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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: HITCHCOCK

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Cine Especial: STAR TREK: Parte 1

Com a chegada de Além da Escuridão: Star Trek nos cinemas, vamos voltar um pouco no passado e relembrarmos as primeiras aventuras da tripulação U.S.S Enterprise no cinema.   
  
STAR TREK - O Filme(1979) 

Sinopse: Um fenômeno alienígena de poder e tamanho descomunal se aproxima da Terra, destruindo tudo em seu caminho. A única nave que pode enfrentar esta força letal que ameaça a Terra é a U.S.S. Enterprise. O lendário comandante James T. Kirk (William Shatner) é convocado para a missão, mas um perigo não previsto pode destruir a U.S.S. Enterprise e toda a sua tripulação.
  
Todo mundo sabe que até hoje existe uma rivalidade entre as franquias Star Trek e Star Wars através dos milhares de fãs que existem pelo globo, mas acredito que num certo ponto uma franquia não viveria sem a outra. Quando o primeiro Star Wars de George Lucas se tornou um fenômeno em 1977, muitos estúdios imediatamente começaram a tirar da gaveta roteiros que pudessem levar ao cinema uma aventura espacial, sendo que a loucura para ganhar dinheiro era tão grande, que o estúdio da Metro teve a capacidade de jogar o 007 no espaço no filme O Foguete da Morte. Mas enquanto os demais estúdios não sabiam em que direção ir, a Paramount já sabia qual era o seu caminho: desengavetar um projeto antigo de Star Trek.
Inicialmente projetado para ser um filme piloto que daria então a largada para uma nova temporada, os engravatados do estúdio mudaram então radicalmente o projeto, injetando um orçamento muito mais gordo e convocando o cineasta Robert Wise (Noviça Rebelde) para comandar o espetáculo. Com uma tacada de mestre, o estúdio convocou todo o elenco da serie original. Até mesmo Leonard Nimoy, que já naquela época não queria reprisar novamente o papel que marcaria para sempre em sua carreira.
Embora o nascimento do filme tenha acontecido devido a Star Wars, a primeira aventura para o cinema da tripulação da U.S.S Enterprise vai para um caminho bem diferente: se na super produção de George Lucas ia para um caminho em que mais lembrava os seriados de aventura de antigamente, Star Trek - O filme vai para uma trama mais cerebral, em que representa o que foi as três temporadas televisivas como um todo. O ato final, em que é revelada a verdadeira origem do ser que ameaça a vida na terra e suas reais intenções, nada mais é do que uma representação da principal mensagem da franquia: ir aos mais longínquos confins do universo.
Embora não tenha sido o filme que todos esperavam, Star Trek - O Filme serviu de ponta pé inicial para novas aventuras que viriam nos anos seguintes no cinema e que para nossa sorte duraria até hoje.        
  
STAR TREK II - A Ira de Khan  

Sinopse: Decidido a ter em mãos uma poderosa arma que transforma totalmente um planeta, o perigoso Khan busca descobrir seu segredo se infiltrando na própria Federação.

Embora com um orçamento reduzido, Star Trek II – A Ira de Khan é disparado o melhor filme da franquia até hoje e muitos motivos é o que não falta: o vilão Khan, que é magistralmente interpretado pelo ator Ricardo Montalban (Ilha da Fantasia), rouba a cena do filme ao passar uma aura de pura ameaça, intelecto, mas que não esconde certo desequilíbrio, devido ao puro ódio que sente por Kirk e sua nave. Outro ponto que merece ser destacado é o fato dos produtores terem sido engenhosos em explorar até então alguns aspectos ainda inéditos da franquia, como a lealdade e amizade forte que Spock e Kirk têm um pelo outro, culminando nos melhores momentos quando ambos estão juntos em cena. O filme seria também bastante lembrado ao destacar o famoso teste de Kobayashi Maru, que acabaria por então revelando uma conduta equivocada de Kirk em seu passado durante o seu treinamento para ser capital.
Mas nada disso se equipara ao final da trama, onde nossos heróis ficam num beco sem saída, perante as artimanhas de Khan, que não só deseja destruir há todos, como também se apoderar para si do projeto Gênesis. Com isso, o publico fã é brindado com um dos melhores e mais tristes momentos de toda franquia, onde Spock parte para o sacrifício para salvar a vida de seus amigos, numa seqüência que até hoje o publico vai as lagrimas. Com isso, filme se encerra com chave de ouro, o que poderia ser também o ponto final para todas as aventuras desses personagens. Mas como toda boa ficção que se preze, sempre existe uma solução para trazer velhos amigos de volta, e os segundos finais do longa nos da um belo gancho do que viria a seguir muito em breve. 


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Cine Dica: CONVITE: Pré-estreia A MEMÓRIA QUE ME CONTAM com a presença de Lucia Murat e Irene Ravache


O CineBancários realiza no próximo dia 13 de junho, às 18h30, a pré-estreia do novo longa-metragem da diretora Lucia Murat, A memória que me contam. Após a sessão, Lucia participa de um debate com o público, mediado pelo jornalista e crítico de cinema Marcelo Perrone, em companhia da atriz Irene Ravache, uma das protagonistas do filme.

18h30 - retirada de senhas
19h30 - exibição do filme

Uma das mais atuantes realizadoras do cinema brasileiro, Lucia Murat dirigiu filmes como Que bom te ver viva, Doces poderes, Brava gente brasileira, Quase dois irmãos e Uma longa viagem (vencedor de vários prêmios no Festival de Gramado de 2011, incluindo melhor filme). Neste novo título, a diretora volta a abordar um de seus temas preferenciais: a violência contra os militantes de esquerda durante a ditadura militar.

A memória que me contam é um drama irônico sobre utopias derrotadas, terrorismo, comportamento sexual e a construção de um mito. Narrado como um quebra-cabeça, numa sequência de emoções e sensações, o filme expõe as contradições de um grupo de amigos que resistiram à ditadura militar e que se reencontram na sala de um hospital por causa de Ana, uma antiga companheira que está morrendo. Ex-guerrilheira, ícone da esquerda, ela é o último elo desse grupo e aparece no filme apenas nas lembranças dos companheiros, como se nunca tivesse saído dos anos 60, jovem, linda e perigosamente frágil. A personagem, vivida pela atriz Simone Spoladore, é baseada em Vera Sílvia Magalhães, ex-guerrilheira e uma das responsáveis pelo sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick no Rio de Janeiro, em 1969. Considerada um mito pela esquerda brasileira, Vera faleceu em dezembro de 2007. Já Irene Ravache interpreta a personagem de uma cineasta, claramente inspirada em Lucia Murat, que antes de se dedicar ao cinema militou contra a ditadura militar, foi presa e torturada. Ainda no elenco, destaque para a presença do ator italiano Franco Nero, que se tornou conhecido como o protagonista do “western spaghetti” Django e recentemente foi visto também emDjango Livre, de Quentin Tarantino.

Após a sessão de pré-estreia no dia 13, A memória que me contam entra em cartaz no CineBancários a partir de 21 de junho, em três sessões diárias, às 15h, 17h e 19h.
A memória que me contam, de Lucia Murat. Brasil/Argentina/Chile, 2012, 100 minutos. Com Simone Spoladore, Irene Ravache, Clarisse Abujamra, Otávio Augusto e Franco Nero. Ficção.

CineBancários
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terça-feira, 11 de junho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Um Alguém Apaixonado


Sinopse: Akiko (Rin Takanashi) é uma jovem universitária que vive em uma grande cidade no Japão. Um dia ela está ao lado de uma amiga em uma boate, quando um homem (Denden) se aproxima dela e lhe pede que vá visitar um colega. Ela reluta a princípio, dizendo que precisa encontrar sua avó que veio do interior, mas acaba aceitando. Colocada em um táxi, ela segue em viagem tendo apenas um endereço e um telefone, sem saber quem irá encontrar.

Quando se é cinéfilo, você sempre fica vasculhando os principais filmes de cineastas autores, pois você sabe muito bem que sempre irá encontrar algo de bom e fora do convencional. Mas por mais que a gente se esforce, nem tudo podemos assistir devido à falta de tempo, e no meu caso levou tempo para finalmente conhecer o cineasta iraniano Abras Kiarostami. Fui conhecê-lo somente no filme Copia Fiel, que desde já esta entre os melhores filmes da ultima década e novamente ele surpreende, do outro lado do mundo, com o seu Um Alguém Apaixonado.
O filme é sobre os encontros e desencontros de pessoas em uma Tóquio movimentada, barulhenta e cheia de luz, que faz com que esses elementos se misturem com os próprios personagens, fazendo tanto chamar atenção deles como a nossa também. O fio condutor começa a partir de uma garota de programa (Rin Takanashi), que por sua vez vai atender na casa de um idoso (Tadashi Okuno), mas devido a um imprevisto e outro, eles dão de encontro com o namorado ciumento da primeira. Assim como Copia Fiel, em alguns momentos os personagens começam a se passar por outras pessoas, cuja razão está no fato de fugirem de uma difícil realidade, mas que no final das contas terão que encará-las doa o que doer.  
Assim como Copia Fiel, os personagens começam a tirar as suas mascaras na reta final da trama e ter que encararem eles próprios, mas assim como naquele filme, Abras Kiarostami deixa o final em aberto e fazendo com que a historia continue em nossas mentes. Pode isso não agradar a todos, mas nunca é demais a gente imaginar o que viria depois para os protagonistas que nos deixam em uma projeção.         

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Faroeste Caboclo


Sinopse: João (Fabrício Boliveira) deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília. Ele quer deixar o passado repleto de tragédias para trás. Lá, conta com o apoio do primo e traficante Pablo (César Troncoso), com quem passa a trabalhar. Já conhecido como João de Santo Cristo, o jovem se envolve com o tráfico de drogas, ao mesmo tempo em que mantém um emprego como carpinteiro. Em meio a tudo isso, conhece a bela e inquieta Maria Lúcia (Ísis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo), por quem se apaixona loucamente. Os dois começam uma relação marcada pela paixão e pelo romance, mas logo se verá em meio a uma guerra com o playboy e traficante Jeremias (Felipe Abib), que coloca tudo a perder.

Por mais que a gente tente enterrar o passado, ele acaba sempre nos encontrando e fazendo com que a gente caia novamente no poço de hábitos maliciosos que não nos levam há lugar algum.  Baseado na musica clássica de Renato Russo, acompanhamos a cruzada de João (Fabrício Boliveira), que fica dividido entre o mundo trafico do seu primo (o sempre ótimo César Troncoso) e de uma vida normal ao lado do seu amor Maria Lúcia (Isis Valverde), fazendo desde então viver numa roleta russa, no qual tanto irá prejudicá-lo, como também aqueles próximos a ele. Claro que já vimos esse filme antes: Os Bons Companheiros, Fogo contra Fogo e dentre outros são bons exemplos, mas diferentes dessas obras, o cineasta René Sampaio injeta um clima de tragédia grega, nos fazendo realmente temer pelo destino trágico dos personagens principais, pois quando assistimos, temos a sensação do mundo real e cru em que eles vivem.
Para não tornar tudo tão pesado, Sampaio injeta seu lado autoral vindo dos comerciais de TV, criando então cenas engenhosas em que a câmera surge em lugares dos mais imprevisíveis. Bom exemplo é quando o protagonista relembra o seu passado, e a cena começa dentro de um poço, onde assistimos então todo o percurso do balde cheio d’água  até a chegada na superfície. Porém, Sampaio se arrisca ao homenagear explicitamente Sergio Leone, aonde em certo momento chegamos até mesmo ouvir uma trilha semelhante que era composta pelo mestre Ennio Morricone que fazia para o diretor Italiano. Embora talvez funcione para o publico leigo, eu acredito que o cinéfilo de carteirinha irá achar um tanto que estranho, ou até mesmo um momento pálido e sem inspiração do cineasta, que deveria ter feito algo diferente no ato final da trama. Porém, isso é contornado pelo teor dramático e pelo destino dos seus protagonistas, que para o bem ou para o mal, se distancia e muito do convencional do cinema brasileiro atual. 

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Cine Dica: CineBancários estreia filme sobre processo criativo do poeta e compositor Siba


O CineBancários estreia no dia 11 de junho o longa Siba - Nos Balés da Tormenta, dirigido pelos gaúchos Caio Jobim e Pablo Francischelli. O filme faz um registro do processo de criação de “Avante”, disco mais recente do poeta e compositor pernambucano Siba, lançado em janeiro deste ano. Este é o primeiro longa realizado pela DobleChapa Cinematografia, produtora fundada pelos dois diretores no início de 2011, a partir da parceria firmada nos anos de 2009 e 2010, com o programa “Pelas Tabelas”. Veiculado pelo Canal Brasil, a série apresentou 58 compositores da geração atual da música brasileira em 26 episódios.
Ao retomar a guitarra e afastar-se do universo do maracatu e da ciranda - ritmos tradicionais da música brasileira, que nortearam seu trabalho nos últimos 10 anos, o músico, poeta e compositor Siba passa por um conflitante processo de redefinição de sua geografia criativa, mesclando referências urbanas e manifestações tradicionais brasileiras. Rock, música africana e poesia da mata norte do Brasil se misturam durante o processo de criação de “Avante”, disco produzido por Fernando Catatau, líder do Cidadão Instigado, que surge para demarcar o novo território artístico do músico pernambucano.

Siba - Nos Balés da Tormenta, de Caio Jobim e Pablo Francischelli.

Mais informações e horários das sessões, vocês encontram na pagina da sala clicando aqui.

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domingo, 9 de junho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Indomável Sonhadora



Sinopse: Hushpuppy (Quvenzhané Wallis) é uma menina de apenas 6 anos de idade que vive em uma comunidade miserável isolada às margens de um rio. Ela está correndo o risco de ficar órfã, pois seu pai (Dwight Henry) está muito doente. Ele, por sua vez, se recusa a procurar ajuda médica. Um dia, pai e filha precisam lidar com as consequências trazidas por uma forte tempestade, que inunda toda a comunidade. Vivendo em um barco, eles encontram alguns amigos que os ajudam. Entretanto, o pai vê como única saída explodir a barragem de uma represa próxima, o que faria com que a água baixasse rapidamente e a situação voltasse a ser como era antes.

O cinema americano por muitas vezes sempre tentou camuflar em nunca mostrar o lado da miséria do seu país, mesmo que houvesse ao longo da historia algumas exceções (Vinhas da Ira?). Mas chegamos há um ponto que o publico exige cada vez mais de um cinema “pé no chão” e é ai que existem cineastas cada vez mais dedicados em apresentar esse outro lado da historia, como no caso deste diretor estreante Benh Zeitlin e com seu Indomável Sonhadora. Ambientado após o furação Catrina ter devastado os pântanos da Louisiana, acompanhamos o dia a dia de uma comunidade na miséria, que dentre eles se destaca Hushpuppy (Quvenzhané Wallis) e seu pai (Dwight Henry), que não medem esforços para tentarem sobreviver em meio ao caos.
Praticamente durante todo o filme o foco principal é da relação entre pai e filha, onde ambos aprendem um pouco de cada um, desde saber enfrentar certos obstáculos, como também certas situações inevitáveis de não acontecerem, mas que é preciso ser encaradas. Hushpuppy por sua vez, para contornar a realidade crua que sempre surge em sua volta, por vezes acaba criando uma espécie de mundo mágico, no qual faz com que sinta mais forte. Portanto não se surpreenda se surgir do nada javalis gigantes, sendo que da a entender que é o espírito forte e indomável que ela tanto precisa despertar para encarar o mundo duro em que ela vive.         
Com pouco mais de uma hora e vinte de duração, Indomável Sonhadora é uma pequena perola sobre coragem, perseverança, amor e união ao seu próximo.  

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