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segunda-feira, 17 de março de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Better Man - A História de Robbie Williams'

 Sinopse: A ascensão do famoso cantor e compositor britânico Robbie Williams.    

Existe uma lenda urbana de que o produtor e diretor Michael Gracey colaborou na finalização do filme "Bohemian Rhapsody" (2018), já que Bryan Singer se tornou problemático durante as filmagens a partir do momento que se envolveu em polêmicas. Vindo das partes técnicas de efeitos visuais dos vídeos clipes, além de ter colaborado na criação de "Moulin Rouge" (2001), Michael Gracey chamou atenção como diretor no filme "O Rei do Show" (2017) e provando que poderia comandar, ao menos na área como produtor, uma cinebiografia a partir de "Rocketman" (2019), sendo que a própria foi uma reconstituição corajosa sobre a vida do cantor Elton John. Eis que então o realizador ousa adentrar novamente na direção com "Better Man - A História de Robbie Williams" (2024), uma cinebiografia que poderia ser facilmente comparada às outras, se não fosse o pequeno detalhe que chamou atenção até mesmo dos desavisados de plantão.

O filme é moldado quase como um musical moderno, cuja trama foca sobre a vida e a obra do cantor britânico, Robbie Williams. O longa fala sobre a sua ascensão, queda, redenção e os elementos que o moldaram para se tornar um dos artistas britânicos mais vendidos de todos os tempos. Tudo isso através da própria perspectiva do cantor que se via como um macaco desde a infância.

Logicamente que a primeira coisa que nos chama atenção é o fato de Robbie Williams ser retratado como um macaco em cena, sendo que os efeitos visuais para isso ficaram a cargo do estúdio Weta. O que vemos na tela não é muito diferente do que já tínhamos visto na trilogia de "O Senhor dos Anéis", sendo que  Jonno Davies é o intérprete que dá vida ao artista em cena, mas moldado pela captura em movimento e fazendo da figura do macaco mais realista possível. Mas afinal por que isso?

Tanto Michael Gracey como o próprio Robbie Williams ficavam conversando sobre qual a melhor maneira de levar para as telas a carreira do artista, sendo que no passado o filme "Não Estou Lá"(2007) surpreendeu ao retratar o astro Bob Dylan através de vários atores diferentes. Para ser algo original, Michael Gracey pegou a ideia de um pensamento de Williams com relação ao que ele sempre sentia quando se apresentava na frente de um grande público, como um macaco atrevido que buscava chamar atenção da massa para obter o seu devido reconhecimento. Uma ideia criativa, mas que funciona ainda melhor quando o próprio artista nos explica a forma como ele se enxerga perante o mundo através da narração off e que colabora para o entendimento melhor da trama.

Assim como foi visto em filmes como o já citado "Rocketman", Michael Gracey decide aqui fazer um verdadeiro clipão cheio de música, trilha sonora contagiante, edição de cenas aceleradas e muita luz e cores que moldam a vida agitada do artista em sua fase mais conturbada. Por conta disso, acredito eu, muitas passagens de sua carreira foram abreviadas, pois a sua ascensão ao estrelato não demora muito para acontecer em cena e fazendo com   que a trama se torne inverossímil em alguns momentos. Porém, não faltam momentos em que vemos o cantor cair em desgraça, embalado como muitas drogas e bebidas e fazendo do sucesso se tornar o seu pior pesadelo.

Ou seja, não é uma filmografia muito diferente do que já vimos no decorrer dos anos, mas também sendo uma crítica ácida de como os artistas acabam perdendo a sua identidade própria a partir do momento que se tornam meros macacos exibicionistas no palco e cantando músicas para que o público, ao menos, procure algum significado na vida através de suas letras. O filme ganha pontos nas passagens onde o cantor busca se reconciliar com o seu passado, seja através da forma como compreender a figura do seu pai, como também em saber manter os amigos que ainda resta uma vez que eles se tornam obsoletos perante o seu sucesso. Ao final, constatamos que ele é um mero mortal, mas do qual tinha um talento que talvez o mesmo não soubesse controlar para si próprio.

Claro que o cineasta se arrisca ao inserir visualmente a luta do artista contra os seus próprios demônios interiores, sendo que a figura do macaco o assombra a todo momento e gerando momentos desconcertantes. Claro que isso soa exageradamente no momento em que o protagonista desse do palco e fazendo desse conflito interno uma guerra a campal, mas que logicamente acontece dentro de sua mente febril. Para os desavisados, o filme pode ser um pouco difícil de ser ingerido, mas para os fãs se torna um elemento a mais para se apreciar como um todo.

'Better Man - A História de Robbie Williams' é uma carta ousada escondida no baralho sobre a vida do cantor, mesmo quando a própria se torna irregular quando não se é usada de forma correta durante a projeção. 



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