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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: ALICE DIZ:


Sinopse: O filme acompanha o envolvimento virtual do jovem Daniel com Alice, uma desconhecida. Mesmo sem nunca tê-la visto Daniel apaixona-se de forma obsessiva. Conversam diariamente pelo msn, e até quando longe do computador, ele sente-se conectado a ela. Mas Alice possui segredos. A revelação de uma verdade surpreendente faz com que Daniel entre em desespero. Uma série de eventos se inicia, conduzindo os personagens por caminhos desconhecidos, perigosos e sem volta.

Sempre paramos para perguntar para nos mesmos, como era antes, quando agente não tinha celular, ou outros meios tecnológicos que fazem parte de nossas vidas atualmente e que dificilmente conseguimos nos desvencilhar deles. Esse meu pensamento, imediatamente me veio a mente, ao assistir Alice Diz:, do diretor estreante Beto Rôa, que com um orçamento minúsculo (pouco mais de 40 mil reais) cria um filme, que é um reflexo de nosso mundo contemporâneo e que  acaba levantando inúmeras reflexões.
A historia de Daniel (Daniel Confortin, otimo), com sua relação virtual (pelo MSN) com Alice, nada mais é do que um retrato de nos mesmos, nos relacionando cada vez mais atualmente, com pessoas que conseguimos nos relacionar somente pela internet, ao ponto, de não sabermos nos comunicar com o mundo real, ou muito menos com as pessoas que cruzam em nossas vidas. Bom exemplo disso é na cena em que Daniel observa as mulheres que ele cruza, seja na rua ou em um ônibus, que embora demonstre desejo em se comunicar com elas, ele simplesmente não consegue achar uma forma dele investir na ocasião, tendo muito mais afinidade e saber se abrir, com uma garota que ele nem sequer viu ainda pessoalmente. O filme cria certo suspense sobre a verdadeira origem de Alice, tanto, que ao decorrer do filme, Daniel fica assistindo um filme B dos anos 50 na TV, sobre o domínio das maquinas contra os homens. Embora não fique muito claro, se as cenas que aparecem desse filme sejam realmente reais, ou se elas estejam somente passando na imaginação já conturbada de Daniel, que começa a cada vez mais ficar angustiado e paranóico sobre quem é Alice. O filme visto na TV pode ser interpretado como uma metáfora sobre a situação que acontece na trama, ou simplesmente uma referencia de uma década (anos 50), muito mais paranóica do que há que vivemos. Fica para o espectador que assiste criar sua própria interpretação sobre esses momentos.
E a situação piora, quando gradualmente ele descobre o que Alice é realmente. Embora a revelação sobre a origem de Alice, possa soar um tanto que exagerada, ela corresponde muito bem com a proposta que o filme quer passar para o espectador.  Vivemos num mundo atual, onde cada vez mais nos afastamos das outras pessoas e de nos mesmos. Sendo que, acabamos por esquecer como agente se relacionava antes, e com isso, não desfrutamos mais por completo, dos dias que vivemos como antigamente e mesmo agente se dando conta disso, pode já ser muito tarde.  Além de ser uma ótima historia cheia de camadas de interpretação, Beto Rôa cria um verdadeiro jogo de câmeras, onde por muitas vezes, precisamos ter a máxima atenção, pois o filme é cheio de inúmeros detalhes simbólicos para serem ou não decifrados.
Com uma fotografia belíssima e montagem caprichada, ALICE DIZ: é um pequeno e grande filme, que merece ser descoberto pelo grande publico que tem interesse de assistir uma sessão, onde um filme lhe consegue passar sentimentos, fazer levantar inúmeros questionamentos sobre a trama e consigo próprio.          

Em cartaz:  CineBancários (General Câmara, 424), Porto Alegre. Sessões: 15hs, 17hs e 19hs. O filme fica em cartaz até o dia 13 de Junho. 


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Cine Curiosidade: Historia do Cinema Brasileiro na mídia



Curso sobre o cinema brasileiro foi destaque no Jornal do Comercio de hoje, confiram: 
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terça-feira, 5 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 2



Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema.  

O BANDIDO DA LUZ VERMELHA

Sinopse: Jorge, um assaltante de residências de São Paulo, apelidado pela imprensa de "Bandido da Luz Vermelha", desconcerta a polícia ao utilizar técnicas peculiares de ação. Sempre auxiliado por uma lanterna vermelha, ele possui as vítimas, tem longos diálogos com elas e protagoniza fugas ousadas para depois gastar o fruto do roubo de maneira extravagante.

Rogério Sganzerla, em seu segundo trabalho como diretor (o primeiro foi o curta Documentário de 1966) realiza um filme surpreendente, usando e abusando com o mito da crônica policial paulistana dos anos 60. Seu filme é uma espécie de “faroeste do terceiro mundo”, caótico e desconexo.  Com sua linguagem visual muito a frente do seu tempo, O Bandido da Luz Vermelha pode ser visto como o ponto de transição entre a estética do Cinema Novo (influenciado pela nouvelle vague do cinema francês) e a ruptura do Cinema Marginal. Um clássico inesquecível e que foi relembrado novamente, graças à sua seqüência, intitulada  Luz das Trevas.

Leia também: LUZ DAS TREVAS


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Cine Dica: Em Cartaz: FLORES DO ORIENTE


Na devastada cidade de Nanjing em 1937 o perigo das ruas fez com que um grupo inimaginável de refugiados se reunisse em uma igreja: um bando de crianças em estado de choque algumas sedutoras e provocantes cortesãs e um renegado americano que se passa por padre para salvar aprópria pele. Ou que pensa que se salvará. Emboscados por saqueadores ao longo dos próximos dias eles vão lutar não apenas para sobreviver, mas também para fazer o que parece ser impossível nestas circunstâncias - compreender e confiar um no outro.

Zhang Yimou já é um diretor que entrou para historia do cinema, ao criar tramas emocionantes, que acabam se casando muito bem com cenas deslumbrantes (como Herói e Lanternas Vermelhas). Com Flores do Oriente, ele cria um verdadeiro espetáculo visual, sobre o horror que assolou em Nanjing em 1937, em que os japoneses invadiram a cidade, deixando mais de 200 mil mortos e mais de 20 mil mulheres estupradas e mortas. Não é a toa que a rivalidade entre os chineses e japoneses é sentida até hoje, sendo que isso é muito bem sentido na tela, pois Zhang Yimou não se importa nem um pouco, em retratar os japoneses como verdadeiros monstros e sem nenhum escrúpulo.
Baseado num romance de Geling Yan, o filme possui interessantes elementos, que lembram muito bem um faroeste, pois temos o forasteiro (Bale), que se refugia na igreja, para mais tarde, se tornar defensor, tanto das estudantes, como das prostitutas que chegam ao local, lideradas pela mais bela do grupo, Yu Mo (Ni Ni). Embora o filme comece alucinante, onde cada cena deixa o espectador em aflição, por outro lado (ao decorrer das mais de duas horas de filme), a trama exagera um pouco em temas como culpa e redenção, e simplesmente não convence na mudança repentina do caráter dos protagonistas principais (Ni Ni e Bale).
Contudo, isso tudo é compensado, graças a uma produção caprichada do cineasta, que mesmo nas cenas chocantes e incomodas, ele cria poesia, com o direito há um belo casamento com a fotografia, edição de arte e muitos truques de câmera lenta (que ele aprendeu muito bem em Herói).    


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Cine Dicas: Lançamento em DVD e Blu-Ray (05/06/12)


A Invenção de Hugo Cabret
 Leia minha critica já publicada clicando aqui

Um Método Perigoso
 Leia minha critica já publicada
(com todo o especial sobre David Cronenberg),  clicando aqui

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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 1




Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema.  
   
Deus e o Diabo na Terra do Sol

Sinopse: Manuel (Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes (Mílton Roda) e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa (Yoná Magalhães). O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva), que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo místico e ritual. Porém ao presenciar a morte de uma criança Rosa mata o beato. Simultaneamente Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato.

Um dos filmes mais representativos do cinema novo, conseguindo pela maioria dos críticos como o melhor filme de Clauber Rocha. Vigorosos momentos de drama, aventura e poesia, comentados pelas musicas de Heitor Villa Lobos e Sergio Ricardo. Atenção para o magistral desempenho de Othon Bastos, como o cangaceiro Corisco, um dos remanescentes de Lampião. Sempre quando surge em cena, suas palavras falam por si, como quando batiza Manuel de Satanás.  

Curiosidade: Foi rodado nos municípios de Monte Santo, Feira de Santana, Salvador, Canché e Canudos, todos no estado da Bahia. - Foi lançado no Rio de Janeiro em 10 de julho de 1964, nos cinemas Caruso, Ópera e Bruni-Flamengo.


O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

Sinopse: Quando um matador de cangaceiros é contratado para exterminar um bando e descobre nos criminosos um idealista que o faz rever seus conceitos de vida.

Seqüência oficial de Deus e o Diabo na terra do Sol, o filme é uma desconcertante mistura de oporá, macumba, mas principalmente faroeste. O filme é trajado com aquela roupa típica do western: a seca do Nordeste brasileiro constituída de homens duros e impiedosos. Não é nenhuma surpresa ver isso, até mesmo porque o western americano desencadeou muitas afluentes abraçadas por vários países distintos; o Brasil abraçou o cangaço mergulhado na pobreza.  Premio de melhor direção no festival de Cannes em 1969.


TERRA EM TRANSE

Sinopse: O senador Porfírio Diaz (Paulo Autran) detesta seu povo e pretende tornar-se imperador de Eldorado, um país localizado na América do Sul. Porém existem diversos homens que querem este poder, que resolvem enfrentá-lo.
  
Tido para alguns, como a obra prima de Glauber, o filme pode ter envelhecido para outros, mas não há como negar sua coragem histórica, pois o filme foi lançado em pleno período da ditadura e a trama nada mais era que uma critica disfarçada daquele tempo. Considerado clássico do Cinema Novo e vencedor do prêmio da critica em Cannes, é de difícil entendimento para quem não esteja habituado com a integridade linguagem do diretor.  

Curiosidade: Em abril de 1967 o filme foi proibido em todo território nacional, por ser considerado subversivo e irreverente com a Igreja. Depois foi liberado, com a condição de que se desse um nome ao padre interpetrado por Jofre Soares.

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 8


OPERAÇÃO FRANÇA  

Sinopse: s detetives de Nova Iorque, "Popeye" Doyle (Gene Hackman) e Buddy Russo (Roy Scheider) tentam desmantelar uma rede de tráfego de narcóticos e acabam por descobrir a Operação França. Mas, quando um dos criminosos tenta matar Doyle, ele inicia uma perseguição mortal que o leva muito além dos limites da cidade

Um dos grandes filmes de ação dos anos 70, notável por sua celebre seqüência de perseguição de automóveis. Baseado no livro de Robin Moore (inspirado em fatos reais), a trama realista retira todo o glamour da atividade policial. Teve uma continuação e deu origem a um telefilme Popeye Doyle (86), com Ed O Nell substituindo Hackman no papel titulo. Oscar de filme, diretor, ator (Hackman), roteiro adaptado e montagem.   
        

Curiosidade: Gene Hackman e Roy Scheider fizeram patrulha com os policiais Eddie Egan e Sonny Grosso durante um mês, antes do início das filmagens, para pegar melhor o espírito de seus personagens. Posteriormente Egan e Grosso fizeram pequenas pontas como supervisores da polícia.


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