Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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FILMES INÉDITOS DE EDUARDO COUTINHO NA SESSÃO AURORA
Neste sábado, 26 de abril, às 20h15, a
Sessão Aurora apresenta na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), em parceria com o
Instituto Moreira Salles, os últimos filmes finalizados por Eduardo Coutinho, inéditos em Porto Alegre:
AFamília de Elizabeth Teixeira e Sobreviventes de Galileia, reencontros com personagens de sua obra-prima,
Cabra Marcado Para Morrer. A entrada é franca.
Depois
da conclusão de Cabra Marcado Para Morrer (1964-1984), Eduardo Coutinho
manteve contato regular com Elizabeth Teixeira, mas não com
seus filhos. No início de 2013, o realizador faz uma visita a Elizabeth
e sua família no Rio de Janeiro e na Paraíba. O resultado desse
encontro está no filme
AFamília de Elizabeth Teixeira. Em Sobreviventes de Galileia, o cineasta vai a Pernambuco para reencontrar dois outros personagens de seu filme: Cícero e João José (o Dão da Galileia).As duas obras fazem parte dos extras do DVD de Cabra Marcado Para Morrer, lançado pelo Instituto Moreira Salles.
Sinopse: Elise (Veerle
Baetens) e Didier (Johan Heldenbergh) se apaixonam à primeira vista. Ele é um
músico romântico e ela a realista dona de um estúdio de tatuagem. Apesar das
diferenças, o relacionamento dá certo e eles têm uma filha, Maybelle (Nell
Cattrysse). Aos seis anos a menina fica gravemente doente e a família se
desestabiliza.
Num ano em que Azul é
a cor mais quente foi excluído (injustamente) no Oscar, na categoria de melhor
filme estrangeiro, até que fiquei satisfeito com A Grande Beleza ter saído como
vencedor. Mas ao assistir Alabama Monroe,percebo
que ainda vai levar um bom tempo para os membros da academia pararem de errar. Para mim, o filme entra facilmente entre os melhores do ano em cartaz em nosso
país.
O longa é baseado em
uma peça de teatro, escrita por Johan Heldenbergh e Mieke Dobbels. O cineasta Felix
Van Groeningen assistiu ao espetáculo e pediu autorização dos autores para
fazer o filme após ficar enfeitiçado pela trama do casal central. A adaptação
para a telona foi escrita pelo próprio cineasta em parceria com o roteirista
Carl Joos.
Johan Heldenbergh pulou
dos palcos para a tela de cinema também como ator, interpretando Didier que faz
par amoroso com Veerle Baetens (Elise Vandevelde, extraordinária), dona de um estúdio de
tatuagem e sendo que ela própria ter inúmeras belas tatuagens em seu corpo. Ele,
líder de uma banda de bluegrass (um estilo de country), entra no estúdio de
tatuagem de Elise e depois fala para ela que uma banda tocará e que ele estará
por lá. Uma oportunidade para ela surgir e se surpreender ao perceber que ele é
o vocalista.
Daí, o relacionamento começa, culminando com uma filha e ela mesma
fazendo parte da banda no final das contas. O relacionamento digno de contos de
fada contemporâneo só é desestruturado quando a filha Maybelle (Nell Cattrysse)
é diagnosticada com câncer. As diferenças do casal são então ressaltadas pelo
arraso emocional, com direito a brigas e sobre a diferença de pensamentos com relação
a religião e crenças.
Mais do que um filme
sobre superação com relação a perdas de entes queridos, o filme atinge de uma
forma arrasadora sobre temas como o “não avanço” sobre pesquisas sobre células do
tronco x religião, sendo que esse ultimo é representado por inúmeras igrejas que se dizem a voz do mundo, mas que por vezes somente atrasa a
tentativa de salvar as vidas em risco. O drama com sinais de
que tudo vai acabar (aparentemente) bem, pode remeter a Romeu e Julieta com um
final dramático.
O enredo é contado com viagens no passado e no tempo real e a
trilha sonora merecer destaque (tanto que alcançou o primeiro lugar nas parada
no país de origem). Composta por Bjorn Eriksson, e interpretada pelos atores
Veerle Vaetens e Johan Heldenbergh, também chama atenção no filme. A trilha já
alcançou o número 1 em vendas na Bélgica. Fora a indicação ao Oscar,
eles já levaram o Prêmio FIPRESCI de Melhor Filme Estrangeiro no Palm Springs
International Film Festival. Alabama Monroe ainda foi premiado no Festival de
Berlim (prêmio do público de Melhor filme de Ficção e o Label Europa Cinemas),
recebeu dois prêmios no Festival de Tribecca (melhor atriz e melhor roteiro),
levou 9 prêmios Ensor na grande premiação belga, o Ostend Film Festival, e
também concorre ao prêmio de audiência no European Film Awards 2013.
Um belo filme com inúmeras
camadas de leituras, sendo que pode ser muito bem visto, tanto para aqueles que
seguem uma crença mesmo que cegamente, como também para aqueles que se dizem
ateus, mas que no fundo não negam de que há algo no ar lá fora.
A segunda edição da
Sessão Plataforma de 2014 traz à Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) na quinta-feira, 25 de abril, às
20h30, o filme
Viola, do jovem realizador Matías Piñeiro, um dos destaques do cinema argentino contemporâneo. A reprise acontece no sábado, às
19h.
Em
seu terceiro longa-metragem, Piñeiro apresenta um grande frescor
cinematográfico, usando seus personagens e os artifícios da
representação para explorar
a obra de William Shakespeare. Em sua curta e intensa filmografia, o
diretor vem explorando a interação entre cinema e literatura, fugindo do
lugar comum das adaptações. Segundo Piñeiro, “não são adaptações, pois
não me interessa levar adiante uma obra inteira.
Me colocaria numa burocracia narrativa que não me seduz, que não
acredito que possa resolver bem agora mesmo.”
Revelação
do cinema latino-americano, Matías Piñeiro é visto como uma das mais
sensíveis e sofisticadas novas vozes da filmografia contemporânea da
Argentina.
O realizador tem percorrido importantes festivais ao redor do mundo,
apresentando Viola em Berlim, Toronto, Cartagena, Copenhagen, Valdívia,
onde conquistou Prêmio Especial do Júri, e no BAFICI Buenos Aires, onde
conquistou o Prêmio FIPRESCI.
_Viola
dir: Matías Piñeiro, 65min, ARG, 2012.
- 63ª Berlinale - Berlin International Film Festival – Forum
- Toronto International Film Festival
- Valdivia International Film Festival (Prêmio Especial do Juri)
- CPH:PIX
- Cartagena International Film Festival
- BAFICI (Prêmio FIPRESCI)
SINOPSE_
Viola
vive em Buenos Aires junto com Javier, seu namorado de longa data.
Juntos, eles mantêm um pequeno negócio de pirataria de filmes. Um dia,
Viola
encontra uma jovem de uma trupe teatral que pede a ela que a substitua
em um espetáculo do grupo. Trata-se de uma peça que combina fragmentos
de diversas obras de Shakespeare, entre elas Noite de Reis. Mesmo não
sendo atriz, Viola participa da peça, assumindo
um papel masculino. A partir daí, cria-se uma série de intrigas e
flertes entre Viola, Javier e os integrantes do grupo
Exibição confirmada:
24 de abril, 20:30hrs
Reprise única: Sábado,
26 de abril, 19:00hrs.
GRADE DE HORÁRIOS
22 a27 de abril de 2014
22 de abril (terça)
15:00 – Na Neblina
17:30 – Revelando Sebastião Salgado
19:00 – Na Neblina
23 de abril (quarta)
17:00 – Na Neblina
20:00 – Cabra Marcado Para Morrer (CinePolítico: 50 anos do Golpe Militar)
24 de abril (quinta)
17:00 – Na Neblina
20:30 – Sessão Plataforma (Viola, de Matías Piñeiro)
CICLO DE CINE POLÍTICO PROMOVE LANÇAMENTO DO DVD DE CABRA MARCADO PARA MORRER NA SALA P. F. GASTAL
Na quarta-feira, 23 de abril, às
20h, a
Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) e o grupo de pesquisa
Kinepoliticom, da pós-graduação da Faculdade de Comunicação Social da
PUC-RS, em parceria com o Instituto Moreira Salles, promovem o lançamento do DVD de
Cabra Marcado Para Morrer, obra-prima de Eduardo Coutinho, marcando a primeira sessão do ciclo de cinema político sobre os
50 anos do Golpe Militar no Brasil. O filme será exibido em blu-ray. Após a projeção, haverá um debate com os críticos
Enéas de Souza e Milton do Prado e mediação de
Cristiane Freitas. A entrada é franca.
Em
1962, Eduardo Coutinho filmou na Paraíba um comício em protesto pela
morte do líder camponês João Pedro Teixeira. Dois anos mais tarde,
dirigiu um filme de ficção sobre a trajetória de João Pedro, cuja
filmagem foi interrompida em
31 de março de 1964
com o golpe militar. 17 anos depois, Coutinho retoma as filmagens e
reencontra alguns dos personagens que participaram das filmagens nos
anos 1960, como os membros
das Ligas Camponesas de Sapé e de Galileia. Concluído em 1984 como um
documentário, o filme investiga também a trajetória da viúva de João
Pedro Teixeira, Elizabeth, e a de seus filhos.
O
Instituto Moreira Salles lança em DVD o documentário Cabra marcado para
morrer, de Eduardo Coutinho (1933-2014). O lançamento inclui dois
filmes inéditos do realizador, produzidos pelo Instituto Moreira Salles
em parceria com a Videofilmes: Sobreviventes de Galileia (Brasil, 2013)
e A família de Elizabeth Teixeira (Brasil, 2013). Ambos os filmes
baseiam-se no retorno de Coutinho a Sapé (Paraíba)
e Galileia (Pernambuco), locações originais de Cabra marcado para
morrer, onde ele reencontra Elizabeth Teixeira e seus filhos e
camponeses que participaram das filmagens em 1964 e no início dos anos
1980.
Além
desses dois filmes inéditos, o DVD conta com uma faixa comentada, com a
participação de Eduardo Coutinho, Eduardo Escorel, montador do
filme, e Carlos Alberto Mattos, crítico de cinema. Como parte
integrante do material, foi produzido um livreto de 74 páginas com um
depoimento de Coutinho e uma seleção de críticas publicadas no Brasil e
no exterior à época do lançamento do filme, nos anos
1980.
Cine Político: 50 anos do Golpe Militar no Brasil
1ª sessão
Cabra marcado para morrer
Direção: Eduardo Coutinho
(Brasil, 1964-1984.
119’, 12 anos)
Exibição em blu-ray
GRADE DE HORÁRIOS
22 a 27 de abril de 2014
22 de abril (terça)
15:00 – Na Neblina
17:30 – Revelando Sebastião Salgado
19:00 – Na Neblina
23 de abril (quarta)
17:00 – Na Neblina
20:00 – Cabra Marcado Para Morrer (CinePolítico: 50 anos do Golpe Militar)
24 de abril (quinta)
17:00 – Na Neblina
20:30 – Sessão Plataforma (Viola, de Matías Piñeiro)
Sinopse Pablo, um senhor de 70 anos, perdeu a esposa há cerca de 20 anos, durante uma explosão em Bogotá, e quase não sai mais de casa. Seu filho, Felipe, acaba de ter um bebê e sofre para cuidar da sua relação com a esposa. A vida dessa família vai ser afetada pela aproximação do fim do mundo, que segundo o calendário Maia ocorrerá em dezembro de 2012.
Divertido e emocionante longa sobre personagens, em que suas vidas pessoais estão prestes (aparentemente) a cair. O alardeado apocalipse de 2012 fica por aqui em segundo plano, para então explorar o lado desesperado e imprevisível dos personagens com relação ao juízo final, sendo que o roteiro se concentra principalmente nos personagens principais que são o pai e filho. Pablo (Victor Hugo Morant), um professor aposentado, não sai de casa há três décadas, desde a morte de sua esposa na explosão de uma bomba em Bogotá. Já seu o filho, Felipe (Jimmy Vasquéz), se divide entre os cuidados com o pai e a atenção à sua esposa e filho.
Isolado em casa e com imensa tristeza, enquanto aguarda pelo apocalipse, Pablo vê o mundo através do olhar do filho, que filma pelo celular seu passeio pelas ruas. Insatisfeito com tudo, o ex-professor aproveita a atmosfera apocalíptica para se vingar com palavras pelo telefone. Através de ligações telefônicas para pessoas de seu passado, Pablo empreende um acerto final – e, diga-se de passagem, desaforado – de contas. Isso acaba rendendo os momentos mais divertidos do longa, principalmente quando ele acaba ligando para alguém que o ameaça de morte e fazendo ele ficar paranoico. Felipe por sua vez está em crise tanto profissional quando matrimonial, e encara sua existência com abatimento e temor. Um filme de pouco custo, passado quase sempre nas mesmas locações e com raras externas, o longa realiza realiza uma ótima analise psicológica com relação aos personagens. Seu roteiro sincero combina elementos que suscitam conflitos e trazem ritmo, garantindo assim o interesse do espectador durante a projeção.“Crônica do Fim do Mundo” agrada por sua abordagem sensível e interessante da desilusão e do desamparo na vida contemporânea.
Sinopse: Elise (Veerle Baetens) e Didier (Johan Heldenbergh) se apaixonam à primeira vista. Ele é um músico romântico e ela a realista dona de um estúdio de tatuagem. Apesar das diferenças, o relacionamento dá certo e eles têm uma filha, Maybelle (Nell Cattrysse). Aos seis anos a menina fica gravemente doente e a família se desestabiliza.
Divergente
Sinopse: Em uma Chicago futurista onde as pessoas estão divididas em cinco facções com base em suas personalidades uma adolescente descobre que ela é divergente - uma pessoa que não se encaixa em qualquer uma das facções - e logo descobre segredos em sua sociedade aparentemente perfeita.
O Filho de Deus
Sinopse: Este filme conta a história de Jesus como uma grande aventura épica seguindo de maneira fiel as passagens da Bíblia.
Copa de Elite
Sinopse: Jorge Capitão é um destemido e individualista Capitão do BOP e um ídolo brasileiro. Porém após salvar o maior craque argentino de um sequestro às vésperas da Copa do Mundo ele acaba virando o inimigo público número 1 do Brasil. Expulso da corporação e desacreditado ele terá que aprender a trabalhar em equipe para evitar um atentado contra o Papa na final do torneio. Para isso ele conta com a ajuda de uma seleção de craques como a empresária de sex shop Bia Alpinistinha um médium que fará a ponte com o além e de sua mãe que é uma peça.
Marina
Sinopse: Itália 1948. O jovem Rocco cresce na Calábria até que um dia seu pai Salvatore decide ir para a Bélgica onde luta para ganhar dinheiro trabalhando numa mina de carvão. Logo ele manda buscar a família. Do dia para a noite Rocco vira um imigrante e tem que lidar com a nova situação. Rocco quer ser como os outros jovens quer tornar-se alguém e ter um propósito na vida. Contra a vontade de seu pai ele encontra um escape na música e no amor. Baseado nas memórias de infância do cantor ítalo-belga Rocco Granata.
Julio Sumiu
Sinopse: Edna acorda no meio da noite e se desespera ao saber que seu caçula Julio desapareceu sem deixar vestígios. Preocupada com a falta de ação da polícia ela sobe o morro para conversar com o traficante Tião Demônio que estaria mantendo seu filho refém. No meio de um tiroteio Edna se vê obrigada a levar para casa sacolas cheias de drogas. Com a ajuda de Sílvio o filho mais velho ela transforma o apartamento em uma boca para pagar o resgate de Julio. Em meio a muitas confusões e reviravoltas uma dona de casa conservadora muda sua vida e seus princípios tentando salvar a família.