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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'The Old Guard'

Sinopse: Sinopse: Andy é uma mercenária imortal com nada menos que 6 mil anos de idade. Ela e seu grupo agem em segredo, mas acabam sendo expostos depois de uma missão trazer à tona as habilidades extraordinárias de cada um. 

"Highlander" (1986) clássico filme de ação e aventura sobreviveu ao tempo como uma curiosa história sobre guerreiros imortais e que estavam condenados a matarem uns aos outros até somente haver um. Mas para Hollywood uma vez só não basta, ao ponto que o filme teve continuações, séries, derivados, mas jamais chegando ao patamar que o original havia obtido. Porém, Hollywood não desistiu e foi procurar outros heróis que sobrevivessem muito além do seu devido tempo.
Se por um lado podemos contar com os infindáveis Dráculas imortais que nos foi apresentado ao longo dos anos, do outro, temos um Wolverine que foi interpretado sempre com intensidade pelo ator Hugh Jackman. Neste último caso, tanto o personagem como os seus  demais colegas foram extraídos das HQ no ano 2000 para o cinema, sendo que essa arte de contar histórias possui infindáveis personagens imortais e que podem render uma boa franquia. É aí que chegamos a "The Old Guard", filme que nada mais é do que uma espécie de releitura de "Highlander" para os novos tempos, indefinidos em que vivemos, mas com alguns pontos positivos que não podem ser ignorados.
Dirigido pela cineasta Gina Prince-Bythewood, do filme "A Vida Secreta das Abelhas" (2009), o filme conta a história de Andy (Charlize Theron) e seus companheiros que formam um grupo de soldados que possuem a inestimável virtude da vida eterna. Eles vivem através dos anos oferecendo seus serviços como mercenários para aqueles que podem pagar, se passando como seres humanos comuns entre os demais. No entanto, tudo muda com a descoberta de que existe uma outra imortal que atua como fuzileira naval.
Baseado na HQ escrita por Greg Rucka, o prólogo da trama que nos é apresentado não demora muito para nos contar que esses personagens são seres imortais e que possuem uma grande virtude pela prática do bem em tempos em que a humanidade vai cada vez mais se declinando para sua extinção. É uma pena, portanto, que os trailers e divulgações já nos revelavam o verdadeiro dom desses protagonistas, pois abertura é toda construída de uma forma para que nos pegasse de surpresa quando fosse revelado as suas reais naturezas e motivações genuinamente humanas. Apesar desse ato falho, isso é logo compensado com aparição da personagem Nile Freeman (KiKi Layne), fuzileira que descobre da pior maneira que é uma nova imortal e da qual se torna uma representação do nosso olhar com relação essa realidade fantástica que irá testemunhar.
Só com a história em si o filme talvez não se sustentaria, já que ela sofre um pouco ao ser recheada de clichês já vistos em outros filmes dentro do gênero, além de soluções fáceis e, por vezes, previsíveis. O vilão Merrick, interpretado pelo ator Harry Melling, até nos convence de passagem, mas suas intenções com relação aos imortais se torna tão batida que parece que estamos presenciando uma espécie de  déjà-vu ao longo da história. Ao menos, os heróis quase nunca nos soam unidimensionais, pois são genuinamente humanos, identificáveis  e muito se deve pelo bom desempenho dos atores, principalmente vindo de Charlize Theron.
Provando ser uma das maiores e mais versáteis atrizes do cinema atual, além de um Oscar na bagagem pelo filme "Monster" (2003), Theron provou ter fibra em filmes de aventura, ação e ficção científica, pois basta pegarmos exemplos como a obra prima "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015) e "Atômica" (2017) para termos uma vaga ideia. Aqui ela faz o seu dever de casa, ao construir uma protagonista que carrega uma bagagem cheia de história e passando para nós o desejo no seu íntimo de desvencilhar dela.
Em termos de ação, atriz prova que se sente mais do que a vontade em dar porrada e são por essas cenas que constatamos que suas idas dentro desse gênero talvez não se tornem mais passageiras. Aliás, é notório que a cineasta Gina Prince-Bythewood também fez o seu dever de casa com relação as cenas de luta, pois elas revelam que possuem os mesmos ingredientes de sucesso que moldaram a franquia "John Wick", ou até mesmo o recente "Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa". As cenas de ação em si são um verdadeiro balé, empolgantes e cuja a sequência final dentro de um prédio se torna um dos grandes momentos do filme.
Com um gancho para uma inevitável sequência, "The Old Guard" é um filme de ação recheado de clichê, mas positivo ao ser honesto em sua proposta em querer somente nos entreter do começo ao fim. 

Onde Assistir: Netflix 

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: 'O Escândalo' - Por detrás das cortinas

Sinopse: O gigante do telejornalismo e antigo CEO da Fox News, Roger Ailes, tem seu poder questionado e sua carreira derrubada quando um grupo de mulheres o acusam de assédio sexual no ambiente de trabalho.

A mídia molda os seus lideres políticos para adquirir com isso algum beneficio próprio, mas sem nunca pensar o que virá em seu devido tempo. Em meio a essas engrenagens há sempre os poderosos que se acham os donos da palavra e acham que podem fazer o que bem entenderem através de uma boa lábia. Embora curto, "O Escândalo" coloca mais fogo na fogueira em um dos maiores escandalos da mídia conservadora e sensacionalista americana.
Dirigido por Jay Roach, o mesmo diretor do filme "Trumbo: Lista Negra" (2015), o filme conta a história real do  gigante do telejornalismo e antigo CEO da Fox News, Roger Ailes (John Lithgow) que tem o seu poder questionado e sua carreira derrubada quando um grupo de mulheres o acusam de assédio sexual no ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo estão ocorrendo as eleições que podem dar a vítoria de Donald Trump para se tornar o novo presidente dos EUA. O jogo está feito, mas a que preço?
Com uma edição agiu nos primeiros minutos, onde a jornalista Megyn, intepretada por Charlize Theron, apresenta as entranhas do jornalismo, temos então uma noção do verdadeiro circo que é na forma de como manipular a opnião pública e fazendo de pessoas como Donald Trump chegar a um poder do qual jamais poderia alcançar. A Fox Nesws, por exemplo, não é muito diferente da nossa Record, controlada por conservadores que se dizem a serviço de Deus e da família, quando na verdade tudo não passa de uma grande hipocrisia. É nesse cenário que os principios das pessoas são postos a prova e dos quais são testados no limite do bom senso.
Acima de tudo, o filme chega em uma hora em que a própria Hollywood se viu pega em meio a vários escandalos sexuais e tocar na ferida através dos filmes nada mais é do que exorcisar os seus próprios demónios antes que seja tarde demais. Com isso temos três mulheres com personalidades fortes que, embora com posicionamento politicos distintos, se veem na mesma situação e da qual precisam se ajudar mesmo que de forma indireta. O primeiro trailer já dava pistas sobre isso, mas reservando o lado mais cru sobre o assunto.
Como o tema é espinhoso, não bastava somente uma boa direção, como também um elenco de peso. Charlize Theron, Nicole Kidman e Margot Robbie estão ótimas em seus respectivos papeis, sendo que a última interpreta uma personagem ficticia, mas que sintetiza cenas reveladoras de toda a dor e humilhação que muitas mulheres devem ter passado nas mãos de Roger Alles. Esse, aliás, é interpretado com intesidade pelo ator John Lithgow e fazendo com que sintamos repulsa pela sua figura de forma imediata.
Acima de tudo, é um filme que fala sobre o que nos atrai para o poder e até que ponto podemos nos vender. Trabalhamos para o sistema, mas não significa que venderemos a nossa pessoa para somente subirmos alguns degraus durante a vida. Em tempos em que somos forçados a trabalhar em um cenário tomado pela extrema direita ao redor do mundo, nunca é demais lutarmos para defendermos a nossa pessoa e ajudar a pessoa próxima que foi abusada.
Vencedor do Oscar de melhor maquiagem deste ano, "O Escândalo" é apenas a ponta de um grande iceberg, onnde muitas mulheres são abusadas por detrás das cortinas, mas cabe as mesmas colocarem um ponto final nessa angústia. 


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