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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Cine Especial: Clube de Cinema - 'Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos'

 Nota: Filme exibido para os associados no último sábado (24/08/24). 

Sinopse: Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos é um longa-metragem documental dirigido por Daniela Broitman e produzido pela Videoforum Filmes. O filme conta a história de Dorival Caymmi, cantor e compositor brasileiro que revolucionou a canção no país e influenciou movimentos como a Bossa Nova e a Tropicália. 

Se você é fã de cinema com certeza você irá conhecer a história de outras áreas como a música e tendo até mesmo uma total plenitude sobre o assunto. Até a pouco tempo assisti "Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor" (2022) documentário que contava um dos grandes gênios da nossa música gaúcha e sendo responsável até mesmo pela construção do hino do time do Grêmio. Agora, eis que assisto "Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos" (2019), documentário que fala sobre o compositor e cantor de grandes obras primas da nossa música brasileira e que tive o privilégio de conhecê-lo melhor a partir da minha paixão pelo cinema.

Dirigido por Daniela Broitman, o documentário fala sobre de Dorival Caymmi, cantor e compositor brasileiro que se tornou uma das peças principais das canções do país e influenciou movimentos que vieram posteriormente como a Tropicália. A produção revela trechos de entrevistas de fãs, compositores, cantores e familiares que acompanharam de perto esse talento até o final dos seus dias. Além disso, a obra revela até mesmo o lado mais pessoal dessa figura como um todo.

Recentemente eu havia assistido "Elis e Tom, Só Tinha de Ser com Você" (2023) e fiquei muito impressionado com a qualidade das cenas gravadas durante os anos setenta e quando os dois artistas se uniram para criar a música "As Águas de Março". Aqui não é diferente, já que Daniela Broitman utiliza entrevistas realizadas em 1998, do qual o próprio Dorival Caymmi é entrevistado, mas nos passando a sensação de que essas gravações foram realizadas ontem e nos surpreendendo pela sua qualidade e preservação. Uma forma perfeita de ouvirmos o próprio mestre realizador de diversos clássicos como "O que é que a baiana tem?” e que foi imortalizado pela voz de Carmen Miranda.

Como não poderia deixar de ser, Caymmi foi modelo para aqueles que viriam posteriormente ao se tornarem ilustres da nossa música como no caso de Caetano Velozo e Gilberto Gil e sendo que ambos falam sobre o artista e de como ele serviu de inspiração para os movimentos que viriam posteriormente e moldariam a história da nossa música. Porém, o fio condutor, ou coração do documentário como um todo, pertence aos depoimentos dos filhos e netos de Dorival Caymmi, sendo que é impressionante como eles estiveram tão próximos dele, seja nos melhores e piores momentos de sua vida e dando detalhes até então inéditos para muitas pessoas. É claro que as passagens mais polêmicas do artista são postas na tela de uma forma mais conservadora, mas que não diminui o resultado da obra.

Curiosamente, é surpreendente como o artista se tornou até mesmo bastante conhecido lá fora, mas não só nos EUA, como também até mesmo na Rússia. Em tempos de Ditadura, Dorival Caymmi participou do filme "Capitães da Areia" (1971), dirigido por Hall Bartlet e baseado na obra de Jorge Amado. Na produção, o artista participa como ator e cuja sua música se tornou um verdadeiro sucesso entre os russos e provando que o seu talento não tinha fronteiras e tão pouco muros para ser limitado.

logicamente, o documentário permite que o ato final faça com que nos emocione, principalmente na forma como o artista se despediu deste mundo, mas deixando o seu legado eterno. É uma pena, portanto, que esses cantores de hoje, que se dizem grandes artistas da música brasileira, não se prezem para olhar para trás e se dando conta que ainda precisam muito o que aprender sobre como fazer músicas de verdade e somente talentos como Dorival Caymmi poderia nos proporcionar. Se o mundo atual da nossa música está acinzentado não custa a gente olhar para trás e nos darmos conta de como ele era mais dourado.

"Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos" é uma declaração de amor não somente para um grande artista, mas também para aquelas pessoas que buscam ouvir a verdadeira música brasileira. 

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