente ele vai se revelando como o verdadeiro vilão dentro da história, porém, de uma forma que nos pega bem desprevenidos. Ponto para os produtores ao tornarem o personagem mais relevante e ao mesmo tempo humano diga-se de passagem.

Vale salientar que na época que a trilogia original havia sido lançada para o cinema o mundo ainda estava sentido as feridas pós 11 de Setembro, sendo que o discurso do personagem Sam visto ao final de "As Duas Torres" era uma forma de nos dar mais esperança em tempos sombrios que precisavam ser vencidos. Por outro lado, a série retrata um período em que a Terra Média estava em seu equilíbrio, mas que logo começa a perder tudo através da guerra, de grandes perdas e cuja história vai aos poucos sendo destruída. Coincidentemente, a série faz um paralelo sobre atual situação do Oriente Médio, onde países se atacam uns aos outros, onde vidas inocentes são perdidas e cuja história vai sendo deteriorada.

J. R. R. Tolkien foi alguém que viu o pior lado da história através da 1ª Grande Guerra e tendo uma noção sobre o que é sentir grandes perdas. Porém, ao ser um cristão, abraçou a esperança em meio a escuridão e para exorcizar os seus piores temores construiu através de sua escrita um universo que serviu de inspiração para diversas gerações, que agora obtém as suas adaptações e assim conquistando novos públicos. Com a sua crença, ele criou através do seu universo uma forma de nos dizer que, enquanto houver esperança, sempre haverá luz para combater as trevas.

"O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder" é uma grata surpresa para os fãs do universo criado pelo escritor   J. R. R. Tolkien e provando o quanto esse mundo fantástico pode ainda nos oferecer. 

Onde Assistir: Amazom Prime Vídeo. 

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