O ANTES E O DEPOIS
Ontem eu comecei a fazer matérias especiais referente aos estúdios Hammer. Hoje eu irei falar do antes e depois, mais precisamente o que eles fizeram fora os monstros tradicionais que nos conhecemos.
(Antes do sucesso) O MONSTRO DO HIMALAIA
sinopse: Peter Cushing é Dr. Dr. John Rollason, um botanista com sua esposa numa expedição ao Himalaia. Ele aguarda a chegada de uma outra expedição liderada por seu colega Dr. Tom Friend (Forrest Tucker), que irá explorar as montanhas a procura da criatura metade homem/metade fera chamada Yeti. Entre discussões e divergências de opiniões, eles descobrem que Yeti realmente existe e que há muito mais sobre ele que eles desconheciam...
Antes dos sucessos que veriam a seguir, os produtores da Hammer bem que tentaram fazer filmes de terror, mesmo com pouquíssimos recursos, e dessa época, a produção mais significativa foi O Monstro do Himalaia. Rodado em preto e branco, o filme acerta em concentrar num suspense psicológico, onde o monstro pode muito bem ser o próprio ser humano perante o desconhecido e que não sabe encarar o fato de que certas coisas não podem ser exploradas por não estarem preparados. Protagonizado pelo seu futuro astro Peter Cushing, o filme infelizmente se tornou um dos filmes mais obscuros do estúdio, mas que merece ser descoberto pelos que buscam um terror clássico de qualidade.
(Depois do sucesso): O CÃO DOS BASKERVILLES
sinopse: Sherlock Holmes (Cushing) e Sir Henry Baskervilles (Lee) estão empenhados em resolver misteriosos casos de assassinato. Baseado em obra clássica do escritor escocês Conan Doyle. Hammer Films...
Após o sucesso de Drácula e Frankenstein, o estúdio poderia rapidamente continuar com produções que dessem seqüência aos filmes originais, contudo, eles tentaram arriscar também com outros personagens da literatura e Sherlock Holmes não ficou de fora. Adaptando um dos maiores clássicos protagonizados pelo personagem, o filme retrata muito bem as principais passagens do livro e agrada mesmo aquele leitor mais exigente que ama as historias do detetive,
Logicamente, a tarefa para a direção ficou a cargo de Terence Fisher, grande responsável pelos primeiros grandes sucessos do estúdio, e como não poderia ser diferente, os produtores e o diretor chamaram novamente seus atores de quilate, Christopher Lee e Peter Cushing. Esse ultimo, responsável em segurar a batata quente em interpretar justamente o protagonista, mas para Peter Cushing, foi somente mais um trabalho e seu desempenho como o maior detetive do mundo foi primoroso e certeiro. Lee por sua vez, é relegado a coadjuvante, contudo, o bom desempenho do ator se sobressai, mesmo em poucos momentos em que aparece na trama. Em se tratando de ser um filme da Hammer, a produção a aproveita para trazer todos os elementos que o estúdio tão bem explorou como mansão gótica, ambientes com neblina, uivos de lobos e aquele clima de trama sobrenatural
Curiosamente (no meu bem entender) a trama começa de uma forma que da a entender que o filme já era uma continuação de um filme anterior, talvez pelo fato dos atores (principalmente Cushing) estarem muito bem a vontade em cada um de seus papeis e a sensação que da, e que eles já estavam interpretando esses personagens a um bom tempo.
Por um motivo ou outro, O CÃO DOS BASKERVILLES foi a única passagem do estúdio pelo mundo de Sherlock Holmes, mas vendo o resultado tão positivo como ficou, eles poderiam muito bem ter feito as outras adaptações da serie de livros do personagem para o cinema, com grande qualidade e respeito perante aos fãs.