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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Cine Dica: "Geraldinos" estreia no CineBancários

O CineBancários estreia o documentário “Geraldinos”, dos cineastas Pedro Asbeg e Renato Martins, no dia 14 de julho. O filme foi vencedor da categoria Melhor Filme pelo voto do júri do Festival de Tiradentes 2016 e premiado no Rio de Janeiro, São Paulo e Milão.
“Geraldinos” será exibido nas sessões das 15h e 19h, dividindo a sala de cinema com “Teobaldo Morto, Romeu Exilado”, de Rodrigo de Oliveira, que fica na sessão das 17h. Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Novidade: agora aceitamos os cartões Vale Cultura do Banrisul, Banricompras, Visa e Mastercard.

GERALDINOS
Os primeiros minutos de “Geraldinos” dão a impressão de que ele é apenas um documentário saudosista, de homenagens e recordações. Ele é isso também, mas muito mais. Realizado ao longo de dez anos, “Geraldinos” leva o espectador a uma viagem pelas lembranças e pelos personagens de um período que parece já estar muito distante da realidade do futebol atual.
O filme, que estreou em 2015 no festival de documentários “É Tudo Verdade”, foi o vencedor de melhor filme no Festival de Tiradentes pelo voto do júri popular em 2016 e ganhou também prêmios no Rio, São Paulo e Milão, além de ter sido exibido em festivais na Espanha e na Alemanha.
Uma produção da Jacqueline Filmes e da Palmares Produções em co‐produção com o Canal Brasil e conduzido de forma paralela entre 2005 e 2014 (quando entrevistas exclusivas foram feitas com personalidades como Romário, Zico, Marcelo Freixo e Lúcio de Castro, entre outros), o filme navega entre o passado romântico e o presente cruel, mostrando que o Geraldino agora está afastado do estádio, vendo os jogos de seu time pela televisão.
Cariocas que frequentaram por décadas o mitológico Maracanã, Pedro Asbeg e Renato Martins filmaram os 10 últimos jogos da Geral, em 2005. 10 anos depois, o que se vê na tela é a mistura de emoções característica daquele ambiente.
Naquele espaço festivo e descontraído, a alegria imperava. Apesar da posição desfavorável à perfeita observação do jogo, o importante era estar lá dentro, fazer parte. Como lembra o historiador Luiz Antonio Simas em um depoimento para o filme, “Como se define um Geraldino? Não se define. E essa era a graça da Geral. Ali você poderia ir com seu radinho ouvindo o jogo, poderia dar voltas no estádio sem olhar para o campo ou poderia ir vestido de Cacique Tchucarramãe. A Geral era uma possibilidade.”
A posição estratégica, colada ao gramado, também permitia uma constante interação entre jogadores, treinadores e Geraldinos. Como conta Zico em seu depoimento para o filme, “Era uma delícia fazer gol e ir comemorar ali com os caras. Várias vezes tive vontade de pular daquele fosse e cair em cima deles.
Mas nem tudo era festa, havia muita provocação. Romário lembra que “Era legal pra caceta ouvir o Geraldino gritando “ei Romário, vai tomar no cu. Isso me motivava a fazer mais gols!”. Podemos então dizer que a Geral era também, um grande consultório onde, semanalmente, milhares de pacientes passavam por ali para seu desabafo, seu tratamento. De forma mais poética, o jornalista Lúcio de Castro define assim o encontro do Geraldino com o Maracanã: “O Geraldino era a expressão do Don Quixote. Ali era um momento de sonho, o único momento de sonho desse Don Quixote. Os moinhos de vento tinham ficado lá fora era o momento em que ele poderia sonhar.”
Foi também durante o período de 10 anos de produção do filme que nasceu a percepção de que as mudanças pelas quais passou o estádio refletem aquilo que a cidade do Rio de Janeiro vive há alguns anos. Como define o Deputado Estadual Marcelo Freixo, “O fim da Geral é o fim da concepção de um estádio e é a derrota de um projeto de cidade.”
A conclusão portanto é que, apesar da música ainda ser cantada a plenos pulmões na hermética arena que hoje apenas leva o mesmo nome, o Maraca não é mais nosso. Conseguiremos um dia reavê‐lo?

FICHA TÉCNICA
Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
Edição: Gabriel Medeiros
Direção de fotografia: Lula Carvalho, Pedro Von Kruger, Manuel Águas
Som direto: Marcel Costa, Felipe Machado, Guth Pereira
Pesquisa: Marcio Selem
Identidade visual: Tiago Peregrino
Trilha sonora original: Marcelo Yuka
Edição de som e mixagem: Damião Lopes
Correção de cor: Hebert Marmo
Duração: 1h15’
Produção: Jacqueline Filmes e Palmares Produções
Coprodução: Canal Brasil
Patrocínio: Rio Filme

GRADE DE HORÁRIOS
12 de julho (terça-feira)
15h - “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

13 de julho (quarta-feira)
15h - “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

14 de julho (quinta-feira)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

15 de julho (sexta-feira)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

16 de julho (sábado)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

17 de julho (domingo)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

19 de julho (terça-feira)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

20 de julho (quarta-feira)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

LUTO: Hector Babenco: 1946 – 2016



"Contento-me em ser uma pessoa não resolvida, porque acho que das minhas imperfeições, ainda sairão coisas interessantes"


Hector Babenco
  
Filmografia: 

2015     Meu Amigo Hindu        

2014     Falando com Deuses   

2007     O Passado      

2003     Carandiru

1996     Coração Iluminado       

1991     Brincando nos Campos do Senhor

1987     Ironweed         

1985     O Beijo da Mulher-Aranha        

1981     Pixote - A Lei do Mais Fraco

1977     Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia  

1975     O Rei da Noite Diretor  

1973     O Fabuloso Fittipaldi   
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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:



Game of Thrones 6ª temporada


Pelo fato do sexto livro ainda não ter sido lançado, muitos fãs ficaram com receio com relação à qualidade desse 6º ano, se ele cumpriria as expectativas e respondesse inúmeras questões que ficaram em aberto na temporada anterior. Eis que essa temporada, não só responde todas as dúvidas, como também supera todas as expectativas de uma forma jamais vista. É raro uma série de TV chegar ao sexto ano e manter o pique, mas é isso que acontece para quem assiste a Guerra de Tronos. 
Claro que o maior mistério do ano anterior foi sanado: Jon Snow (Kit Harington) está vivo e, pela primeira vez desde a segunda  temporada, finalmente é lançada uma luz de esperança para a família Stark, que até hoje se encontra separada devido aos inúmeros eventos das temporadas anteriores. Ausente na temporada anterior, Bran Stark retorna a trama e se tornado agora o Corvo de três olhos, cuja sua capacidade é revisitar o passado de sua família. Nessas viagens do tempo, o jovem acaba descobrindo um importante segredo e que poderá mudar o futuro da guerra que assola os sete reinos.
Claro que estamos falando de uma série imprevisível e esse ano não foi diferente, pois tivemos despedidas emocionantes de personagens queridos, mas ao mesmo tempo de odiosos. Mas se alguém que assistiu e achou que os episódios estavam se encaminhando para algo previsível, eis que os dois últimos são de tirar o fôlego. Se o penúltimo já começa de uma forma animalesca, com Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) protegendo a sua cidade com ajuda de seus três dragões, o episódio prossegue se superando com a "batalha dos bastardos" pelo poder do reino do norte e que entrou para a história como uma das melhores seqüências de guerra a campal da história.
Já o último episódio a vingança domina, com direito a belas melodias e mortes inesperadas aos montes. Em meio à carnificina, Cersei Lannister (Lena Headey) finalmente chega ao patamar do qual queria, mas com um preço altíssimo, do qual não terá mais volta. Os minutos finais do episódio amarram bem o destino de todos os personagens centrais e dando a entender que a série finalmente está chegando a sua reta final. O inverno está chegando e nós estamos ansiosos por isso. 
 

Orange is the new black 4ª temporada


Particularmente a série poderia ter encerrado no ano anterior, já que a cena final de todas as presidiárias nadando e curtindo em uma lagoa próximo a prisão poderia fechar o programa com chave de ouro. Porém, Orange is the new black é um dos carros chefes da Netflix e encerrá-la agora, pelo menos para os donos do site, seria um tiro no pé. Eis que agora retornamos naquele presídio, onde vemos algumas pontas soltas serem resolvidas já no início, mas algumas somente concluídas mais pela frente.
Para a felicidade dos fãs, Nicky Nichols (Natasha Lyonne) retorna para a série. Sumida desde o terceiro episódio da temporada anterior, a personagem estava presa na detenção máxima e tentando se recuperar do seu vício das drogas. Novamente ao lado de suas colegas, a personagem vive na corda bamba, ao tentar viver careta, mas com o desejo de cair novamente na tentação. 
Lutar contra os demônios interiores é o forte desse quarto ano, onde vemos cada uma das presidiárias tendo que enfrentar novas mudanças, desde novas inquilinas do lugar, como também o surgimento de novos guardas, sendo cada um deles um pior do que o outro. Entre o humor negro e crítico, a série dá lugar a momentos opressores, dos quais tememos pelos destinos de cada uma delas. Se fôssemos simplificar, o quarto ano seria uma espécie de representação da onda de violência que anda assolando os EUA e as expectativas pelas novas eleições, que podem futuramente gerar um grande retrocesso com relação às conquistas do socialismo por lá. 
Com um grande gancho deixado para o final, e com uma despedida singela de uma querida personagem, fica difícil prever o futuro e durabilidade de Orange is the new Black, pois esse quarto ano, por melhor que ele seja, há indícios que alguma coisa precisa ser mudada daqui para frente.      


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Cine Curiosidade: Cris Lopes e Euler Santi estrelam filme produzido durante Festival de Cinema Festcine Poços de Caldas


A atriz Cris Lopes e o ator e roteirista Euler Santi atuarão juntos no próximo filme que será rodado durante o Festival Nacional de Cinema Festcine Poços de Caldas 2016. Cris Lopes e Euler Santi idealizaram a Oficina Prática de Produção de Curta-Metragem em parceria com o Diretor Rodney Borges que dirigirá o filme e o Diretor do festival Bruno Benetti, realizador do Festcine Poços de Caldas.
"O objetivo é gerar oportunidade para novos talentos e apaixonados pelo cinema, para aplicarem seus conhecimentos de produção ao lado de profissionais experientes que estão liderando as equipes do filme e diretores e atores já premiados em festivais nacionais e internacionais de cinema." afirma a atriz Cris Lopes.
O filme tem roteiro adaptado de Euler Santi baseado na obra do autor francês Jacques Rigaut. A arte e a direção de fotografia do filme, inspiradas no filme Hotel Budapeste, será do Diretor Rodney Borges (já recebeu Menção Honrosa de Produção Técnica e seu último filme foi selecionado em festivais internacionais na Itália e no Uruguai.
Elenco principal do filme: atriz Cris Lopes (longa canadense FREER com estréia Canadá & USA em 2017), ator Euler Santi (protagonista do longa Emil-Palestra sobre Nada),  Marcelo Leme,  Leo Zincone, Wanessa Brazil e Marília Duarte.
 
Em breve mais novidades e Making Of do filme. Enquanto isso, confira a programação: http://www.festcinepocosdecaldas.com.br/programacao/
Canal da atriz Cris Lopes: Cinema & Tv: https://www.youtube.com/c/CRISLOPES_Atriz_Apresentadora_Artista_Actress

terça-feira, 12 de julho de 2016

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:

NISE - O CORAÇÃO DA LOUCURA
Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 

                           NOSSA IRMÃ MAIS NOVA

Sinopse: Três irmãs estão em luto pelo pai que não viam há 15 anos. Apesar da distância, elas se sentem tristes. Mas veem uma chance de manterem a lembrança do pai por meio da meia-irmã, a adolescente tímida Suzu Asano (Suzu Hirose), que vai morar com as elas.
Com seu ritmo lento e silencioso, quase inaudível, com câmera flutuante que lembra Antonioni, Hirokazu Koreeda (Pais e Filhos) é um cineasta que parece valorizar os detalhes em sua plenitude. Da poesia de rotina familiar conturbada, faz um cinema marcado por sutilezas, dando tempo de o espectador respirar e refletir sobre a vida, as relações humanas e a morte. Sentimentos universais, portanto, demasiadamente humanos.


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